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Date Posted: 15:46:23 06/13/06 Tue
Author: Lilian
Subject: Semana 14: Autonomia na aprendizagem

Apesar de tratarem do mesmo assunto – aprendizado autônomo – os dois textos têm abordagens bem diferentes. Enquanto os PCNs (JOSÉ) apenas defendem o estímulo à autonomia dos alunos, sem aprofundarem muito na questão, o texto de Leffa (2002) já trata da autonomia de maneira mais realista – discutindo todas as suas barreiras e limitações.

No texto de José achei relevante destacar os seguintes pontos:

- o papel do professor não é mais o de autoridade de ensino (controlador e detentor de conhecimento) mas o de mediador na educação;
- a interação gera conhecimento. É papel do professor criar situações que gerem um tipo construtivo e relevante de interação;
- o aluno autônomo cria maneiras de ampliar seu conhecimento e de superar dificuldades no processo de aprendizagem. Ele também é crítico e reflexivo;

No texto de Leffa destaco os seguintes pontos:

- o estado de autonomia (seja de que tipo for) é difícil de ser alcançado porque cada dia mais o homem se torna dependente do mundo e das outras pessoas;
- a autonomia não exclui nem minimiza o papel do professor na aprendizagem dos alunos. A aprendizagem formal tem o seu lugar e seus méritos principalmente considerando-se o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, de Vygotsky;
- vários aspectos podem dificultar o desenvolvimento na aprendizagem de línguas. Restrições relacionadas ao aluno: falta de interesse, esse processo requer grandes esforços, poucos vão adquirir conhecimento funcional da língua, estilos de aprendizagem que não toleram partes do processo de aprendizagem de LE, etc.
- restrições relacionadas ao professor: dificuldade em abrir mão do poder exercido, medo de perder o controle, receio em ter mais trabalho do que antes, medo da opinião dos colegas;
- restrições relacionadas à escola: dificuldade de fugir à tradição, medo de perder o controle,;
- não existe ensino autônomo, o que há são maneiras de se estimular a autonomia dos alunos sugerindo estratégias e aplicando atividades cuja execução dependa exatamente da autonomia deles;
- “O professor precisa aprender a ensinar menos para que o aluno possa aprender mais”. Muitas vezes as próprias crenças do professor influenciam sua didática levando-o a crer, por exemplo, que é ele quem deve ensinar tudo quando na verdade ele deve ser apenas instrumento facilitador da aprendizagem.

Abraços,
Lilian.

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