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Subject: Mais de um em cada quatro votou em independentes


Author:
silva
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Date Posted: 17/07/07 8:29:52
In reply to: Fernando Penim Redondo 's message, "Prontos para um demagogo ou o ocaso dos partidos" on 16/07/07 13:04:32

Mais de um em cada quatro votou em independentes

Os resultados de Roseta e Carmona mostram a divergência com partidos e que uma campanha barata não é necessariamente menos eficaz

Entre os vários vencedores da noite de domingo, há um homem para quem os resultados tiveram um sabor especial: António Cunha Vaz, da agência Cunha Vaz e Associados. Com longa experiência na área da consultadoria política, o responsável pela comunicação da campanha de Carmona Rodrigues viu-se, desta vez, a lutar contra os dois maiores partidos portugueses. E fez-lhes frente: o candidato do PS, António Costa, saiu da disputa com um mandato condicionado e Fernando Negrão, do PSD, foi enxovalhado. Sem "as jotas na rua", "sem comícios" - contando com "um orçamento reduzido e apenas 20 outdoors e um camião" - António Cunha Vaz ajudou a que o seu candidato fosse o segundo cabeça de lista mais votado - dando assim uma lição aos dois grandes partidos, "que prometem sempre a mesma coisa e quase nunca cumprem".
O consultor explica que não há uma única razão para o sucesso, lembrando que toda a gente "trabalhou 24 horas por dia" e que o PSD facilitou a vida a Carmona escolhendo "um candidato qualquer, que não conhecia Lisboa". Mas admite que um factor foi decisivo. "Os portugueses têm hoje uma maior maturidade política", diz, concluindo. "Já não estamos no tempo em que o espalhafato e o barulho das máquinas partidárias iludiam os eleitores".
Um voto em quatro
Juntamente com Helena Roseta, também apoiada por um grupo de cidadãos, o cabeça de lista do movimento Lisboa com Carmona viria, assim, a colocar definitivamente na agenda política o debate sobre a crise dos partidos políticos.
As contas não enganam: 27 por cento dos eleitores, mais de um em cada quatro, escolheram os únicos dois candidatos que se apresentaram em listas independentes: ou seja, houve quase tantos lisboetas a votar fora do espectro partidário como os que apostaram numa vitória do socialista António Costa - ex-número dois do Governo e o ministro que gozava de um maior índice de popularidade.
Este cartão vermelho à classe partidária já fora, contudo, mostrado noutras situações. Basta lembrar as vitórias de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Valentim Loureiro - em clara divergência com os seus antigos partidos. Ou quando Alfredo Barroso, autarca histórico do concelho do Redondo, foi reeleito num movimento independente, depois do PCP lhe ter recusado nova candidatura. Ou quando Manuel Alegre se posicionou em segundo lugar nas últimas presidenciais, à frente de Mário Soares, apoiado pelo PS.
Independentes mas recentes
Há, portanto, um padrão e esse padrão aponta para uma divergência entre cidadãos e partidos. Mas se é certo que se provou que nem toda a gente está refém das decisões tomadas no Largo do Rato, na Soeiro Pereira Gomes, no Largo do Caldas ou na São Caetano à Lapa, falta saber se alguém que não tenha sido um político experimentado pode alguma vez vir a alcançar um êxito notável.
André Freire, sociólogo do ISCTE, sublinha que, em grande medida, o voto em Helena Roseta e em Carmona Rodrigues não terá sido tanto um voto na competência como uma opção político-partidária de pessoas descontentes com o socialismo moderno de José Sócrates ou o rumo do PSD de Marques Mendes. Tratou-se do voto em pessoas que continuam integradas em facções político-partidárias, embora sem cartão de militante.
Por outro lado, mesmo estando fora dos partidos, estes candidatos já tinham um nível de reconhecimento público - conseguido precisamente à custa do apoio partidário - que lhes permitiu, nas suas campanhas, menos gastos com propaganda.
Neste aspecto, contudo, Salvador da Cunha, da agência de comunicação Lift, chama a atenção para a importância que hoje têm formas económicas de comunicação política, como a Internet, em contraponto com os dispendiosos outdoors financiados pelos partidos - e que "actualmente são muito pouco eficazes". Este consultor lembra o efeito que teve o vídeo de Marcelo Rebelo de Sousa na campanha do referendo do aborto.
O presidente da Câmara do Redondo, Alfredo Barroso, salienta também a "generosidade" dos cidadãos para com movimentos apartidários e o que isso pode implicar no que respeita a despesas com a campanha. Lembrou que nunca teve tanta gente nas "arruadas" como quando concorreu à margem do PCP e a confiança que os fornecedores de material de propaganda depositaram na sua candidatura, permitindo-lhe que pagasse só depois das eleições.

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Mas onde já vi e ouvi isto? (NT)Conde de Abranhos17/07/07 9:53:40


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