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Subject: Apodrecimento imperial


Author:
James Petras
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Date Posted: 29/05/07 11:08:54


Apodrecimento imperial
por James Petras

Cartoon de Latuff. Washington delineou em linguagem explícita os seus planos para envolver-se em guerras sequenciais no Médio Oriente, no Sudoeste e Nordeste da Ásia e no Caribe. De acordo com a doutrina militar ofensiva das 'Guerras antecipativas' (pre-emptive) e da 'Guerra global contra o terrorismo', a busca pelos Estados Unidos de conquistas militares foi apoiada por Israel, Grã-Bretanha e vários recém-incorporados Estados clientes da Europa Oriental. O grandioso esquema de conquista do mundo da Casa Branca foi orquestrado e prematuramente celebrado pelos principais responsáveis Sioncon (Sionistas conservadores) incrustados no Pentágono, na Casa Branca e no Conselho de Segurança Nacional.

Contudo, o caminho para as guerras imperiais de conquistas foi literalmente travado no próprio ponto de partida: o Iraque e o Afeganistão. A seguir à invasão e ocupação americana do Iraque e do Afeganistão, uma resistência armada maciça emergiu da clandestinidade, ajudada por um apoio civil generalizado. Grandes maiorias da opinião pública, comunidades religiosas importantes, militantes sindicais, associações de pequenos negócios e organizações com base em comunidades de vizinhança opuseram-se a cada passo, activa e passivamente, às forças de ocupação dirigidas pelos EUA, proporcionando apoio logístico e inteligência à resistência armada e à não violenta. Tais desenvolvimentos tiveram lugar numa fase posterior no Afeganistão. Apesar de medidas draconianas, incluindo o bombardeamento de centros populacionais, sistemáticas rusgas em massa de civis seguidas por torturas brutais, os militares americanos fracassaram na consolidação do seu domínio através de regimes fantoches. Como a resistência cresceu, os esforços de Washinton para fomentar a guerra sectária étnico-religiosa e a fragmentação territorial fracassaram. No fim de 2006 estava claro que a única conquista de território do exército imperial eram os bunkers na chamada 'Zona verde'. Em 2007 Washington escalou seu comprometimento com tropas num esforço desesperado a fim de evitar a derrota iminente e recuperar a perda maciça de apoio interno.

De uma perspectiva histórica mundial, a resistência iraquiana e afegã frustrou com êxito a busca por Washington da dominação mundial da parte através de uma série de guerras ofensivas. O êxito dos movimentos de libertação nacional levaram a uma super-extensão das forças armadas imperiais dos EUA, enfraquecendo esforços para lançar as programadas guerras no terreno contra o Irão, a Síria e alhures. A resistência prolongada levou ao crescimento da oposição interna em face das infindáveis baixas americanas e do disparo nos custos financeiros.

A desmoralização da infantaria americana e da Guarda Nacional impediu Washington de dar sequência ao seu fracassado golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chávez através de uma invasão militar directa.

A prolongada guerra no Afeganistão, a deteriorar-se, com os avanço dos combatentes guerrilheiros reagrupados, especialmente entre a população civil, levou a coligação colonial controlada pelos EUA a dedicar-se ao bombardeamento indiscriminado de civis, aumentando o crescimento da resistência anti-colonial.

O êxito dos movimentos de resistência no Iraque e no Afeganistão e a atracção dos seus exemplos encorajou novas e formidáveis lutas anti-coloniais, lideradas pelo Hizbollah no Líbano, pelo Hamas na Palestina, pela União de Tribunais Islâmicos na Somália, assim como endureceu a resolução dos líderes iranianos de resistir às exigências americanas de suspenderem unilateralmente o seu programa nuclear. Em pontos mais distantes, o enfraquecimento da capacidade interventora global dos militares americanos aliviou a pressão sobre os governos progressistas na Venezuela e na Cuba revolucionária. A consolidação do governo nacionalista-populista venezuelano teve um poderoso impacto de demonstração por toda a América Latina, encorajando novos movimentos anti-imperialistas e governos dissidentes no Equador e além. Numa batalha de ideias, programas, ajuda externa e solidariedade, Bush está a perder para o presidente Chávez. Incapaz de lançar uma invasão militar em plena escala, para eliminar o governo Chávez, Washington fracassou em equiparar-se aos vastos subsídios em petróleo da Venezuela e nas prometidas propostas de integração alternativa: a ALBA prevaleceu sobre a ALCA.

O fracasso da vontade de Washington quanto a um império mundial levou ao encolhimento do seu poder relativo em comparação com a situação global anterior a 2001. E em grande parte isto se deve à capacidade de combate e à resistência organizada no Iraque e no Afeganistão: Ambos demonstraram que apesar da grande acumulação de armas para a guerra tecnológica e apesar dos monopólios de propaganda dos media, as guerras são decididas no terreno, pelas maiorias populares directamente afectadas. São elas que põem em movimento a conversão das entusiásticas maiorias internas nos EUA, favoráveis à guerra, em desmoralizadas minorias; são elas que dão determinação e resiliência aos governos do Médio Oriente vacilantes entre a colaboração e a rejeição das potências coloniais.
26/Maio/2007
O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/petras05262007.html

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
29/Mai/07

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