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Subject: Reflexões do Comandante Fidel Castro


Author:
Fidel Castro Ruz
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Date Posted: 19/03/08 16:14:56



REFLEXÕES DE FIDEL
Sede de sangue (I)

O império não se resigna a ser o único perdedor da reunião do Grupo do Rio, efetuada em Santo Domingo, em 7 de março. Quer montar de novo a sangrenta tramóia. Não é difícil demonstrá-lo.

Na terça-feira, 11 de março, o El Nuevo Herald, órgão sumamente hostil a Cuba destinado a expor os fatos da América Latina, sob o título de "Cubano é presumível líder das FARC no México", feito por um de seus articulistas nascido em nosso país, afirma:

"Um engenheiro cubano domiciliado no México foi identificado pelas autoridades de inteligência como o suposto dirigente do grupo de apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em território mexicano.

"O relatório da inteligência ―citada pelos diários El Universal e The Wall Street Journal― aponta para Mario Dagoberto Díaz Orgaz, 48 anos, como o principal suspeito de organizar a expedição de um grupo de estudantes mexicanos a um acampamento das FARC no Equador, atacado pelas forças colombianas em 1º de março."

"Agentes mexicanos dizem ter fotografado Díaz Orgaz em Quito, em 5 de março, às 18h25, enquanto perambulava pelos arredores do Hospital Militar onde está internada Lucía Andrea Morett Álvarez, sobrevivente da operação armada.

"A jovem, conhecida como ‘Alícia’ nas fileiras insurgentes, havia viajado em 10 de janeiro do México para Havana e dali para Quito. Seu retorno ao México estava previsto para a terça-feira.

"O relatório apresenta também Díaz Orgaz como operador financeiro das FARC no México…"

"O engenheiro cubano foi localizado no Equador pelos serviços de inteligência mexicanos, após ter sobrevivido ao ataque militar contra o acampamento das FARC.

"Ontem à noite, El Nuevo Herald contatou telefonicamente um amigo próximo dele na cidade de Querétaro, onde Díaz Orgaz reside e trabalha como investigador do Centro de Engenharia e Desenvolvimento Industrial, adscrito ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do governo mexicano…

"Para evitar o assédio da imprensa, Díaz Orgaz está, desde a segunda-feira, em casa de uns amigos.

"A fonte assegurou que o engenheiro cubano está em condições de demonstrar que a viagem ao Equador atribuída a ele é falsa, visto que na data em que a inteligência mexicana o localizou nor arredores do Hospital Militar de Quito, ele se encontrava na cidade de Villa Hermosa, capital do Estado de Tabasco, com um grupo de colegas do Centro de Engenharia e Desenvolvimento Industrial.

"Díaz Orgaz é originário do povoado de Bejucal, em Havana, onde nasceu em 15 de janeiro de 1960. De acordo com a informação do governo federal do México, Díaz Orgaz estudou Engenharia Mecânica no Instituto Politécnico de Vladimir, a 180 quilômetros de Moscou, e depois fez vários cursos de especialização em metrologia…"

"Seu papel foi fundamental no apoio financeiro a grupos partidários das FARC na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), um dos maiores e mais prestigiosos centros acadêmicos da América Latina…"

"As revelações do caso foram feitas poucos dias da visita da chanceler mexicana Patricia Espinosa a Havana, animada por uma política de reatamento das relações entre ambos os países.

"Em fevereiro passado, o Exército colombiano prendeu em Palmira, departamento de Valle del Cauca, o médico cubano Emilio Muñoz Franco, um optometrista mencionado como peça-chave de uma rede de apoio logístico às FARC.

"Muñoz Franco levou estudantes cubanos de medicina que fizeram o estágio em acampamentos das FARC entre 2000 e 2001.

"As autoridades colombianas consideram que há evidências suficientes contra ele para acusá-lo de estrangeiro associado à guerrilha. Seus vizinhos de Palmira asseguram que nunca souberam que ele estivesse envolvido num escândalo."

É bem clara a estúpida intenção de envolver cubanos no assunto, além da mentira sobre a impossível presença dos nossos estudantes de medicina nessa distante floresta colombiana. Quando um engenheiro ou um médico cubano abandona seu país, é alguém que vai embora com os conhecimentos que nosso povo custeou com grandes sacrifícios. Em 13 deste mês, regressaram precisamente à Pátria 177 membros da Brigada Médica e 35 professores, depois de cumprirem por dois anos sua sagrada missão no Timor-Leste.

Eu mesmo despedi-os quando partiram.

No Timor-leste, que antes da independência foi vítima de genocídio, surgiram conflitos internos apoiados pela Austrália, que, aliada dos Estados Unidos, se apropriou das reservas de gás, nas proximidades das costas timorenses. Em nenhuma circunstância, os médicos cubanos abandonaram seus pacientes, todos eles, habitantes da pequena nação. Ali ficou o pessoal que os substituiu. Eles são, com certeza, médicos e graduados cubanos, dos quais há milhares que o império fez grandes esforços por suborná-los, obtendo exíguos resultados.

Nenhum outro país do hemisfério ocidental ou do mundo possui semelhante riqueza. Hoje formamos centenas de jovens timorenses em nossas Faculdades de Medicina. Os médicos que acabam de voltar são um exemplo da força da consciência.

O citado artigo do El Nuevo Herald é também uma tentativa evidente de justificar que, entre as vítimas, havia jovens mexicanos que se entrevistavam com Reyes, por curiosidade ou por qualquer outra razão, mas não tinham colocado bombas nem mereciam serem assassinados por bombas ianques, enquanto dormiam na madrugada.

O El Mercurio, do Chile, sob o título "Desertor adverte que líder das FARC poderia ser assassinado", informa, segundo disse Pedro Pablo Montoya, ex guerrilheiro das FARC, o seguinte:

"O guerrilheiro desertor, que na semana passada matou José Juvenal Velandia, apelidado de ‘Iván Ríos’, membro da cúpula das FARC, disse ontem que os rebeldes de patentes médias e baixas poderiam assassinar seus líderes, entre os quais, o chefe máximo do grupo guerrilheiro colombiano Pedro Antonio Marín, cognominado ‘Manuel Marulanda Vélez’ ou ‘Tirofixo’.

"Pedro Pablo Montoya, alcunhado de ‘Rojas’, que desde a quinta-feira passada está sob a proteção do Exército, após se entregar com outros dois membros das FARC, depois de ter assassinado ‘Ríos’, disse numa entrevista ao jornal El Tiempo, de Bogotá, que os rebeldes sem patente estão desmoralizados e desanimados devido aos ‘maus-tratos’ por parte dos líderes da guerrilha…"

"Depois de matar o chefe dele, ‘Rojas’ cortou sua mão direita e se apresentou perante os militares, que tinham cercado sua unidade rebelde, com os documentos de identificação dele, bem como seu computador portátil.

"Em declarações à Radio Caracol, ‘Rojas’ disse que as FARC não têm vontade de libertar a ex-candidata Ingrid Betancourt. ‘Nem pelo «barrão» ―por nenhum motivo a libertam. Que dona Yolanda ―a mãe de Betancourt― pense nisso…’

"O rebelde disse que espera o pagamento de uma rendosa recompensa oferecida pelo Estado colombiano, de US$2,6 milhões, em troca de informação sobre comandantes insurgentes, ao passo que advogados debatem sobre o fato de se devem ou não cobrar o butim. ‘Rojas’ recebeu ontem à noite uma ajuda, visto que o procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, sublinhou que, ‘em princípio, a Procuradoria não faria imputação por homicídio a Iván Ríos, com o qual teria a possibilidade de cobrar a recompensa’."

De sua parte, o The Washington Post, órgão bem-informado sobre o ânimo predominante em Washington, publicou em 10 de março passado, um artigo intitulado "O anjo da guarda das FARC", redigido por Jackson Diehl, onde salienta:

"As nações da América Latina e a administração Bush estão começando a analisar uma questão muito mais grave e potencialmente explosiva: o quê fazer com a revelação de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, forjou uma aliança estratégica com as FARC contra o governo democrático da Colômbia?

"…em seu conjunto, as centenas de páginas de documentos até agora tornadas públicas pela Colômbia espelham uma situação inclusive mais arrepiante…"

"Tudo isso se expõe numa série de três correios eletrônicos remetidos em fevereiro aos principais líderes das FARC por Iván Márquez e Rodrigo Granada, enviados que tiveram uma série de reuniões secretas com Chávez…"

"Pressupondo que esses documentos sejam autênticos ―e é difícil acreditar que o friamente inteligente e calculador Uribe entregasse, a sabendas, falsificações às mídias do mundo e à Organização dos Estados Americanos―, tanto a administração Bush, quanto os governos da América Latina, terão que adoptar decisões fatídicas a respeito de Chávez. Suas ações informadas constituem, antes de mais nada, uma violação da Resolução 1373 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada em setembro de 2001."

O The Washington Post parte do suposto de que apenas Uribe pôde inventar ou entregar esse documento ao governo dos Estados Unidos e não contemplou nenhuma outra variante na complexa situação. Contudo, sabe-se que, desde a quinta-feira, dia 13, Chávez ligou para Uribe e combinou com ele uma troca de visitas dos dois presidentes e a normalização das relações de intercâmbio comercial que tanto beneficiam os dois povos. Chávez, por sua parte, não renuncia à busca da paz entre os povos irmãos da América Latina.

O mais surpreendente é o próprio discurso de Bush em 12 de março e o rápido envio da secretária de Estado, Condoleezza Rice, ao Brasil e ao Chile, tema sobre o qual as agências de notícias falam até pelos cotovelos:

"BRASÍLIA, 13 de março de 2008 (AFP) – A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o ministro brasileiro de Igualdade Racial, Edson Santos, assinaram nesta quinta-feira em Brasília um acordo para lançar um plano conjunto de ação ‘para eliminar a discriminação racial’.

"O texto do acordo destaca que o Brasil e os Estados Unidos possuem a característica de serem ‘sociedades democráticas multi-étnicas e multirraciais."

Leio e releio essas palavras. Penso que é o contrário ao que acontece realmente nos Estados Unidos, enquanto escolho cabogramas e escrevo. É surpreendente!

Prosseguirei amanhã.

Fidel Castro Ruz

15 de março de 2008

17h17

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ll Reflexões do Comandante Fidel CastroFidel castro Ruz19/03/08 16:16:51


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