VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

Login ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 123[4]56789 ]
Subject: Não há comunismo sem Estaline


Author:
José Estaline
[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]
Date Posted: 00:04:50 08/07/02 Wed
In reply to: Dolores Ibarruri 's message, "Edgar Correia ao Público" on 23:26:21 08/06/02 Tue

Não vale a pena virem com essas pseudo inovadoras opções de esquerda.
Não há comunismo sem o camarada José Estaline.
Pelo menos esta é a ideia que nos fica dos comunicados e das tomadas de posição dos camaradas que, felizmente, ainda estão na direcção do PCP.
Senão vejamos:
- Combate aos denominados renovadores, com a consequência das expulsões de pelo emnos 2 e outros que estão na calha (para melhor oportunidade);
- Publicação na imprensa do Partido de textos - porventura já esquecidos - dos gloriosos tempos da URSS de Brejenev (não do traidor Gorbatchev);
- Apelo aos valores tradicionais de uma partido marxista-estalinista - regra de ouro, disciplina férrea, centralismo, etc;
- Domínio dos organismos executivos do Partido por camaradas formados na escola do estalinismo puro, isto é, na escola de formação de quadros organizada como se o PCP ainda estivesse na clandestinidade;
- Tácticas de contra-informação típicas do regime do camarada Estaline;
- Total imobilismo da organização para não ser susceptível de infiltrações trotskistas ou mesmo sociais democratas:
- Desvalorização do papel do Partido nas instituições capitalistas - eleições e outras participações em órgãos do poder burguês;
- Criação de um núcleo duro com capacidade de sobrevivência clandestina, absolutamente isento de qualquer controlo estatutário;
- Assunpção dos ensinamentos do Zé.
Viva Estaline




>A Agenda da Esquerda
>Por EDGAR CORREIA
>Terça-feira, 6 de Agosto de 2002
>
>Continua a fazer sentido recorrer ao referencial
>"esquerda" e "direita", para situar o debate e a luta
>política e ideológica no século XXI em que acabámos de
>entrar, mais de dois séculos decorridos desde a
>Revolução Francesa, na qual esses conceitos surgiram
>pela primeira vez
>
>A reflexão estival de Mário Soares sobre o que é a
>esquerda hoje e o interesseiro e recorrente "remake"
>de Pacheco Pereira sobre a falta de "sentido" de
>dividir o mundo entre a esquerda e a direita vieram
>chamar a atenção nos últimos dias para a vivacidade do
>debate político e ideológico que está a decorrer
>(também entre nós) em torno da crise da esquerda e dos
>principais elementos definidores do seu futuro - do
>âmbito global ao local, das questões de contorno à
>definição de objectivos, das relações a estabelecer
>entre as expressões políticas, sociais e culturais.
>
>Deixemos sublinhada à partida a nossa opção
>fundamental: continua a fazer sentido recorrer ao
>referencial "esquerda" e "direita", para situar o
>debate e a luta política e ideológica no século XXI em
>que acabámos de entrar, mais de dois séculos
>decorridos desde a Revolução Francesa, na qual esses
>conceitos surgiram pela primeira vez.
>
>É evidentemente necessário reconhecer que, ao longo
>deste período, as posições que se foram historicamente
>assumindo como de esquerda, em contraposição com as
>que se foram assumindo como de direita, e
>diferenciadas das de um espaço intermédio e
>historicamente variável ao centro, tiveram
>protagonistas e contornos muito diferentes e assumiram
>distintos objectivos e combates.
>
>Não é difícil de identificar nos ideais da soberania
>popular e da democracia - nos ideais mais do que nas
>suas concretizações - um elemento constitutivo do que
>podemos designar um património comum da esquerda. Mas
>o mesmo já não pode ser dito da necessidade da
>democracia económica que há mais de um século emergiu
>no pensamento socialista, pois ela não só não foi
>assumida de forma idêntica ou convergente pelas
>diversas correntes e movimentos, como essa continua a
>constituir uma dificuldade que se encontra longe de
>estar superada.
>
>O quadro em que ao longo do século XX decorreu o
>debate político e ideológico no seio da esquerda, com
>a confrontação aguda entre correntes que disputavam
>entre si a supremacia e com a emergência da
>globalização, sofreu entretanto uma completa mutação.
>
>A implosão da União Soviética e o fracasso da
>construção do socialismo, nos países de Leste, bem
>como a acentuada perda de influência e de
>atractividade dos partidos comunistas nos países
>ocidentais estão indissociavelmente ligadas à
>derrocada histórica do paradigma comunista-estalinista
>(entendido como concepção de sociedade e de partido
>que prevaleceu entre os comunistas a partir do final
>da década de 20 do século passado) e das práticas
>antidemocráticas a que ele esteve ligado. E
>corresponde a uma alteração sem retorno, que reabre a
>esperança de futuro descortinada por Marx.
>
>Dizem os detractores que não há comunismo para além do
>paradigma comunista-estalinista, e que o comunismo se
>reduz definitivamente ao estalinismo. Esta é, aliás, a
>perspectiva que, sem surpresa, se observa em Mário
>Soares, um homem que percorreu grande parte da sua
>vida política no contexto ideológico da guerra fria e
>dos seus confrontos. E na qual acaba por radicar o
>hegemonismo com que aponta ao PS a "vocação federadora
>de todas as esquerdas", acompanhada pela recomendação
>de "muito diálogo, paciência e [utilização do] terreno
>das lutas comuns".
>
>Em sentido diverso e contrário se empenham muitos
>renovadores comunistas. Sublinham-se aqui três
>aspectos.
>
>Em primeiro lugar, assumindo abertamente a necessidade
>da renovação ideológica, política e organizacional da
>sua causa, retomando sem dogmas o caminho emancipador
>aberto no seu tempo por Marx, Lenine, Rosa Luxemburgo
>e Gramsci, e participando no trabalho de refundação de
>um paradigma comunista para o século XXI, promotor em
>todas as dimensões da vida social das mais avançadas
>formas de vivência democrática, em sintonia com as
>mudanças profundas dos novos tempos.
>
>Em segundo lugar, procurando superar proselitismos
>estéreis e acusações extremadas que marcaram no
>passado as relações entre as diferentes organizações,
>correntes e sensibilidades de esquerda. Empenhando-se
>no desenvolvimento de uma nova cultura política que,
>sem negar o espaço de afirmação própria de cada
>organização ou sensibilidade, e muito menos do debate
>aberto das suas concepções e propostas e da natural
>disputa democrática de espaços de influência, caminhe
>para um novo relacionamento que valorize a diversidade
>de pontos de vista enquanto expressão das
>diferenciações classistas e outras de diferente
>natureza que se desenvolvem na própria sociedade, o
>debate informado e argumentado das questões e a
>incessante procura de terrenos mais largos de
>convergência.
>
>Por último, assumindo a esquerda como o vasto espaço
>de todos os que se situam de uma forma mais ou menos
>crítica em relação às orientações neoliberais, e que
>estão por isso confrontados com um desafio de uma
>magnitude sem precedentes: a necessidade de encontrar
>uma linha de resposta política, económica e ideológica
>para os gravíssimos problemas com que a presente
>globalização está a confrontar todos os povos e nações
>do mundo.
>
>Nesta globalização, importa evidentemente distinguir
>os processos de natureza objectiva, que correspondem a
>necessidades e a realizações de um estádio de maior
>desenvolvimento da humanidade, da subordinação
>crescentemente contraditória desses processos à
>maximização do lucro e à extensão acelerada do domínio
>do capitalismo global, assente nos interesses do
>sector financeiro e numa competição sem limites em
>termos sociais e humanos, cujas graves consequências
>económicas, sociais e ecológicas suscitam apreensões e
>críticas cada vez mais generalizadas.
>
>É um sinal positivo que o debate à esquerda comece a
>não estar confinado à crítica dos malefícios da
>globalização neoliberal (cujo aprofundamento continua,
>sem dúvida, a ser necessário), mas que tenha começado
>a orientar-se para a questão das alternativas, ou
>seja, para a questão dos conteúdos e das orientações
>fundamentais dessa outra globalização que, na
>expressão voluntarista adoptada pelo Fórum Social
>Mundial de Porto Alegre, proclama que "um outro mundo
>é possível".
>
>Progredindo através das diferenças, esta é a agenda
>que se impõe à esquerda
>A Agenda da Esquerda
>Por EDGAR CORREIA
>Terça-feira, 6 de Agosto de 2002
>
>Continua a fazer sentido recorrer ao referencial
>"esquerda" e "direita", para situar o debate e a luta
>política e ideológica no século XXI em que acabámos de
>entrar, mais de dois séculos decorridos desde a
>Revolução Francesa, na qual esses conceitos surgiram
>pela primeira vez
>
>A reflexão estival de Mário Soares sobre o que é a
>esquerda hoje e o interesseiro e recorrente "remake"
>de Pacheco Pereira sobre a falta de "sentido" de
>dividir o mundo entre a esquerda e a direita vieram
>chamar a atenção nos últimos dias para a vivacidade do
>debate político e ideológico que está a decorrer
>(também entre nós) em torno da crise da esquerda e dos
>principais elementos definidores do seu futuro - do
>âmbito global ao local, das questões de contorno à
>definição de objectivos, das relações a estabelecer
>entre as expressões políticas, sociais e culturais.
>
>Deixemos sublinhada à partida a nossa opção
>fundamental: continua a fazer sentido recorrer ao
>referencial "esquerda" e "direita", para situar o
>debate e a luta política e ideológica no século XXI em
>que acabámos de entrar, mais de dois séculos
>decorridos desde a Revolução Francesa, na qual esses
>conceitos surgiram pela primeira vez.
>
>É evidentemente necessário reconhecer que, ao longo
>deste período, as posições que se foram historicamente
>assumindo como de esquerda, em contraposição com as
>que se foram assumindo como de direita, e
>diferenciadas das de um espaço intermédio e
>historicamente variável ao centro, tiveram
>protagonistas e contornos muito diferentes e assumiram
>distintos objectivos e combates.
>
>Não é difícil de identificar nos ideais da soberania
>popular e da democracia - nos ideais mais do que nas
>suas concretizações - um elemento constitutivo do que
>podemos designar um património comum da esquerda. Mas
>o mesmo já não pode ser dito da necessidade da
>democracia económica que há mais de um século emergiu
>no pensamento socialista, pois ela não só não foi
>assumida de forma idêntica ou convergente pelas
>diversas correntes e movimentos, como essa continua a
>constituir uma dificuldade que se encontra longe de
>estar superada.
>
>O quadro em que ao longo do século XX decorreu o
>debate político e ideológico no seio da esquerda, com
>a confrontação aguda entre correntes que disputavam
>entre si a supremacia e com a emergência da
>globalização, sofreu entretanto uma completa mutação.
>
>A implosão da União Soviética e o fracasso da
>construção do socialismo, nos países de Leste, bem
>como a acentuada perda de influência e de
>atractividade dos partidos comunistas nos países
>ocidentais estão indissociavelmente ligadas à
>derrocada histórica do paradigma comunista-estalinista
>(entendido como concepção de sociedade e de partido
>que prevaleceu entre os comunistas a partir do final
>da década de 20 do século passado) e das práticas
>antidemocráticas a que ele esteve ligado. E
>corresponde a uma alteração sem retorno, que reabre a
>esperança de futuro descortinada por Marx.
>
>Dizem os detractores que não há comunismo para além do
>paradigma comunista-estalinista, e que o comunismo se
>reduz definitivamente ao estalinismo. Esta é, aliás, a
>perspectiva que, sem surpresa, se observa em Mário
>Soares, um homem que percorreu grande parte da sua
>vida política no contexto ideológico da guerra fria e
>dos seus confrontos. E na qual acaba por radicar o
>hegemonismo com que aponta ao PS a "vocação federadora
>de todas as esquerdas", acompanhada pela recomendação
>de "muito diálogo, paciência e [utilização do] terreno
>das lutas comuns".
>
>Em sentido diverso e contrário se empenham muitos
>renovadores comunistas. Sublinham-se aqui três
>aspectos.
>
>Em primeiro lugar, assumindo abertamente a necessidade
>da renovação ideológica, política e organizacional da
>sua causa, retomando sem dogmas o caminho emancipador
>aberto no seu tempo por Marx, Lenine, Rosa Luxemburgo
>e Gramsci, e participando no trabalho de refundação de
>um paradigma comunista para o século XXI, promotor em
>todas as dimensões da vida social das mais avançadas
>formas de vivência democrática, em sintonia com as
>mudanças profundas dos novos tempos.
>
>Em segundo lugar, procurando superar proselitismos
>estéreis e acusações extremadas que marcaram no
>passado as relações entre as diferentes organizações,
>correntes e sensibilidades de esquerda. Empenhando-se
>no desenvolvimento de uma nova cultura política que,
>sem negar o espaço de afirmação própria de cada
>organização ou sensibilidade, e muito menos do debate
>aberto das suas concepções e propostas e da natural
>disputa democrática de espaços de influência, caminhe
>para um novo relacionamento que valorize a diversidade
>de pontos de vista enquanto expressão das
>diferenciações classistas e outras de diferente
>natureza que se desenvolvem na própria sociedade, o
>debate informado e argumentado das questões e a
>incessante procura de terrenos mais largos de
>convergência.
>
>Por último, assumindo a esquerda como o vasto espaço
>de todos os que se situam de uma forma mais ou menos
>crítica em relação às orientações neoliberais, e que
>estão por isso confrontados com um desafio de uma
>magnitude sem precedentes: a necessidade de encontrar
>uma linha de resposta política, económica e ideológica
>para os gravíssimos problemas com que a presente
>globalização está a confrontar todos os povos e nações
>do mundo.
>
>Nesta globalização, importa evidentemente distinguir
>os processos de natureza objectiva, que correspondem a
>necessidades e a realizações de um estádio de maior
>desenvolvimento da humanidade, da subordinação
>crescentemente contraditória desses processos à
>maximização do lucro e à extensão acelerada do domínio
>do capitalismo global, assente nos interesses do
>sector financeiro e numa competição sem limites em
>termos sociais e humanos, cujas graves consequências
>económicas, sociais e ecológicas suscitam apreensões e
>críticas cada vez mais generalizadas.
>
>É um sinal positivo que o debate à esquerda comece a
>não estar confinado à crítica dos malefícios da
>globalização neoliberal (cujo aprofundamento continua,
>sem dúvida, a ser necessário), mas que tenha começado
>a orientar-se para a questão das alternativas, ou
>seja, para a questão dos conteúdos e das orientações
>fundamentais dessa outra globalização que, na
>expressão voluntarista adoptada pelo Fórum Social
>Mundial de Porto Alegre, proclama que "um outro mundo
>é possível".
>
>Progredindo através das diferenças, esta é a agenda
>que se impõe à esquerda

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]


Post a message:
This forum requires an account to post.
[ Create Account ]
[ Login ]

Forum timezone: GMT+0
VF Version: 3.00b, ConfDB:
Before posting please read our privacy policy.
VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.