Subject: Re:Ser Menos Primário e Mais Objectivo |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 11:04:43 02/16/04 Mon
In reply to:
Teresa Pereira da Fonseca
's message, "Re: "É necessário chamar os bois (os beatos) pelos nomes"" on 11:38:36 02/14/04 Sat
É evidente ,e já se sabia, tratar-se de uma reunião onde pontificavam personalidades ligadas às áreas económicas mais significativamente comprometidas com o modelo económico prevalecente e que o desejam vêr consolidado , reforçado e ampliado.
Tal como no tempo do fascismo , também os sectores económicos mais dinâmicos e que almejavam actualizar-se com os avanços do capitalismo tentaram romper com os espartilho económico do nacional fascismo ,ultramarino-dependente, mas mantendo as velhas estruturas politicas, o que se revelou uma contradição nos termos.
Os beatos são de facto consequentes ,eles querem claramente o alinhamento com um modelo económico na base dos pressupostos que alimentam o neoliberalismo ,sendo certo que isso passa por um grande impulso endógeno de mudança , impulso que na sua perspectiva passaria pela renovada vitalidade da sociedade civil.
O que se deve perguntar é se essa alavanca para a competitividade estrutural significa ignorar o papel dos trabalhadores e / ou a sua desvalorização como perpassou no encontro dos "senhores".Não é novidade que o neoliberalismo não só gera uma crescente acumulação das riquezas e de poder mas , também , uma instabilidade crescente e, além do mais, permite formas perversas de gestão que conduzem a efeitos de exclusão social e da maior subalternização do Estado social; hoje ,não é mais possível ignorar... Não se pode é estar com Deus e com Diabo ,mas é bom que se leia nos enterst´cios...Como dizia Marx o capitalismo não subsiste sem se revolucionar constantemente e, esta noção dinâmica ,é lógicamente apreendida pelos seus serventuários.
>
>Na parte em que se refere aos participantes do
>encontro no Beato, o autor chama a atenção para uma
>questão importante: a real identidade de quem está por
>trás dela, trocada por miúdos.
>
>Diz o Vítor Dias: “francamente, apetece dizer que
>teria sido uma bela ideia se, no início das
>intervenções no Convento do Beato, o ecrã electrónico
>passasse a informação dos vencimentos, mordomias e
>bens dos oradores.”
>
>Eu vou mais longe, gostaria de conhecer quem são e que
>grupos económicos ou empresas representam estas
>criaturas. É que até consultei o site desta
>organização/iniciativa, mas lá não há nada que me
>esclareça. O site a única coisa que traz é uma
>listagem ordenada alfabeticamente com 120 nomes de
>“promotores”.
>
>Curiosamente traz até menos informação do que a
>listagem do Manifesto dos 40 (que há tempos atrás
>organizou uma acção de lobbying semelhante) e onde
>cada subscritor tinha pelo menos a indicação da sua
>profissão ...gestor, empresário, professor, etc.
>
>Pior ainda, lemos nos jornais e semanários paginas e
>paginas sobre o assunto, vimos nas televisões noticias
>e entrevistas e o mistério permanece. E não foi por
>falta de jornalistas presentes e intervenientes nesta
>I Convenção.
>
>Da comunidade académica também até à data não veio
>nenhuma luz. E estiveram lá professores universitários.
>
>Seria um trabalho útil que alguém escalpelizasse quem
>está por trás deste show-off tão exemplar da
>globalização e dos seus lobbies e que como outros que
>se realizam um pouco por todo o lado, peca pela total
>falta de transparência.
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