Tarefa 12 - Grupo1 - Espanhol -- ufmgprat

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Date Posted: 18:21:03 06/24/04 Thu
Author: Juliane Matarelli e Carolina Ribeiro
Subject: Tarefa 12 - Grupo1 - Espanhol

Tarefa 12
O texto liter�rio no ensino de l�ngua estrangeira

Carolina Ribeiro
Juliane Matarelli

Utilizar textos liter�rios como subs�dios para elabora��o de aulas de l�ngua estrangeira � estrat�gia eficiente e produtiva. Cabe ao professor empenhar-se em conhecer os interesses dos alunos e propor-lhes algo que aproxime-se de suas experi�ncias, suas viv�ncias. � claro que h� sempre a chance de enganos e dif�cil seria agradar a todos com a escolha do texto, entretanto, ainda que n�o mobilize positivamente todo um grupo de alunos, pode funcionar como elemento instigador e provocador para aqueles que por ventura n�o se identifiquem com o texto escolhido; conflito proposto e bem trabalhado, o que seguramente ocorrer� � aprendizado. A literatura, por falar de situa��es comuns a muitas pessoas, tendo como refer�ncia a lente do autor, gera sempre movimento. Um bom texto liter�rio, ir� sempre mobilizar o esp�rito do leitor, seja atrav�s da identifica��o e deleite ou atrav�s da decep��o: n�o importa. Como define Ant�nio C�ndido, citado em ALCARAZ, p.316, �a literatura � um direito que todo ser humano tem para garantir o desenvolvimento de sua p�ropria humanidade�. Ilus�o � crer que o desenvolvimento de cada um de n�s ocorre sem conflitos, sem diverg�ncia de id�ias. Ao contr�rio, o conflito movimenta mais que a identidade. Assim, propor boa literatura como objeto de trabalho em aulas de l�ngua estrangeira � preparar-se para o conflito e consequentemente lan�ar-se ao desaf�o do vir-a-ser.

Um bom poema ou uma boa prosa traz sempre in�meros elementos que podem ser trabalhados durante uma aula de l�ngua estrangeira; vocabul�rio, elementos gramaticais, pros�dia e conte�do do texto apresentado podem ser explorados visando estimular a pr�tica das destrezas/compet�ncias dos alunos.
A seguir apresentamos um pequeno poema de Julio Cortazar, extra�do de Algunos pameos y otros prosemas. Barcelona: Plaza & Jan�s Editores, S.A., 1988.
Pensamos uma s�rie de propostas onde o poema � o motim dos acontecimentos.
O n�vel para o qual a proposta foi elaborada � intermedi�rio/avanzado.

1- Introdu��o do tema, proposta de produ��o oral.

�Qu� podr�as decir sobre eso que se denomina amor? �C�mo te sientes cuando est�s enamorado/a? �Las cosas pr�cticas, como el trabajo, las cuentas, los conflictos pol�ticos tienen, para ti, la misma importancia cuando est�s apasionado/a y cuando no lo est�s?

2 � Proposta de produ��o escrita

Piensa c�mo te sientes cuando est�s totalmente enamorado/a; di si en este momento la vida te presenta la misma intensidad de colores, de sonidos... intenta, de la manera m�s objectiva posible, describir tus sentidos en momentos en los cuales a ti te acerque un sentimiento que para ti tenga el nombre de �amor�.

As duas propostas acima funcionam como uma prepara��o, um aquecimento para que o poema possa ser apresentado dentro de um clima, um contexto apropriado. Se a aula for em grupo, prev�-se que as pessoas opinem, interagindo com seus colegas. Por ser um tema que a todos interessa, a chance de n�o haver participa��o dos integrantes do grupo � bastante pequena.

A continuaci�n te presentamos un poema de Julio Cortazar, escritor argentino. Leelo e intenta comparar los sentimientos del autor com los tuyos.

Los Amantes

�Qui�n los ve andar por la ciudad
si todos est�n ciegos?
Ellos se toman de la mano: algo habla
entre sus dedos, lenguas dulces
lamen la h�meda palma, corren por las falanges,
y arriba est� la noche llena de ojos.

Son los amantes, su isla flota a la deriva
hacia muertes de c�sped, hacia puertos
que se abren entre s�banas.
Todo se desordena a trav�s de ellos,
todo encuentra su cifra escamoteada;
pero ellos ni siquiera saben
que mientras ruedan en su amarga arena
hay una pausa en la obra de la nada,
el tigre es un jard�n que juega.

Amanece en los carros de basura,
empiezan a salir los ciegos,
el ministerio abre sus puertas.
Los amantes rendidos se miran y se tocan
una vez m�s antes de oler el d�a.

Ya est�n vestidos, ya se van por la calle.
Y es s�lo entonces, cuando est�n vestidos,
que la ciudad los recupera hip�crita
y les impone los deberes cotidianos.

3 � Busca en el texto las palabras que te sean desconocidas. Intenta formar frases con ellas. Ens��alas a tus colegas.

4 - �Qui�n son los �ciegos� de los cuales habla el autor?

5 - �Hay una escena, una situaci�n que se forma para ti al leer del texto?

6- �Los amantes rendidos se miran y se tocan
una vez m�s antes de oler el d�a.�
�C�mo comprendes el verbo render en el verso arriba?

7 � ��Qui�n los ve andar por la ciudad
si todos est�n ciegos?�
�Por qu� cree el autor que �todos est�n ciegos� ?

Trabalhar com textos liter�rios que proponham envolvimento, fazer com que as pessoas se aproximem do texto, faz com que a l�ngua seja o �meio� e n�o o �fim�. Aprender um idioma � aprender, em outra l�ngua, aquilo que poder�amos aprender em nossa pr�pria �s�lo que com outra mirada�. Assim, professores e alunos n�o se enfadam, pois em cada novo aprendizado h� sempre um risco: risco de nos transformarmos. Um bom professor n�o deve jamais temer tal risco e deve estimular seus alunos a se lan�arem a ele, sempre!

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[> Re: Tarefa 12 - Grupo1 - Espanhol -- Vera, 10:22:40 06/29/04 Tue [1]

>Trabalhar com textos liter�rios que proponham
>envolvimento, fazer com que as pessoas se aproximem do
>texto, faz com que a l�ngua seja o �meio� e n�o o
>�fim�. Aprender um idioma � aprender, em outra
>l�ngua, aquilo que poder�amos aprender em nossa
>pr�pria �s�lo que com outra mirada�.

Concordo plenamente. Parab�ns pelo �timo exerc�cio.

Vera

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