Tarefa 13 -- ufmgprat

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Date Posted: 20:50:22 06/29/04 Tue
Author: Carolina Ribeiro e Juliane Matarelli
Subject: Tarefa 13

A quest�o da autonomia no processo de aprendizagem do aluno � abordado de maneira curiosa por JOS� e LEFFA. Curiosa porqu� ao mesmo tempo que percebemos a necessidade da busca individual pelo conhecimento, confronamo-nos com o fato de que na verdade, nossa voz � composta por muitas outras vozes "podemos nos assentar sobre ombro de gigantes" e assim nossa possibilidade de apreens�o do que denominamos conhecimento se amplifica; sobre ombros de gigantes podemos ver mais longe...
JOS� cita, em seu texto, trechos dos Par�metros Curriculares Nacionais e trechos de trabalhos de Vygotsky. Aqui j� temos dois gigantes, tanto o PCN como Vygostsky: ambos registro da uni�o de v�rias vozes, de anseios de muitos integrantes de uma na��o.
Pensar em autonomia dentro de uma sala de aula �, por si, um esfor�o consider�vel, j� que a pr�pria estrutura de uma sala de aula, com paredes reunindo as pessoas para a propaga��o daquilo que, pressup�e-se, uma sabe mais que os demais. Essa "uma pessoa" � o professor, aparentemente detentor do conhecimento que se incumbe transmitir. �s vezes penso, (quase sempre!)que devemos observar mais de perto a palavra, esse nosso ve�culo transportador... S� pode ser verdade a chamada "a��o partilhada" de Vygotsky, afinal, cada um de n�s s� existe na palavra na intera��o com o outro. Poder�amos existir como ermit�es, por exemplo, mas nesse caso, n�o ter�amos a articula��o das palavras e o assunto seria outro... o que importa dizer aqui � que conhecimento � tudo aquilo que se constr�i na intera��o com o outro, a natureza e com a palavra. Se n�o � assim, pode ser transmitida uma sabedoria, como ocorre com v�rias tribos que buscam, partilhar a sabedoria de outras formas e n�o s� atrav�s das palavras. Quando entramos numa sala de aula e come�amos a 'ensinar' o que quer que seja, fazendo uso da palavra como ve�culo informativo, estamos, desde o minuto em que chegamos at� nossa sa�da, construindo conhecimento partilhado. Tudo o que ocorre num ambiente de sala de aula em grupo, � de autoria do grupo, do momento. Sentir o p�blico � exerc�cio para o qual existem in�meras t�cnicas. Possuir o term�metro para avaliar a temperatura de uma turma � obriga��o de todo professor. A sensibilidade deve est� suficientemente aflorada para que a criatividade possa atuar, promovendo momentos de descobertas coletivas que ir�o mobilizar dentro de cada um, seja essa pessoa professor ou aluno, um forte interesse por buscar mais para compartilhar mais.
Assim, o esperto professor, munido de seu termometro, dever� perceber interesses significativos para a turma e assim propor atividades que prenunciem algo mais interessante que dever� ser buscado pelo pr�prio aluno. O modelo de professor autorit�rio e detentor de todos os instrumentos coercitivos j� � algo bastante antigo. Ap�s tantos anos de estudo, pesquisas, observamos que apenas pessoas med�ocres se contentam com o 'poder' proporcionado pela rela��o professor/aluno. Os bons professores sabem estimular no aluno a busca por desafios, por outros mundos.

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