TAREFA 14: GRUPO 02, PORTUGU�S -- ufmgprat

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Date Posted: 19:07:47 07/06/04 Tue
Author: Ana Carolina e V�nia
Subject: TAREFA 14: GRUPO 02, PORTUGU�S

AVALIA��O
A prova analisada se trata da segunda avalia��o de um certo curso de Portugu�s para Estrangeiro, de n�vel avan�ado, no valor total de 15 pontos. Este segue o m�todo comunicativo.
A prova foi muito bem elaborada, contendo textos interessantes, como uma cr�nica de Rubem Braga, �A casa�, contida no livro �Ai de ti, Copacabana�, a letra de uma m�sica de Z� Rodrix, �Casa de Campo� e um texto de Marina Colassanti �Apoiando-se no espa�o vazio�. Podendo, por�m por causa do vocabul�rio e do elevado n�mero de quest�es subjetivas (trata-se de uma prova, quase toda, aberta) despender muito tempo para sua aplica��o e corre��o. E provavelmente levou o mesmo, ou mais tempo, para ser elaborada demonstrando a preocupa��o do professor em aplicar uma boa avalia��o no aluno, de forma comunicativa e reflexiva.
Essa preocupa��o aparece at� mesmo no fato de selecionar um texto para compreens�o auditiva de car�ter socio-cultural, sob o nome Sindicato pela Crian�a.
Deve-se observar que h� v�rias quest�es de interpreta��o de texto, muito diferente das provas comuns de l�ngua estrangeira.
O professor d� enfoque a interpreta��o de texto, ao o que o aluno assimilou deste, assemelhando a provas de l�ngua portuguesa do ensino fundamental, porque apesar de ter um bom conte�do n�o faz o aluno refletir muito, h� quest�es de respostas objetivas, n�o reflexivas que as repostas s�o identificadas rapidamente, como: �8. No texto �A Casa� h� apenas um caso de pronome complemento. Transcreva-o e explique o porqu� de sua posi��o em rela��o ao verbo�, um claro exerc�cio de foco na forma. Por�m, em contra ponto, h� v�rias perguntas que valoriza a opini�o do aluno, apresentando tra�os de autonomia, como: �3. Voc� concorda com a id�ia de que �casa � o lugar para andar nu de corpo e de alma, e s�tio para falar sozinho�? Por qu�?�.
A quest�o voltada para a reda��o tamb�m � interessante, acreditamos ser at� mesmo o ponto alto da prova, o professor prop�s o seguinte �5. Imagine que voc� � um corretor de im�veis. Escreva um texto mostrando como voc� convenceria o narrador a comprar uma �bel�ssima� casa moderna. (Lembre-se: � o final do m�s, suas contas est�o vencendo e o dinheiro da comiss�o � fundamental para voc�)� e a seguir o texto �Casa de Campo� � apresentado para ajudar na elabora��o.
O interessante � o fato do professor criar um ambiente, um contexto real para o aluno escrever seu texto, n�o o deixando inseguro, sem apoio, acreditamos que o texto auxiliar era dispens�vel, mas mesmo assim � uma tarefa bem criativa.
Tendo por base o texto de LOPES (2000) observa-se a presen�a das seguintes quest�es que precisam ser revistas, a cl�ssica quest�o de completar, onde �h� uma testagem de itens isolados da l�ngua principalmente regras gramaticais�, trata-se da quest�o de n�mero 09 sob a seguinte ordem �leia o texto a seguir� e �a. utilize o pronome obl�quo LHE conforme as regras de coloca��o� �Durante mais de vinte anos partilhou a cama com sua esposa chinesa. E embora Ching-Ping-Mei n�o ______ tivesse _____ dado filhos sabia o quanto ela os desejara. V�rias vezes ao longo daquele tempo, ____ dissera ____ ter estado gr�vida, perdendo a crian�a em lament�veis acidentes�, como pode-se perceber �esse tipo de testagem � caracter�stico da abordagem estrutural, que tem seu foco no conhecimento de estruturas e formas, e n�o na abordagem comunicativa�.
O mesmo ocorre na quest�o de n�mero 07 �observe as palavras destacadas no texto. Quais delas deveriam receber acento gr�fico? (�) acentue-as quando necess�rio� as palavras s�o as seguintes �jardins�, �voc� �ficara� com a sala ampla e cheia de luz�, �trancas�, �A� mocidade, �inviolavel�, �sitio�.
Dessa forma � importante ressaltar que ter compet�ncia ling��stica para completar ou compor senten�as corretamente n�o significa ter capacidade para usa-las para fins de comunica��o. Al�m disso, essas quest�es n�o d�o oportunidades para que o aprendiz use a l�ngua criativamente, isto �, que tenha independ�ncia comunicativa.
Essas mesmas quest�es apresentam problemas com rela��o aos meios de avalia��o que s�o diretamente quantitativos, revelando somente o n�mero de respostas corretas ou incorretas. Morrow, por outro lado, diz que os testes comunicativos devem ser elaborados para revelar n�o apenas o n�mero de itens que s�o respondidos corretamente, mas para revelar a quantidade do desempenho de l�ngua de aprendiz. Assim, percebe-se que isso n�o ocorre nas quest�es 09 onde h� o total de dez espa�os em branco e a quest�o vale 1,5, assim como a quest�o 07 tem o valor total de 1,5 para 6 palavras, acredito que essas quest�es poderiam ter sido retiradas da prova n�o sendo necess�ria na mesma.
O professor poderia, talvez, ter induzido o aluno a escrever de uma forma que precisa-se usar os pronomes obl�quos e quem sabe uma quest�o onde o professor pedi-se diretamente ao aluno algumas palavras do texto onde ele via problema do acentua��o e por qu�.
N�o podemos deixar de dizer que ao colher a prova, o professor deixou claro que as de n�veis inferiores eram menos comunicativas, n�o por n�o admirar, n�o aprovar ou n�o adotar o m�todo comunicativo, mas porque o professor ap�s tentativas, percebeu que tarefas comunicativas s�o muito dif�ceis de serem compreendidas por alunos orientais. Dessa forma o professor prefere ambientar os alunos ao com o m�todo estruturalista para depois adotar o comunicativo. Por esse motivo o professor preferiu n�o nos fornecer uma prova de n�vel b�sico, segundo as palavras deste ir�amos achar in�meros problemas em rela��o ao m�todo comunicativo e, talvez, ir�amos sair falando mal da metodologia adotada pelo curso.
Acreditamos que a quest�o alunos orientais vs. m�todo comunicativo � um assunto que possa e deva ser estudado.

BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimens�es comunicativas do ensino de l�nguas. Campinas: Pontes, 1993. (cap. VIII, p. 67-75).

LOPES, C. R. Avalia��o comunicativa de l�nguas: uma an�lise de testes escritos. IN: MELLO, H.A.B. e DALACORTE, M.C.F. A sala de aula de l�ngua estrangeira. Goi�nia: Editora UFG, 2000. p.111-122

SCARAMUCCI, Matilde V. Ricardi. Avalia��o de rendimento no ensino aprendizagem de portugu�s l�ngua estrangeira. In: ALMEIDA FILHO, Jos� Carlos Paes de (org). Par�metros atuais para o ensino de portugu�s l�ngua estrangeira. Campinas, SP: Pontes, 1997. p. 75 a 88.

TUSSI, R. C. Avalia��o, estilos e aprendizagem em l�ngua estrangeira. In: STURN, L & ARA�JO, D.D. S�culo XXI: um novo olhar sobre o ensino e a aprendizagem de l�nguas estrangeiras. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2002. p. 19 a 49

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Replies:

[> Re: TAREFA 14: GRUPO 02, PORTUGU�S -- Vera, 18:43:45 07/14/04 Wed [1]

Que bom que voc�s encontraramuma boa prova. Realmente, os asi�ticos ficam pouco confort�veis com a abordagem comunicativa.

Vera

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