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Date Posted: 16:50:25 06/04/04 Fri
Author: Fernando Maia Tepedino
Subject: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês

Tarefa 10

Grupo 2 - Inglês

Membros do Grupo:

Fernando Maia Tepedino
Heleno
Patrícia Rosa


Atividades de Produção Textual

Introdução:

Desde a primeira tarefa de análise de livros didáticos, o grupo sempre achou que este era um ponto importante, mas não o principal para a abordagem comunicativa de ensino de língua estrangeira. Esta defende como de fundamental importância, que o ensino deva estar inserido dentro de um contexto e o mais próximo possível da realidade dos alunos. Como a maioria dos livros de inglês adotados nas escolas brasileiras é estrangeiro e se destina ao aprendizado do idioma em todo o mundo, não há como este se encaixar totalmente na nossa cultura. É fundamental que a utilização dos livros pelos professores, seja feita de uma maneira bem crítica, ou seja, não devemos segui-los cegamente, como se fossem receitas que nos levarão ao sucesso. Cabe a cada professor sentir a realidade dos seus alunos e, a cada momento, adaptar, modificar, substituir ou até mesmo abandonar atividades que não sejam adequadas ou que não tenham muita relação com a nossa realidade cultural.
No caso específico das atividades de escrita, a importância de se escolher atividades criativas e que possam motivar os alunos é primordial, uma vez que este tipo de atividade, geralmente não é prazerosa para os alunos. A grande maioria das pessoas não gosta, não tem muito costume, e em muitos dos casos apresenta graves problemas de expressão até mesmo na sua língua materna.
De acordo com a bibliografia recomendada, a exploração da atividade de escrita em uma língua estrangeira depende muito da maneira como ela é conduzida pelo professor. É de fundamental importância que os alunos sejam informados da finalidade da atividade, a qual leitor a sua escrita se destina, quais técnicas deverão ser adotadas (exercícios controlados, abordagem colaborativa, peer-editing). Além disto, as atividades de escrita serão muito mais produtivas quando estiverem interligadas com o desenvolvimento das outras habilidades (listening, reading e speaking). Deve-se ter muito cuidado com a forma de correção dos textos produzidos pelos alunos. Devemos utilizar os erros como nossos aliados para enriquecimento do aprendizado, mas, a maneira como muitos educadores dão feedbacks para os seus alunos pode vir a inibi-los na sua criatividade e na vontade de correrem riscos em textos futuros.


Análise dos livros

Foram analisados, pelos membros do grupo, dois livros bastante distintos:

Objective CAE - Felicity O'Dell e Annie Broadhead - Nível avançado e
American Blue Print (Brian Abbs & Ingrid Freebairn) - Longman - Nível mais básico

Pela diferença, até mesmos do tipo de alunos a que se destinam os livros, há muitos pontos bastante distintos entre os dois livros, no que se refere às atividades de escrita.
No livro mais avançado (Objective CAE), são propostas muitas e bem variadas atividades de escrita, sendo que a grande maioria se propõe a desenvolver esta habilidade, bastante exigida nos exames de certificação de Cambridge. Já no livro mais básico há pouca exploração da atividade de escrita, talvez pelo fato do livro se destinar a alunos de níveis básico e/ou intermediário e, destas, a maioria se limita ao vocabulário ou gramática (preenchimento de formulários, reescrita de palavras numa determinada ordem - advérbios, por exemplo, criação de listas de sinônimos, antônimos, adjetivos, etc.).
Nos dois livros, são propostas atividades de escrita associadas a outras habilidades: "reading" - texto, carta, propaganda, biografias etc.; "listening" - trechos históricos, discursos, alguém que está viajando, planos para o futuro, emprego, etc. e contextualizadas.
Alguns exercícios propostos, apesar de serem controlados e não permitirem muita liberdade de criação e produção são vistos pelo grupo como interessantes, pois permitem que o aluno faça uma reflexão sobre a importância da produção de um texto conciso, claro, objetivo e que consiga transmitir corretamente para o leitor o sentido desejado:
Ex 1 - Esta mensagem é muito longa e há informação irrelevante. Reescreva-a com aproximadamente 100 palavras.
Ex 2 - Esta mensagem não está suficientemente clara. Reescreva-a para que ela se torne mais precisa e clara.
Um ponto apontado como positivo no livro mais avançado e cuja ausência foi criticada no livro básico foi a apresentação de dicas para a melhoria da qualidade da escrita do aluno:
1 - O texto deve cobrir todos os pontos relevantes que se deseja comunicar
2 - O registro (formal, neutro, informal) deve ser adequado para a situação
3 - A escrita deve ser clara, precisa e organizada
4 - O lay-out do texto deve ser adequado e facilitar a leitura
5 - O texto deve ser relido pelo escritor para verificação de gramática, ortografia, pontuação, repetições, seqüência, coesão
6 - O estilo deve ser apropriado e consistente
7 - Considere o efeito que o escritor pretende causar no leitor
O livro avançado também sugere um volume muito grande de atividades de escrita mais livres (produtivas) onde o aluno tem mais espaço para desenvolver a sua criatividade e, por geralmente se sentir mais motivado neste tipo de atividade, estará mais propenso a se aventurar a correr mais riscos e a praticar suas próprias estratégias de expressão:
Exemplo:
1 - É apresentada uma propaganda de um pacote turístico. O aluno deverá escrever uma carta formal para a agência de viagem reclamando de pontos de propaganda que julga não tenham sido devidamente atendidos.
Este tipo de exercício permite que o aluno crie um texto próprio, podendo basear-se em algum fato real que já tenha vivido ou apelar para a imaginação e criar uma história fictícia.
O livro básico foi bastante criticado por praticamente não trabalhar com atividades livres de produção de textos.
Um ponto negativo comum entre os dois livros analisados é a presença de muitos exercícios que não consideramos como importantes para a comunicação, uma vez que tratam de conhecimentos que poderão ser facilmente adquiridos naturalmente pelo aluno e que não deveriam receber tanta importância por parte dos livros didáticos e nem dos professores, uma vez que certamente não impedem a comunicação:
Ex 1 - Concertar erros de ortografia em um texto dado. A maioria dos erros estão relacionados com a utilização ou não de letras duplicadas: Ex: dictionnary, interrested, etc.
Ex 2 - Pontuar e acertar a utilização de maiúsculas. Está relacionado com particularidades de pontuação da língua inglesa (que nem os próprios nativos utilizam corretamente) e com regras de utilização de maiúsculas. Ex: English, Wednesday, August, etc.


Conclusão

A escrita se inscreve, de forma integrada com as outras habilidades de compreensão oral, leitura e expressão oral, em um contexto de aprendizagem de uma língua. Ela é muito importante, não apenas para exercitar e testar a gramática e o vocabulário estudados, mas, principalmente, para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, comunicativas e das características afetivas do aluno.
As atividades de escrita são, geralmente, mais trabalhosas e não são vistas como interessantes pela maioria dos alunos. Cabe ao professor a criatividade para propor atividades que possam ser desafiadoras e motivadoras para as características e particularidades dos seus alunos. A habilidade de escrita está muito relacionada com a prática de leitura do aluno (mesmo na língua materna). A leitura fornece idéias, cultura, e, principalmente, modelos que poderão ser utilizados de forma inconsciente pelo aprendiz ao produzir seus próprios textos.
Um fator importante a ser considerado pelo professor é o cuidado que este deve ter com a correção das atividades. Quando a atividade proposta é contextualizada e os seus objetivos são apresentados de maneira clara para os alunos, sem dúvida alguma estes se mostram muito mais motivados, o que os torna mais criativos e dispostos a correr mais riscos para a produção de um texto mais elaborado e que possa transmitir corretamente a sua mensagem. Entretanto, este tipo de atividade está bem mais sujeita ao aparecimento de erros do que atividades mais controladas. O professor deve utilizar estes erros como algo produtivo para a aprendizagem. O feedback não deve restringir aos erros de gramática, vocabulário e ortografia. Devem ser apontados os pontos positivos e negativos do conteúdo, da clareza e objetividade, da coesão e das estratégias utilizadas pelo escritor na sua tentativa de comunicação com o leitor.
É muito comum, até mesmo para os falantes nativos de determinada língua, dificuldades na expressão através da escrita. Acredito que o desenvolvimento desta habilidade na língua materna possa ter reflexos positivos importantes também na produção de textos bem elaborados em uma língua estrangeira. Quem tem dificuldades para elaborar um texto bem organizado na sua língua materna, certamente terá uma dificuldade igual ou ainda maior quando for escrever em uma língua estrangeira. Para estas pessoas, a prática de escrita na língua estrangeira poderá contribuir para a melhora da qualidade dos textos produzidos na sua língua materna.


Atividades Propostas

O grande problema das atividades de escrita propostas é que os alunos realmente não se sentem nem um pouco motivados para tomarem um trabalho bastante considerável para produzir um texto totalmente irreal e que não tenha nenhuma utilidade prática (a não ser a de desenvolver a sua habilidade de escrita). Acredito que a motivação poderá ser bem maior, caso os alunos consigam enxergar que os textos que produzem são reais, estão relacionados com o seu dia a dia e poderão realmente transmitir algum conteúdo útil para os seus leitores.

1 - Ler um livro autêntico, à escolha do aluno, e fazer uma crítica recomendando ou não a leitura para os outros alunos da sala. A crítica deverá ser distribuída para os colegas, apresentada e discutida em sala de aula.
Comentário: Esta é interessante, pois integra várias habilidades (leitura, escrita, compreensão oral (para os outros alunos) e expressão oral (para o apresentador)) em uma única atividade. O objetivo e os leitores / interlocutores estão bem claros para quem vai elaborar a apresentação. Este tipo de atividade é muito boa pois incentiva a leitura (tão importante para quem quer escrever bem) e permite que os alunos escrevam as suas opiniões de maneira bastante natural (todos nós, ao lermos um livro, já vamos fazendo naturalmente o seu julgamento). Os alunos e o professor podem ser influenciados a ler os livros que receberam críticas positivas dos colegas.

2 - Corresponder, através da internet, com falantes nativos ou estudantes de inglês que moram em outros países. Este tipo de interação é muito produtiva, pois, como ela ocorre entre falantes de línguas nativas diferentes e com pessoas de culturas distintas, ela obriga o escritor à elaboração de um texto claro e conciso, para que a comunicação possa ocorrer. A atividade, por trabalhar com uma situação real, motiva o aluno a realmente produzir o melhor texto que for capaz.

3 - Faça um diário descrevendo todas as atividades que você tenha feito para o desenvolvimento das suas habilidades em inglês durante a semana (leitura de livros, revistas, etc., filmes que tenha assistido, programas na TV, músicas, etc.). Envie uma cópia para que o professor ou algum colega mais proficiente possa fazer correções, observações, comentários, etc.

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Replies:

[> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- José Euríalo, 06:52:06 06/05/04 Sat [1]

Patrícia, Fernando e Heleno:

Gostei muito do conteúdo do texto que vocês escreveram, bem como das tarefas sugeridas.

Vocês abordaram questões apontadas por aquela pesquisadora, criticaram os livros de forma coerente, mas senti falta de diálogo claro com o texto de BASTOS (1999), que vocês não mencionaram. Foi por lapso ou vocês realmente não quiseram estabelecer, abertamente, tal diálogo? Parece-me que o único trecho em que vocês fizeram uma vaga menção a uma bibliografia teórica foi naquele em que escreveram: "De acordo com a bibliografia recomendada, a exploração da atividade de escrita em uma língua estrangeira depende muito da maneira como ela é conduzida pelo professor...". Por sinal, trecho que apreciei muito!

José Euríalo.


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[> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Fernando Maia Tepedino, 08:08:58 06/05/04 Sat [1]

José Euríalo,

Obrigado pela crítica. Realmente nós fizemos o diálogo com o texto do BASTOS de maneira implícita e não incluímos a bibliografia no final do trabalho. Para um trabalho acadêmico, o ideal seria a utilização de referências explícitas e a inclusão da bibliografia.

Fernando.


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[> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Heleno José de O. Campos, 08:38:14 06/05/04 Sat [1]

José Euríalo,

Obrigado pelos comentários. Como o Fernando já te respondeu a questão da referência ao texto do BASTOS, gostaria apenas de acrescentar que vejo este tipo questionamento e interação como muito importante para todos nós (coisas que podem passar despercebidas em um grupo serem identificadas e apontadas por membros de outros grupos).

Um abraço,
Heleno.


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Daniel, 13:10:58 06/06/04 Sun [1]

Gostei muito do texto, principalmente da introdução. A análise dos livros foi muito boa, apesar de, como disse José Euríalo e explicado por vocês depois, a referência ao texto-base não foi explicita. E as sugestões foram muito boas. Me deu uma idéia para pôr em prática semestre que vem.

Abraços!

Daniel


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Vera, 22:33:20 06/07/04 Mon [1]


>Desde a primeira tarefa de análise de livros
>didáticos, o grupo sempre achou que este era um ponto
>importante, mas não o principal para a abordagem
>comunicativa de ensino de língua estrangeira.


Qual é o referente para o demosntrativo "ESTE" em "este era um ponto". Não consegui entender o parágrafo acima.

Vera


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[> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Fernando Maia Tepedino, 18:09:38 06/08/04 Tue [1]

Vera

O "este ponto" se refere aos livros didáticos. O grupo discutiu e concordou que as nossas últimas atividades estão muito centradas na análise dos livros didáticos, contrariando um pouco o conteúdo da maioria dos artigos indicados para leitura que ressaltam como muito mais importante para a abordagem comunicativa a abordagem e estratégias de ensino do professor. O livro deve ser visto mais como um auxiliar e não como o elemento mais importante do processo.
Somente o professor saberá escolher as atividades mais apropriadas e motivadoras para cada os seus alunos. Os livros, como são feitos para serem adotados em vários locais (países, estados, cidades, escolas), acabam não se adaptando totalmente às particularidades de nenhuma cultura.

Fernando.


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[> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- c, 09:22:28 06/09/04 Wed [1]

Parabéns pelo trabalho completo que fizeram, principalmente pela ressalva que fizeram na introdução do texto de vocês: "Como a maioria dos livros de inglês adotados nas escolas brasileiras é estrangeira e se destina ao aprendizado do idioma em todo o mundo, não há como este se encaixar totalmente na nossa cultura."


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[> [> Re: Tarefa 10 - Grupo 2 - Inglês -- Carlos Júnior Borges, 09:24:32 06/09/04 Wed [1]


Quando enviei a mensagem anterior não apareceu meu nome, somente a letra c. Esta é só para fazer esta correção.


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