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Date Posted: 14:04:35 10/18/04 Mon
Author: Regina Moreno
Subject: Semana 9

Semana 9

Autonomy: Where are we? Where are we going?
Dr. Andrew Finch

A concepção de autonomia individual tem sido centrada na democracia liberal Européia e no pensamento humanismo liberal desde o século XVIII (Lindley 1986). Com as mudanças nas ciências sociais, psicológicas, filosóficas e políticas que ocorreram no séc. XX, o interesse pela autonomia tem crescido como um objetivo educacional. A necessidade de mudanças caracterizadas pelos desenvolvimentos tecnológico, comunicativo e no trabalho, o reconhecimento de que aprender a aprender é mais importante para o mundo atual que o próprio conhecimento, forçou o desenvolvimento, também no campo da educação.
No aprendizado de uma segunda língua, a tendência humanística propiciou uma vasta série de investigações nos anos 60 e 70, resultando em várias disciplinas sócio-lingüísticas, acarretando uma visão pragmática da linguagem como uma ferramenta de comunicação e uma racional aproximação comunicativa da linguagem do ensino aprendizagem.
A centralização no aprendiz para a linguagem educacional apareceu nas décadas de 80 e 90, todos incluindo a autonomia e independência do aprendiz dentre seus objetivos.
Os debates tornaram-se mais populares e focalizados no ensino da língua estrangeira, sendo citados por vários autores que apoiaram a preocupação na educação para ajudar os estudantes a se tornarem mais independentes e saberem como eles pensam, aprendem e comportam-se (cf Boud 1988; Hammond & Collins 1991). Os debates seguiram duas direções para a pesquisa. A primeira, principalmente na Europa, preocupa-se com o desenvolvimento do aprendiz autônomo, como o primeiro requisito no aprendizado em escolas de sociedades democráticas. A segunda, no Norte da América, focalizou em descobrir o segredo do bom aprendiz de linguagem, enfatizando as estratégias do aprendiz e a noção de aprender a aprender.
Para Holec (1980;1981), Little (1991), Legutke & Thomas (1991) e Littlewood (1996), autonomia é a habilidade em adquirir a capacidade de aprender como aprender. A aquisição de autonomia (Holec 1980:27), traz duas concepções ao processo, sendo a primeira a desmistificação para o aprendiz de que: existe um método ideal; o professor detém esse método; o conhecimento da língua materna não é usado para aprender uma segunda língua; experiências obtidas pelo aprendiz sobre outros assuntos não podem ser transferidas; o aprendiz é incapaz de realizar qualquer avaliação pertinente sobre o desempenho. O segundo, na visão de Holec, consiste em adquirir o conhecimento e aprender sobre a necessidade de assumir a responsabilidade no aprendizado.
Um número considerável de falsas concepções sobre a definição do aprendizado autônomo de língua surgiu com abundância de termos e significados. Esch (1996 a) explica o que a autonomia não significa: uma auto-instrução/aprendizado sem um professor; não significa que a intervenção ou iniciativa do professor foi banida; não é alguma coisa feita pelos professores para os alunos; não é um simples comportamento identificável; não é um estado definitivo atingido pelos aprendizes uma vez e para tudo.
Justificativas em defesa da autonomia no aprendizado da língua foram propostas. Dickinson (1987:19) admite cinco razões para promover a auto-instrução: razões práticas; diferenças individuais entre os aprendizes; objetivos educacionais; motivação; e aprender como aprender língua estrangeira. Já Cotterall (1995 a :219), reclassifica sob o ponto de vista filosófico, pedagógico e por razões práticas, sendo: A razão filosófica a crença de que os aprendizes têm direito de fazer suas próprias escolhas, considerando seu aprendizado; a necessidade de preparar os aprendizes para uma mudança futura e rápida na qual a independência no aprendizado será vital e efetiva no funcionamento da sociedade (cf. Kowles 1975). Nas razões pedagógicas, os adultos têm apresentado mais eficácia quando são consultados sobre a dimensão, ritmo, seqüência, modo de instrução e conteúdo, quando estão estudando (cf. Caef 1988:75). Para os aprendizes que estão envolvidos em fazer escolhas e tomar decisões sobre os aspectos do programa, as razões práticas são, provavelmente, para sentir mais segurança em seus aprendizados (cf. Joiner, citado em McCafferty 1981).
Benson & Voller (1997:6) vêem três tendências na educação da linguagem que utilizam para defender o aprendizado autônomo: individualização, que é a idéia de que os aprendizes têm suas próprias preferências em termos de aprendizado, capacidade e necessidades; o aprendizado centralizado no aprendiz e o crescente reconhecimento da política natural do aprendizado da linguagem.
Em sala de aula os estudiosos acreditam que o processo de aquisição da autonomia não é aceito automaticamente, havendo necessidade dos professores que, através de ferramentas adequadas, provem a eficácia desse método. A utilização de material apropriado é fundamental nesse processo.
Quanto ao papel do aprendiz, Kelly observa que os aprendizes precisam passar por consideráveis transformações no que diz respeito às suas crenças sobre a linguagem para serem capazes de tornarem-se aprendizes independentes efetivamente. O professor, por sua vez, terá sucesso quando desenvolver a habilidade de redefinir seus papéis, se adequando a essa realidade, desenvolvendo e estimulando suas faculdades cognitivas e afetivas, tendo como base duas funções: uma gerencial, que é o lado social do ensino, e uma institucional, que é o lado da tarefa orientada.
A despeito das justificativas filosóficas, sociais e psicológicas, os problemas principais com a autonomia enquanto objetivo na educação são: a falta de pesquisas rigorosas nesse campo e a dificuldade de descobrir qual a amplitude dos aprendizes autônomos fora do seu desempenho tradicional de ensino em linhas gerais. Existem, portanto, opiniões conflitantes sobre o que é autonomia e como ela deveria ser obtida.
Na segunda parte do texto, para onde estamos indo, o autor reconhece que apesar das defesas sobre o ensino autônomo de língua, muito ainda se tem para ser testado e pesquisado. O melhor que pode ser dito, talvez, seja que a mais tradicional, linear e discreta visão sobre o aprendizado de língua, tem sido mostrada sem fundamentos teóricos ou justificativas empíricas e que, enquanto se defende a autonomia, deveriam primeiramente praticar o que eles defendem, em termos de avaliação reflexiva dos objetivos e realizações, pois uma volta ao básico, não é justificado, portanto, podemos somente seguir em frente.
O contexto educacional, com a sala de aula como ponto central, é visto como um sistema complexo nos quais os eventos não ocorrem de forma casual, mas na qual uma quantidade de forças interage no complexo, de forma auto-organizada e cria mudanças e padrões que são uma parte previsível e outra imprevisível.
Não se pode dizer que o aprendizado é causado pelo estímulo do meio ambiente (posição Behaviorista) nem que é geneticamente determinado. O aprendizado é o resultado da complexa interação entre o individual e o meio ambiente (Van Lier 1996:170).
Uma visão complexa de aula nos permite incluir emoção, intuição e atitudes como fatores válidos no ambiente do aprendizado. Todo aprendiz é diferente e todas as coisas que têm influência no aprendiz é uma interação (ou uma conectividade) que pode ter imprevisíveis efeitos nessa situação. O ambiente de aprendizado pode ser visto como uma coleção de oportunidade que serão usadas de diferentes maneiras por diferentes estudantes. O que importa no caminho do autônomo aprendiz não é o que foi aprendido e sim, como.
Concluindo, a educação contemporânea precisa de uma reavaliação. O mundo tem mudado. Temos nos deparado com crises ecológicas nunca antes imaginadas, por exemplo. Na educação popular, haverá crises que não podemos imaginar hoje em dia (por exemplo, tem sido dito que epidemiologia se tornará a disciplina médica crucial em um futuro próximo). É imperativo agora que a educação focalize a pessoa por inteiro, como um pensador, sentimentalista, criativo, um responsável membro da sociedade. Se nos fixamos nos problemas que estão diante de nós, precisamos de cidadãos com habilidade de resolver problemas, com habilidade crítica; pessoas que questionam, dirigidas aos seus objetivos, que refletem sobre suas realizações, reavaliando a situação e procedendo com iniciativa. Promover a autonomia nos estudantes, atualmente, tornou-se um dever, uma necessidade.

Regina Moreno

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