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Date Posted: 06:27:53 10/04/04 Mon
Author: Luciana Laender
Subject: Resumo semana 7

Learner autonomy: the Cross Cultural Question
Barbara Sinclair

Sinclair questiona nesse artigo o caminho do aprendiz autônomo dentro da sua cultura, se há ou não diferenças entre aprendizes de uma língua alvo pelo mundo afora e que conceitos de autonomia na aprendizagem da língua são apropriados dentro de diferentes culturas, se os valores ocidentais são mais representativos. Há evidências em currículos e programas de diversas escolas pelo mundo afora, onde autonomia é mencionada ou referida. Alguns documentos afirmam que autonomia é colocada como comportamento desejado do aprendiz, em outros o conceito é pouco nítido. Dessa forma, Sinclair diz que o desenvolvimento de aprendizes autônomos é visto universalmente como uma meta educacional de grande importância.
Na abordagem ocidental de acordo com Benson (1996, 1997) e Pennycook (1997) autonomia foi considerada como própria do ocidente e se tornou uma conduta ideológica para o individualismo democrático e livre num consenso amplo. Autonomia, nas palavras de Pennycook (1997, p.45), é baseada em desenvolver estratégias, técnicas e materiais, para promover desenvolvimento pessoal e individual.
Sinclair afirma que este ponto de vista sobre autonomia, não pode ser considerado em outras culturas, visto que há sociedades que têm suas próprias tradições de autonomia (Confucian ethics), onde há limite nos valores social, político, cultural e educacional.
Em recente artigo, Benson (1996:27) faz um paralelo entre as diferentes interpretações de autonomia baseado no individual, político, social e psicológico:
- individual: escolhas individuais têm precedentes sobre aprendizagem colaborativa, nessa forma de autonomia;
- social: aprendizagem é feita através de interação e colaboração, assim como através de reflexão individual e experimental;
- psicológica: foca na importância das capacidades pessoais e psicológicas do aprendiz, tais como, estilos de aprendizagem cognitiva, motivação, atitudes, aptidões, etc;
- política: a principal meta é extremamente política e o processo da aprendizagem é moldado em função desse fim.
No início dos anos 70 já havia discussão sobre esses aspectos. No ocidente, autonomia foca nas dimensões individuais e psicológicas, enquanto que, autonomia focada no aspecto social está mais difundida nas culturas de valores coletivistas. Por outro lado, autonomia enfatizada em dimensão política é encontrada em contextos educacionais da Ásia (South East), onde o governo está incutindo valores patrióticos e há uma intensa determinação no aumento do crescimento econômico.
Nos últimos 15 anos pesquisadores e praticantes, nesse campo, reuniram diferentes aspectos da autonomia tais como: autonomia envolve capacidade e disposição dos aprendizes para serem responsáveis pela própria decisão na aprendizagem; não é necessariamente natas essa capacidade e disposição, há graus de autonomia, esses graus podem ou não ser variáveis; desenvolver autonomia requer consciência no processo de aprendizagem; entre outras.
Sinclair argumenta que em vez de impor crenças culturalmente parciais sobre o aprendizado da língua para os estudantes, deve-se levar em conta que o conceito de autonomia requer um treino específico do aprendiz, não apenas desenvolvendo sua consciência no processo de aprendizagem e da língua, mas também desenvolvendo sua consciência social, política e fatores culturais que afetam a abordagem individual da aprendizagem.

Bárbara Sinclair acredita que professores devem ser cuidadosos com os tipos de autonomia que eles têm promovido, pois é importante saber que implicações essa escolha tem a ver com os aprendizes em todos os aspectos: academicamente, pessoalmente, culturalmente e politicamente falando.
Pennycook (1997, p.44) sucintamente diz: “To encourage “learner autonomy” universally, without first becoming acutely aware of the inappropriate pedagogies and at worst to cultural impositions.”
Concluindo, Barbara Sinclair afirma que autonomia é uma meta educacional universal, e que no ponto de vista ocidental o conceito de autonomia respeita e enfatiza as diferenças e aspectos culturais.


CALL and Learner Autonomy
Françoise Blin

Blin faz um resumo breve sobre autonomia e apresenta alguns significados tomando como referencia: “Shorter Oxford English Dictionary” onde encontrou dois significados distintos um em relação à comunidade e o outro em relação ao indivíduo. Na “Encyclopaedia Universalis (French)” encontrou também dois significados um sobre independência de hierarquias externas e o outro sobre viagem longa sem reabastecimento.
Em relação ao aprendiz cita Benson e Voller (1997:5), que argumentam sobre tensões entre responsabilidade e liberdade de constrangimento, e ainda entre o individual e o social.
Já Dickinson (1987) e Little e Dam (1998) trabalham com situação e capacidade desse aprendiz de autonomia.
Ao citar diferentes tipos de aprendizes de autonomia Blin cita Macaro (1997:168), referindo à habilidade de como tomar decisões ou ter permissão de tomá-las.
Little (1990:7) que foi também citado em Benson (2001:48) afirma que autonomia não é um sinônimo de auto-instrução, isto é, não há limites para aprender sem professor; e que autônima não é diversas outras coisas tais como: não é algo que professor faz para aluno, não é um comportamento fácil, simples, etc.
Em relação ao aprendiz autônomo Blin cita diversos autores que falam a respeito de aprendizes que se encarregam da própria aprendizagem, entre eles Holec (1981), Wolff (1998), Hoven (1997), Sticler (2001) e Wenden (1991). Quanto a aprendizes que controlam a direção da aprendizagem, o conteúdo e o processo cognitivo, Blin ressalta Benson (2001:48-50).
Grob e Wolff (2001:238) argumentaram sobre a independência do aprendiz dizendo que por ser um processo autônomo de organização própria e que só terá significado se o aprendiz assumir a responsabilidade, a aprendizagem poderá ser influenciada um pouco por outros, por exemplo, professores. Por outro lado Blin cita Little (1994:435) que fala da interdependência do aprendiz autônomo dizendo que é ele mais um produto interdependente do independente, isto porque ele acredita que os aprendizes não desenvolverão suas capacidades na aprendizagem autônoma com contextos formais sem a ajuda para alcançar a autonomia pelo processo de interação, do tipo que atua na aprendizagem experimental e de desenvolvimento.
Blin faz um paralelo sobre o desenvolvimento da proficiência do desenvolvimento da língua (SLA) mostrando as diferenças individuais, onde ele cita Ellis (1994: 471-527) que argumenta sobre as crenças do aprendiz; Little e Dam (1998) que fala da intencionalidade; Ushioda (1996, 2000) referente à motivação e Wenden (1991, Oxford, 1990, etc) que relata sobre estratégias da aprendizagem da língua; e quanto às abordagens sócio cultural x cognitiva em relação à aprendizagem da língua, Blin considera três itens: interação, estratégias de aprendizado, automático e automatização.
CALL (Computer-Assisted Language Learning), desenvolvido nos últimos 30 anos, favoreceu três fases distintas nas quais Warshauer e Healy (1998) referem-se: Behaviouristic CALL baseado na então nas teorias comportamentais dominantes na aprendizagem nos anos 60 e 70.
Nos anos 80, surge a segunda fase Comunicative CALL baseada em abordagens comunicativas para ensinar.Alguns proponentes perceberam que os programas de prática e exercícios nas décadas anteriores, não davam muito valor à autêntica comunicação.
A terceira fase Integrative CALL surge nos anos 90 (Multimídia) e apresenta o mais fantástico desenvolvimento tecnológico, a internet, que tem a capacidade de passar grandes quantidades de informações digitais através de canais de comunicação, e a capacidade de lidar com uma infinidade de textos, vídeo, e material de áudio que podem ser utilizados pelo mundo afora (Pablo Cancelo, 1999).
Benson (2001) apresenta o aprendiz autônomo como o que controla o ritmo e trajetória da aprendizagem, a criação do texto e interpretação, o desenvolvimento das habilidades meta cognitivas e a consciência meta lingüística. Ele também controla a seleção de material e estratégias de interpretação não esquecendo a aprendizagem preliminar. Cada uma dessas atribuições do aprendiz autônoma está relacionada com as fases do CALL.
Françoise Blin relaciona algumas citações de autores diversos sobre CALL e independência: Benson (2001: 9) afirma que uma das importantes lições da expansão do auto-acesso nas últimas três décadas, não há necessidade de relação entre auto-instrução e desenvolvimento de autonomia, em certos aspectos, na verdade maneiras de auto-instrução na aprendizagem, podem até inibir a autonomia.
Blin ainda cita alguns itens que fazem parte dessa forma de aprendizagem (CALL), como por exemplo: integração com o currículo, atitudes, ferramentas, treino, modelo de tarefas, etc. Quando a CALL e a interdependência Blin aborda a aprendizagem colaborativa, a apresentação de power point, a website, salas de bate papo, vídeo conferências e modelos de participantes, regras e convenções, ferramentas, etc.
Concluindo Françoise Blin cita Hoffmans-Gosset (1996:158): "A verdadeira autonomia não é a que considera a ser única, livre e independente. A verdadeira autonomia é à que visa ser responsável e solidária".
Luciana Laender

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