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Date Posted: 12:38:31 05/01/05 Sun
Author: Ana Lúcia Marques
Subject: Abordagens Cognitivas

Disciplina: Linguística Aplicada a Línguas Estrangeiras
Aluna: Ana Lúcia S. Pitanguy Marques

Resumo - Semana 10 (2/5 – 6/5)


Abordagens Cognitivas ao Aprendizado de
Segunda Língua



Os textos desta semana discorrem sobre as abordagens cognitivas ao aprendizado de segunda língua, informando sobre a evolução destes estudos ao longo das últimas décadas. Seu objeto de estudo, que à princípio era o conhecimento, atualmente concentra o foco das investigações no processo de aquisição deste conhecimento pois, segundo ELLIS (1999:22), ‘we can only properly understand the final state of fluent expertise if we understand the processes by which this came about.’ Para tal, uma teoria de aquisição deve incluir uma teoria de propriedade (domínio do conhecimento) e uma de transição (estados do conhecimento).

As abordagens cognitivas englobam várias correntes, a saber: linguística funcional, emergentista, cognitiva, e construtivista, cada uma investigando áreas co-relacionadas e todas com objetivos semelhantes: o de desenvolver modelos que possam representar adequadamente os ‘learning systems’, sistemas de memória, representação perceptual, atenção, envolvidos na análise das regularidades das associações subjacentes ao uso da linguagem. Eles argumentam que
simple associative learning mechanisms operating in and across the human systems for perception, motor-action, and cognition, as they are exposed to language data as part of a communicatively-rich human social environment by an organism eager to exploit the functionality of language, are what drive the emergence of complex language representations (ELLIS, 1999: 25)
Cientistas cognitivos, em clara oposição às posições sustentadas pelos gerativistas, não vêm a línguagem como modular nem instintiva, e muito menos dissociada da semântica, das funções linguísticas e dos outros aspectos cognitivos humanos sociais, biológicos e experienciais. Eles não acreditam na especificidade inata da conexão sináptica, e sim que o cortex cerebral tem uma plasticidade tal que os mapas de suas representações refletem, em grande parte, as experiências dos indivíduos.
Dentre as várias correntes, destaco aqui a posição adotada pelos linguistas cognitivos (dentre eles Langacker, Ungerer e Schmidt) que oferecem uma análise qualitativa detalhada de como a linguagem está ancorada em nossa experiência de vida e na maneira como estamos inseridos no mundo à nossa volta. Segundo eles, a maneira como percebemos este mundo – ´figura e fundo´, perspectivação, esquematicidade - como interagimos com ele e o categorizamos determinaria o significado da nossa linguagem. Ao produzir a linguagem, refletimos nela as partes de um evento que chamou nossa atenção, que nos foi saliente; e por isto indivíduos diferentes podem chegar à expressões linguísticas diferentes ao descrever o mesmo evento.

O ‘Competition Model’, os modelos dos emergentistas e dos conexionistas, cada um, tentam se ancorar em processos que vão de inferência linguística, de desenvolvimento da interlíngua, a modelos computacionais que refletiriam nossa reação à exposição a sistemas linguísticos complexos. No entanto, todos postulam que a linguagem tem sua construção e desenvolvimento na interação social, guiada por objetivos comunicativos, onde o signo linguístico é o resultado de mapeamentos entre formas fonológicas e conceitos (MITCHELL & MYLES, p. 98).

Estes postulados resultam em questionamentos que tentam achar respostas que possam validar áreas de SLA como: aprendizado explícito x aprendizado implícito, as vantagens e disvantagens da instrução explícita (ELLIS, p.30). Investigações têm sido feitas onde estas áreas são testadas e conclusões gerais são analisadas, e muito já se descobriu como, por exemplo, ‘in second language acquisition, chunks are very common in the early stages, and learners have been shown to gradually analyse them into constituents. [...]. ELLIS (2003) has also argued that these processes of chunking (i.e. moving from unanalyzed chunks to abstract generalizations) are central to second language acquisition’ (2004:98).

Além das abordagens emergentistas ou construtivistas, e as conexionistas – ‘the construction of linguistic knowledge [...] happens through associative processes’ (p.122) - MITCHELL & MYLES citam as abordagens de processamento: as de processamento de informação e a chamada Teoria de Processabilidade, de Pienemann (1998) – ‘second language learners follow a fairly rigid route in their acquisition. This notion of route implies that structures only become learnable when the previous steps on this acquisitional path have been acquired’ (p. 116). Assim como ELLIS, eles também ressaltam o papel das investigações e suas implicações pedagógicas em áreas como memória, ‘noticing’ e atenção, aprendizagem implícita e explícita, e também as diferenças individuais dos aprendizes de L2.

Como conclusão, segundo MITCHELL & MYLES pode-se dizer que os dados linguísticos estudados até o momento ainda oferecem resultados incipientes dado a complexidade e riqueza do sistema linguístico natural, o que pressupõe uma necessidade de mais investigações da possíveis abordagens no ensino de SLA dentro do paradigma cognitivo.



Referências bibliográficas:

ELLIS, N. Cognitive approaches to SLA. Annual Review of Applied Linguistics. v. 19. p. 22-42. 1999.

MITCHELL, R; MYLES, F. Cognitive approaches to second language learning. In: MITCHELL, R; MYLES, F. Second language learning theories. London: Arnold, 2004. p. 95-130

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