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Date Posted: 12:34:11 05/02/05 Mon
Author: Grace Teles
Subject: Resumo semana 10

RESUMO SEMANA 10
Aluna: Grace Teles
Professora: Vera Menezes
Curso: Lingüística Aplicada/1º semestre de 2005


Mitchel e Miles (2004) abordam questões sobre a cognição humana na aprendizagem de uma segunda língua (L2). Eles saem da teoria de propriedade, onde os pesquisadores dão ênfase à visão de língua como um módulo da mente, distinto de outras capacidades cognitivas, para focarem em teorias de transição, que se interessam mais pela aprendizagem da L2 per si. Nessa perspectiva cognitiva, os teóricos se subdividem naqueles que desenvolvem pesquisas buscando a complementação das idéias de Chomsky sobre a Gramática Universal e naqueles que compreendem que a natureza de nossos conhecimentos lingüísticos pode ser explicada pelos princípios cognitivos de modo geral.

O primeiro modelo discutido é denominado pelos autores de Modelo de Processamento de Informação. Esse modelo, proposto por McLaughlin (19996), preconiza a língua como um processo cognitivo que envolve a presença de representações internas que regem e guiam à performance do aprendiz. Na melhoria de sua performance, o aprendiz progressivamente a reestrutura simplificando, unindo e ganhando maior domínio sobre suas representações internas. Assim teríamos duas noções importantes dentro do escopo das teorias cognitivas – automatização e reestruturação. A noção de automatização está relacionada ao modo que a informação é processada podendo ser controlado ou automático. Em decorrência a aprendizagem se dará na alteração dos processos controlados rumo aos automáticos.

A noção de reestruturação acontece na realização contínua da passagem dos processos controlados à automatização do sistema lingüístico. Nesse ínterim, o processo de reestruturação, naturalmente, ocasiona instabilidade na interlíngua do aprendiz, que exibe erros de estruturas já adquiridas. A reestruturação pode ser vista, de forma mais simples, como a aquisição de expressões formulaicas com sentido completo que, posteriormente passarão por uma análise, quando o aprendiz faz erigir as regras que compõem essas expressões.

Outro modelo, que Mitchel e Miles apresentam, é nomeado por Anderson (1983) de Modelo do Controle Ativo do Pensamento (CAP). Esse modelo não se difere muito do modelo proposto por MacLaughlin. Anderson postula que dois tipos de conhecimento são essenciais para o evento da aprendizagem – conhecimento declarativo e conhecimento procedimental. Tais conhecimentos, segundo o modelo, são inerentes à memória de longo prazo mas, são considerados diferentes no que se referem as suas definições e armazenamento. Em outras palavras, conhecimento declarativo é “saber que” e conhecimento procedimental é “saber como”. Nesse modelo, então, a aprendizagem se dá na transformação do conhecimento declarativo em conhecimento procedimental que, por sua vez, torna-se automatizado.

Os autores também discorrem sobre a Teoria de Processabilidade (Pienemann; 1998) que explica que a compreensão da aquisição de uma segunda língua, se efetua no uso da teoria da gramática e do uso de componentes de processamento. Essa teoria tenta esclarecer como os aprendizes adquirem mecanismos que operam na construção de seu conhecimento lingüístico. Em seqüência, Pienemann (1998) desenvolve a Hipótese da Ensinabilidade fazendo um elo com sua Teoria de Processabilidade. Nessa hipótese, Pienemann considera as implicações pedagógicas da Teoria de Processabilidade alegando que os estágios da aquisição não podem ser omitidos através da instrução formal e que a instrução trará mais benefícios se tiver seu foco em estruturas do próximo estágio.

Mitchel e Miles explanam ainda a Abordagem Conexionista que considera os aprendizes de língua sensíveis às regularidades do insumo lingüístico. Desse insumo, os aprendizes extraem padrões probabilísticos baseando-se na regularidade de ocorrência de uma dada forma lingüística. Assim, aprendizagem surge desses padrões que, por meio de repetida ativação, ficam fortalecidos.

Ellis (1999), como Mitchel e Miles, enriquece as discussões sobre as abordagens cognitivas para o ensino de segunda língua (L2). Em sua perspectiva “aprender uma L2 é uma ato de cognição par excellence” (p.22). Isso coloca a aprendizagem de L2 como representações mentais e processamento de informação que estão centrados em nossas experiências e em nossa incorporação. Essas experiências e incorporação representam o modo singular com qual vemos o mundo. Isso quer dizer que o significado das palavras e como são usadas dependem de nossa percepção e categorização do mundo que nos cerca.

Ellis apresenta o Modelo de Competição que foca sua atenção no funcionalismo lexical e suas propriedades quando visto como performance e não competência lingüística. A crença é que se aprende uma língua usando-a. O autor também demonstra as prerrogativas do Modelo Emergente que acredita que a complexidade da língua emerge de processos desenvolvimentais expostos a um ambiente complexo. Ainda comenta as contribuições das instruções implícitas e explícitas.

Para finalizar, Ellis lista alguns temas que podem ser investigados pela abordagem cognitiva na aprendizagem de L2. São eles: descrição longitudinal do desenvolvimento da L1 e interlígua, da hierarquia das representações no desenvolvimento de uma língua, dos mecanismos e efeitos de transferências, de melhores formas de prover instrução explícita, do papel que as estratégias dos aprendizes exercem, entre outros.

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