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Date Posted: 13:58:02 05/08/05 Sun
Author: Valdênia Almeida
Subject: Semana 11 - Discurso e Aquisição

LIG 905 – Seminário de Tópico Variável em LA ao Ensino de Língua Estrangeira
Profa. Dr. Vera Menezes
Aluna: Valdênia Carvalho e Almeida


Young fala da abordagem sociolingüística para a aquisição de segunda língua. Mais especificamente, o artigo trata da comunicação face-a-face e das variações da língua. O autor discute duas tradições no estudo do contexto social e mostra como o contexto influencia nas metodologias de pesquisa. Young revisa alguns trabalhos de pesquisadores sociolinguístas em quatro áreas: variação de interlíngua, comunicação trans-cultural, fenômeno conversacional e identidade social.

As duas tradições no estudo do contexto social se diferenciam na caracterização do contexto. Na pesquisa sobre variação da língua e interação sociolingüística o contexto é tomado como dado e é descrito em termos de categorias que existem previamente ao uso da língua. Nessa visão, o background cultural do participante, a L1, a proficiência em L2, o sexo, o status social e outras categorias podem ser descritas independentemente do uso da língua. Já a outra tradição afirma que as categorias sociais prévias são relevantes para entender o uso da língua e que os participantes se orientam através da interação dessas categorias. Nessa visão, o contexto é visto como emergente e não como dado.

Tendo abordado as duas tradições, Young apresenta duas abordagens dos estudos dos fenômenos conversacionais: a abordagem quantitativa e a interpretativista.

Variacionistas têm usado análises quantitativas e correlacionais no estudo das variações da interlíngua. Descobriu-se que a variação de comportamento de bilíngües está sistematicamente ligada ao contexto em que as formas usadas. A influência do contexto social no desenvolvimento da interlíngua foi confirmada em alguns estudos e a interação na qual a criança participa acelera o desenvolvimento de características lingüísticas na sua interlíngua.

Na análise da comunicação trans-cultural a abordagem hermenêutica e qualitativa tem sido usada. Os estudos sobre comunicação trans-cultural revisados por Young vêm está comunicação como uma realização de ambas as partes inseridas na conversação. Os estudos revelam que erros na comunicação trans-cultural podem ter conseqüências sociais negativas para o participante bilíngüe, principalmente em uma conversa onde o falante nativo controla o acesso do não nativo à língua. Outra confirmação destes estudos é que os bilíngües transferem estilos conversacionais da L1 para a L2. Alguns desses estilos são julgados, pelo falante nativo, como sendo negativos, o que acarreta um prejuízo no desenvolvimento da proficiência em L2 do falante bilíngüe.

Sociolinguístas vêm grande importância no estudo do fenômeno conversacional, pois consideram que a conversação organiza o local social e permite a interação direta entre as pessoas. Muitos estudos trabalham com análises comparativas entre os participantes, monolíngues e bilíngües, de uma conversa para explicar possíveis fontes de transferência e entender erros de comunicação.
Outra forma de entender as atitudes e padrões de uso da língua de bilíngües é através da identidade social do indivíduo. A forma como o bilíngüe usa a língua e suas escolhas lingüísticas contribuem para o processo de formação da identidade social. Um bilíngüe que se coloque como marginalizado diante da cultura do monolíngue terá sua identidade social formada com prejuízos para o desenvolvimento de sua proficiência na L2.

Em seguida, Young apresenta três teorias de aquisição de segunda língua: 1) domínios do discurso que prevê uma associação entre a produção na L2 e o tópico do discurso; 2) co-construção que vê o fenômeno social e sociolingüístico como sendo construído por todos os participantes de uma interação; 3) Competência interacional. Uma teoria do conhecimento que os participantes trazem e formam na interação e como esse conhecimento é adquirido. O conhecimento da L2 é considerado como sendo construído na interação.

Assim como Young, Hatch foca seu texto na conversação face-a-face, porém o objetivo do texto da autora é o uso da análise do discurso como metodologia de estudo na aquisição de L2. A autora argumenta que as pesquisas têm tido seu foco no insumo e na freqüência com que formas aparecem neste insumo e têm deixado de lado um importante fator que seria a ligação entre o insumo e a freqüência. Este fator seria o como as crianças aprendem.

A autora advoga que a análise do discurso ou conversacional é uma abordagem que pode facilitar o estudo deste como. Primeiramente, Hatch trabalha com a análise do discurso na aquisição de L2 por crianças e, em seguida, a autora discute esta aquisição em adultos. O estudo da autora é baseado nos tópicos de conversação nas interação das crianças e dos adultos.

No estudo da ordem de aquisição, a autora argumenta, através dos dados apresentados, que a freqüência de certas formas durante as interações nas quais as crianças participam influencia na ordem de aquisição dessas estruturas. Por exemplo, a alta freqüência do –ING nas interações fará com que está forma seja adquirida mais cedo. Assim, as formas que controlam os tópicos conversacionais das crianças são adquiridas de acordo com o grau de freqüência que ocorrem.

A autora admite que está análise é mais difícil de ser feita em adultos, apesar de haver semelhanças nas estratégias que tanto crianças quanto adultos usam na negociação de sentido. Assim como as crianças, os adultos têm dificuldade em reconhecer tópicos de conversação e fazem uso do huh?, what? Pardon me? na tentativa de continuarem a conversa. A autora conclui que o vocabulário é extremamente importante para os adultos, pois é ele que permite o entendimento de um tópico ou a continuidade de uma conversa.

Concluindo, Hatch apresenta algumas dicas pedagógicas. A autora destaca que não há nada pior para o término de uma conversa do que o silêncio. É preciso ensinar aos alunos os sons (huh), gestos (balanço da cabeça) e frases que permitem que a oportunidade de comunicação continue. Segundo a autora, o mais importante é nunca desistir.

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