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Date Posted: 18:52:50 04/18/05 Mon
Author: Rodrigo Durval de Lacerda
Subject: Semana 8 - Interlanguage

Universidade Federal de Minas Gerais
Disciplina: Lingüística Aplicada
Professora: Vera Menezes
Aluno: Rodrigo Durval de Lacerda
Resumo dos textos: SCHUMANN, J.H. The pidgnization hypothesis. In; HATCH, E.M. Second language acquisition: a book of readings. Rowley,MA: Newbury House, 1978. p.256-271.
ELLIS, R. Second language acquisition. Oxford. Oxford University Press, 1997. p.31-71.

Na introdução de seu capítulo 3, Interlíngua, Ellis nos propõe dois questionamentos: ‘Qual é a natureza das representações lingüísticas da L2 que aprendizes formam? e ‘Como fazer estas representações mudarem ao longo do tempo?’

O autor nos fala da necessidade de considerar duas visões de aprendizagem de língua:

Teoria behaviorista de aprendizagem, segundo a qual a aprendizagem de língua é como qualquer outra aprendizagem que envolve formação de hábitos. Hábitos são formados quando aprendizes respondem ao estímulo e subseqüentemente têm suas respostas reforçadas. Esta teoria acreditava que todo comportamento, incluindo o tipo de comportamento complexo encontrado na aquisição de língua, poderia ser explicado em termos de hábitos.

Ellis critica a teoria behaviorista dizendo que aprendizes freqüentemente não produzem output que simplesmente reproduzem o input. E acrescenta: a natureza sistemática de seus erros demonstra que eles estão ativamente envolvidos na construção de suas próprias regras, regras que algumas vezes carregam pouca semelhança com os padrões da língua modelada no input. Ele diz, em suma, que aprendizagem não é apenas uma resposta a estímulos externos.

Ellis nos apresenta as características da Teoria Mentalista de Aprendizagem de Língua, uma teoria que emergiu nos anos 60 e 70. São elas:

. apenas seres humanos são capazes de aprender língua;
. a mente humana é equipada com uma capacidade para aprender língua, chamada instrumento de aquisição de língua, que é um sistema separado das capacidades responsáveis por outros tipos de atividades cognitivas. Esta capacidade é a determinante primária da aquisição de língua;
. input é necessário, mas somente para desencadear a operação do instrumento de aquisição da língua.

Em seguida, reconhecendo que o conceito de interlíngua surgiu diretamente destas visões mentalistas de aquisição de L1, Ellis enumera seis premissas que envolvem o conceito de interlíngua. São elas:

. O aprendiz constrói um sistema de regras lingüísticas abstratas que destacam compreensão e produção da L2.
. A gramática do aprendiz é permeável, ou seja, a gramática é aberta à influência externa.
. A gramática do aprendiz é transacional. Aprendizes mudam sua gramática de uma hora para outra acrescentando regras, eliminando regras, e reestruturando o sistema inteiro. Isto resulta em uma interlíngua contínua. Ou seja, aprendizes constroem uma série de gramáticas mentais ou interlínguas como eles gradualmente desenvolvem a complexidade de seu conhecimento de L2.
. Alguns pesquisadores afirmaram que o sistema que os aprendizes constroem contém regras variáveis. Eles argumentam que aprendizes estão provavelmente concorrendo regras para qualquer estágio de desenvolvimento. Outros pesquisadores argumentam que sistemas de interlíngua são homogêneos e que variedade reflete os erros dos aprendizes cometidos quando eles tentam usar seu conhecimento para comunicar.

Ellis reconhece que este conceito de interlíngua oferece uma explicação de como se dá a aquisição de L2, dizendo que ela incorpora elementos da teoria mentalista e elementos da psicologia cognitiva.

Finalmente, o autor declara que o conceito de interlíngua necessita ser elaborado em direção às seguintes questões:

. Quando o input trabalha para a aquisição e quando não?
. Por que aprendizes algumas vezes empregam uma estratégia de transferência de L1 algumas vezes uma estratégia de overgeneralização? O que faz a língua do aprendiz tão variável? O que leva os aprendizes a reestruturar sua interlíngua? Por que fazer esta reestruturação resulta em seqüências claramente identificáveis de aquisição? Por que muitos aprendizes fossilizam?

No capítulo 4, Aspectos sociais da Interlíngua, Ellis nos apresenta as idéias de Elaine Tarone, que propôs que interlíngua envolve um continuum estilístico. Ela argumenta que aprendizes desenvolvem uma capacidade para usar a L2 e que esta capacidade marca ‘todo comportamento regular da língua’. Esta capacidade, que constitui ‘um sistema lingüístico abstrato’, é compreendida por um número diferente de estilos que os aprendizes acessam em concordância com uma variedade de fatores.

Ellis considera atrativa a idéia de interlíngua como um continuum estilístico devido aos seguintes aspectos:

. ela explica porque a língua do aprendiz é variável;
. ela sugere que uma gramática da interlíngua, embora diferente da gramática do falante nativo, é construída de acordo com os mesmos princípios;

O autor apresenta, também, dizendo que a própria Tarone reconheceu, problemas deste modelo:

. Primeiro – últimas pesquisas mostraram que aprendizes não são sempre mais precisos em seu estilo cuidadoso e menos precisos em seu estilo vernacular.

. Segundo – o papel dos fatores sociais permanecem obscuros.

Em suma, Ellis considera que a teoria de Tarone parece relacionar-se mais à psicolingüística que a fatores sociais em variação.

No tópico O modelo aculturação de aquisição de L2, o artigo faz referência ao trabalho de John Schumann, detalhado em seu próprio artigo The pidgnization hypothesis.

Schumann relata um estudo de caso em que ele investigou um costarriquenho de trinta e três anos de idade chamado Alberto, que estava adquirindo o Inglês nos Estados Unidos. Armando usava uma ‘reduzida e simplificada forma de Inglês’ em toda parte.

Ellis resume a proposta de Schumann: pidginização na aquisição de L2 resulta quando aprendizes são incapazes ou indispostos para adaptarem a uma nova cultura. A principal razão para esta incapacidade ou indisposição é a distância social.

Em seu artigo, Schumann justifica a distância social no caso de Alberto dizendo que ele era pertencente ao grupo de trabalhadores latino-americanos que, segundo as palavras do próprio lingüista, falham em algum lugar entre a preservação e a aculturação com relação a seu desejo de integração na sociedade Americana.

Sobre este caso investigado, Schumann declara que, do ponto de vista da hipótese da pidginização, Alberto não procurou instrução em Inglês porque sua fala pidgninizada foi adequada para suas necessidades.

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