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Date Posted: 14:39:49 04/04/05 Mon
Author: Valdênia Almeida
Subject: Semana 6: Panorama Geral sobre Teorias da Aquisição

LIG 905 – Seminário de Tópico Variável em LA ao Ensino de Língua Estrangeira
Profa. Dr. Vera Menezes
Aluna: Valdênia Carvalho e Almeida

Panorama Geral sobre teorias da aquisição

No capítulo 7, Larsen-Fremann e Long apresentam três tipos de teorias do processo de aquisição de L2: a Nativista, Ambientalista e Interacionista. A Nativista é representa pela Gramática Universal de Chomsky e o Modelo Monitor de Krashen.

A teoria de Chomsky defende que estruturas lingüísticas são conhecimentos inatos. Os autores apresentam algumas suposições que contradizem a GU, como, por exemplo, a existência de estruturas mais complexas que são adquiridas entre a idade de nove e dezesseis anos. A teoria monitora de Krashen trabalha com a distinção entre aquisição e aprendizado e é constituída de 5 hipóteses. A teoria e suas hipóteses recebem as críticas de McLaughlin que apresenta estudos que vão contra algumas das hipóteses.

A teoria ambientalista acredita que o ambiente no qual o indivíduo está inserido tem um papel importante no processo de aquisição. O modelo de aculturação de Shumann é apresentado no capítulo como um forte exemplo ambientalista. Segundo este autor, a distância psicológica e social entre o aprendiz e a língua alvo influencia grandemente em seu processo de aquisição.

As teorias interacionistas são apresentadas pelos autores como sendo mais fortes que as nativistas e ambientalistas, pois elas reúnem as características de ambas, argumentando que tanto fatores inatos quanto ambientais são responsáveis pela aquisição de línguas.

Ellis inicia seu capítulo falando do papel da teoria em descrever e explicar fenômenos. Porém, o autor argumenta que o termo explicação é ambíguo, podendo se referir a como o aluno trabalha o insumo convertendo-o em intake ou o termo explicação pode se referir a o que motiva o aluno a aprender.

Ao construir uma teoria, Ellis cita duas abordagens. A pesquisa baseada em uma teoria que é formulada e depois testada (theory-than-research) e a pesquisa que resulta na construção de uma teoria (research-then-theory)

Em seguida, o autor apresenta sete teorias da aquisição de segunda língua: 1) o modelo da aculturação que seria um processo no qual o aprendiz se adapta a uma nova cultura; 2) a teoria da acomodação que leva em consideração a forma como um grupo se define em relação aos falantes da LA; 3) a teoria do discurso que vê a comunicação como eixo primordial no desenvolvimento do conhecimento lingüístico; 4) o modelo monitor de Krashen já discutido no texto anterior; 5) o modelo da competência variável baseado em duas distinções, uma que se refere ao processo de uso da língua e outra que se refere ao produto; 6) a Hipótese Universal que analisa como as propriedades lingüísticas de LA e L1 influenciam no processo de aprendizagem; 7) a teoria Neurofuncional que parte da perspectiva de que sistemas processadores são responsáveis pelo desenvolvimento do uso de uma língua.

Cada teoria é avaliada pelo autor que, em seguida, apresenta cinco componentes que constituem o molde para investigação em aquisição de segunda língua: 1) os fatores situacionais; 2) o insumo lingüístico; 3) as diferenças dos aprendizes; 4) os processos utilizados pelos aprendizes; 5) o produto lingüístico. O autor mostra em um esquema como estes componentes estão inter-relacionados.

Então, Ellis apresenta onze hipóteses que refletem pontos básicos na aquisição de L2. As hipóteses são organizadas em seções correspondentes aos cinco componentes apresentados anteriormente.

Assim, o autor nos apresenta um panorama geral das teorias de aquisição de L2, avaliando cada uma das teorias e mostrando componentes e hipóteses que se fazem essenciais para o melhor entendimento e estudo da aquisição em L2.

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