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Date Posted: 17:04:11 04/04/05 Mon
Author: Andrea Ulisses
Subject: Semana 6- Panorama Geral sobre teoria de aquisição

Semana 6 – Panorama Geral sobre teorias de aquisição
(LARSEN-FREEMAN, D; LONG, H. An introduction to second language acquisition research. London: Longman, 1991, p. 227-298 / ELLIS, R. Theories of second language acquisition. In: ELLIS, R. Understanding second language acquisition. Oxford: University Press, 1985. p. 248 a 282)
Ellis (1985) e Larsen-Freeman & Long (1991) oferecem ao leitor um panorama sobre as teorias de aquisição cunhadas nas ultimas décadas, propiciando assim uma maior reflexão a cerca da contribuição dessas teorias para uma maior compreensão dos fenômenos que perpassam o processo de aquisição-aprendizado de uma segunda língua.
Larsen-Freeman & Long (1991) analisam 03 grandes princípios teóricos a saber: a teoria nativista (representada pela gramática universal idealizada por Chomsky e o modelo monitor proposto por Krashen), a teoria ambientalista (exemplificada pela pidginization e acculturation model) e a teoria interacionista (teoria tipológica-funcional de Givon e modelo multidimensional do grupo ZISA). De acordo com os autores as teorias nativistas explicam a aquisição como determinada por fatores biológicos. Nessa linha temos Chomsky (1965) e seu postulado de que todo individuo possui uma gramática universal, isto é, um conhecimento inato dos princípios que governam as regras de funcionamento de toda língua humana. Para os nativistas, sem o fator genético a aquisição seria impossível. Num estudo posterior a Chomsky, temos uma das teorias de aquisição mais conhecida e de grande influência para os estudiosos da área, isto é o modelo monitor de Krashen (1976). Segundo Krashen existiria dois sistemas de conhecimento separados que determinam a performance na L2. O primeiro seria o sistema adquirido, que consiste na aquisição inconsciente do conhecimento gramatical da L2, enquanto o segundo sistema seria o sistema aprendido, relacionado ao conhecimento consciente (através de instruções formais) de regras gramaticais fáceis da L2. Esses dois sistemas, assim como os processos que conduzem até eles operam separadamente. Entre 1978 e 1985 o modelo nonitor sogreu uma série de modificações, tornando-se então teoria monitor. Nessa versão amplificada, incluiu-se uma larga série de fenômenos relacionados a L2, com hipóteses que resumem as conclusões de Krashen para cada área de literatura que ele pesquisou:
(1) Hipótese de aquisição-aprendizado (tem a aquisição como um processo inconsciente, enquanto o aprendizado dá-se por processos conscientes)
(2) Hipótese da ordem natural (regras da L2 são adquiridas em uma ordem previsível)
(3) Hipótese monitor (aponta a relação entre o sistema adquirido e o sistema aprendido na performance na L2)
(4) Hipótese Insumo (língua é adquirida através de processamento de insumos compreendidos)
(5) Hipótese do filtro afetivo (visão de que fatores afetivos desempenham papel importante no processo de aquisição)
Seguindo os princípios das teorias ambientalistas, Larsen-Freeman & Long (1991) apresenta um importante trabalho sobre aprneizado de lingua, por McClelland e Rumelhart conhecido como ‘Parallel Distributed Processing’ (PDP), para os quais o aprendizado está baseado no processamento de insumos, embora não acreditem que esse processamento resulte em expansão das regras. Ainda nos moldes das teorias ambientalistas, os autores também discutem sobre o modelo de aculturação e a hipótese pidgin de Schumann. De acordo com Schumann o termo ‘pidginization’ diz respeito a um sistema intermediário ou interlíngua, criado pelo aprendiz sendo este sistema mais simplificado e reduzido. Relacionado a essa postura, temos a teoria da aculturação que observa o papel que as distancias física e psicológica, entre a língua alvo e o aprendiz, desempenham a aquisição.
O ultimo grupo de teoria apresentado pelos autores trata das teorias interacionistas, representados aqui pela teoria tipológica funcional de Givon e o modelo multidimensional do grupo ZISA. Em sua abordagem Givon afirma que mudanças sintáticas são direcionadas primeiramente por princípios lingüísticos e pragmáticos, relacionados à percepção e produção do discurso. Este estudo é uma tentativa de Givon de desenvolver uma teoria unificada de todos os tipos de mudança na linguagem, incluindo a aquisição de língua. O modelo multidimensional do grupo ZISA por sua vez, apresentou um estudo sobre aquisição do alemão como L2, no qual o principal foco era a aquisição de regras sobre ordem das palavras pelo aprendiz de alemão, como L2. Resultados apontaram que estágios iniciais dessa IL são caracterizados pela mesma seqüência de ordem de palavras apresentadas através de instrução.
Ellis (1985), discutindo o papel da teoria na pesquisa de SLA, mostra que o principal objetivo de uma teoria de SLA é a descrição, isto é, “a caracterização da natureza de categorias lingüísticas que constituem a interlíngua do aprendiz em qualquer ponto de desenvolvimento”. O autor apresenta então sete tipos de teorias de SLA: o modelo de aculturação, nativização e monitor apresentados acima. A teoria da acomodação, que investiga como o uso da língua pelo intergrupo reflete atitudes sociais e psicológicas básicas em comunicações inter-étnicas. Em seguida discute também sobre a teoria do discurso, pela qual o desenvolvimento da língua deveria ser considerado em termos de como o aprendiz descobre o significado potencial da língua, tomando parte em situações comunicativas. Passando para a teoria modelo de competência variável, que por sua vez baseia-se em duas distinções: a que se refere ao uso da língua como processo, e a outra que vê o uso da língua como produto, ou seja, a forma como uma língua é aprendida é um reflexo de como ela é utilizada. Finalizando sua discussão, Ellis (1985) apresenta a hipótese universal e a teoria neurofuncional. A primeira tenta explicar como propriedades lingüísticas da língua alvo e a L1 do aprendiz podem influenciar o curso de desenvolvimento. A segunda é uma tentativa de caracterizar como informações neurolinguisticas processam sistemas responsáveis pelo desenvolvimento e uso da língua.
É importante observar que tanto Larsen-Freeman & Long (1991) e Ellis (1985) indicam que a principal contribuição das teorias de aquisição, está na promoção de novas investigações e/ou suposições a cerca de aquisição de língua, uma vez que, como podemos perceber, nenhuma delas cobrem todas as fendas deixadas no quadro teórico de SLA; mas também, como salienta Ellis (1985) vista no conjunto elas preenchem todas as lacunas.

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