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Date Posted: 19:09:09 04/04/05 Mon
Author: Luciana Fiuza
Subject: Semana 6 - Panorama geral sobre teorias de aquisição

Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Letras
Mestrado em Lingüística
Disciplina: Lingüística aplicada ao ensino de línguas
Professora: Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

Aluna: Luciana Fiuza de Sousa


Panorama geral sobre teorias de aquisição II


Os textos dessa semana continuam nos informando sobre as teorias de aquisição de segunda língua.
Ellis nos diz que a teorização deve preceder e informar os estudos empíricos, e que o maior objetivo da pesquisa em aquisição de segunda língua deve não só busca o ‘quê’, o ‘como’, o ‘quando’, mas principalmente o ‘porquê’ das coisas. A construção da teoria, portanto, deve se preocupar com a explicação das coisas referentes ao aprendizado em segunda língua. O autor descreve os passos de dois tipos de abordagem à pesquisa: teoria depois pesquisa, pesquisa depois teoria. O texto também apresenta sete teorias de aquisição de segunda língua, a saber: o modelo de aculturação (ou a adaptação a uma nova cultura); a teoria da acomodação (que faz uma relação entre o grupo social do aprendiz e a comunidade falante da língua alvo); a teoria do discurso (que trata da língua em uso, tendo a comunicação como matriz da língua); o modelo monitor (que está centrado em cinco premissas básicas – a dicotomia aprendizado/aquisição, a ordem natural de aprendizagem; o monitor, o filtro afetivo e o insumo); o modelo de competência variável (que foca o processo e o produto da língua em uso); a hipótese universal (e os aparatos inatos de aquisição de línguas); a teoria neurofuncional (que caracteriza os sistemas de processamento neurolinguístico como responsáveis pelo desenvolvimento e uso da linguagem). Finalmente, Ellis sugere algumas hipóteses sobre a aprendizagem de segunda língua: a seqüência, a situação, o insumo, as diferenças do aprendiz, os processos do aprendiz, o output lingüístico.
Larsen-freeman e Long, nos apresentam modelos de aquisição sob forma tripartite. Ao contrário do texto da semana passada (cf. Kiymzarslan) que trás uma distinção feita entre abordagens de ensino e aprendizagem baseadas nos fatores ambientais (environmentalists) em contraposição àquelas baseadas em fatores inatos (nativists) apenas, os autores nos apresentam uma terceira modalidade: a teoria interacionista. Ela apresenta, portanto os nativistas – Chomsky e a gramática universal, o modelo monitor de Krashen; os ambientalistas – Schumann e o modelo de aculturação; e os interacionistas – Givón e a teoria funcional-tipológica, o modelo multidimensional. Os autores nos alertam para teorias muito simplistas e encorajam mais pesquisas que possam elucidar o processo de aquisição de segunda língua.

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