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Date Posted: 16:24:15 04/17/05 Sun
Author: Ana Lúcia Marques
Subject: Interlíngua

Disciplina: Linguística Aplicada a Línguas Estrangeiras
Aluna: Ana Lúcia S. Pitanguy Marques

Resumo - Semana 8 (18/4 – 22/4)

Interlíngua


ELLIS, em seu livro Second language acquisition (1997), nos capítulos 3-7, discorre sobre as várias teorias disponíveis que se propõem a esclarecer, explicar, justificar até, os múltiplos aspectos envolvidos na aprendizado de uma segunda língua, a saber, envolvidos na construção da interlíngua pelo aprendiz em sua tentativa de elaborar e fazer uso de um novo sistema linguístico.

A princípio, o autor compara as teorias que se fundamentam numa concepção behaviorista -estudos sobre aquisição de L2 - e as que se fundamentam no paradigma mentalista, também chamada de nativista , onde em estudos de aquisição de L1, temos a pressuposição de que os seres humanos são dotados do LAD – um capacitador de aprendizagem linguística. Segundo o autor, foi desta premissa que surgiram as diferentes teorias sobre a aquisição e desenvolvimento de uma interlíngua, ou seja, o desenvolvimento de uma gramática mental constituída de um sistema de regras que subjaz a compreensão e produção de L2 (p.33).

Dentro deste paradigma é proposto que o processo de aquisição seja entendido através da metáfora do ‘computador’, como no seguinte modelo:
input  intake  L2 knowledge  output
mas ELLIS acrescenta que outras variáveis, tais como aspectos sociais, e algumas divisões, como ‘conhecimento explícito e implícito, necessitam ser adicionadas ao modelo para que ele possa refletir de fato as ocorrências reais.

Quanto aos aspectos sociais, três abordagens são analisadas: a) a que analisa a variabilidade da língua do aprendiz – estilo cuidado x estilo vernacular (Tarone, 1983) e a teoria de acomodação de Giles (1984); b) a que investiga o papel da identidade social e o investimento no aprendizado de L2 (Peirce, 1995); c) e a que analisa o efeito da distância social e da distância psicolinguística (Schumann, 1978). Em ELLIS temos apenas uma visão geral dos fatores que possivelmente ajudam a determinar o porquê de um imigrante como Alberto (p.39) não ter sido bem sucedido em sua aprendizagem, mas no texto ‘The pidgnization hypothesis’ (Schumann, 1978) o experimento é detalhado para que leitor possa acompanhar as razões levantadas pelo autor para que Alberto continuasse com seu idioma ‘pidgin’

Em relação aos aspectos discursivos, ELLIS argumenta que muitos pesquisadores têm investigado o papel das interações na formação e desenvolvimento da interlíngua (p.43), nos tipos de error cometidos pelos aprendizes, e por quais sequências desenvolvimentais eles passam. Para isto é analisado o papel e o tipo do ‘input’ oferecido ao aprendiz; a negociação do significado feita durante estas interações; se eles têm evidência negativa e a hipótese de interação de Long (1983); a idéia de que o conhecimento é construído num ‘andaimento’ (Hatch, 1978); e o papel do ‘output’ e a teoria que reivindica ser possível ajudar o aprendiz a desenvolver sua interlíngua a partir da análise que ele/ela faça do seu ‘output’ – ‘auto-output’ (Swain ,1995).

Um terceiro aspecto é o psicolinguístico, que investiga o papel da transferência da L1, inclusive dentro do arcabouço cognitivo (Selinker, 1984), do papel da ‘awareness’, ou ‘conscientização’ dos aspectos linguísticos do ‘input’ (Schmidt, 1986) – ele especialmente investiga o que se denomina ‘intake’, mencionado acima – e as operações de processamento: princípios operacionais e dificuldades de processamento. ELLIS finaliza discorrendo sobre as estratégias comunicativas, mencionando Faerch e Kasper, bem como Selinker para ilustra seus argumentos.

O último aspecto relacionado ao desenvolvimento da interlíngua é o linguístico, quando é mencionada a UG (Cook, 1988) – gramática universal – e o fator ‘grau de aprendizagem’ propostos por Chomsky. Outros fatores incluem: a hipótese do ‘período crítico’ e o acesso à UG, as estruturas ‘marcadas’ e a aprendizagem. O autor (p.71) então conclui dizendo não haver ainda um consenso sobre a forma mais adequada de se explicar a aquisição de L2, seja a explicação sustentada pela nossa faculdade inata para aprender uma língua, ou por nossas habilidades cognitivas – talvez ambas possam se complementar.



Referência:
SCHUMANN, J.H. The pidgnization hypothesis. In; HATCH, E.M. Second language acquisition:a book of readings. Rowley, MA: Newbury House, 1978. p.256-271

ELLIS, R. Second language acquisition. Oxford. Oxford University Press, 1997. p.31-71

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