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Date Posted: 07:02:42 03/07/05 Mon
Author: Ana Lúcia Marques
Subject: Controversies in Applied Linguistics

Aluna: Ana Lúcia S. Pitanguy Marques

Resumo - Semana 2 (7/3 – 11/3)

A Natureza da Línguística Aplicada

A autora deste texto – Section 5 – após uma breve introdução, nos põe em contato com as divergências de interpretações do que linguística aplicada parece consistir, e nos expõe em particular às considerações de RAMPTON, e às réplicas e tréplica de linguistas do porte de WIDDOWSON e BRUMFIT. Ela afirma que a Linguística Aplicada tem sido historicamente alvo de dúvidas, crises de identidade, e de um receio de fragmentação (p.269), algo compreensível para uma área de estudos que partiu da oferta de apenas dois programas de estudo num congresso em 1964 e que hoje apresenta-se com uma diversificação enorme de focos de pesquisa – 25 comissões científicas – que contemplam desde Psicolinguística até Autonomia do aprendiz de língua estrangeira.

Mas esta diversificação não extingue a necessidade de que a Linguística Aplicada nos tempos atuais seja um dos caminhos para se chegar não apenas a soluções para problemas oriundos da prática do ensino de língua mas também ao estudo sistematizado e embasado na teoria existente das abordagens vigentes. Ou seja, SEIDLHOFER cita BRUMFIT e WIDDOWSON e suas respectivas definições de LA para concluir que eles desejam apenas enfatizar os focos da LA em investigação e compreensão – ligando esta prática à teoria – dos problemas, e não apenas em sua solução.

Os desdobramentos da modernidade, e todas as inovações por ela trazidas, têm feito com que a linguística sofra mudanças ocasionadas pelos próprios linguistas e seus consequentes novos focos de interesse. Para ilustrar, temos um texto provocativo do linguista RAMPTON que provoca respostas tanto de WIDDOWSON quanto de BRUMFIT, ambos indignados com muitas das considerações e críticas incluidas neste trabalho. RAMPTON caracteriza o que considera linguistas generalistas (Widdowson-Brumfit) e especialistas (Hymes-Bernstein), e o que se entende por socially constituted linguistics (p.278), mas tem como resposta veemente dos dois argumentos contrários, questionamentos ao que chamam de submissão (ou não) à regras propostas pela academia, à impossibilidade de se ter uma precisão técnica das informações coletadas. RAMPTON recebe críticas ao que denomina ‘papel da interdisciplinaridade,’ da contextualização da investigação, e WIDDOWSON (p.303) contra-argumenta salientando o aspecto intrínsico da parcialidade ao se selecionar um determinado objeto de estudo. O fator racionalidade é um outro ponto de divergência importante nesta discussão aberta aos leitores, quando WIDDOWSON afirma crer numa investigação racional guiada por convenções previamente acordadas e que definem uma investigação acadêmica.

WIDDOWSON (p.309) sintetiza então o que considera ser LA: “It is a process of intellectual mediation whereby practical problems in which language is implicated are referred to theoretical ideas and, reciprocally, theoretical ideas are made relevant to the clarification of these problems.”








Referência:

SEIDLHOFER, B. (Ed.) Controversies in Applied Linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2003. p.269-323

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