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Date Posted: 19:05:47 03/13/05 Sun
Author: Danilo Cristófaro
Subject: Semana 3 - A construção de Teorias de Aquisição

UFMG – PosLin
DISCIPLINA: LIG 905 Seminário de Tópico Variável de Lingüística Aplicada - Professora Vera Menezes – 2005/1

Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
Semana 3 (14 - 18 de março)

A construção de Teorias de Aquisição
Larsen-Freeman & Long introduzem alguns dos conceitos e procedimentos básicos para a formulação de teorias e argumentam que o entendimento deste processo é necessário para a produção de pesquisas de relevância científica. Os autores criticam o fato de que, atualmente, muitas das pesquisas realizadas são cumulativas, e não são suficientemente claras nos seus propósitos. Para eles, o valor da pesquisa poderia ser ainda maior, caso fossem orientadas, de forma mais contundente, pela teoria.
Dois tipos de teorias são descritas: a forma set-of-law e causal-process. O capítulo segue descrevendo os tipos e formas de teorias, e a relação entre elas.
O texto discute , então, algumas das inúmeras teorias de SLA e as dividem em três grupos: a Nativist theory, que tenta explicar a aquisição de línguas através de um modelo nato, biológico, e que carrega noções cognitivas; a Environment Theory que argumenta que a experiência de vida de um indíviduo é mais importante do que as características de estrutura interna;e, finalmente, a Interactionist theory que tenta explicar que as duas características (biológicas e de exposição ao meio) explicam o processo de aquisição de língua. Finalizando, os autores explicitam as dificuldades em se decidir o momento certo de se abandonar uma determinada teoria e alertam para o fato de que teorias (em particlular teorias em SLA) podem colocar a comunidade científica da área no caminho certo, assim como desviá-los do caminho; e que uma centralização de interesse em uma só teoria não promove o desenvolvimento saudável, necesssário para o avanço na área pesquisada.
Já no texto de Mclaughlin, o autor, dentro do modelo de Lightbown, descreve três categorias de pesquisa, e apresenta sua visão de que a última das três, a hypothesis-testing studies é o começo de toda e qualquer pesquisa. Para ele, todo pesquisador começa com uma hipótese sobre um fenômeno, e que esta hipótese sempre emana de uma teoria sobre algum dado. Mclaughlin enfatiza que não há teoria sem hipóteses, e, a partir daí, apresenta três pressupostos: A teoria é flexível (permite que ela se altere comnovos dados em sua formulação); não existe um único método científico (experimentos científicos e pesquisa descritiva têm valor científico de mesmo peso); e não existe uma verdade absoluta na ciência (pois isto é contra-produtivo).
O autor descreve a natureza da teoria, suas funções (entendimento, transformação e previsibilidade) e tipos (forma dedutiva e indutiva; micro e macro conteúdo).
Mclaughlin descreve então, que o processo de construção de teorias passa pelo entendimento de que pesquisa e teoria são inseparáveis, e que no desenvolvimento de uma disciplina, muitas vezes, uma teoria evolve da observação de generalizações inicialmente não-relacionadas. Nenhuma teoria se apóia em uma observação isolada e que o processo natural de uma teoria, dentro de uma disciplina em formação, é ser substituída por uma melhor. Como tema final, Mclaughlin lida com a avaliação de teoria e sugere normas de validação propostas por Kaplan, divididas em três categorias: normas de correspondência, normas de coerência, e normas de pragmática. Fechando sua introdução, o autor acrescenta ainda a condição de falsifiability. Teorias que preenchem todos os critérios de validação, mas não têm valor de peso por se sustentarem em um campo restrito.

Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
Semana 3 (14 - 18 de março)

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