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Date Posted: 19:03:47 03/20/05 Sun
Author: Danilo Cristófaro
Subject: Semana 4 - A construção de Teorias de Aquisição

UFMG – PosLin
DISCIPLINA: LIG 905 Seminário de Tópico Variável de Lingüística Aplicada - Professora Vera Menezes – 2005/1

Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
Semana 4 (21-25 de março)

A construção de Teorias de Aquisição

Van Lier apresenta uma perspectiva crítica da construção de teorias de SLA baseada em valores éticos; perspectiva esta que vem a acrescentar às outras pespectivas presentes nos textos citados da edição de 14/03/1993 do Applied Linguistics. O autor defende a heterogeneidade da LA, a sua relação com a pedagogia, e o conceito de que teoria e prática devem caminhar juntas.

Para Van Lier, o conflito entre teoria e prática se dá quando uma parece impedir o progresso da outra, mas chama a atenção de que estes conflitos não se dão no campo da ciência, e sim na área social e institucional. O autor questiona a visão daqueles que professam a divisão entre teoria e prática, e argumenta que, numa esfera onde a produção teórica é feita de forma crítica e ética, ela deve refletir o lado prático. Em outras palavras, teoria com sentido, com objetivo.

O autor descreve que os teóricos temem a diversidade de teorias e, também, as aplicações destas na prática. Descreve ainda que os professores de línguas (practioners) têm o medo de refletirem sobre suas práticas, e além disto, temem as teorias em geral. Este divisor de águas entre teóricos e professores não é salutar para o campo de estudos, e os objetivos da SLA deveriam ser calcados na pedagogia, inserido dentro de um contexto social, e com estreita relação da teoria com a prática.

Já Spolsky, no meu entendimento, vai de forma indireta contra os princípios definidos por Van Lier. Spolsky propõe um modelo teórico para a SLA que contém cinco características básicas: a de ser um modelo abrangente, preciso e objetivo; integrado e interativo; eclético; e que entende que há uma necessidade, dentro da SLA, de um modelo teórico único. A proposta de Spolsky é baseada no modelo teórico de Ray Jakendorf denominado preference model. Este modelo distingue e categoriza regras de preferência, e determina que nem todas as regras presentes dentro do sistema são regras necessárias (no caso da SLA) para o aprendizado de línguas. Estas regras recebem gradações distintas. Assim, o modelo tem a interação de vários agrupamentos de condições inter-relacionadas. Estas condições podem estar presentes a partir do contexto social ou das condições de aprendizado. Spolsky enfatiza que, por parecer um modelo muito abrangente, é fundamental manter a ênfase em ser preciso e claro com relação à nautreza dos objetivos e resultados de aprendizado.

Spolsky reconhece que a aparente informalidade de seu modelo leva à uma certa incredulidade, e cria possibilidades de ter o seu modelo tratado de forma não muito séria. Se por um lado o modelo decepciona os teóricos com a falta de formalidade, por outro serão os professores de língua que ficarão decepcionados com a falta de um conjunto claro de diretrizes de procedimento dentro da sala de aula. O autor também reforça o argumento de que o que ele está propondo é só, e tão somente, a exposição preliminar dos princípios gerais da teoria, e que o modelo completo terá de ser consistente na sua forma e terá, também, de ser capaz de provar as argumentações feitas.

Textos:
VAN LIER, L. Forks and hope: persuing understanding in different ways. Applied Linguistics. Oxford University Press, v. 15. n. 3. p.328-346, Sept.1994

SPOLSKY, B. Conditions for second language learning.Oxford: Oxford University Press, 1991. p. 11-29

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Aluno: Danilo Cristófaro Alves da Silva
Semana 4 (21-25 de março)

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