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Date Posted: 11:36:06 03/21/05 Mon
Author: Valdênia Almeida
Subject: Semana 4. A Construção de Teorias de Aquisição

LIG 905 – Seminário de Tópico Variável em LA ao Ensino de Língua Estrangeira
Profa. Dr. Vera Menezes
Aluna: Valdênia Carvalho e Almeida

VAN LIER, L. Forks and hope: persuing understanding in different ways. Applied Linguistics. Oxford University Press, v. 15. n. 3. p.328-346, Sept.1994

SPOLSKY, B. Conditions for second language learning.Oxford: Oxford University Press, 1991. p. 11-29

Spolsky apresenta uma teoria geral da aquisição de segunda língua, mais especificamente, o autor propõe um modelo de aquisição de L2. Este modelo seria abrangente, aceitando toda a complexidade toda a complexidade acerca do que seja o conhecimento de uma língua; também seria um modelo integrado e integrativo, havendo uma conexão entre as partes que compõem o modelo (atitudes, motivação, oportunidades de aprendizagem, etc); e seria um modelo que entende a necessidade de se estabelecer uma teoria geral, única, dentro da aquisição de L2.

Após a apresentação das características do modelo, Spolsky fala das condições de aprendizagem e lista 74 condições, classificando-as em condições necessárias, sem as quais o aprendizado é impossível; condições “graded”, na qual há uma relação entre a condição e o produto da aprendizagem; e as condições típicas que não são necessárias para que a aprendizagem ocorra.

Mais adiante, o autor discorre sobre as condições que são influenciadas pelo contexto social. Segundo o autor, o contexto social influencia nas atitudes dos aprendizes e nas oportunidades de aprendizagem. O autor classifica estas oportunidades em formais (aprendizagem em sala-de-aula) e informais (exposição à língua alvo).

Finalmente, Spolsky faz uma apresentação sistemática do modelo no qual o contexto social guia as atitudes do aprendiz. Estas atitudes aparecem através da motivação do aprendiz a qual está ligada a outros fatores, como, idade, personalidade, capacidade e conhecimento prévio. Todos estes fatores explicam o uso que o aprendiz faz da língua nas oportunidades de aprendizagem. Tudo isso resultaria na produção lingüística ou não lingüística do aprendiz.

Ao contrário de Spolsky que apresenta uma única teoria geral acerca da aquisição de L2, Van Lier traz em seu texto algumas visões e suposições comuns acerca da construção de teorias em SLA. O autor se refere a visões como: o mérito da diversidade ou homogeneidade; a natureza da explicação; e a avaliação das teorias.

Ao abordar a questão da diversidade, o autor mostra como a definição acerca do que seja o campo da SLA é tão variável. Para alguns o campo da SLA está situado dentro da lingüística, para outros este campo está situado dentro da educação, ou ainda, ele é considerado um campo independente ligado a vários outros. Diante dessa diversidade o autor considera importante considerarmos o campo da SLA sem limites que excluam os assuntos práticos e as questões pedagógicas. Segundo o autor, teoristas devem aceitar a legitimidade dos práticos que se dispõem a teorizar, e os práticos deveriam dar boas vindas à participação de teóricos nas questões práticas.

Van Lier discorre sobre as várias visões acerca de métodos. O autor define método com uma forma de obter um maior conhecimento acerca de um determinado fenômeno. O importante, segundo Chomsky (1988), não é estarmos preocupados com a conduta científica mais apropriada, mas sim sermos sensatos nas escolhas de métodos.

Em seguida, o autor fala sobre o objetivo da teoria. Ele argumenta que a prática está ligada à teoria. E ainda, que a teorização e a prática estão ligadas ao passado e ao futuro. Ao passado porque acumulam conhecimento e experiência de estudos e pesquisas passados, e ao futuro porque geram expectativas e objetivos para pesquisas futuras. De acordo com o autor, as pessoas ligam a pesquisa mais a teoria do que a prática. Isso porque na história da ciência há uma grande separação entre teoria e prática. Van Lier conclui dizendo que a teoria não é algo que é construído para depois ser colocado em prática, mas sim, uma dimensão reflexiva da realidade. Assim, não há uma grande separação entre teoria e prática, e sim, uma grande relação.

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