Subject: O problema estrutural e este, baixa qualificacao |
Author:
Paulo Silva
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Date Posted: 27/07/05 14:56:42
In reply to:
Paulo Silva
's message, "Investir em ciencia" on 27/07/05 14:43:28
Baixa frequência no Se cundário e no Superior
estudo Retrato da educação em 30 países europeus mostra melhorias significativas nos últimos anos Portugal abaixo da média na formação de estudantes com o 12º ano e com curso universitário manuel azevedo
Mais de 64% dos portugueses entre os 25 e os 34 anos não possui o 12º ano. A média dos 25 países da União Europeia situa-se nos 25,1%. O panorama é semelhante no Ensino Superior
Fernando Basto
Onúmero de portugueses com formação escolar ao nível do Ensino Secundário continua a ser dos mais baixos na Europa a 25. Se considerarmos a população com idade entre os 25 e os 34 anos, verifica-se que 64,7% não possui o 12.º ano, enquanto a média europeia situa-se nos 25,1%. Pior do que Portugal só Malta, com 71,2% sem estudos secundários.
Estes e muitos outros dados constam do estudo "Os Números-Chave da Educação na Europa 2005", organizado pela Rede Eurydice. Trata-se de um estudo comparativo que visa proporcionar um panorama amplo do funcionamento dos sistemas educativos na Europa.
Se olharmos para as formações a nível do Ensino Superior, constata-se que Portugal detém, igualmente, um dos níveis mais baixos de população formada com idades compreendidas entre os 30 e os 64 anos apenas 12,9%. A média da União Europeia é de 24,3%.
Mais mulheres
Entre a população que conclui um curso de nível superior, as mulheres estão em maior número do que os homens na maioria dos países. Neste aspecto, Portugal é o terceiro com mais mulheres, em que a proporção ultrapassa o dobro.
Ao nível dos tipos de formação, o estudo constata que o número de graduados em áreas científicas e tecnológicas tem vindo a aumentar nos últimos anos. Em 2001, 6,5 em cada mil habitantes com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos tinha formação superior em ciência e tecnologia, enquanto na EU25 o mesmo número era de 10,9.
Entre os licenciados europeus, mais de 25% completaram estudos em ciências sociais, comércio e direito, apesar de se verificar um aumento do número de diplomados nas áreas das ciências e tecnologias.
Homens nas ciências
As mulheres mantêm a preponderância nas universidades e institutos politécnicos europeus, em particular em áreas como a educação, as artes e humanidades e a saúde e acção social, onde constituem 66% do total de alunos, estando igualmente em maioria nos cursos de ciências sociais, gestão e direito.
Já em engenharia e construção o número de homens é superior (77%), o que acontece igualmente nas áreas de ciências, matemática e informática (62%).
Avaliação externa
O estudo demonstra que a avaliação externa tem sido desenvolvida em muitos países como forma de avaliar a qualidade da educação oferecida. A divulgação dos resultados é uma prática muito recente, tendo sido iniciada nos anos 90.
Em toda a UE25, cerca de um quarto da população está na escola (23,1%). Portugal não fica longe desta média, com 21,3% da população a estudar. No entanto, a partir dos 19 anos, regista-se um decréscimo dos jovens que continuam a estudar. Em Portugal, entre os 0 e os 19 anos, há 76,6% a estudar (79,9% na UE25), enquanto entre os 0 e os 29 anos essa mesma percentagem baixa para 54,5% (58,9% na UE25).
Formação vocacional
A situação mais comum na Europa é a existência de mais estudantes em áreas de formação vocacional do Ensino Secundário do que na formação geral. Na realidade, na UE25, 37,3% dos estudantes do Secundário frequentavam, em 2001/02, o curso geral, enquanto 62,7% estavam inscritos em cursos de formação vocacional.
Contudo, esta tendência não era seguida em 13 países, entre os quais Portugal. No nosso país, 71,2% dos estudantes frequentavam o curso geral, enquanto apenas 28,8% estavam em áreas vocacionais.
De um modo geral, a expectativa de escolaridade (ou seja, o número de anos que uma criança de cinco anos deverá permanecer no sistema de ensino) na UE25 é de 17 anos. Ela varia entre os 14 anos no Chipre, Luxemburgo e Malta até 19 anos, na Bélgica, Finlândia, Suécia, Reino Unido e Islândia. Portugal acompanha a média europeia, com 16,9 anos.
Na União Europeia, mais de 15% dos estudantes frequentam um curso de Ensino Superior. Em Portugal, no ano lectivo de 2001/02 essa média era de 18%.
Investimento
O investimento público na educação representa entre 5% a 6% do Produto Interno Bruto em cerca de metade dos países europeus. O montante que a UE25 continua a investir manteve-se estável durante o período entre 1995 e 2001, mas em constante proporção com o aumento da sua riqueza.
Os números mostram que na UE25, o investimento médio foi de 5,1% do PIB, tendo Portugal investido 5,9%.
Entre os anos em referência, a variação do investimento variou de país para país. Embora a média dos países demonstre estabilidade, em Portugal o investimento em educação aumentou progressivamente.
http://jn.sapo.pt/2005/07/27/em_foco/baixa_frequencia_se_cundario_e_super.html
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