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Subject: China quer acabar com amantes dos dirigentes | |
Author: ABEL COELHO DE MORAIS (DN, 29.07.2007) |
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Date Posted: 30/07/07 7:34:48 In reply to: France Presse 's message, "Polícia apreende uma tonelada de Viagra falso na China" on 25/07/07 23:01:01 Qualquer dirigente do Partido Comunista Chinês (PCC) ou funcionário do Estado que mantenha amantes ou "segundas mulheres" pode ser afastado das suas funções e levado a tribunal por violação da lei. Amantes e "segundas mulheres" - outra designação para uma instituição da China antiga que sobreviveu até à actualidade, as concubinas - estão na moda entre os dirigentes chineses que as consideram um elemento de sucesso, poder e prestígio. Como escrevia esta semana a edição online do jornal oficial Diário do Povo, "ter uma jovem amante é não só moda entre os dirigentes de meia idade tentados pela lascívia, como também o perfeito disfarce para receber subornos e lavar dinheiro". Por isso, a Procuradoria Popular e o Supremo Tribunal da China criminalizaram dez novas formas de suborno, permitindo a investigação aos actos e bens do que consideram "pessoas com relações especiais", isto é membros de família dos dirigentes a pessoas com interesses comuns com aqueles e, naturalmente, as que partilham relações afectivas de algum tipo. Sublinha o Diário do Povo que deixa de ser necessário provar o envolvimento directo de uma "segunda mulher" para se condenar um quadro ou dirigente. Ao contrário de Mao que, recordava o correspondente da AFP em Pequim, gostava de se rodear de jovens mulheres e era conhecido pela sua promiscuidade sexual, os responsáveis políticos da actualidade vão ter de cultivar uma imagem de rigor moral. A expulsão esta semana do PCC do seu responsável em Xangai, Chen Liangyu, por "manter 11 amantes", "ter um comportamento degenerado" e "negociar favores sexuais por posições de poder" mostra a preocupação do partido. Em 2006, segundo a AFP, que cita um dirigente da Comissão de Disciplina do PCC, Liu Xirong, "70% dos casos de corrupção e subornos foram recebidos por membros das famílias dos quadros ou pelas suas amantes". Portanto, acabando-se com as amantes, reduz-se a corrupção que se tornou uma verdadeira instituição numa China cuja economia cresce a 10% ao ano e em que "enriquecer é glorioso", como disse nos anos 80 Deng Xiaoping. Mas a medida não agrada a todos. Um texto no Shangai Daily lembrava que aquela se deve aplicar também "às dirigentes femininas que mantêm homens fora do casamento" e que há formas mais eficazes de controlar a riqueza dos dirigentes, como obrigá-los a declarações dos seus rendimentos e das suas famílias. | [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |