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Subject: Na ordem do dia | |
Author: mim |
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Date Posted: 11/06/07 18:25:40 In reply to: Paulo Gaião 's message, "A Extinção da Espécie Socialista" on 7/05/07 9:20:31 >A mais que provável derrota de Segoléne Royal em >França poderá representar a extinção da última >socialista da Europa, uma espécie de Neanderthal, não >se sabendo adaptar ao homem novo Australopithecus, que >nasceu nos Partidos Socialistas com Blair, Sócrates e >até Zapatero, hoje os mais eficazes serventuários do >capitalismo. Que ainda têm a imagem de esquerda bem >fresca para iludirem os seus eleitores enquanto >governam à direita em quase tudo...Quase tudo porque >os socialistas ainda por cima sabem disfarçam bem com >bandeiras tipicamente de esquerda, como a legalização >do aborto e o casamento dos homossexuais, que parecem >simples manobras de diversão nas suas mãos perante o >caminho que abrem ao trabalho forçado, aos baixos >salários e ao fim do Estado Providência. >Perante esta evolução, o que vai ser a governação da >Europa nos próximos anos? Que alternativas existem? >Depois de a esquerda fazer o trabalho que a direita >nunca conseguiu fazer, emagrecendo o Estado, cortando >na despesa pública, dando rédea solta ao capitalismo >industrial e financeiro para estender os seus >tentáculos e criando um novo código cultural baseado >em mais trabalho e mais produtividade, tudo isto feito >com apreciável êxito em termos eleitorais, o regresso >dos socialistas às anteriores políticas, as de >Sególene, parecem não fazer sentido. É como se >Sócrates, Blair e Zapatero, ou outros no seu lugar, >quisessem construir o que destruíram com tanto >sucesso. Por sua vez, quando o PSD, o Partido >Conservador Britânico ou o Partido Popular espanhol >regressarem ao poder, esse processo poderá acontecer >só por uma espécie lei da vida onde tudo flui >necessariamente e não por um verdadeiro impulso de >mudança. Com o seu espaço político ocupado, a direita >precisa de se reinventar. Mas em que sentido? Pode até >arvorar-se em paladina do Estado de Direito mas não >pode, seguramente, ser o motor de uma nova revolução >social e económica. Assim, tendo visto os Partidos >Socialistas aplicar as políticas que sempre defendeu >em teoria mas que nunca conseguiu aplicar por causa >dos sindicatos, dos comunistas e da pressão das ruas, >a direita não tem espaço de manobra para inverter >posições. Restam, então, à direita algumas bandeiras >contestatárias, no plano dos direitos, liberdades e >garantias mas cuja mensagem o eleitorado não percebe >bem porque não está habituado a vê--la a berrar. >Precisamente o que está a acontecer em Portugal com o >PSD e a Nova Democracia. O resto, condena a direita a >alguns truques. Como está a fazer o Partido Popular de >Rajoy, ao utilizar a ETA e a questão de soberania e do >regime, como arma de arremesso político contra o PSOE. >Mas com este processo em que a esquerda se tornou >direita e destrói todos os dias a ideia do Estado >Providência que alimenta a Europa há 60 anos, trata os >Sindicatos com desprezo e assenta o seu modelo de >desenvolvimento em melhores condições de investimento >para o grande capital, à custa da diminuição de >direitos, garantias e renumeração para os >trabalhadores, estes mesmos trabalhadores podem >continuar a votar alegremente nos socialistas? Hoje é >certo que votam, deixando-se ir, ora manietados, ora >alienados, ora iludidos, ora esperançados, ora >simplesmente pondo em acção mecanismos de >sobrevivência, como foi o caso de Portugal com >Sócrates depois do descalabro de Santana. Mas amanhã >como será? Como Marx dizia, é preciso primeiro criar >uma consciência nos trabalhadores de que são >desfavorecidos, de que estão a empobrecer e não a >enriquecer, como os critícos do marxismo gostaram >tantos anos de garantir, concluindo que o bem-estar do >proletariado impedia a revolução, de que estão a ser >explorados por um capitalismo global cada vez mais >voraz, em sociedades cada vez mais injustas, onde os >ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez >mais pobres. É preciso que haja uma consciência de >classe. E as condições económico-sociais para tanto, e >para o processo de luta de classes e de revolução >social, (re) começam a existir... Quase quatrocentos >anos depois do nascimento de Marx e de um conjunto de >experiências mal sucedidas no século XX que fizeram >cartilha do marxismo para alimentar projectos de poder >pessoal e de controlo totalitário do mundo, o filósofo >alemão pode estar a poucos anos de ver as suas teorias >de novo ensaiadas... Talvez com mais pureza. > > >Este é o país > >Este é o país onde o primeiro-ministro é acusado pelo >maior partido da oposição de ter um projecto de poder >pessoal. Este é o país onde a direita, com o seu >espaço político ocupado pelos socialistas, no caso do >Continente, ou pelo populismo de Alberto João Jardim, >no caso da Madeira, faz um discurso insurrecto. Este é >um país onde a capital Lisboa está paralisada há >praticamente um ano, refém de tacticismos tanto à >esquerda como à direita. Este é o país onde se vão >fazer duas eleições para a capital no prazo de dois >anos, como se a lei eleitoral funcionasse mais como >empecilho do que como uma forma de melhor regular a >gestão das câmaras. Este é um país onde as OPAs hostis >têm uma morte lenta mas segura, como se o mercado não >funcionasse e fosse preciso fazer um requerimento >administrativo para as lançar. Este é o país que tem >um dos partidos comunistas mais fortes da Europa mas >que parece agachado perante Sócrates. Este é um país >com três canais de televisão generalistas, com um >deles na posse do Estado, ou seja debaixo da tutela do >PS, e outro nas mãos do grupo socialista Prisa, >dirigido pelo socialista Pina Moura. Este é um país >onde muitas elites se deleitam com Espanha e só tem >olhos para um futuro ibérico, sob a batuta de Madrid. >Este é um país onde estão a ser sacrificados direitos >e liberdades a bem do equílibrio financeiro e do >crescimento económico, ou seja a bem da Nação, como >dizia Salazar. Este é um país que tem sindicalistas >reformados compulsivamente por delito de opinião.Este >é um país com os nervos à flor da pele, onde uns >odeiam Sócrates e outros o idolatram, admirando a >tortura que ele faz da Função Pública. Este é o país >onde um primeiro-ministro telefona seis vezes para um >jornal para impedir a publicação de uma notícia. Este >é um país onde os assessores se sentem cada vez mais >senhores das consciências dos jornalistas. Este é o >país onde a independência do Ministério Público e do >poder judicial estão ameaçados. Este é o país que a >pretexto do combate ao "jornalismo de sargeta" quer >atacar a liberdade de imprensa. Este é o país que vai >investigar a licenciatura do engenheiro Sócrates... A >ver vamos. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |