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| Subject: O regresso dos renovadores | |
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Author: Fernando Diogo |
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Date Posted: 25/03/07 15:02:37 In reply to: www.comunistas.info 's message, "Eleições para os corpos sociais da Renovação Comunista" on 19/03/07 11:11:44 O conturbado processo de constituição da Renovação Comunista (RC) vai chegar ao fim com a eleição prevista para amanhã dos primeiros corpos sociais da associação. Paulo Fidalgo e Carlos Brito são os candidatos à presidência da direcção e do Conselho Nacional, respectivamente, de um movimento organizado em 2003, na sequência dos processos de expulsão dos militantes da ala renovadora do PCP, mas que teve de esperar até Dezembro do ano passado para ver os seus estatutos legalmente reconhecidos. A nova associação que afirma ter por “objectivo contribuir para a renovação da identidade, do projecto e da intervenção comunista” não deverá evoluir a curto prazo para um partido político. Os dirigentes da RC mostram-se muito prudentes na abordagem do tema, mas Carlos Brito, depois de muito pressionado, acabou por deixar uma porta aberta: “Não podemos adivinhar o futuro”. Esta tem sido a resposta para consumo público mais usada pelos “renovadores”, forçados a uma grande prudência pelo bom comportamento eleitoral do PCP sob a liderança de Jerónimo de Sousa. Embora de forma discreta, a RC tem lançado pontes para outras forças políticas de esquerda, através de colóquios e seminários, onde foi bastante notada a presença de militantes do PS e do Bloco de Esquerda. Se a aproximação ao PS não produziu efeitos imediatos, já os contactos com o partido de Francisco Louçã tiveram tradução prática na eleição de quatro elementos da Renovação integrados nas listas do Bloco: João Semedo para a Assembleia; João Bau, Adelino Granja e Serafim Nunes para cargos autárquicos. Este é o caminho que muito provavelmente continuará a ser explorado após as eleições de domingo, tendo em conta que se trata de um dos objectivos inscritos nas linhas programáticas da lista candidata aos órgãos sociais do movimento: “A RC deverá intervir para a convergência das forças de esquerda, combatendo os afloramentos de espírito de grupo ou capela e procurando ajudar a criar um clima favorável a acordos na acção”. A participação da RC nas presidenciais de 2006 e na campanha para o referendo ao aborto enquadravam-se já naquele objectivo, mas os novos dirigentes fixaram como principais tarefas intensificar a intervenção política do movimento sobre temas de actualidade e sobretudo dar-lhes projecção pública. “É algo que nos tem faltado, mas a partir das eleições isso vai mudar”, garantiu ao Expresso o candidato à liderança da Renovação Comunista, Paulo Fidalgo. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |