Subject: Re: Informacionalismo e ALIANÇAS |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 15:01:28 05/20/04 Thu
In reply to:
paulo fidalgo
's message, "Informacionalismo e Manuel Castells" on 13:11:38 05/20/04 Thu
Ângelo Novo traçou-nos de uma forma escorreita e necessáriamente sintética a evolução da ortodoxia burguesa e os problemas que se colocam à emergente luta de classes em novos termos , decorrentes das tais novas possibilidades da técnica ,sem deixar de referir que esses avanços da técnica só produzirão novos principios ideológicos quando houver (já há?) actores sociais capazes de os "encarnarem e fazerem seus.
São ainda sectores quantitativamente pouco expressivos e relativamente privilegiados dentro das classes trabalhadoras dos países industrialmente avançados.
Parece pois perigoso alimentar a convicção que a "revolução" está na antecâmara das sociedades industrialmente avançadas.
Evidentemente que em sociedades retardatárias onde pontificam relações industriais tradicionais ou onde é marcante a existencia de um grande numero de camponeses pobres e assalariados agricolas,aí sim é realista falar de saídas revolucionárias.
avançados.1 - não li mais do que umas cento e tal páginas do
>dito Castells e acho o texto digno de um aprofundado
>estudo e nele encontro uma forte inspiração marxista e
>não vejo nele, por enquanto, qualquer saída do campo
>transformador. Pelo contrário, reúne argumentos mais
>poderosos para uma reconfiguração revolucionária. A
>tese aqui evocada de que as ideias seriam um
>substituto das mercadorias tangíveis, só pode ser
>entendida como crítica, se com essa tese Casteles
>estivesse a questionar as relações de valor e de
>classe coisa que em parte alguma encontrei, ainda.
>Normalmente, as ideias foram consideradas trabalho não
>produtivo (não realizador de mais valia e apenas
>instrumento de suporte ao dito trabalho produtivo;
>para mimmé no entanto óbvio que isso tem deixado de
>ser assim com a dominância dos serviços).
>
>2 - quanto aos 3 factores de revolução aqui descritos,
>devo dizer que um aspecto especialmente complexo na
>formação de uma base social de apoio `a revolução está
>na questão estudada por Inigo Carrera da
>subjectividade dual no campo assalariado. De facto, o
>capitalismo produz duas subjectividades divergentes de
>acordo com a posição do assalariado nas relações de
>produção: os que ocupam um lugar descartável de
>apêndices de máquina - o segundo e o terceiro
>segmentos de AN - e os que produzem mas ocupam um
>lugar chave na organização da produção - os primeiros
>em AN - e que disputam directamente ao capital - aos
>seus detentores - a primazia no processo produtivo.
>Desta dualidade, fica portanto um sério problema de
>fazer os primeiros entrarem em aliança e mutua
>compreensão como os segundos e os teceiros. Em
>princípio, a percepção do que deve ser um mundo novo
>pode ser mais nítida nos primeiros, embora neles possa
>e prolifere o reformismo e a colaboração de classes...
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