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Date Posted: 21:25:57 03/28/05 Mon
Author: Rodrigo Durval de Lacerda
Subject: Textos - Semana 5

Na introdução de seu artigo, Vedat Kiymazarslan diz que teorias de aquisição de línguas giram em torno de “natureza” e “criação” ou em “empirismo” e “nativismo”. Diferencia as duas doutrinas da seguinte forma: a doutrina do empirismo considera que todo conhecimento vem da experiência, de nossa interação com o meio ambiente através de nosso raciocínio ou sentidos. Já o nativismo considera que pelo menos algum conhecimento não é adquirido através da interação com o meio ambiente, mas é geneticamente transmitido e inato.
Outro contraste apresentado pela autora diz respeito a teorias meio ambientalistas e teorias nativistas de aquisição de línguas. A primeira considera que a criação de um organismo, ou experiência, é de mais significância para desenvolvimento que sua natureza ou contribuições inatas. A segunda, por outro lado, afirma que muito da capacidade de aprendizagem de língua em humano é “inata”. Os nativistas afirmam que aquisição de língua é inativamente determinada e que ao nascer somos providos com um instrumento embutido que nos predispõe a adquirir língua.
Na segunda parte de seu artigo, a autora discute oito visões de aquisição de língua, que são as seguintes:
. A zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky, segundo o qual simplesmente a interação social joga um importante papel no processo de aprendizagem. De acordo com ele, dois níveis de desenvolvimento determinam o processo de aprendizagem: o egocentrismo e a interação.
O comportamento verbal de Skinner, segundo o qual o desenvolvimento de língua é o resultado de um conjunto de hábitos.
A visão de Piaget, que sugere que o desenvolvimento não é inato. Segundo ele, o desenvolvimento (por exemplo, a aquisição de língua) resulta principalmente de fatores externos ou interações sociais.
A teoria cognitiva, que vê a aquisição de segunda língua como o “aumento de sistemas de conhecimento que podem, eventualmente, serem chamados automaticamente de fala e compreensão”.
A teoria do discurso, que enfatiza que desenvolvimento de língua poderia ser visto dentro da estrutura de como o aprendiz descobre a capacidade de significado de língua para tomar parte na comunicação.
A teoria dos atos de fala, que considera que dizer alguma coisa é uma maneira de fazer alguma coisa, sendo que o dizer se refere ao significado preposicional e o fazer é o significado ilocutório.
A teoria da gramática universal, segundo a qual o “problema lógico” de aquisição de língua é que a aprendizagem de língua poderia ser impossível sem “conhecimento específico de língua universal”. A autora afirma que essa teoria suscitou valiosas predições sobre o curso de interlíngua e a influência da primeira língua.
Por último, o Modelo Monitor de Krashen, também muito comentado no artigo Second Language Acquisition Theories: Overview and Evaluation, de Christina Gitsaki. Ambos os artigos comentam sobre as cinco hipóteses centrais deste modelo:
A hipótese de aprendizagem versus aquisição, em que aquisição é definida como um processo subconsciente, enquanto que aprendizagem é um processo consciente, resultando em “conhecimento sobre língua”.
A hipótese do monitor, segundo a qual a aprendizagem teve a função de monitorar e editar os pronunciamentos produzidos através do processo de aquisição.
A hipótese da ordem natural, de acordo com a qual existe uma ordem natural de aquisição de regras de segunda língua.
A hipótese do Input, na qual Krashen afirma que receber input compreensível é a única maneira que pode conduzir para a aquisição de uma segunda língua.
A hipótese do filtro afetivo, segundo a qual input compreensível não será plenamente utilizado pelos aprendizes se há um bloqueio mental.
Gitsaki afirma que a Teoria do Monitor de Krashen é um exemplo de uma macro teoria tentando abranger mais os fatores envolvidos em aquisição de segunda língua: idade, traços de personalidade, instrução de sala de aula, mecanismos inatos de aquisição de língua, influências do meio ambiente, input.
As críticas a este modelo nos são apresentadas pela autora do artigo. A de Gregg(1984), que rejeita a mais importante hipótese de Krashen, a dicotomia aquisição/aprendizagem. Gregg conclui que sob condições normais o Monitor não pode ser usado desde que ele é o único caminho em que aprendizagem pode ser utilizada, não existe a necessidade de falar sobre duas diferentes maneiras de adquirir competência em uma segunda língua. A de Mclaughlin que, embora reconheça a tentativa de Krashen de desenvolver uma extensa e detalhada teoria de aquisição de segunda língua, afirmou que ela é inadequada, já que algumas de suas suposições e hipóteses centrais não são claramente definidas e conseqüentemente não são testáveis de bom grado.
Ainda sobre a Teoria do Monitor de Krashen de aquisição de segunda língua, a autora conclui que, apesar das várias críticas, ela teve um grande impacto na maneira como a aprendizagem de segunda língua foi vista.

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