Author:
Guilherme Ferraz Pereira
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Date Posted: 17/05/05 16:54:40
In reply to:
Fernando
's message, "você é dos que tudo sabe e até nem precisa de ler o que os outros dizem" on 16/05/05 23:58:26
>Que tal fazer o que é quase certo não fez: ler a >intervenção de Jerónimo? E depois argumentar com alguma >substância!
Já vi aqui duas intervenções a chamar a atenção para o facto de a protecção do sector textil por via do controle ou limitação das importações (da China, da India...) não dever dar grande resultado porque a maior parte da nossa produção é para exportação.
Entretanto vi no noticiário que a Comissão Europeia já está a tomar medidas "de retaliação" para forçar (?) a China a limitar ou reduzir o ritmo de crescimento das suas exportações de texteis para a União Europeia.
Gostaria de saber o que terão a dizer a isto (estes dois "reparos"), os defensores da posição do CC do PCP.
Entretanto estou 100% de acordo com o que diz Jerónimo de Sousa, no que diz respeito ao diagnóstico. Em particular quando denuncia que
Portugal não pode garantir um desenvolvimento firme e sustentável, com elevada criação de riqueza, sem a existência de uma indústria transformadora forte e com um perfil de especialização avançado e produções de elevado valor acrescentado.
Hoje como ontem, sempre defendemos que à indústria transformadora cabe um papel importante e indispensável no desenvolvimento do país. Portugal não pode abdicar de uma forte capacidade de produção de bens materiais transaccionáveis, se quer afirmar uma base firme e sustentada de desenvolvimento, tal como o fazem os países mais desenvolvidos, não deixando afunilar no sector dos serviços o desenvolvimento da economia nacional.
Este tem sido um dos grandes erros da política de direita dos últimos anos que, a reboque e sobre a orientação dos grandes grupos económicos, mais apostados em actividades de fácil retorno e sem concorrência internacional, empurrou o país para um perigoso processo de desindustrialização que fragilizou a economia portuguesa, nos tornou mais dependentes, agudizando todos os problemas nacionais.
Uma política que não só condenou e condena ao definhamento e destruição dos sectores produtivos nacionais, como deliberadamente fomentou e consolidou um modelo de desenvolvimento assente nos baixos salários, na precarização das relações laborais e na fraca qualificação dos recursos humanos"
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