VoyForums
[ Show ]
Support VoyForums
[ Shrink ]
VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

27/07/24 1:17:56Login ] [ Contact Forum Admin ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 123456789 ]
Subject: Algumas ideias avulsas


Author:
Guilherme Fonseca Statter
[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]
Date Posted: 21/10/07 13:59:28
In reply to: Alejandro Nadal 's message, "Prémio Nobel de Economia: paradoxos e metáforas" on 18/10/07 14:47:21

Não me parece muito adequado que se considere os membros do Comité do Prémio Nobel de "tão coservadores".
A menos que tenham mudado muito ou que tenham feito uma forte guinada para a Direita. É que foi esse mesmo comité (se calhar outros membros?...) quem atribuíu o prémio Nobel a pessoas como Stiglitz (demitido do Banco Mundial por ser "demasiado keynesiano") ou Amartya Sen (pelos seus trabalhos sobre a pobreza e o Estado Providência).
Estaríamos aqui perante uma falácia do estilo "se não és progressista ou da "minha esquerda", então és conservador".
É capaz de não haver aqui paradoxo nenhum.
Se calhar é capaz de ser apenas a maneira como os membros do comité (estes ou outros antes deles...) vão dando sinais à comunidade académica (dos cientistas sociais) de todo o mundo, de como "quem merece os prémios do Banco da Suécia em memória de Nobel", são "pessoas que vão contribuindo para expor e desmistificar as utopias do neoliberalismo".
Isto aliás já vem de trás.
Já outros economistas receberam prémios "Nobel" por terem demonstrado o oposto da teoria convencional do "equilibrio geral" (perfeito e estático, diga-se de passagem) que se ensina nas escolas, institutos e faculdades de todo o mundo.
Faz-me lembrar o filme de 2001 sobre John Forbes Nash ("A Beautiful Mind"), o qual ganhou o referido prémio em 1994 pelas mesmas razões. No filme há uma pequena cena "que diz tudo"... O "reitor" lá da escola ou faculdade chama o John Nash ao seu gabinete para rever a tese por este submetida e pergunta-lhe se ele tem consciência de ter "escaqueirado" com todo o corpo central da teoria económica convencional" (ao demonstrar que a cooperação resulta mais eficiente do que a concorrência da utilização e recursos e realização de objectivos).
Há aqui - neste artigo - um outro aspecto que me causou alguma perplexidade.
É a confusão implícita entre por um lado "alcance do equilíbrio" e, por outro lado, "eficiência da 'assignação' (atribuição ou distribuição) de recursos e resultados".
O único equilíbrio estático que se pode alcançar é "congelando" a realidade. Os tais "factores restritivos". Como não há como "congelar" (ou critalizar) a Oferta (só através do famigerado "Plano" e mesmo assim...) ou como "congelar" a Procura (também só através de um "Plano" que determine rigorosamente - sem desvios - o que é que cada agente pode querer consumir). O que temos tido (e provavelmente continuaremos a ter) na vida real, são permanentes buscas de "equilíbrios tendenciais mas instáveis".
"Isto" tem pouco a ver com o mercado ser ou não ser um "mecanismo eficiente" para atribuir recursos.
A História dos últimos séculos demonstra à saciedade que a Humanidade ainda não conseguiu inventar um mecanismo mais eficiente para a atribuição de recursos. Não é uma questão de Fé, é uma questão de observação.
Claro que isto não impede que se conclua também que essa "eficiência" possa resultar - e resulta - em profundos desequilibrios e contradições.
Ao fim e ao cabo vamos sempre caír na estória da aparante incapacidade da parte da maioria dos observadores em pensar dialécticamente.
Simplesmente NÃO HÁ EQUÍLIBRIOS ESTÁTICOS.
Como dizia o Poeta

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.


[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]


Post a message:
This forum requires an account to post.
[ Create Account ]
[ Login ]
[ Contact Forum Admin ]


Forum timezone: GMT+0
VF Version: 3.00b, ConfDB:
Before posting please read our privacy policy.
VoyForums(tm) is a Free Service from Voyager Info-Systems.
Copyright © 1998-2019 Voyager Info-Systems. All Rights Reserved.