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Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 08:44:41 01/24/03 Fri
In reply to: Maristela 's message, "Re: Seminário sobre Autonomia" on 07:21:29 01/24/03 Fri

>O PAPEL DO PROFESSOR, sob a perspectiva da autonomia é
>o de co-construir o conhecimento cooperativamente e
>colaboratimente junto ao(s) aluno(s), outros
>professores e sociedade, em geral. Ele é o facilitador
>da aprendizagem autônoma. Ele co-aprende com seus
>alunos, já que a aprendizagem é contínua e os
>resultados dessa co-aprendizagem/interação são
>bastante eficazes .

>- O professor como agente global ensina menos e há
>mais aprendizagem, ou seja, o professora organiza e
>gerencia eventos nos quais a aprendizagem de seus
>alunos pode ocorrer, na integração em contextos reais
>da língua e cultura alvo. Aqui, o menos do professor,
>é mais para o aprendiz (Weininger, 2001; Leffa, 2002).
>A maioria deste eventos acontece fora da sala de aula
>(Weininger, 2001; Leffa, 2002), não mais no aquário, e
>sim no mar aberto, sendo que há inúmeras maneiras de
>se aprender. A sala de aula é apenas a base de apoio
>do professor, sendo a sala de aula global uma metáfora
>para a aprendizagem on line. Segundo Freire (citado em
>Padilha, 2000, p. 1) a “aula” tornou-se, há muito
>tempo, uma palavra estreita, pobre, para caracterizar
>a complexa atividade que se dá na escola. Paulo
>Freire, ao falar de “Círculo de Cultura”, já havia
>percebido isso há 50 anos.”
>
>- “Não basta ensinar os alunos como surfar na rede,
>precisamos ensiná-los como fazer ondas!” (Weininger,
>2001, p. 61). Essa citação pode se referir também ao
>trabalho realizado no “aquário”.
>
>QUESTÃO 2
>Como trabalho em duas Instituições de Ensino, percebo
>claramente algumas dificuldades no desenvolvimento de
>uma prática reflexiva, mais autônoma. Em uma
>instituição, está no projeto pedagógico a proposta de
>prática investigativa-reflexiva e há uma “cultura” em
>relação a esse tipo de trabalho. Na outra, não há essa
>proposta registrada em algumas ementas. Nessa
>primeira, consigo um trabalho mais colaborativo,
>independente e tenho mais suporte, apoio. Na segunda,
>como não está amarrado/escrito no projeto do curso, há
>uma grande autonomia pela negação por parte de alguns
>alunos e, assim, encontro bastante resistência,
>dificuldade para ir do aquário para o “mar aberto”.
>
>Outra questão crucial que percebo é a falta de
>cooperação entre os professores da área. Autonomia é
>um trabalho colaborativo, desenvolvido por todos,
>alunos e também os diversos professores da área,
>instituição e se você defende uma proposta de
>autonomia que não é contemplada pelos demais colegas,
>esse processo fica “complicado”. Assim, propiciar ao
>aprendiz autonomia em uma única disciplina “é uma
>restrição a sua autonomia” (Nicolaides e Fernandes,
>2002, p. 83);

Prezada Maristela

Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelas suas colocações. Sempre gosto de ler os seus comentários pois percebo, através dos mesmos, o seu prazer em ensinar deixando uma mensagem de otimismo e experiência de vida.
Sobre os seus comentários, gostaria de dizer-lhe que acredito, como vc., que a tarefa de caminharmos do aquário rumo ao mar aberto não é uma tarefa fácil sendo repleta de tropeços, conflitos e incertezas em relação as nossas crenças, a de nossos colegas de trabalho e as de nossos aprendizes mas, também, de aprendizagem para as partes envolvidas.
Ao mencionar uma das tarefas do professor como agente global, dentro da perspectiva da aprendizagem autônoma, que é "ensinar menos" se abstendo do papel de único detentor do conhecimento para o co-construtor do conhecimento juntamente com os seus aprendizes, acredito, como afirma Dickinson (1994) na importancia de professores e aprendizes terem uma maior consciência do que vem a ser autonomia no processo de ensino-aprendizagem de línguas. Segundo a autora (1994: 12):

"autonomy is not a threat to the teacher´s role or the teacher´s job. The result of preparing learners for autonomy is a teaching/lerning process in which responsability is shared between teachers and learners, with learners becoming progressively more self-sufficient".

Acredito, como colocado pela autora, que o empreendimento por este tipo de trabalho pode ser facilitado por alguns fatores tais como:
. "by letitimizing independence,
. by persuading learners that they are capable of learning independently,
. by teaching them how to go about learning independently, that is, by teaching students how to learn."

No entanto, acredito que para atingirmos esse grau de consciência e comprometimento, é necessário que se crie nas instituições formadoras de professores e nas próprias escolas um tipo de trabalho voltado para a prática reflexiva onde todos os participantes possam se "ver no espelho" para reconhecerem-se e entenderem-se podendo,
a partir daí, gerenciar possíveis mudanças em sua prática visando um maior engajamento do aprendiz na construção da aprendizagem.

Um forte abraço,

Denise

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Replies:
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:52:44 01/24/03 Fri

Prezada Maristela

Esqueci de anexar a bibliografia no meu conentário.

DICKINSON, L. Learner autonomy: what, why and how? In: LEFFA, V. J. (Ed.). Autonomy in language learning. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1994. p. 1-12

Caso ainda não conheça este artigo e outros artigo deste livro, acho que vale a pena pois são bem interessantes.

Um abraço,

Denise ARaújo


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