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Subject: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:59:31 02/16/03 Sun

O texto de Egbert, Paulus e Nakamichi fala sobre como os professores aplicam na prática seus conhecimentos em CALL adquiridos em treinamento formal. O texto também investiga maneiras de continuar o aperfeiçoamento profissional em CALL. O texto descreve uma pesquisa realizada em 4 anos com professores que tiveram treinamento formal em CALL e como esses profissionais estão usando de fato o que aprenderam em suas rotinas em sala de aula.
Os pesquisadores concluiram que o resultado de pesquisas anteriores na área se confirmaram e que os professores que realmente fazem uso do CALL são aqueles que já tinham experiência prévia com CALL antes de fazer o curso. Além disso, os pesquisadores puderam constatar que a falta de tempo de apoio e recursos são grandes empecilhos para o uso de CALL em sala de aula.
A informação que considerei mais interessante foi a de que os colegas de trabalho são a maior fonte de idéias para o uso de novas atividades de CALL em sala de aula, o que significa dizer que as idéias não partem dos cursos em CALL ou se partem , chegam aos professores por via indireta.


Tópicos para discussão:
1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a utiliza? Por que sim/não?

2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como professor? Por que sim/não?

3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do CALL baseado na leitura dos textos e na sua experiência?

4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL em sala de aula?


Aguardo a participação de vocês
um abraço,
Claudia Neffa
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:20:50 02/16/03 Sun

>Tópicos para discussão:
>1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o
>papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a
>utiliza? Por que sim/não?
>
>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>professor? Por que sim/não?
>
>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>experiência?
>
>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>em sala de aula?
>
>Na verdade, o primeiro tipo de instrução formal em CALL que estou tendo é nesta disciplina de mestrado, e considero que tenha sido bastante proveitosa. O que eu fiz antes relativo a CALL foi por iniciativa própria. Por exemplo, através da necessidade de usar o computador como instrumento de aprendizagem. Em tais situações é preciso que se pesquise sobre o assunto, se troque experiências e busque ajuda de colegas de trabalho e/ou se decida partir para tentativas sucessivas, onde fatalmente se aprende bastante.

Quanto ao computador, eu o uso em sala de aula principalmente de duas maneiras: utilizo slides em Power Point para complementar o material didático adotado pela escola, desenvolvendo através deles vocabulário, explicações complementares e monitoramento de jogos didáticos; a outra utilização é para exercícios monitorados com a finalidade de revisão, “self-study” e aprimoramento, aulas estas que acontecem aproximadamente uma vez por mês, englobando as habilidades de compreensão auditiva, fala e leitura. Outros tipos de atividades não são realizadas em função de fatores como tempo e falta de recursos oferecidos pela escola.

Há muitos caminhos para se otimizar o uso de CALL, mas, infelizmente, conforme afirmam os autores do texto e como bem sabemos, existem muitos fatores negativos a influenciá-los tais como os citados anteriormente, falta de informação e uma certa resistência por parte de muitos professores e escolas, entre outros. Porém, cabe a nós a tarefa de divulgar e procurar trazer esclarecimentos e inovações, para que possamos, o mais rápido possível, nos livrarmos dos empecilhos existentes no momento e melhorar a qualidade de ensino, ampliando possibilidades, para que um número cada vez maior de pessoas possa se beneficiar com isso.

Acredito que o CALL é uma possibilidade a mais no que se refere ao ensino. Ainda, pode-se ressaltar que ele desenvolve no aluno maior comprometimento com seu próprio aprendizado, cria nele a consciência da necessidade de aprimoramento e pesquisa e, consequentemente, aumenta sua motivação. Logo, as chances de sucesso são maiores.

Sheila.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:21:52 02/17/03 Mon

>>
>>

>>Resposta para Sheila:
Em primeiro lugar, obrigada pela ótima contribuição.
>>
>>
>>Na verdade, o primeiro tipo de instrução formal em
>CALL que estou tendo é nesta disciplina de mestrado, e
>considero que tenha sido bastante proveitosa. O que eu
>fiz antes relativo a CALL foi por iniciativa própria.
>Por exemplo, através da necessidade de usar o
>computador como instrumento de aprendizagem. Em tais
>situações é preciso que se pesquise sobre o assunto,
>se troque experiências e busque ajuda de colegas de
>trabalho e/ou se decida partir para tentativas
>sucessivas, onde fatalmente se aprende bastante.

concordo plenamente com você porque fazer uma disciplina desta natureza, independente de ser sobre CALL, exige bastante empenho dos aprendizes para fazer uso da tecnologia e pesquisar seus recursos.
>
>Quanto ao computador, eu o uso em sala de aula
>principalmente de duas maneiras: utilizo slides em
>Power Point para complementar o material didático
>adotado pela escola, desenvolvendo através deles
>vocabulário, explicações complementares e
>monitoramento de jogos didáticos; a outra utilização é
>para exercícios monitorados com a finalidade de
>revisão, “self-study” e aprimoramento, aulas estas que
>acontecem aproximadamente uma vez por mês, englobando
>as habilidades de compreensão auditiva, fala e
>leitura. Outros tipos de atividades não são realizadas
>em função de fatores como tempo e falta de recursos
>oferecidos pela escola.

Gostaria de saber de onde você tira as atividades (como jogos didáticos , exercícios de revisão, etc). Voc~e recebe ajuda de colegas ou pesquisa sozinha na internet , por exemplo?
>
>Há muitos caminhos para se otimizar o uso de CALL,
>mas, infelizmente, conforme afirmam os autores do
>texto e como bem sabemos, existem muitos fatores
>negativos a influenciá-los tais como os citados
>anteriormente, falta de informação e uma certa
>resistência por parte de muitos professores e escolas,
>entre outros. Porém, cabe a nós a tarefa de divulgar e
>procurar trazer esclarecimentos e inovações, para que
>possamos, o mais rápido possível, nos livrarmos dos
>empecilhos existentes no momento e melhorar a
>qualidade de ensino, ampliando possibilidades, para
>que um número cada vez maior de pessoas possa se
>beneficiar com isso.

Acho que o ponto da divulgação que você apontou é muito relevante para o contexto . A troca entre professores neste aspecto é fundamental . O próprio texto afirma que a maioria das idéias utilizadas partem de colegas.
>
>Acredito que o CALL é uma possibilidade a mais no que
>se refere ao ensino. Ainda, pode-se ressaltar que ele
>desenvolve no aluno maior comprometimento com seu
>próprio aprendizado, cria nele a consciência da
>necessidade de aprimoramento e pesquisa e,
>consequentemente, aumenta sua motivação. Logo, as
>chances de sucesso são maiores.

Nada a acrescentar a não ser que estou de pleno acordo.
abraços,
claudia
>
>
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:14:25 02/18/03 Tue

>Gostaria de saber de onde você tira as atividades
>(como jogos didáticos , exercícios de revisão, etc).
>Voc~e recebe ajuda de colegas ou pesquisa sozinha na
>internet , por exemplo?
>>
Cláudia,

Os jogos didáticos a que me refiro não são retirados da internet, mas de livros de jogos e outros sugeridos pelo próprio livro didático adotado, que os professores adaptam ao contexto de sala de aula. Também, a escola em que trabalho possui um material em CDs, chamado English Plus, para o qual fazemos roteiros a fim de que os alunos possam utilizar, individualmente, atividades diversas nele existentes tais como palavras-cruzadas, “quizzes”, interpretação de textos, exercícios de fluência e compreensão auditiva entre outros. Tal roteiro é feito de acordo com o vocabulário e/ou tópico(s) gramatical (is) e as aulas são ministradas, geralmente, ao final de cada duas lições. Inclusive, nos sites que a Vera conseguiu para o nosso trabalho final consta o do English Plus.

Abraços,
Sheila
[> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:21:08 02/18/03 Tue

>>
>
Sheila,
obrigada pela pronta resposta. Já procurei me interar sobre o English plus e é realmente interessante. Estou fazendo um levantamento para a escola onde trabalho e para ter guardado para mim mesm.
abraços,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:30:36 02/18/03 Tue

Prezada Cláudia,


De acordo com o texto, o papel da instrução formal foi de ajudar professores de língua a aprender sobre tecnologia e fazer uso da mesma efetivamente. Com relação à minha experiência, fiz duas disciplinas online e agora estamos fazendo esta. Muitas coisas que aprendo aqui procuro usar com meus alunos , pois tudo que pudermos fazer para aumentar a motivação, desenvolver a autonomia do aprendiz, desenvolver um pensamento mais crítico em relação à sua aprendizagem, estamos contribuindo para uma aprendizagem mais efetiva. Procuro utilizar fóruns, listas de discussões, pesquisas na web, etc.

Como mencionado acima, acho que o uso de CALL em sala de aula traz muitos benefícios como aumento da autonomia do aprendiz; aumento da motivação; através do trabalho colaborativo, há um aumento na negociação entre aluno-aluno e aluno-professor ; desenvolvimento da reflexão crítica em relação ao processo de aprendizagem, etc.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:28:43 02/18/03 Tue

>feedback para Silvana
>
>
>De acordo com o texto, o papel da instrução formal foi
>de ajudar professores de língua a aprender sobre
>tecnologia e fazer uso da mesma efetivamente.

Não posso deixar de ressaltar que os autores do texto em questão deixam bem claro que o papel da instrução formal em CALL é discutível , pois de acordo com as pesquisas, o treinamento formal na maioria das vezes não obtém o efeito que deveria.
>
>
>Como mencionado acima, acho que o uso de CALL em sala
>de aula traz muitos benefícios como aumento da
>autonomia do aprendiz; aumento da motivação; através
>do trabalho colaborativo, há um aumento na negociação
>entre aluno-aluno e aluno-professor ; desenvolvimento
>da reflexão crítica em relação ao processo de
>aprendizagem, etc.


As questões aqui levantadas por Silvana são indiscutíveis, porém , o texto quer levantar que apesar de todas as vantagens já conhecidas no que diz respeito a CALL, os professores em sua maioria demonstram resistência. Gostaria de levantar a discussão de como fazer para minimizar tal resistência.
abraços,
claudia
>
>
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:02:57 02/19/03 Wed

>>feedback para Silvana
>>
>>
>>De acordo com o texto, o papel da instrução formal foi
>>de ajudar professores de língua a aprender sobre
>>tecnologia e fazer uso da mesma efetivamente.
>
>Não posso deixar de ressaltar que os autores do texto
>em questão deixam bem claro que o papel da instrução
>formal em CALL é discutível , pois de acordo com as
>pesquisas, o treinamento formal na maioria das vezes
>não obtém o efeito que deveria

Alguns resultados realmente não acrescentaram muito realmente, mas quando houve uma diferença foi em favor do treinamento.

Um abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:17:01 02/19/03 Wed

>As questões aqui levantadas por Silvana são
>indiscutíveis, porém , o texto quer levantar que
>apesar de todas as vantagens já conhecidas no que diz
>respeito a CALL, os professores em sua maioria
>demonstram resistência. Gostaria de levantar a
>discussão de como fazer para minimizar tal resistência.
>abraços,
>claudia

Cláudia,

O curso de letras forma professores de línguas. Portanto, uma das opções para minimizar essa resistência é tentar mudar essa situação na graduação, ou seja, introduzindo CALL, mostrando ao aprendiz como utilizar,quais são seus benefícios, etc.
Um abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:28:34 02/23/03 Sun

"Não posso deixar de ressaltar que os autores do texto
em questão deixam bem claro que o papel da instrução
formal em CALL é discutível , pois de acordo com as
pesquisas, o treinamento formal na maioria das vezes
não obtém o efeito que deveria."

Será que esses resultados não estão relacionados a uma cultura de ensinar/aprender (de um contexto mais geral) mediada por computador pouco refletida, ja que essas reflexões (reflexão-ação)podem ser um processo bem mais longitudinal do que pensamos? Além disso, o usar também está relacionado a necessidades de uso, bem como motivação intrínseca e extrínseca.

"As questões aqui levantadas por Silvana são
indiscutíveis, porém, o texto quer levantar que
apesar de todas as vantagens já conhecidas no que diz
respeito a CALL, os professores em sua maioria
demonstram resistência. Gostaria de levantar a
discussão de como fazer para minimizar tal resistência."

As resistências de uso de computador podem ser minimizadas, se o professor passar a usar/refletir mais sobre o recurso on line, sendo esse um processo mais longitudinal. Nesse sentido é necessário que se use-o também fora da escola/instituição (Egbert, 2002, p. 3) e esse uso deve ser provocado. Além disso, deve-se inserir esse tópico nos cursos de graduação e se esse for o discurso da Instituição/professores, o trabalho mediado por computador pode se fortalecer e ser mais significativo.

Um abraço.
Maristela


>>
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:19:48 02/18/03 Tue

1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a utiliza? Por que sim/não?
A instrução formal e o alicerce do CALL. E através da instrução formal que o professor guia e desenvolve seu curso. Participei de cinco matérias on line até hoje. Em todas elas tive instrução formal, o professor delegava tarefas, que eram analisadas por ela e pelos colegas. Aprendíamos muito com o arcabouço teórico e com as interações, que eram bem produtivas. Concordo com o autor que o CALL da um suporte experiencial em diversas modalidades, retorno eficaz para os alunos, promove a interaçºao possibilitando o trabalho em pares e grupos, promove uma aprendizagem ampla e colaborativa. Alem de tornar os materiais autênticos mais acessíveis.

2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como professor? Por que sim/não?
Eu nao utilizo como professora, já tentei montar um e groups no CENEX, mas não soube como guiar as discussões e os tópicos que escolhi não foram interessante, os alunos pararam de interagir. Concordo com Abdal-Haqq (1995) que afirma que muitas vezes o professor na0o utiliza a tecnologia por não ter um bom preparo.” teachers cannot implement what they do not know about”

3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do CALL baseado na leitura dos textos e na sua experiência?
Ainda corroborando com as idéias discutidas no texto, concordo que a graduação e o lugar de preparar este profissional para atuar tendo o conhecimento da tecnologia.
“Other factors seen as facilitating teacher computer use are pre-service use, perception of the usefulness of technology for teaching, and overcoming technology-related anxiety (Knezek, Chiristensen, & Rice, 1996).” O alunos de Letras deve estar consciente da importancia de se usar a tecnologia e de como utilizar em seu favor e em favor de seus alunos.

”The findings point to the need for more contextualized instruction directly related to the teaching environments in which language teachers will be practicing.”

4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL em sala de aula?
O desenvolvimento tecnológico e muito rápido, a escola tem por obrigação acompanhar este desenvolvimento. TODOS tem o direito do conhecimento
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:38:30 02/18/03 Tue

>Resposta para Shirlene
>A instrução formal e o alicerce do CALL.

É justamente aí que se encontra o ponto de discussão do texto .


>Em todas elas tive instrução formal, o professor
>delegava tarefas, que eram analisadas por ela e pelos
>colegas. Aprendíamos muito com o arcabouço teórico e
>com as interações, que eram bem produtivas.

Em sua experiência foi produtivo mas para muito não é. As vantagens do CALL são bastante óbvias mas novamente insisto em problematizar a questão, pois para muitos professores usar CALL ainda é "um bicho de sete cabeças" e por que será?

>
>
>Eu nao utilizo como professora, já tentei montar um e
>groups no CENEX, mas não soube como guiar as
>discussões e os tópicos que escolhi não foram
>interessante, os alunos pararam de interagir.

Aqui sim temos um bom exemplo de como pode ser frustrante a tentativa de uso de CALL
>
>Achei interessante a Shirlene levantar o aspecto da ansiedade em relação ao uso do CALL por parte do professor.
>

abraços,
claudia
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:12:00 02/19/03 Wed

>Em sua experiência foi produtivo mas para muito não é.
>As vantagens do CALL são bastante óbvias mas novamente
>insisto em problematizar a questão, pois para muitos
>professores usar CALL ainda é "um bicho de sete
>cabeças" e por que será?
>

Porque eles não foram e não estão preparados para isso. Acho que essa situação pode mudar se eles fizerem um treinamento em como utilizar CALL, pois assim eles poderão comprovar os benefícios que eles podem proporcionar para os aprendizes.

Um abraço,
Silvana
[> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:28:39 02/20/03 Thu

>>resposta para Silvana


>>
>
>Porque eles não foram e não estão preparados para
>isso. Acho que essa situação pode mudar se eles
>fizerem um treinamento em como utilizar CALL, pois
>assim eles poderão comprovar os benefícios que eles
>podem proporcionar para os aprendizes.
>
>Ccreio que assim como qualquer tipo de instrução, a em CALL pode ser frutífera ou não . O aproveitamento depende muito da motivação . No caso de CALL , o que surpreende é o número elevado de alunos e professores e professores em formação que fazem o curso e não utilizam o que aprenderam.

Abraços,
claudia
[> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:59:35 02/20/03 Thu

Colegas

muito interessantes os resultados dessa nossa discussao. Na minha percepçao pelos depoimentos e pela troca de experiencias nesse e em outros cursos, os autores estao corretos quando afirmam que as pesquisas mostram que a intruçao formal nao garante a transferencia para a pratica na sala de aula, por fatores diversos, inclusive pela falta de estrutura na escola ou por resistencia dos alunos. Nao vamos colocar o onus apenas na preparaçao do professor, porem acredito que se o professor for bem capacitado e contar com uma rede de apoio (dos colegas e da instituiçao), mesmo barreiras como a falta de estrutura podem ser contornadas.

Contudo, ainda que o computador já venha sendo utilizado por escolas e cursos de Inglês, essa utilização ainda necessita ser sistematizada e direcionada segundo fundamentos da metodologia de ensino aplicada. A minha percepção e experiência quanto a essa prática é de que ela acontece de forma precária, sem atrativos para os alunos, o que, na minha opinião, configura uma sub-utilização de um recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade de aprendizado, consideram atividades dessa natureza como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de significado. E isso sem contar com a propria resistencia e insegurança dos professores, que muitas vezes receiam nao ser tao bem preparados quanto seus alunos.

um abraço

Isis Pordeus
[> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:37:31 02/21/03 Fri

Resposta para Isis


>Não vamos colocar o onus apenas na preparaçao do professor,
>porem acredito que se o professor for bem capacitado e
>contar com uma rede de apoio (dos colegas e da
>instituiçao), mesmo barreiras como a falta de
>estrutura podem ser contornadas.

Muito bem colocado Isis. Acho que de certa forma até agora eu lancei uma visão um pouco pessimista mas foi proposital, para problematizar o assunto, mas de estou totalmente de acordo com você.
>
>Contudo, ainda que o computador já venha sendo
>utilizado por escolas e cursos de Inglês, essa
>utilização ainda necessita ser sistematizada e
>direcionada segundo fundamentos da metodologia de
>ensino aplicada. A minha percepção e experiência
>quanto a essa prática é de que ela acontece de forma
>precária, sem atrativos para os alunos, o que, na
>minha opinião, configura uma sub-utilização de um
>recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que
>acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos
>alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade
>de aprendizado, consideram atividades dessa natureza
>como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de
>significado. E isso sem contar com a propria
>resistencia e insegurança dos professores, que muitas
>vezes receiam nao ser tao bem preparados quanto seus
>alunos.

Eu quis diminuir a mensagem e ressaltar o mais relevante desta colocação de Isis mas não consegui retirar nada porque acho que tudo que ela disse acima é super relevante. Não sei se o grupo concorda.
>
>
>

Nem preciso dizer que sua colaboração foi preciosa. Obrigada pela participação.
abraço,
claudia
[> [> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:20:29 02/23/03 Sun

"Não vamos colocar o onus apenas na preparaçao do
professor, porem acredito que se o professor for bem capacitado e contar com uma rede de apoio (dos colegas e da
instituiçao), mesmo barreiras como a falta de
estrutura podem ser contornadas."

Como propiciar ao aluno usar o computador, se a instituição superior não tem um laboratório (sala) de computação para os alunos trabalharem? E mesmo assim, os cursos são autorizados... Bem, uma possível solução para tentar amenizar esse contexto é refletir com os alunos sobre isso, sugerir endereços que posssam ser interessantes a todos e principalmente àqueles que tenham o aparelho em casa, trabalhar na Instituição com uma política de implantação de um ambiente mediado por computador....

"Contudo, ainda que o computador já venha sendoutilizado por escolas e cursos de Inglês, essa
utilização ainda necessita ser sistematizada e
direcionada segundo fundamentos da metodologia de
ensino aplicada. A minha percepção e experiência
quanto a essa prática é de que ela acontece de forma
precária, sem atrativos para os alunos, o que, na
minha opinião, configura uma sub-utilização de um
recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que
acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos
alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade
de aprendizado, consideram atividades dessa natureza
como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de
significado."

Claúdia, você disse tudo! Muitos cursos de língua substituiram os slides de antigamente pelo computador, mas a repetição ainda continua e a possível desmotivação também. Essa idéia de se seguir um determinada metodologia no processo de ensinar-aprender é questionável, já que trabalhamos com técnicas e não com métodos (Larsen Freeman, 2000), bem como porque o que importa é a aprendizagem do aluno, indepenente do método utilizado. Nesse sentido, usar o computador de uma forma mais behaviorista, sugere ainda controle, ordem e isso nos remete a Foucault's nightmare nos tempos atuais.

Maristela
[> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:41:47 02/21/03 Fri

>Contudo, ainda que o computador já venha sendo
>utilizado por escolas e cursos de Inglês, essa
>utilização ainda necessita ser sistematizada e
>direcionada segundo fundamentos da metodologia de
>ensino aplicada. A minha percepção e experiência
>quanto a essa prática é de que ela acontece de forma
>precária, sem atrativos para os alunos, o que, na
>minha opinião, configura uma sub-utilização de um
>recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que
>acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos
>alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade
>de aprendizado, consideram atividades dessa natureza
>como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de
>significado. E isso sem contar com a propria
>resistencia e insegurança dos professores, que muitas
>vezes receiam nao ser tao bem preparados quanto seus
>alunos.
>
Olá Isis,
Concordo com você quando diz que CALL ainda é usado de maneira precária, e consequentemente pouco estimulante tanto para professores quanto para alunos. No entanto, vale ressaltarmos que CALL ainda é um instrumento bastante recente em programas de TEFL, tendo emergido mesmo só na década passada. Dessa forma, acredito que assim como as metodologias tendem a evoluir (um dia acreditou-se que aprenderíamos por repetição ou tradução...) novas tendencias como CALL também têm um longo caminho a ser trilhado, e na minha opinião ainda poderemos colher bons frutos (se já não os colhemos). Professores que ainda não têm simpatia por essa ferramenta, certamente um dia terão que conquistá-la para não perderem seus lugares num mercado cada vez mais faminto de inovações educacionais e tecnológicas. O que você acha?
Um beijo grande,
Lívia.
[> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:27:02 02/21/03 Fri

>Contudo, ainda que o computador já venha sendo
>utilizado por escolas e cursos de Inglês, essa
>utilização ainda necessita ser sistematizada e
>direcionada segundo fundamentos da metodologia de
>ensino aplicada. A minha percepção e experiência
>quanto a essa prática é de que ela acontece de forma
>precária, sem atrativos para os alunos, o que, na
>minha opinião, configura uma sub-utilização de um
>recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que
>acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos
>alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade
>de aprendizado, consideram atividades dessa natureza
>como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de
>significado. E isso sem contar com a propria
>resistencia e insegurança dos professores, que muitas
>vezes receiam nao ser tao bem preparados quanto seus
>alunos.
>
Prezada Ísis

Bastante pertinente a sua colocação. E é nesse sentido que creio que a instrução formal faz a diferença no sentido de estar oferecendo oportunidades aos (futuros) professores de línguas de não somente refletirem sobre o uso do CALL nas salas de aula mas também aplicarem os seus conhecimentos em situações reais de ensino/aprendizagem a partir de uma abordagem crítica.

Forte abraço,

Denise
[> [> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:25:14 02/21/03 Fri

Queridas Livia e Denise

tambem acredito que a instruçao formal seja importante e concordo especialmente com a colocaçao da Livia, de que estamos vivendo um processo em evoluçao, onde as resistencias serao(espero) vencidas paulatinamente. Eh muito estimulante, na verdade, todos os nossos questionamento e reflexoes, nos tornam atores ativamente participantes de uma grande mudança. Eh um privilegio, nao acham?

Grande beijo a todos

Isis Pordeus
[> [> [> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:41:12 02/23/03 Sun

Pessoal,

A questão de usar ou não o computador como mediador na aprendizagem parece estar relacionada também à questão cultural, ou seja, esse é um instrumento mais utilizado recentemente (Lívia) e já que aprendemos mais fora do que na sala de aula real, acredito que, cada vez mais, a mediação do computador será utilizada, pois esse é um dos fortes caminhos para a co-construção do conhecimento. A questão é envolver, cada vez mais, TODOS aqueles que estão envolvidos com a autonomia e aprendizagem educacional. Nesse sentido, ainda acredito que a aprendizagem formal possa provocar uma maior consciência, autonomia, aquisição e uso do computador e da línguagem pelo aluno, bem como contextos mais autênticos e eficazes de aprendizagem.

Um abraço.
Maristela
[> [> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Regina Brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 19:29:46 02/22/03 Sat

>>Contudo, ainda que o computador já venha sendo
>utilizado por escolas e cursos de Inglês, essa
>utilização ainda necessita ser sistematizada e
>direcionada segundo fundamentos da metodologia de
>ensino aplicada. A minha percepção e experiência
>quanto a essa prática é de que ela acontece de forma
>precária, sem atrativos para os alunos, o que, na
>minha opinião, configura uma sub-utilização de um
>recurso que pode ser muito mais bem explorado, o que
>acaba por criar uma barreira afetiva por parte dos
>alunos, que, ao invés de perceberem uma oportunidade
>de aprendizado, consideram atividades dessa natureza
>como apenas mais uma tarefa monótona e desprovida de
>significado. E isso sem contar com a propria
>resistencia e insegurança dos professores, que muitas
>vezes receiam nao ser tao bem preparados quanto seus
>alunos.
>
>Concordo com vc. plenamente, Isis. e não precisamos ir muito longe.O medo e a insegurança fazem com que os professores que começaram na década passada e que já estão com dez anos ou mais fora da faculdade se retraiam diante da possibilidade de não saberem conduzir um curso utilizando este recurso. Tenho vários amigos professores na faixa dos 30 que sofrem deste mal.
Um abraço,
Regina.
[> [> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Regina Brito
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Date Posted: 18:55:55 02/22/03 Sat

Resposta para a Cláudia.

>>Ccreio que assim como qualquer tipo de instrução, a
>em CALL pode ser frutífera ou não . O aproveitamento
>depende muito da motivação . No caso de CALL , o que
>surpreende é o número elevado de alunos e professores
>e professores em formação que fazem o curso e não
>utilizam o que aprenderam.

Estas pessoas fazem o curso mas não usam o que aprenderam não só porque não têm motivação, como também, como eu já falei em outros seminários, é muito mais cômodo continuar com o que se acostumou a fazer até então. Muitos professores infelizmente, ainda acreditam, muito provavelmente por comodidade, que a aula expositiva resolve tudo. Mudar dá trabalho, exige mudanças, e nem todos apesar de conhecê-las estão abertos a elas.
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Shirlene Bemfica de Oliveira
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Date Posted: 08:35:18 02/20/03 Thu

Claudia e grupo,
>
>Em sua experiência foi produtivo mas para muitos não é.
>As vantagens do CALL são bastante óbvias mas novamente
>insisto em problematizar a questão, pois para muitos
>professores usar CALL ainda é "um bicho de sete
>cabeças" e por que será?
Acredito que o problema maior está na base da formação, poucos são os professores que têm a oportunidade de participar como alunos das aulas mediadas por computador e não há , acredito que não um curso específico de formação, ensinando o professor a utilizar as tecnicas em sala de aula.
outro problema é o acesso. poucas são as escolas, digo regulares, que têm acesso ao computador. quando tem nâo podem utilizar, torna se um enfeite para serviços extremamente internos.

Shirlene
[> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:43:04 02/21/03 Fri

>Resposta para Shirlene
>>
>
>>
>Acredito que o problema maior está na base da
>formação, poucos são os professores que têm a
>oportunidade de participar como alunos das aulas
>mediadas por computador e não há , acredito que não um
>curso específico de formação, ensinando o professor a
>utilizar as tecnicas em sala de aula.
>outro problema é o acesso. poucas são as escolas, digo
>regulares, que têm acesso ao computador. quando tem
>nâo podem utilizar, torna se um enfeite para serviços
>extremamente internos.
>
>Concordo que a base da formação é o problema crucial . No entanto , mesmo com uma base boa é preciso haver continuação da aprendizagem , pois senão ela se perde.

abraço,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:30:29 02/18/03 Tue

Cláudia e colegas,


Durante a minha graduação tive pouca instrução em CALL, mas, me foi útil de certa forma. Posteriormente, trabalhei em curso livre onde utilizávamos o computador em sala de aula, mas não foi uma experiência muito feliz.

Como enfatiza Egbert et al. (2002), é preciso que os cursos de formação de professores crie oportunidades para o professor-aprendiz aprender a utilizar a tecnologia de maneira efetiva e transformar a sua prática. Os autores também sugerem ao formador de professores evitarem o uso de uma abordagem top down para diminuir a interferência de fatores que interferem no uso da tecnologia.

Acho extremamente relevante a questão de adequar o uso de CALL às necessidades e contexto dos professores, pois como afirma Egbert et al. (2002:110) “o professor não consegue implementar o que não conhece.”
Na minha rotina como formadora de professores, infelizmente, desenvolvo apenas uma unidade do curso para tratar de CALL (a proporção teórica é maior do que a prática, devido ás condições físicas da instituição, como número limitado de computadores). Desta forma, acho que a instituição, a ementa do curso, bem como minha formação estão longe do ideal. Acredito que todos os fatores discutidos por Egbert et al. (2002:112) devem ser levados em consideração. Pois como os participantes da pesquisa em questão explicitaram, o tempo disponível, os recursos (humanos e financeiros) e o apoio em todos os sentidos possibilitariam o uso da tecnologia em sala de aula.

Enfim, um curso de CALL, se inserido em um contexto autêntico de ensino/aprendizado, pode mostrar ao professor vários caminhos para se chagar a uma prática renovada. No sentido de promover a autonomia dos alunos, aumentar a consciência quanto a importância do uso de estratégias. Porém, sabemos que tal implementação só poderá ser pensada a partir do momento em que houver investimentos na área de formação de professores. Pois são eles que deverão, em primeiro lugar, se convencer de que o uso de CALL traz vantagens para a sala de aula, caso contrário, apenas investimentos financeiros (aquisição de equipamentos) não promoverão mudanças.


Abraços

Vanderlice
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:45:36 02/18/03 Tue

>resposta para Vanderlica
>
>
>Durante a minha graduação tive pouca instrução em
>CALL, mas, me foi útil de certa forma.

Achei curioso o "de certa forma". Por que a ressalva?
>
>No mais , achei fantástica a contribuição de Vanderlice, principalmente o trecho a seguir:
>
>Acho extremamente relevante a questão de adequar o uso
>de CALL às necessidades e contexto dos professores,
>pois como afirma Egbert et al. (2002:110) “o professor
>não consegue implementar o que não conhece.”
>
Abraços,
claudia
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:06:10 02/19/03 Wed

>Achei curioso o "de certa forma". Por que a ressalva?

Cláudia,

A "ressalva" se deve ao fato de eu ter tido incentivo para o trabalho com CALL, apesar das condições institucionais.Tive poucas discussões teóricas e práticas, mas como sempre acreditei na autonomia do aprendiz, procurei outros meios de suprir as minhas dificuldades. Por isso, ressaltei "de certa forma".

Espero ter esclarecido.
Abraços
Vanderlice
[> [> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:51:36 02/19/03 Wed

>>Resposta para vanderlice
>
>A "ressalva" se deve ao fato de eu ter tido incentivo
>para o trabalho com CALL, apesar das condições
>institucionais.Tive poucas discussões teóricas e
>práticas, mas como sempre acreditei na autonomia do
>aprendiz, procurei outros meios de suprir as minhas
>dificuldades. Por isso, ressaltei "de certa forma".
>
>Espero ter esclarecido.
esclareceu sim Vanderlice. obrigada.
abraço,
claudia
>Abraços
>Vanderlice
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:44:52 02/19/03 Wed

Claudia,
Parabéns pelo texto. As sugestões para discussões são muito relevantes de motivadoras.

>Tópicos para discussão:

1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a utiliza? Por que sim/não?

O papel da instrução formal para mim foi essencial. Primeiramente porque quando eu fiz minha primeira matéria on-line eu não tinha o mínimo letramento tecnológico e resolvi aceitar o desafio.Segundo porque senti a necessidade de conhecer a teoria de CALL e sua aplicações no ensino e aprendizagem de línguas. Um dos pontos que considero relevantes na instrução formal de CALL está em consonância com o pensamento de Levy (1997) citado nas considerações da pesquisa de no texto de Egbert (2002) “ This teacher’s feelings reflect Levy`s (1997b) call for coursework to more strongly emphasize a theory of technology integration in addition to teaching how to use the tecnology itself.” . Nos cursos que participei , e neste curso, tive a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos sobre a perspectiva pedagógica de CALL e os diversos tipos de atividades que podem ser utilizadas na prática de sala de aula e fora de sala de aula e até mesmo sobre avaliação como é o caso dos portfolios.

2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como professor? Por que sim/não?
Sim.
3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do CALL baseado na leitura dos textos e na sua experiência?
Um dos caminhos importantes, na minha opinião, está relacionado com a integração de CALL e a aprendizagem em sala de aula. Precisamos de materiais para uso, idéias de atividades como Webquests, exercícios interativos, etc. O que eu percebo é que os educadores e professores envolvidos com a aprendizagem mediada por computador e o aprendiz, precisam de um banco de idéias e atividades .. Já existem alguns Cafés e Safáris como mencionados em um dos últimos e-mails de Vera e também alguns cursos pagos que oferecem ‘ free samples’ de atividades.

4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL em sala de aula?

Um dos aspectos de mais relevância ,na minha opinião, está relacionado com a ênfase nas abordagens colaborativas inseridas no contexto de CALL como por exemplo a aprendizagem em Tandem, troca de e-mails, seminários como os nossos, o curso que estamos participando, etc. Desde que iniciei os cursos on-line tenho usado o computador regularmente em minha rotina de ensino e principalmente na rotina de aprendizagem dos meus alunos. Entretanto acredito que para que o ensino mediado por computador pede mudança e reflexão. Se nós professores continuarmos presos às velhas práticas behavioristas ( ou somente nelas) pouco vamos facilitar o processo de aprendizagem de nossos alunos.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:05:51 02/19/03 Wed

>Claudia,
>Parabéns pelo texto. As sugestões para discussões são
>muito relevantes de motivadoras.

Obrigada mas tenho que agradecer mais ainda sua contribuição que foi muito interessante.
>
>Esta é para Júnia
>
>1
>
>O papel da instrução formal para mim foi essencial.

Que bom ver que a instrução formal em CALL surte efeitos tão positivos para alguns.
>
>tecnológico e resolvi aceitar o desafio.

Acho que você usou o termo certo "desafio". Para mim também foi e realmente temos que vencer o medo e enfrentá-lo para que realmente possamos fazer uso do CALL de maneira efetiva.
>
>
>
>3-
>Um dos caminhos importantes, na minha opinião, está
>relacionado com a integração de CALL e a aprendizagem
>em sala de aula.


Acho que você tocou em um ponto crucial que é a integração de CALL com a aprendizagem. Concordo plenamente.
>
>

>
>Um dos aspectos de mais relevância ,na minha opinião,
>está relacionado com a ênfase nas abordagens
>colaborativas inseridas no contexto de CALL como por
>exemplo a aprendizagem em Tandem, troca de e-mails

Compartilho com suas idéias totalmente. É o que mais me fascina no CALL;

Obrigada pela valiosa contribuição
>
abraço ,
claudia
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 22:00:26 02/19/03 Wed

"Entretanto acredito que
>para que o ensino mediado por computador pede mudança
>e reflexão. Se nós professores continuarmos presos às
>velhas práticas behavioristas ( ou somente nelas)
>pouco vamos facilitar o processo de aprendizagem de
>nossos alunos."

Prezada Júnia

Acredito, como você, na necessidade de um trabalho voltado para a reflexão de professores em cursos de educação inicial e continuada, mediante o grande desafio da aprendizagem mediada por computador. Nesse sentido, vejo como um possível caminho rumo a mudança da prática a criação de oportunidades para que os professores explicitem as suas crenças em relação ao CALL e aos seus papéis (e o dos aprendizes também) nesse contexto para, a partir daí, implementarem um tipo de trabalho mais adequado e coerente com as suas com as suas necessidades e o seu contexto.

Um forte abraço,

Denise
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:26:36 02/19/03 Wed

Ei, moçada... eis minhas contribuições.

>
>Tópicos para discussão:
>1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o
>papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a
>utiliza? Por que sim/não?

Nunca recebi instrução formal sobre a utilização de tecnologia para a aprendizagem de LE, ou seja, uma espécie de treinamento em CALL. Participei, sim, de cursos que usavam o meio virtual como instrumento de ensino/aprendizagem. Os dois foram com a Vera: O primeiro, foi quando ela começou a oferecer cursos online e tinha a cara do CALL como proposto pela literatura, ou seja, você trabalha com LE em uma sala de computadores conectados à Internet e utilizando recursos da rede. Não havia uma instrução formal além daquela necessária para a execução de uma tarefa ou por demanda, quando alguém precisava de ajuda. Havia algo de colaboração neste sentido... os que conheciam mais do ambiente ajudavam os outros. Foi uma espécie de iniciação e foi muito bom. O segundo, é o nosso curso atual. Muito parecido ao primeiro no que tange a utilização do meio. Acredito que esta metodologia adotada pela Vera e comprovada pelo texto da semana (Egbert et al., 2002) seja a melhor forma de trabalhar com a Internet. A maior parte das pessoas que usam a Internet em seus cursos não são aquelas que receberam treinamento para tal, mas aquelas que já tinham alguma experiência com o meio. As razões para isso parecem ser psicológicas e sociológicas: parece haver uma espécie de pré-indisposição generalizada à idéia de treinamento quando ele é formal, no formato “manual como fazer”; aprende-se melhor como fazer quando ele é indireto, quando somos nós que escolhemos os caminhos daquele “como fazer”, e não seguimos os passos deixados ou elaborados por outrem; aqui poderíamos encontrar elementos de autonomia, estratégias individuais, relação de autoria e identidade, etc.; como a tecnologia é instrumento, cada um vai buscar o conhecimento de que precisa para utilizá-la.
Acho que as coisas funcionam melhor assim. Portanto, não uso instrução formal sobre tecnologia a não ser individual e por demanda.

P.S.: Tenho formação técnica e trabalhei muitos anos com informática. Então, lidar com a máquina se torna mais fácil para mim que para a maioria das pessoas. Mesmo assim, acredito no exposto acima.


>
>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>professor? Por que sim/não?

Não. Como não disponho de uma sala com computadores para meus alunos e muitos deles (talvez a maioria) não tem computador em casa, ou se tem não tem conexão à Internet, acho que não é socialmente adequado basear um curso em elementos da rede. O que faço é sugerir como fonte possível e complementar de pesquisa, levando material impresso retirado da Internet, etc., numa tentativa de democratizá-la.

>
>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>experiência?

Com exceção de cursos específicos (pós-graduação ou uma aula especial, por exemplo) não acredito que seja necessário e até desejável cursos oferecidos em salas com computadores para cada membro do grupo. Inicialmente, por razões práticas: já imaginou você controlando ou “facilitando” o estudo, para usar o jargão do momento (apesar de neste caso achar que o primeiro termo mais verdadeiro), de um grupo de adolescentes ou pós-adolescentes que estariam numa aula de inglês ou literatura, tendo todo o universo da internet à frente deles? Será que haveria aula? Quem de nós, pelo menos uma vez, não sucumbiu à vontade de checar nosso e-mail, entrar em bate-papo, checar aquele ‘site’ interessante, fazer aquela pesquisa de que preciso, etc., justamente durante uma aula ‘online’; justos ou injustos, os motivos são muitos e variados. Economicamente, seria um investimento muito grande para instalação e manutenção de salas deste tipo. Do ponto de vista teórico, no que concerne a autonomia e educação continuada, por exemplo, a pesquisa e trabalho em sala de aula devem ser apenas o insumo inicial ou ponto de partida para o aprendizado individual; devemos garantir é que todo mundo tenha acesso pessoal (residencial) de qualidade à rede para que nossos esforços intelectuais na teoria se cristalizem em realidades práticas, ou então a escola, na figura do professor, continuará sendo a fonte do saber; e aprender, continuará sendo algo que fazemos durante umas quantas horas por força do trabalho ou dos pais.
Acredito, hoje, que o melhor projeto de sala de aula para CALL seja uma sala que tenha uma bom computador ligado à Internet para uso do professor e/ou alunos em dia de seminário, equipado com ‘datashow’ e tela para projeção, e quadro-negro para uso eventual. Os alunos seriam incentivados (e talvez financiados) a adquirirem um ‘laptop’ para uso pessoal. A sala teria pontos de rede (intranet) para transferências de arquivo, apresentações, e eventuais acessos à Internet caso planejado pelo professor. O aluno poderia estudar em qualquer lugar.
Sinceramente, gostaria muito de ver a escola e a sociedade funcionando mais ou menos assim!


>
>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>em sala de aula?

Olha, acho essencial. Contudo, como ilustrado nas respostas anteriores não gosto da idéia do CALL como um curso especial e sim como um fato sócio-cultural. Uma decorrência natural da evolução do conhecimento humano e da tecnologia. A idéia inicialmente pode lembrar algum filme futurista, mas não acho que seja tão difícil assim de ser implementada (já até existem alguns exemplos em andamento).


Abraço,

Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:19:08 02/19/03 Wed

>
>
>>
>>Resposta para Marcos Racilan
>
>P.S.: Tenho formação técnica e trabalhei muitos anos
>com informática. Então, lidar com a máquina se torna
>mais fácil para mim que para a maioria das pessoas.
>Mesmo assim, acredito no exposto acima.

Este comentário de Marcos reforça o que Egbert fala sobre a experiência prévia com tecnologia mas o próximo já se contrapõe já que ele não usa (pelo visto por motivo alheios a sua vontade)
>
>
>>
>>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>>professor? Por que sim/não?
>
>Não. Como não disponho de uma sala com computadores
>para meus alunos e muitos deles (talvez a maioria) não
>tem computador em casa, ou se tem não tem conexão à
>Internet, acho que não é socialmente adequado basear
>um curso em elementos da rede. O que faço é sugerir
>como fonte possível e complementar de pesquisa,
>levando material impresso retirado da Internet, etc.,
>numa tentativa de democratizá-la.
>
>>
>>3-
>
>Com exceção de cursos específicos (pós-graduação ou
>uma aula especial, por exemplo) não acredito que seja
>necessário e até desejável cursos oferecidos em salas
>com computadores para cada membro do grupo.
>Inicialmente, por razões práticas: já imaginou você
>controlando ou “facilitando” o estudo, para usar o
>jargão do momento (apesar de neste caso achar que o
>primeiro termo mais verdadeiro), de um grupo de
>adolescentes ou pós-adolescentes que estariam numa
>aula de inglês ou literatura, tendo todo o universo da
>internet à frente deles? Será que haveria aula?

Tenho queu discordar de voc~e neste ponto porque há aula e ela funciona muito bem mas a escola onde trabalho me dá as condições necessárias (uma super sala de multimídia) mas realemente exige muita mediação por parte do professor.
>
>
>
>
>>
>>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>>em sala de aula?
>
>Olha, acho essencial. Contudo, como ilustrado nas
>respostas anteriores não gosto da idéia do CALL como
>um curso especial e sim como um fato sócio-cultural.
Concordo com você neste aspecto e acho que estamos caminhando para isto, não?

Obrigada pela participação
abraço
claudia
>
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:11:41 02/19/03 Wed

Olá Claudia e colegas,

Ainda não utilizei CALL em minhas aulas de inglês, não porque não fosse interessante ou viável, mas por impossibilidades técnicas. Porém, pretento iniciar este ano ainda o uso do computador como ferramenta direta na aprendizagem da língua. Pra isso quero me inteirar mais das possibilidades, do uso adequado dos programas disponíveis e das diversas aplicações possíveis. Além disso, acho necessário adquirir alguns programas fundamentasi na área.

Basicamente, no princípio quero o computador como a Sheila vem fazendo: como material de apoio ao programa do curso para logo em seguida, e se possível já logo no início também, elaborar e desenvolver junto com os meus alunos um projeto colaborativo através de CALL.

Já tenho algumas idéias para um projeto colaborativo via CALL que quero começar a implementar assim que acabar essa loucura de final de semestre. Na verdade, o projeto colaborativo pode ou não ser feito por CALL. Caso não seja, vou incentivar o uso de CALL para que os meus alunos tenham bastante material em que se basear e que possam desenvolver suas atividades normais do curso usando o computador também.

As experiências apresentadas nos textos que já lemos muito nos auxiliam neste campo. Elas estão sendo não somente embasadoras no processo de aprendizagem, mas também inspiradoras e de ajuda prática, com sugestões e até mesmo materiais já prontos disponíveis para que possamos usar, como alguns sites e programas na internet.

O grande empecilho que vejo e o qual estou tentando vencer de alguma forma é a disponibilidade de um computador para aqueles alunos que não possuam (a maioria possui, eu creio) e o acesso a internet que é um problema neste nosso país, pois o aluno teria que acessar no fim de semana quando nem todos estão dispostos a estudar, ou o professor teria que bancar o acesso em horário em que o acesso (no meu caso discado) é caro.

Bem, é isso, por enquanto.
Um abraço,
Marcos Manso.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:21:18 02/20/03 Thu

>Resposta para Marcos Manso

Em primeiro lugar, obrigada pela participação e por ter cedido o texto para mim , já que você o tinha escolhido. Pelo jeito foi uma boa escolha pois as discussões estão sendo ótimas e a participação , grande.
>
>Ainda não utilizei CALL em minhas aulas de inglês, não
>porque não fosse interessante ou viável, mas por
>impossibilidades técnicas. Porém, pretento iniciar
>este ano ainda o uso do computador como ferramenta
>direta na aprendizagem da língua. Pra isso quero me
>inteirar mais das possibilidades, do uso adequado dos
>programas disponíveis e das diversas aplicações
>possíveis. Além disso, acho necessário adquirir alguns
>programas fundamentasi na área.

O ponto de vista de Marcos é de que a fundamentação teórica e o conhecimento do assunto são essenciais para que ele possa iniciar um trabalho com o CALL, pelo que entendi. Muitos vão direto à prática, sem conhecer nada teórico, porém , o caminho mais lógico e sensato seria o de se preparar antes. Não sei se o grupo todo concorda. Eu pelo menos me senti bem mais segura após a instrução formal.
>
>
>
>Já tenho algumas idéias para um projeto colaborativo
>via CALL

Acho que a idéia de usar CALL como material para projetos desta natureza é muito importante porque creio que seja a idéia primeira do CALL: atividades de suporte e colaboração, já que um curso totalmente baseado em CALL fica bastante fora da realidade da maioria. Não sei aqui o o que o grupo pensa.
>
>

>
>O grande empecilho que vejo e o qual estou tentando
>vencer de alguma forma é a disponibilidade de um
>computador

Aqui vemos o problema que a maioria dos professores enfrenta e realmente é um problema que as vezes é tão frustante que nos faz até desistir de trabalhar com CALL.
>
>abraços,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:45:40 02/19/03 Wed

>>
Claudia e colegas,

1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o
>papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a
>utiliza? Por que sim/não?

A instrução formal que tive primeiramente não me despertou para a importância e relevãncia do uso de CALL em minha prática diária. No entanto, foi a partir dessa experiencia atual como aprendiz on-line que me deparei com a real necessidade e com a as vantagens que essa ferramenta nos proporciona. Acho que é por isso que muitos professores não conseguem por em prática os conhecimentos que adquirem em cursos de CALL, já que não constroem seu conhecimento a partir da prática. Fica só na teoria. Talvez essa seja uma opinião bastante pessoal pois tenho gostado muito do aprendizado mediado por computador por vários motivos.
>
>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>professor? Por que sim/não?

Uso quase sempre, mas isso não quer dizer que uso a maior parte do tempo que estou com meus alunos. Fazer uso de CALL não quer dizer dar aula usando somente o computador, e sai perdendo quem pensa assim e acaba não arriscando ir mais além do quadro e caneta. Para warm-ups eu uso notícias da CNN ou BBC, uso dicionários on-line, powerpoint para introdução de tópicos gramaticais e prática com vocabula´rio, exercícios de gramática que também estão disponíveis on-line... Ainda não preparei nenhum projeto maior, por falta de tempo, e vejo esse como um dos poucos pontos negativos de CALL: saber filtrar a infinidade de informação disponível. Acredito que só por estarmos mostrando aos alunos que na Internet eles podem fazer exercícios, olhar o significado das palavras em dicionários, fazer leitura de textos autênticos já estamos ensinando o caminho para um aprendizado mais autônomo e significativo para eles.
>
>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>experiência?

Não podemos esperar que as coisas caiam do céu, e nem achar que porque um dia não deu certo, não vai dar nunca mais. Se pensarmos assim, acabamos prejudicando a nós mesmos e aos nossos alunos. É claro que instrução formal e treinamento são peças-chave, mas autonomia também é.
>
>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>em sala de aula?
>
>Compartilho da mesma opinião da Shirlene, e penso que tá por fora ficar só pesando os pontos negativos. Se não corrermos atrás, ficaremos para trás.

Abraço,
Lívia.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:48:10 02/19/03 Wed

>>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>>em sala de aula?
>>
>>Compartilho da mesma opinião da Shirlene, e penso que
>tá por fora ficar só pesando os pontos negativos. Se
>não corrermos atrás, ficaremos para trás.
>
>Abraço,
>Lívia.

Lívia,
Concordo plenamente com você e Shirlene. Acho que para alguns pode não fazer tanta diferença, mas com certeza o treinamento não prejudica. Para muitos, o treinamento pode acrescentar muito. Portanto, não devemos esperar que os outros façam algo por nós. Temos que ir em busca de nossos objetivos com nossas próprias pernas.
Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:36:13 02/20/03 Thu

>>>
>resposta para Lívia
>
>1-
>
>A instrução formal que tive primeiramente não me
>despertou para a importância e relevãncia do uso de
>CALL em minha prática diária. No entanto, foi a partir
>dessa experiencia atual como aprendiz on-line que me
>deparei com a real necessidade e com a as vantagens
>que essa ferramenta nos proporciona.


Achei muito relevante o comentário de Lívia. Relacionar a teoria com a prática é muito importante para o sucesso com CALL .
>
>>

>
>Uso quase sempre, mas isso não quer dizer que uso a
>maior parte do tempo que estou com meus alunos. Fazer
>uso de CALL não quer dizer dar aula usando somente o
>computador, e sai perdendo quem pensa assim e acaba
>não arriscando ir mais além do quadro e caneta. Para
>warm-ups eu uso notícias da CNN ou BBC, uso
>dicionários on-line, powerpoint para introdução de
>tópicos gramaticais e prática com vocabula´rio,
>exercícios de gramática que também estão disponíveis
>on-line... Ainda não preparei nenhum projeto maior,
>por falta de tempo, e vejo esse como um dos poucos
>pontos negativos de CALL: saber filtrar a infinidade
>de informação disponível.

Concordo com Lívia neste aspecto. Filtrar as informações é necessário e direcionar as atividades essencial. Concordo ainda que CALL é muito mais do que só utilizar o computador em sala como ferramenta.


Obrigada pela participação!
abraço,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 21:29:15 02/19/03 Wed

Olá Cláudia e colegas

Segue abaixo, algumas sugestões para as questões colocadas por você. Aguardo comentários!

QUESTÃO 1:
No curso de graduação, pude refletir um pouco sobre a importância do uso do CALL no ensino/aprendizagem de línguas. No entanto, esse tipo de instrução foi a curto prazo (apenas algumas poucas aulas) e pouco contextualizada pois discutíamos apenas algumas formas de implementarmos esse tipo de trabalho em sala de aula sem, na verdade, estarmos aplicando-o diretamente nas escolas.
Reconheço que, somente agora, tenho tido oportunidades de refletir de forma mais sistematizada sobre a minha experiência ao lidar com CALL, como nesta disciplina. A partir das nossas interações e pesquisas, percebo o quanto tenho aprendido e ainda tenho a aprender em relação a este valioso recurso que, a cada dia, tem me feito repensar as minhas crenças e as formas de aprender.

QUESTÃO 2:
Apesar de no momento estar afastada das salas de aula, lembro-me de ter utilizado este recurso em um curso de formação de professores de línguas quando ainda era uma formadora. No entanto, este tipo de instrução se limitou apenas às discussões sobre a validade deste instrumento no ensino de uma nova língua e não a sua aplicabilidade em contextos reais de atuação devido a minha pouca familiaridade com o tema e a questões de tempo. Vejo, agora, que eu poderia ter dinamizado estas discussões no sentido de estar oferecendo aos futuros professores oportunidades de estarem aplicando tal conhecimento na prática, junto com os seus aprendizes em situação de estágio, por exemplo.
Em relação às escolas de ensino regular onde lecionei, infelizmente não tive a chance de utilizar o CALL por motivos de falta de apoio das escolas na aquisição de computadores para uso dos alunos (pouquíssimos alunos tinham computadores em casa). Esta sempre foi uma situaçào que sempre me incomodou pois como pode a escola usar um discurso que prega a emancipação dos seus aprendizes se esta não os prepara para lidar com o mundo das novas tecnologias?


QUESTÃO 3:
Acredito, como Egbert et al. (2002), na necessidade de implementação de cursos a longo prazo para professores em formação inicial e continuada que priorizem discussões e reflexões sobre o uso de CALL baseados nos contextos de aplicação dos sujeitos envolvidos, ou seja, que levem em consideração as necessidades de cada participante (professores e aprendizes) e o seu contexto de atuação para que ambos utilizem a tecnologia de forma adequada e eficiente no ensino/aprendizagem de línguas. Segundo os autores (2002: 119), não basta enfatizar apenas as teorias e habilidades ligadas diretamente à aprendizagem mediada por computador. Para eles “there is also a need for classroom-based teacher training in how to transfer personal uses of computer into their classrooms”.

QUESTÃO 4:
Como já discutido em outros seminários sobre CALL, acredito na grande potencialidade deste instrumento no processo de ensino/aprendizagem de línguas principalmente no sentido de possibilitar a ambos os participantes (professores e aprendizes) maior autonomia na construção do conhecimento.
Como apontado por Paiva (2001: 107) ao citar Warchauer et al (2000), as principais razões para o uso do CALL no ensino de inglês são: “contextos autênticos e significativos, o que poderá aumentar a motivação dos aprendizes; aumento de letramento através da leitura, escrita e oportunidade de publicação na Internet; interação (como ocorre nesta disciplina); vitalidade obtida pela comunicação em um meio flexível e multimídia; e empowerment, pois o domínio das ferramentas da Internet os torna autônomos ao longo da vida.”


Um abraço,

Denise
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:27:45 02/21/03 Fri

>resposta para Denise
>
>S
>
>QUESTÃO 1:
>
>Reconheço que, somente agora, tenho tido oportunidades
>de refletir de forma mais sistematizada sobre a minha
>experiência ao lidar com CALL, como nesta disciplina.
>A partir das nossas interações e pesquisas, percebo o
>quanto tenho aprendido e ainda tenho a aprender em
>relação a este valioso recurso que, a cada dia, tem me
>feito repensar as minhas crenças e as formas de
>aprender.

Fico super feliz em ver que o curso despertou a necessidade de você repensar suas crenças. Acho que nós mestrandos temos que admitir que não somos professores "referência" no sentido do que se usa em aula porque o nosso curso é puxado e nos faz pensar e refletir. Não sei se o grupo concorda mas é a experiência que tenho convivendo com outros professores porque estou trabalhando e vejo que minha visão já se alterou muito do início do mestrado até aqui, principalmente no tocante ao uso de tecnologia em sala da aula


>Em relação às escolas de ensino regular onde lecionei,
>infelizmente não tive a chance de utilizar o CALL por
>motivos de falta de apoio das escolas na aquisição de
>computadores para uso dos alunos (pouquíssimos alunos
>tinham computadores em casa). Esta sempre foi uma
>situaçào que sempre me incomodou pois como pode a
>escola usar um discurso que prega a emancipação dos
>seus aprendizes se esta não os prepara para lidar com
>o mundo das novas tecnologias?

Este é um ponto interessante para discutirmos no grupo. A situação de falta de apoio e recursos é a mais grave eu acho porque se temos recursos podemos buscar maneiras de fazer uso da tecnologia mas se não temos, não há sequer o que se dizer a respeito.
>
>
>QUESTÃO 3:

>
> Segundo os autores
>(2002: 119), não basta enfatizar apenas as teorias e
>habilidades ligadas diretamente à aprendizagem mediada
>por computador. Para eles “there is also a need for
>classroom-based teacher training in how to transfer
>personal uses of computer into their classrooms”.

Este é um ponto importantíssimo levantado por Denise e creio que reflete a idéia central do texto.
>
Denise, gostei demais de sua participação! Obrigada!
abraços,
claudia
[> [> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:48:16 02/21/03 Fri

>Este é um ponto interessante para discutirmos no
>grupo. A situação de falta de apoio e recursos é a
>mais grave eu acho porque se temos recursos podemos
>buscar maneiras de fazer uso da tecnologia mas se não
>temos, não há sequer o que se dizer a respeito.


Pois é Cláudia, este é um ponto bastente interessante e ao mesmo preocupante principalmente quando pensamos na formação global dos nossos aprendizes. O fato de negarmos a eles o acesso a diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos implica em também negarmos a estes as ferramentas necessárias para que eles se tornem mais autônomos para gerenciarem a própria aprendizagem. Segundo Melo (2000:21), com o uso das novas tecnologias no ensino de línguas "o aluno constrói o seu conhecimento e a sua aprendizagem, enquanto cabe ao professor oferecer orientação para o aprimoramento destes conhecimentos".
Concordo com Jorge (2000:92) ao afirmar que "enquanto a escola mantiver a LE em lugar marginal dentro do currículo e for conivente com a idéia de que lugar de LE é fora da escola, estará negando aos indivíduos, especialmente aqueles provenientes de camadas sociais desfavorecidas, o direito de acesso a um bem cultural de alto valor simbólico".

Um abraço e obrigada pelo feedback,

Denise

REferências bibliográficas:

JORGE, M. L. Ensino de Língua Inglesa. REvista Presença Pedagógica. v. 6, n. 31, jan/fev., 2000.

MELO, G. C. V. O ensino de língua inglesa via internet e a autonomia do aluno. 2000. 154 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - FAculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:37:56 02/21/03 Fri

Querida Denise,

Gostei muito e achei muito oportuno o comentário que você fez sobre a citação de Paiva (2001: 107) ao citar Warchauer
>et al (2000). E gostaria de relatar que com a oportunidade que esta disciplina está me proporcionando estou tendo chances de tentar trabalhar com CALL em minha sala de aula e de me emancipar de maneira significativa e vital, tanto como professora quanto como aluna.Desta forma, me sinto mais autônoma a cada dia.

Seus comentários foram muitos valiosos.
Abraços
Vanderlice
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:43:25 02/20/03 Thu

Oi Claudinha

em primeiro lugar, parabens pelo texto escolhido, que toca num aspecto pouco abordado quando se fala em CALL, que eh a formaçao dos professores, de forma a que possam utilizar bem e com boa base pedagogica os recursos computacionais.

A seguir, passo aos topicos sugeridos por voce.
>
>Tópicos para discussão:
>1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o
>papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a
>utiliza? Por que sim/não?

Nao tive instruçao formal, exceto por um ou dois workshops curtos (2 a 4 horas), mostrando algumas possibilidades da utilizaçao de computadores no ensino de Ingles. Vim a ter uma melhor preparaçao durante a Especializaçao, quando foi possivel explorar melhor o que a midia oferece.
>
>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>professor? Por que sim/não?
>
Na verdade nao tenho usado regularmente, principalmente por
falta de estrutura adequada na escola (havia apenas a possibilidade de usar regulamente CDRom, que, confesso, nao eh minha midia favorita). Quando a turma se mostrava receptiva, propunha alguma atividade de pesquisa na Internet, mas que precisava ser feita fora da escola, que nao possuia acesso a Internet naquela epoca.

>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>experiência?

De imediato, acredito que a troca de experiencias com colegas eh o caminho mais eficaz, como as oportunidades que temos tido nesses forums de compartilhar as experiencias dos colegas (como a construçao das Homepages do Sergio, que considerei um projeto brilhante, os Webquests apresentados pela Miriam e Cia, etc).

A longo prazo, a melhor estrategia passa por incluir na formaçao do professor a instruçao formal, com base pedagogica, sobre as muitas possibilidades do CALL.

>
>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>em sala de aula?
>
Entre as muitas vantagens, destaco o desenvolvimento da autonomia do aluno, a oportunidade de utilizar textos e outros materiais autenticos para o ensino do idioma alvo, o enriquecimento das aulas e, o que considero mais importante, o desenvolvimento das habilidades do aluno e do professor, que vai ao encontro da reduçao da exclusao digital que algumas camadas da populaçao ainda enfrentam, por motivos diversos.

Mais uma vez, parabens pelo tema e pelo texto
super abraço

Isis Pordeus
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:53:39 02/21/03 Fri

>Resposta para ISIS
>
>em primeiro lugar, parabens pelo texto escolhido, que
>toca num aspecto pouco abordado quando se fala em
>CALL, que eh a formaçao dos professores, de forma a
>que possam utilizar bem e com boa base pedagogica os
>recursos computacionais.

Obrigada, afinal foi você que me ajudou a escolher o tema!
>
>
>
>>
>

>
>>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>>experiência?
>
>De imediato, acredito que a troca de experiencias com
>colegas eh o caminho mais eficaz, como as
>oportunidades que temos tido nesses forums de
>compartilhar as experiencias dos colegas (como a
>construçao das Homepages do Sergio, que considerei um
>projeto brilhante, os Webquests apresentados pela
>Miriam e Cia, etc).
>
>Tenho que concordar com você que a maneira mais eficiente e prazerosa de se aprender é através da troca de experiências com colegas.
Obrigada pelos elogios e pelo carinho
abraços,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Cibele Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:41:03 02/20/03 Thu

>O texto de Egbert, Paulus e Nakamichi fala sobre como
>os professores aplicam na prática seus conhecimentos
>em CALL adquiridos em treinamento formal. O texto
>também investiga maneiras de continuar o
>aperfeiçoamento profissional em CALL. O texto descreve
>uma pesquisa realizada em 4 anos com professores que
>tiveram treinamento formal em CALL e como esses
>profissionais estão usando de fato o que aprenderam
>em suas rotinas em sala de aula.
>Os pesquisadores concluiram que o resultado de
>pesquisas anteriores na área se confirmaram e que os
>professores que realmente fazem uso do CALL são
>aqueles que já tinham experiência prévia com CALL
>antes de fazer o curso. Além disso, os pesquisadores
>puderam constatar que a falta de tempo de apoio e
>recursos são grandes empecilhos para o uso de CALL em
>sala de aula.
>A informação que considerei mais interessante foi a de
>que os colegas de trabalho são a maior fonte de idéias
>para o uso de novas atividades de CALL em sala de
>aula, o que significa dizer que as idéias não partem
>dos cursos em CALL ou se partem , chegam aos
>professores por via indireta.
>
>
>Tópicos para discussão:
>1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o
>papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a
>utiliza? Por que sim/não?
>
>2-Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
>professor? Por que sim/não?
>
>3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
>CALL baseado na leitura dos textos e na sua
>experiência?
>
>4- Qual a importãncia que você atribui ao uso do CALL
>em sala de aula?
>
Cláudia,

Comecei a usar CALL no segundo semestre do ano passado em minha rotina como professora, apesar de nunca ter participado de qualquer tipo de treinamento ou curso formal em minha vida. De acordo com o texto, "...teachers are using technology in ways that fit their current practice, rather than transforming their practice through the use of technology." Esse é bem o meu caso. Só agora estou percebendo a necessidade/importância de maior conhecimento de tecnologia para que minha prática pedagógica possa ser otimizada.
No curso, tem havido muita aceitação, interesse por parte dos alunos e pretendo intensificar as atividades e tarefas, pois tenho observado um grande desenvolvimento especialmente da escrita e leitura de todos os alunos com os quais tenho usado CALL. Temos usado tanto em sala de aula quanto em atividades a serem realizadas em casa.
A partir do momento em que profissionais da área de ensino se conscientizam dos benefícios que a tecnologia traz para cada aluno através de trabalhos corporativos e individuais, eles passam a buscar desenvolvimento profissional através de cursos formais. Levy, citado no texto, afirma que é quase impossível aprender tudo sobre tecnologia em um único curso. No entanto, professores podem ter treinamento contínuo, à medida que forem implementando, aos poucos, seu conhecimento em sala de aula. A integração das perspectivas da tecnologia e das teorias de ensino/aprendizagem levará o professor a verificar o sucesso do aprendiz. O sucesso do aprendiz é também, a meu ver, o sucesso do professor. Portanto, haverá uma maior motivação, por parte do professor, em intensificar o uso da tecnologia em sala de aula, como ferramenta de ensino/aprendizagem.
Há crenças arraigadas, em muitos profissionais, que acreditam que os antigos métodos de aprendizagem são os melhores e mais efetivos. Eles são contra qualquer tipo de tecnologia em sala de aula, qualquer tipo de mudança. O próprio tempo tem demonstrado que não há mais lugar para falta de flexibilidade: ou nos adaptamos, ou estaremos fora do mercado.
Em sala de aula, o uso de CALL tem um papel fundamental para o desenvolvimento do trabalho colaborativo, que leva o aprendiz a se tornar cada vez mais autônomo. Um aluno autônomo certamente se tornará um cidadão mais consciente e responsável.

Um abraço,

Cibele
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:04:05 02/21/03 Fri

Resposta para Cibela
>>
>
>
>Comecei a usar CALL no segundo semestre do ano passado
>em minha rotina como professora, apesar de nunca ter
>participado de qualquer tipo de treinamento ou curso
>formal em minha vida. De acordo com o texto,
>"...teachers are using technology in ways that fit
>their current practice, rather than transforming their
>practice through the use of technology." Esse é bem o
>meu caso. Só agora estou percebendo a
>necessidade/importância de maior conhecimento de
>tecnologia para que minha prática pedagógica possa ser
>otimizada.

Pelo visto , todos nós estamos lucrando muito com as interações e despertando para a necessidade de saber mais sobre a utilização de recursos tecnológicos.

>No curso, tem havido muita aceitação, interesse por
>parte dos alunos e pretendo intensificar as atividades
>e tarefas

Creio que quando bem aplicado o CALL sempre vai despertar o interesse dos alunos porque é um recurso fascinante, vocês não acham?

> Levy, citado no texto, afirma que é quase
>impossível aprender tudo sobre tecnologia em um único
>curso. No entanto, professores podem ter treinamento
>contínuo

Aqui de novo voltamos à importãncia da formação continuada, ressaltada por Cibele.
>
>
>Um super obrigada pela sua ótima contribuição!
Abraço,
Claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:39:38 02/20/03 Thu

Oi Claudia e colegas,

Eu achei este texto de Egbert, Paulus e Nakamichi muito interessante pois ele busca o resultado da aprendizagem de CALL na prática e nos estimula a repensar o uso de tecnologia na formação de professores. Quantas vezes já não nos ocorreu se aquilo que estamos estudando iria realmente se incorporar ao nosso trabalho em sala de aula, por exemplo? Acho simplesmente básico e ao mesmo tempo fantástico esse negócio de pesquisa ou enquête. As pesquisas nos proporcionam alguns dos melhores feedbacks em inúmeras áreas, inclusive na nossa que se refere a ensino e aprendizagem.

Fiquei refletindo sobre a introdução do texto que remete a vários outros textos. Já que estamos falando de tecnologia, especificamente informática, é meio preocupante pensar o que “teachers think about" ou se eles "use computers in the classroom” (Ertmer, Addison, Lane, Ross, & Woods, 1999; Levy, 1997a; Pilus, 1995; Walker, 1994) em termos de cinco ou mais anos atrás. Em cinco anos, em termos de computação, tecnologia, e mesmo o acesso e uso de novas tecnologias há uma grande diferença. E esta diferença pode se acentuar se compararmos dois meios ou contextos de ensino e aprendizagem diferentes como por exemplo, Brasil e EUA. Tanto é que apenas no contexto norte-americano, o resultado mostrou que houve "a limited impact on how teachers think about and implement technology-supported teaching” (Cuban, 1996; Feiman-Nemser & Remillard, 1996).

No contexto brasileiro, não conheço pesquisas neste sentido. No entanto, em conversas com nossos colegas de profissão, vemos pouco uso de computador no ensino de inglês, por exemplo. Apesar da fantástica utilidade e aplicabilidade do computador na aprendizagem de uma língua, como descreve Egbert, Paulus e Nakamichi citando Lee, Washauer e Healey, ainda assim estamos incipientes nesta área. Só para se ter uma idéia (e corrija-me se estiver errado), apenas a Vera Menezes aborda esta temática e trabalha nesta área em todo o nosso departamento de línguas. Se a preocupação dos autores do texto de que “Teacher educators need to design CALL courses that teach what language teachers really need to know” é muito relevante e apropriada, imagina então no nosso contexto? Que podemos fazer?

Alguma sugestão?

Abraços,
Marcos Manso
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:11:11 02/21/03 Fri

>Resposta para Marcos Manso
>
>Eu achei este texto de Egbert, Paulus e Nakamichi
>muito interessante pois ele busca o resultado da
>aprendizagem de CALL na prática e nos estimula a
>repensar o uso de tecnologia na formação de
>professores. Quantas vezes já não nos ocorreu se
>aquilo que estamos estudando iria realmente se
>incorporar ao nosso trabalho em sala de aula, por
>exemplo? Acho simplesmente básico e ao mesmo tempo
>fantástico esse negócio de pesquisa ou enquête. As
>pesquisas nos proporcionam alguns dos melhores
>feedbacks em inúmeras áreas, inclusive na nossa que se
>refere a ensino e aprendizagem.
>
>Fiquei refletindo sobre a introdução do texto que
>remete a vários outros textos. Já que estamos falando
>de tecnologia, especificamente informática, é meio
>preocupante pensar o que “teachers think about" ou se
>eles "use computers in the classroom” (Ertmer,
>Addison, Lane, Ross, & Woods, 1999; Levy, 1997a;
>Pilus, 1995; Walker, 1994) em termos de cinco ou mais
>anos atrás. Em cinco anos, em termos de computação,
>tecnologia, e mesmo o acesso e uso de novas
>tecnologias há uma grande diferença. E esta diferença
>pode se acentuar se compararmos dois meios ou
>contextos de ensino e aprendizagem diferentes como por
>exemplo, Brasil e EUA. Tanto é que apenas no contexto
>norte-americano, o resultado mostrou que houve "a
>limited impact on how teachers think about and
>implement technology-supported teaching” (Cuban, 1996;
>Feiman-Nemser & Remillard, 1996).
>
>No contexto brasileiro, não conheço pesquisas neste
>sentido. No entanto, em conversas com nossos colegas
>de profissão, vemos pouco uso de computador no ensino
>de inglês, por exemplo. Apesar da fantástica utilidade
>e aplicabilidade do computador na aprendizagem de uma
>língua, como descreve Egbert, Paulus e Nakamichi
>citando Lee, Washauer e Healey, ainda assim estamos
>incipientes nesta área. Só para se ter uma idéia (e
>corrija-me se estiver errado), apenas a Vera Menezes
>aborda esta temática e trabalha nesta área em todo o
>nosso departamento de línguas. Se a preocupação dos
>autores do texto de que “Teacher educators need to
>design CALL courses that teach what language teachers
>really need to know” é muito relevante e apropriada,
>imagina então no nosso contexto? Que podemos fazer?
>
>Alguma sugestão?
>
>Abraços,
>Marcos Manso

Não dá para tirar nada da contribuição de Marcos que está simplesmente excelente. Reitero a pergunta: Alguma sugestão?

Obrigada Marcos
abraço,
claudia
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:10:34 02/20/03 Thu

Cláudia e colegas,

1- Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a utiliza? Por que sim/não?

Assim como a colega Sheila, esta disciplina do mestrado também está sendo o primeiro tipo de instrução formal em CALL. Eu já participei de um curso semi presencial e outro totalmente presencial, mas que utilizávamos a Internet como meio de aprendizagem. Foi através deste curso presencial que tomei conhecimento sobre pen-pals, confecção simples de uma página na Internet utilizando recursos do microsoft word. Isto foi no ano de 1998. Desde então o que fiz e aprendi relativo a Call foi a partir do meu interesse. Continuo fazendo pesquisas na Internet, troco idéias com amigos.

Creio que a instrução formal é o alicerce como Shirlene mencionou e também é um ponto de partida. Afirmo isto porque o nosso curso está sendo muito proveitoso nesse sentido e tem sido fonte de novas idéias em Call.


2 - Você usa regularmente o CALL em sua rotina como professor? Por que sim/não?

Particularmente, eu utilizo o Call mais como aprendiz do que como professor. Já utilizei a troca de e-mails entre os alunos. E fiz apresentações em power point para enriquecer o conteúdo.. Mas confesso que a nossa realidade não nos permite ir muito além dos e-mails e do uso do power point. Isto se dá em função da falta de equipamentos, restrição da escola e até mesmo da falta de tempo para implementar novas tecnologias.

3- Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do CALL baseado na leitura dos textos e na sua experiência?

Como mencionado no texto de Egbert, Paulus e Nakamichi, creio que existem muitas barreiras que dificultam o uso de Call. Mas concordo que a iniciativa deve partir de nós, principalmente nós que somos profissionais de línguas, e sabemos dos grandes benefícios da aprendizagem mediada por computador. Acredito ser de extrema importância a propagação do Call para as outras matérias. Além disso, o uso de Call amplia as opções dos professores e faz com muitos que são resistentes ou desconhecem seus benefícios ficarem atualizados e deixarem de ser “technophobes”.

4- Qual a importância que você atribui ao uso do CALL em sala de aula?

O uso de Call em sala de aula traz muitos benefícios. Além do aluno se tornar responsável por sua aprendizagem, este o faz de maneira mais prazerosa. Creio que a grande motivação em Call é o aluno desprender do papel de mero receptor de informação e se tornar o ator principal deste processo.

Abraços,

Adriana
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:18:56 02/21/03 Fri

>resposta para Adriana
>

>>
> são resistentes ou desconhecem seus benefícios
>ficarem atualizados e deixarem de ser “technophobes”.

Você tocou em um ponto interessante. Eu deixei de lado a tecnofobia há muito pouco tempo!Acho que a tecnofobia atravancou por muito tempo o meu trabalho e ela é muito mais comum do que se pensa!
>
>Obrigada Adriana
>
>Abraços,
>
>Claudia
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:10:01 02/21/03 Fri

>Como mencionado no texto de Egbert, Paulus e
>Acredito ser de extrema importância a propagação do
>Call para as outras matérias. Além disso, o uso de
>Call amplia as opções dos professores e faz com muitos
>que são resistentes ou desconhecem seus benefícios
>ficarem atualizados e deixarem de ser “technophobes”.

Prezada Adriana

Bastante interessante a sua observação principalmente no que se refere à questão do uso das novas tecnologias também para outras disciplinas do currículo nas escolas. Acho que essa atitude seria de grande valia justamente por propiciar aos professres oportunidades de trabalharem colaborativamente e, aos aprendizes, ampliarem os seus conhecimentos através da produção (e não reprodução) de algo relevante e integrado às outras áreas do conhecimento.

Um forte abraço,

Denise
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:12:37 02/21/03 Fri

>Como mencionado no texto de Egbert, Paulus e
>Acredito ser de extrema importância a propagação do
>Call para as outras matérias. Além disso, o uso de
>Call amplia as opções dos professores e faz com muitos
>que são resistentes ou desconhecem seus benefícios
>ficarem atualizados e deixarem de ser “technophobes”.

Prezada Adriana

Bastante interessante a sua observação principalmente no que se refere à questão do uso das novas tecnologias também para outras disciplinas do currículo nas escolas. Acho que essa atitude seria de grande valia justamente por propiciar aos professres oportunidades de trabalharem colaborativamente e, aos aprendizes, ampliarem os seus conhecimentos através da produção (e não reprodução) de algo relevante e integrado às outras áreas do conhecimento.

Um forte abraço,

Denise
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Viviane Duarte Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:04:59 02/21/03 Fri

Tópicos para discussão:
Questão 1
Nunca obtive instrução formal.

Questão 2
Você usa regularmente o CALL em sua rotina como
professor? Por que sim/não?
Não no momento pois estou fora de sala de aula desde o ano passado.

Questão 3
Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do
CALL baseado na leitura dos textos e na sua
experiência?
Vejo a questão do uso de CALL como o uso de outras inovações metodólogicas. Obviamente, guardadas as devidas proporções acerca de CALL que demanda investimento de espaço físico, grande aporte financeiro etc. De acordo com McMeniman and Evans (1998) citados por Egbert em seu texto, professores alteram suas práticas e crenças quando conferem as evidências que os alunos aprendem com novos métodos de ensino. Não receber bem e consequentemente não legitimar novas práticas pedagógicas não é pertinente somente às práticas que incluem o meio tecnólogico. Portanto, não vejo outra maneira a não ser começando pela instrução formal. Digo isso porque com a enorme carga de trabalho que professores em escolas particulares ( meu nicho ) têm, não acredito que as trocas de experiências poderiam dar conta de todo o trabalho. Penso que a instrução formal pode dar o ponta pé inicial. Depois disso, a continuidade fica por conta do suporte oferecido pelas instituições que circundam o trabalho do professor: a escola, as associações às quais pertencem, aos foruns que participam.
A proposito dessa pergunta, gostaria de mencionar um trecho que "calou fundo" em minha alma de professora.

"This suggests that teachers are using technology in ways that fit their current practice, rather than transforming their practice through the use of technology"

Dou minha mão a palmatória para esse pensamento brilhante. Em todas as vezes que desenvolvi trabalhos em CALL, tinha como objetivo claro adaptar a "novidade" ao que eu já fazia. Detalhe: achava meu objetivo nobre. A segunda visão é muito mais intrigante mas seguramente mais difícil. Como eu disse no início, não é diferente de quando o movimento comunicativo alçou vôo. Até os dias de hoje, em meu trabalho com educação e treinamento, escuto coisa tais como: "Adoro o método comunicativo. Só na hora do pair-work eu pulo a atividade."; "Gosto da maneira como a leitura é abordada. Faço tudo direitinho. Depois, faço uma tradução geral do texto e peço a alguns alunos que leiam em voz alta. Eles ficam mais felizes".
Parece aquela estória de mudança apenas do aspecto metodológico; as personagens são as mesmas; nós professores navegando em nossas próprias crenças e condições de trabalho.
Um abraço,
Viviane Lima
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Regina Brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 19:47:41 02/22/03 Sat

Cara Cláudia.

Com relação à instrução formal, acho que a mesma seja muito importante para a real capacitação do profissional. Na época em que fiz minha graduação nós ainda éramos preparados somente para aulas presenciais. É pena que tive poucas oportunidades para aprender e treinar antes de usar. Tive que ir quebrando a cabeça mesmo. Acredito que a grande diferença está na motivação, ou melhor, na vontade de se utilizar o processo. A instrução formal entra no caso, como um fator propulsor e talvez facilitador. Se não há vontade por parte do professor, mesmo que ele tenha instrução de como, não fará uso real deste recurso.

No momento não estou fazendo uso do CALL. Mas já utilizei. Semestre passado eu tive a oportunidade de trabalhar em um curso semipresencial e semivirtual. Ou seja, durante as aulas em sala a ênfase era mais no speaking, enquanto que no virtual eram trabalhadas as habilidades de listening, reading e writing. Foi bem interessante, embora alguns alunos adolescentes ficassem com uma certa preguiça pelo fato do excesso de atividades e o curto prazo para a entrega das mesmas, e outros de mais idade tivessem dificuldade com o estudo pelo computador. Acredito que, em parte, este problema tenha ocorrido porque o curso semivirtual não foi uma opção dos alunos mas sim uma imposição da escola.

É indiscutível a importância do uso do CALL em sala de aula. O aumento da autonomia, da motivação, da reflexão crítica, etc, são pontos extremamente relevantes para o desenvolvimento do aluno.

Um abraço e desculpe a demora,
Regina.
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
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Date Posted: 01:08:06 02/23/03 Sun

A instrução formal na minha experiência com CALL foi pouquíssima e o que aprendi de computador foi usando-o, foi para desenvolver trabalhos mais de escrita e buscas/consultas on line, foi uma necessidade e uma motivação intrínseca e extrínseca.

Atualmente, como professora, estou usando (iniciando) mais a aprendizagem mediada por computador, porque acredito que essa é também um maneira eficaz de o aluno tornar–se mais autônomo e co-construir seu conhecimento e acredito que esse processo é bem mais longitudinal, conforme sugerido por Egbert (2002,p.5). Além disso, em uma das instituições que trabalho há, atualmente, uma fortíssima política de incentivo de uso da internet, computador, aprendizagem on line e isso é muito bom, pois acredito que a partir de uma atitude positiva/suporte em relação à aprendizagem mediada por computador, um trabalho com o CALL mais cooperativo e colaborativo pode ser iniciado/desenvolvido. Mas, essa é só uma das variáveis que podem interferir nesse processo.

Acredito que trabalhar atividades de WebQuest é um dos caminhos para otimizar o uso do CALL., bem como propiciar ao aluno refletir (refletir-agir) sobre diversos cursos on line, diversos sites de língua inglesa, a fim de o mesmo familiarizar-se mais com esse tipo de aprendizagem. Projetos de investigação on line também se apresentam positivamente nesse processo.

Outra maneira de otimizar o uso do CALL é “dando/recebendo” feedback escrito dos alunos via e-mail, já que nessa eles podem usar mais a língua, de uma maneira mais autêntica. Trabalhar com atividades on line que proponham solução de problemas também se apresenta como atividade positiva e essa pode ser desenvolvida não individualmente, mas em grupo, “peer colaborativon, (Eghbert, 2002, p. 4). Propiciar ao aprendiz escolher o horários de desenvolver sua atividade on line significa também propiciar ao mesmo maior liberdade de escolha e maior responsabilidade. Isso significa dizer que aprendizagem mediada por computador, no meu contexto, iniciaria com algumas aulas presenciais (1 ou 2), a fim de propiciar orientações aos alunos e depois partiria para aulas on line e acredito que esse proposta pode funcionar bem para que o aluno seja mais autônomo e co-construa seu conhecimento. Atividades de usar um content based software, homepage, conferências eletrônicas são atividades possíveis de um curso on line (Eghbert, 2002, p. 11).

O uso do CALL no ambiente educacional é totalmente necessário na nossa atualidade, pois esse é um mediador de aprendizagem que propicia a maior autonomia do aprendiz, característica fundamental para a co-construção do conhecimento. Logo, através da “peer colaboration”, das diversas possibilidades de atividades on line, deve-se propiciar ao aprendiz usar o computador para aprender a aprender e isso significa que eles devem usá-lo também fora do ambiente educacional (Eghbert, 2002, p. 3)

Acredita-se que a aprendizagem mediada por computador deve fazer parte de uma política maior de aprendizagem. Mas, mesmo se isso não tiver acontecer, o papel do professor é provocar nos alunos uma reflexão inicial sobre o tópico e acredito que qualquer resultado/motivação positiva deles pode ser o primeiro de uma série de ações nesse sentido. Não consigo mais ver a aprendizagem de uma língua estrangeira sem ligá-la a mediação do computador.

Um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Stella Lima
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Date Posted: 04:05:21 02/23/03 Sun

Oi, Cláudia.

Venho utilizando CALL há algum tempo, mas até antes do início desta disciplina não havia me aprofundado na parte teórica.Participei de alguns cursos que enfatizavam mais a prática do que a teoria.Tenho aprendido muito com a experiência de colegas também.

Atualmente trabalho em uma escola que esta oferecendo desde o segundo semestre de 2002,cursos presenciais + virtuais. O foco principal para a sala de aula é o speaking. O listening, reading e writing são desenvolvidos através das atividades virtuais. O programa oferece condições para que o professor acompanhe bem de perto a participação e desempenho dos alunos.

Ainda não temos como fazer uma avaliação real dos resultados desta forma de aprendizagem por ser ainda muito recente, mas, posso afirmar que é uma forma que encanta os alunos.Muitos deles costumam ir além, fazendo outras atividades que não são exigidas pelo professor.
Um abraço
Stella.
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Dilso Almeida
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Date Posted: 05:29:04 02/23/03 Sun

Claudia,
Parabéns pela escolha do material para leitura. Altamente relevante para o propósito que todos temos ao cursar esta disciplina.
Penso que a instrução formal em CALL é fundamental para a formação de professores conscientes das possibilidades e limitações dessa modalidade de ensino-aprendizagem. Essa instrução deve incluir o letramento eletrônico como ponto de partida para os aspectos metodológicos da aprendizagem mediada por computador.
Com relação aos tópicos:

1. Em sua experiência pessoal com CALL, qual foi o papel da instrução formal? Você obteve alguma? Você a utiliza? Por que sim/não?
Minha instrução formal com CALL é bastante restrita. Um mini-curso sobre CALL, alguns workshops relacionados à educação a distância em geral e esta disciplina. Infelizmente, esse tipo de instrução é pouco oferecido. Invisto em muita leitura, não apenas na área de CALL, mas na utilização da tecnologia na educação de maneira geral, “knowledge management”, “e- learning”.
2. Você usa regularmente o CALL em sua rotina como professor? Por que sim/não?
Não uso tanto quanto gostaria de usar. Limitações de tempo e de equipamentos impedem uma maior utilização desses recursos. Sempre que possível, integro às aulas pesquisas na internet, uso de CD-ROM, e-mail.
3. Que caminhos você apontaria para otimizar o uso do CALL baseado na leitura dos textos e na sua experiência?
Penso ser fundamental a inclusão de CALL nos cursos de formação de professores. Apesar das dificuldades orçamentárias que tanto já foram discutidas aqui, pode-se identificar uma tendência à integração da tecnologia na sala de aula de maneira geral. Os professores devem estar minimamente preparados para darem os primeiros passos e fazer face a esta presença. Não tem mais cabimento um professor de qualquer disciplina sair do curso de formação com aversão ao computador. Essa máquina está presente em quase tudo o que fazemos.
4. Qual a importância que você atribui ao uso do CALL em sala de aula?
Creio ser fundamental a importância do uso de CALL. Além dos aspectos já apontados em discussões anteriores, tais como o desenvolvimento da autonomia e da colaboração, a utilização de CALL permite que nós, professores de uma língua estrangeira, propiciemos aos aprendizes a possibilidade de desenvolverem o letramento eletrônico que vai auxiliá-los a funcionarem num mundo cada vez mais cercado por tecnologia.
Um grande abraço,
Dilso
Subject: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
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Date Posted: 09:00:35 02/20/03 Thu

MOTIVATION IN FOREIGN LANGUAGE LEARNING
Sheila - 17 a 22/02

Referências:

1. NAKANISH, Takayuki. Journal of Language and Linguistics., Japan: Ibaraki University. Vol 1, number 3, 2002. - www.shakespeare.uk.net/journal/1_3/nakanishi1_3.html

2. THANASOULAS, Dimitrios. Motivation and Motivating in the Foreign Language Classroom. -
http://iteslj.org/Articles/Thanasoulas-Motivation.html


3. CONNER, Mike. Motivation in Second Language Education. -
http://www.public.iastate.edu/~micon/classes/517/motive.htm



1. Relacione motivação e autonomia de acordo com os textos lidos, experiências pessoais e informações anteriores.

2. Como você lida com a motivação em sala de aula?

3. Fale sobre auto-confiança e ansiedade.

4. O trio “motivação, autonomia e CALL” seria uma boa possibilidade para educadores e aprendizes? Apresente sugestões.


Abraços,

Sheila Ávila.
[> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Elias
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:03:28 02/20/03 Thu

Olá Sheila e colegas!

Para gerar a motivação em sala, o ambiente precisa ser agradável e isso acontece com a cooperação do relacionamento entre aluno e professor. Ao lidar com vários alunos, de diferentes estilos de vida, o professor precisa ser paciente com todos, demonstrar atenção e ser claro em suas palavras.

Toda e qualquer atitude do professor em sala irá influenciar a motivação dos alunos no aprendizado do curso, seja de forma positiva ou negativa. Alison (1993) diz que o elemento chave é estabelecer um relacionamento de confiança e respeito mútuos com os aprendizes. Muitos alunos se sentem envergonhados em expor suas idéias e opiniões porque tal professor não abre espaço, não dá voz ao aluno e ainda o ridiculariza.

Estes e muitos outros fatores diminuem a motivação e o prazer do aluno com o aprendizado. Ao buscar o entendimento e a confiança dos alunos, automaticamente haverá maior entusiasmo entre eles. Creio que toda atitude, verbal ou não-verbal, influencia o ambiente que é um fator importante para que o aluno tenha prazer em aprender em sala de aula. Esta é uma tarefa que exige do professor atenção, discernimento e estar sensível as atitudes dos alunos.

Abs,

Elias
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:06:07 02/20/03 Thu

Elias,

Agradeço a participação e concordo quando você se refere ao respeito mútuo como fator gerador de confiança, seja ela de âmbito social ou individualizada. Acho, que, principalmente, porque lidamos como um área de ensino em que o aprendiz se sente inseguro, e até envergonhado face à sua falta de conhecimento do assunto ou por atitudes do professor. Cabe a nós, ajudar a promover uma “boa atmosfera de sala de aula” (citando comentário da Nara) a fim restabelecer conceitos como respeito, empenho e valorização por ambas as partes para ter como resultado o tão esperado aprendizado eficiente.

Abraços,
Sheila
[> [> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Rita Vilaça
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Date Posted: 07:33:39 02/21/03 Fri

Oi Sheila

Estou tento problemas com meu computador, mas espro que vc receba a minha participaçao.

1) A motivação é um dos fatores que mais contribuem para o sucesso da aprendizagem de qualquer língua estrangeira. Na minha opinião, o conceito de motivação é amplo e, como já mencionei em outros seminários, assim como a autonomia, depende de vários fatores, tais como estímulo cognitivo e emocional, capacidade de decisão e consciência de sua capacidade, objetivo, contexto no qual está inserido, entre outros.
Vários trabalhos e autores relacionam motivação e autonomia. É evidente que um aluno mais motivado desempenha suas atividades com mais destreza e segurança, ou seja, a sua motivação poderá levá-lo à uma aprendizagem mais efetiva e poderá inclusive acelerar seu processo de aprendizagem.

2) 3)A motivação em sala de aula deve ser, na minha opinião, repensada todos os dias. Como normalmente temos turmas heterogêneas, temos que tentar "estratégias de motivação", como por exemplo, assuntos atuais, assuntos que sejam ou não de interesse comum, mas que possam despertar "alunos pouco motivados". O "aluno/aprendiz pouco motivado" representa um desafio para o professor e muitas vezes, vale a pena mostrar a ele idéias; temas que sejam de seu interesse, fazendo disso uma estratégia para tentar motivá-lo e ser capaz de trabalhar de forma mais autônoma. A motivação não é um problema para um aluno confiante, mas pode tornar-se uma "aliada" para alunos que têm problemas com ansiedade. É claro que não se resolve problemas de auto confiança e ansiedade de maneira tão simples, mas o professor pode ajudar muito nesse aspecto estimulando e procurando estratégias específicas para esses alunos.

4) Sim; acho que a motivação, autonomia e CALL seria uma boa possibilidade, desde que professor e aprendizes disponham de material e tempo necessário. O que, na maioria das vezes, não condiz com a nossa realidade. Com certeza motivação e autonomias "caminham juntas", mas em relação a CALL é preciso refletir um pouco mais.

Grata
Rita
[> [> [> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:06:46 02/21/03 Fri

Rita,

Agradeço a contribuição. Concordo com você que não é fácil adequar CALL à realidade da maioria das escolas brasileiras, mas valem conhecimento do assunto e divulgação para que possamos utilizá-lo ou talvez, pelo menos engatinhar nesse sentido e então, mais tarde, aplicá-lo como mais uma possibilidade no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem.

Abraços,

Sheila
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:15:36 02/20/03 Thu

Toda e qualquer atitude do professor em sala irá
>influenciar a motivação dos alunos no aprendizado do
>curso, seja de forma positiva ou negativa. Alison
>(1993) diz que o elemento chave é estabelecer um
>relacionamento de confiança e respeito mútuos com os
>aprendizes. Muitos alunos se sentem envergonhados em
>expor suas idéias e opiniões porque tal professor não
>abre espaço, não dá voz ao aluno e ainda o
>ridiculariza.
>

Concordo com você, Elias. Muitas vezes o aprendiz é fraco e tem muita dificuldade, mas se demonstramos que temos confiança nele e que sabemos que ele é capaz, com certeza ele se esforçará ao máximo para superar as nossas expectativas.
Um abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:41:48 02/23/03 Sun

"Concordo com você, Elias. Muitas vezes o aprendiz é
fraco e tem muita dificuldade, mas se demonstramos que
temos confiança nele e que sabemos que ele é capaz,
com certeza ele se esforçará ao máximo para superar as
nossas expectativas."

Pessoal,

Também acredito nisso. Nossso trabalho é propiciar aos aprendizes um maior envolvimento, compromisso, responsabilidade sobre sua aprendizagem tanto ao aprendiz mais motivado, bem como àquele menos motivado. Em relação a esse último (a todos), acredito que a "confiança", afetividade entre aprendiz e professor é bastante importante e o professor deve ter uma atitude positiva e incentivar toda e qualquer produção desse aluno menos motivado, bem como provocar uma atitude mais positiva nesse (sua auto-imagem). Isso relaciona-se ao que Nakanishi (2002, p. 282) argumenta, ou seja, a partir de uma motivação externa, tentar provocar no aluno uma maior motivação interna. Além disso, ""if we, as teachers, can't motivate student's to learn directly, we should look at different ways to try to motivate them indirectly"(Nakanishi, op. cit. p. 285). As dicas de motivação de Thanasoulas (s.d.), ou seja, clima agradável no ambiente educacional,encorajar atitudes de avaliação positivas, o trabalho em grupo... são bastante positivas à nossa prática docente.

Destaca-se ainda que Dornyei e Císar (1998) sugerem dez ações dos professores que podem propiciar uma maior motivação dos aprendizes:

1. colocar seu próprio comportamento como exemplo ;
2. criar uma atmosfera agradável e relaxada na sala de aula;
3. apresentar tarefas condizentes com a realidade da sala de aula;
4. desenvolver um bom relacionamento com os estudantes;
5. aumentar a auto-confiança lingüística dos aprendizes;
6. tornar a sala de aula de língua interessante;
7. promover a autonomia do aprendiz;
8. personalizar o processo de aprendizagem. Aqui destaca-se que deve haver o coletivo, sem desconsiderar o individual.

Sem dúvida, a motivação é um construto multi-facetado e complexo que pode acelerar ou não a aquisição da linguagem e cabe a nós "ensinarmos" não somente linguagem, mas noções tais como motivação, autonomia... Se o aprendiz é mais autônomia, ele possivelmente, buscará mais aquilo que ele acha pertinente à sua formação, de acordo com suas necessidades, interesses...

Referências Bibliográficas

DORNYEI, Z., CSIZÉR, K. Ten comandments for motivating language learners: result of an empirical study. In: Language Teaching Research. Arnold, 1998. p. 203-9

NAKANISHI, T. Critical literature review on motivation. Jounal of language and linguistics. Vol 1. no. 3, 2002. p. 278-287.

THONASOULAS, D. Motivation and motivating in the foreign language classroom. Disponível em http://iteslj.org/Articles/Thanasoulas-Motivation.html

Um abraço a todos, mesmo que seja atrasado.
Maristela.
[> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:13:11 02/20/03 Thu

Prezada Sheila e colegas,

Questão 1

Motivação é provavelmente o termo mais falado para explicar o sucesso ou falha de uma dada atividade. Portanto, Brown (1993) afirma que “motivação” é a chave para aprendizagem. Entende-se por motivação o impulso, a emoção, ou o desejo que move um indivíduo para uma ação particular, ou seja, motivação refere às escolhas que pessoas fazem como quais experiências ou objetivos que elas abordarão ou evitarão, e o grau de esforço que elas exercerão neste sentido. Pessoas são motivadas porque certas necessidades são importantes para elas. No entanto, quando falamos em desenvolvimento da autonomia do aprendiz, precisamos levar esses conceitos em consideração. O aluno só vai desenvolver sua autonomia se ele estiver motivado a isso, ou seja, se ele estiver consciente de que isso é importante para ele. Acho que o que nós professores podemos fazer é estar sempre mostrando para os nossos alunos a importância da autonomia e seus benefícios. Acredito também que, a partir do momento em que o aprendiz começa a se sentir capaz, mais independente, mais autônomo, sua motivação também aumenta.

Questão 2

Procuro desenvolver a autonomia do aprendiz (conscientização das estratégias de aprendizagem e estímulo no uso das mesmas, fóruns virtuais para discussão, etc.), pois desta forma ele se sente mais capaz, mais independente e consequentemente, sua motivação também aumenta.

Questão 3

Auto estima e ansiedade são dois fatores afetivos que podem muito contribuir para o sucesso ou falha da aprendizagem. Auto estima é um julgamento que é expresso em atitudes por parte de um indivíduo, ou seja, é o grau ao qual o indivíduo acredita em si mesmo de ser capaz. Por outro lado, ansiedade está associada com um sentimento de frustração, dúvida, apreensão e preocupação. Cabe a nós professores estarmos atentos para esses fatores e ensinarmos estratégias para que aprendizes possam superar esses problemas.

Questão 4


Segundo Warschauer (1998), CALL aumenta a motivação e a autonomia do aprendiz, pois o aprendiz se torna mais independente, mais responsável pelo seu processo de aprendizagem. Consequentemente, problemas como auto-estima e ansiedade são minimizados, uma vez que o relacionamento aluno-professor muda (diminuição de poder por parte do professor). Assim, trabalhando com CALL, vários benefícios surgem, como é o caso desta disciplina. Aprendemos muito, não somente o conteúdo, mas também em como sermos mais autônomos.

Um abraço a todos,
Silvana
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:17:46 02/20/03 Thu

Silvana,

“Acredito também que, a partir do momento em que o aprendiz começa a se sentir capaz, mais independente, mais autônomo, sua motivação também aumenta. (...)Segundo Warschauer (1998), CALL aumenta a motivação e a autonomia do aprendiz, pois o aprendiz se torna mais independente, mais responsável pelo seu processo de aprendizagem. Consequentemente, problemas como auto-estima e ansiedade são minimizados, uma vez que o relacionamento aluno-professor muda (diminuição de poder por parte do professor).”

Primeiramente, agradeço a participação. É bom ter sempre em mente e também conscientizar nossos alunos de que, conforme você ressaltou, que uma conquista leva a outras: confiança gera autonomia que gera maior motivação. Ainda, que CALL pode acrescentar-lhes como um elemento a mais para um aprendizado autônomo e motivado. Muito bem lembrado.
Gostaria de ressaltar, também, quando você se refere ao uso de estratégias, que corretamente aplicadas por cada indivíduo, pelo grupo e/ou pelo professor podem ser um caminho para a motivação e o sucesso.

Abraços,
Sheila
[> [> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:58:21 02/23/03 Sun

“Acredito também que, a partir do momento em que o
aprendiz começa a se sentir capaz, mais independente,
mais autônomo, sua motivação também aumenta.
(...)Segundo Warschauer (1998), CALL aumenta a
motivação e a autonomia do aprendiz, pois o aprendiz
se torna mais independente, mais responsável pelo seu
processo de aprendizagem. Consequentemente, problemas
como auto-estima e ansiedade são minimizados, uma vez
que o relacionamento aluno-professor muda (diminuição
de poder por parte do professor).” (Silvana)

Nesse sentido, se o aluno não se sente ameaçado, ele pode participar/arriscar-se mais e perceber que ele é que o agente do processo, bem como "melhorar" sua auto imagem. Essa cumplicidade, colaboração, co-construção entre aluno e professor é totalmente necessária e importante.

"Gostaria de ressaltar, também, quando você se refere
ao uso de estratégias, que corretamente aplicadas por
cada indivíduo, pelo grupo e/ou pelo professor podem
ser um caminho para a motivação e o sucesso." (sheila)

É isso ai, Sheila. Se o aluno reflete sobre diversas possibilidades de aprendizagem, sobre as diversas estratégias de aprendizagem, ele possivelmente usará aquela mais adequada ao seu objetivo, à sua aprendizagem. Só que o processo de reflexão não é de curta duração e ai entra que o trabalho colaborativo entre todos os professores é muito importante, a fim de essa reflexão (reflexão-ação) tenha continuidade.

Maristela
[> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:19:55 02/20/03 Thu

Seminário Autonomia (Sheila)

Questão 1 – Relacione motivação e autonomia...

Motivação e autonomia caminham juntas em direção a uma aprendizagem efetiva.
Vários estudos de autores como Dornyei (2001) e Dickenson (1995) apontam motivação como elemento essencial na aprendizagem de L2 e destacam o importante papel do professor em promover a motivação para o aprendizado (“teacher skills in motivating learners should be seen as central to teaching effectiveness”- Dornyei 2001:116). Mas é sabido, contudo, que motivação passa pelo aluno, então, a meu ver, resta ao professor criar uma atmosfera de sala de aula agradável que privilegie a participação dos alunos. Em outras palavras, é preciso encorajar os alunos a se tornarem aprendizes autônomos, pois a autonomia para o aprendizado de uma língua gera a motivação necessária para o sucesso da aprendizagem.

Questão 3- Fale sobre auto-confiança e ansiedade.

No texto de Nakanishi é apresentada a idéia de que a motivação do aprendiz pode variar significantemente de acordo com a confiança e a ansiedade que este apresenta em relação à língua que está sendo aprendida e ao contexto de aprendizagem no qual o aluno se encontra. Alunos mais auto-confiantes e menos ansiosos são mais motivados para a aprendizagem de L2. Cabe ressaltar aqui a sugestão de Clement(1994) que aponta o processo de auto-confiança como o mais importante determinante das atitudes e esforços empenhados pelos aprendizes para o aprendizado de L2.
Embora os aprendizes já trazem consigo um grau de auto-confiança e ansiedade relacionado às suas experiências anteriores com a L2, uma “boa atmosfera de sala de aula” que faça com que os alunos aprendam com seus erros ,proporciona o envolvimento destes alunos nas atividades propostas, diminuindo a ansiedade e promovendo a auto-confiança.

Um abraço,
Nara
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:21:44 02/20/03 Thu

Nara,

Agradeço a colaboração em nossa discussão e gostaria de dizer que concordo com os pontos ressaltados. Bem lembrado quando você se refere à ansiedade criada por experiências anteriores no aprendizado de língua estrangeira como um provável gerador de ansiedade. Porém, que essa ansiedade pode, senão ser extinguida, pelo menos ser bastante diminuída através de uma constante ênfase na autoconfiança, que consequentemente gerará autonomia e maior chance de sucesso através da criação de “boa atmosfera de sala de aula” .

Obs: Quanto à disposição da página, não se preocupe, já está ok.


Um abraço,

Sheila
[> Subject: Alguns comentários dos colegas...


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:27:24 02/20/03 Thu

Alguns comentários sobre o tema motivação:

“Motivação e autonomia caminham juntas em direção a uma aprendizagem efetiva. (...) Embora os aprendizes já trazem consigo um grau de autoconfiança e ansiedade relacionado às suas experiências anteriores com a L2, uma “boa atmosfera de sala de aula” que faça com que os alunos aprendam com seus erros ,proporciona o envolvimento destes alunos nas atividades propostas, diminuindo a ansiedade e promovendo a autoconfiança.” Nara


“Alison (1993) diz que o elemento chave é estabelecer um relacionamento de confiança e respeito mútuos com os aprendizes. (...) Creio que toda atitude, verbal ou não-verbal, influencia o ambiente que é um fator importante para que o aluno tenha prazer em aprender em sala de aula. Esta é uma tarefa que exige do professor atenção, discernimento e estar sensível as atitudes dos alunos. “ Elias

“Entende-se por motivação o impulso, a emoção, ou o desejo que move um indivíduo para uma ação particular, ou seja, motivação refere às escolhas que pessoas fazem como quais experiências ou objetivos que elas abordarão ou evitarão, e o grau de esforço que elas exercerão neste sentido. Pessoas são motivadas porque certas necessidades são importantes para elas. No entanto, quando falamos em desenvolvimento da autonomia do aprendiz, precisamos levar esses conceitos em consideração. (...)Acredito também que, a partir do momento em que o aprendiz começa a se sentir capaz, mais independente, mais autônomo, sua motivação também aumenta. ” Silvana
[> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:32:53 02/21/03 Fri

>>Sheila,
Aí vai a minha contribuição, um pouco tarde mas ainda em tempo.

>1. Relacione motivação e autonomia de acordo com os
>textos lidos, experiências pessoais e informações
>anteriores.

Sempre acreditei na relação entre motivação e autonomia, até mesmo porque acredito que um indivíduo que não tenha a pré-disposição para ser um aprendiz autônomo pode sim desenvolver essa característica se motivado de maneira eficaz. Uma experiência pessoal que tem sido bastante significativa e confirmadora desse ponto de vista é a participação nessa disciplina, pois o computador que antes me arrepiava e inibia, hoje tem me estimulado a aprender e pesquisar mais e mais sobre os recursos disponíveis on-line. Dessa forma, acredito que a motivação primeiramente extrínsica e instrumental que me levou a me matricular nessa disciplina, hoje tem me ajudado a desenvolver minha autonomia como professora e também como aprendiz.
>
>2. Como você lida com a motivação em sala de aula?

Procuro estar sintonizada com meus alunos das mais diversas maneiras possíveis, pois acredito que a empatia ajuda a baixar as defesas e as crenças negativas que todos nós levamos para dentro da sala de aula. Tento agradá-los com atividades que despertem mais seus interesses, e busco relacionar-me com eles de maneira amigável e compreensiva. também é importante mostrar para nossos aprendizes a relevância do conteúdo que ensinamos, pois assim se sentirão mais envolvidos e conscientes do processo.

>
>3. Fale sobre auto-confiança e ansiedade.

Acredito que aut-confiança é em parte uma característica da a qual aprendizes são dotados, mas que aqueles que não nascem assim podem também desenvolvê-la. A auto-confiança tem o poder de baixar o nível de ansiedade, mas também acredito que um pouco de ansiedade é essencial ao crescimento e à vontade de se desenvolver um ótimo trabalho para que não sejamos mal vistos aos alhos dos outros, afinal, a ansiedade é muito relativa ao medo da crítica e da desaprovação de nossos atos. Penso que excesso de aut-confiança pode prejudicar aprendizes, mas que na dose certa é fundamental para o suceso de qualquer aprendizado.
>
>4. O trio “motivação, autonomia e CALL” seria uma boa
>possibilidade para educadores e aprendizes? Apresente
>sugestões.

Certamente, e acredito que minha resposta à pergunta 1 ilustra bem esse meu ponto de vista.>
>
>Abraços,
>
>Lívia Fortes.
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:05:11 02/21/03 Fri

Lívia,


“ Acredito que autoconfiança é em parte uma característica da a qual aprendizes são dotados, mas que aqueles que não nascem assim podem também desenvolvê-la. A autoconfiança tem o poder de baixar o nível de ansiedade, mas também acredito que um pouco de ansiedade é essencial ao crescimento e à vontade de se desenvolver um ótimo trabalho para que não sejamos mal vistos aos alhos dos outros, afinal, a ansiedade é muito relativa ao medo da crítica e da desaprovação de nossos atos. Penso que excesso de autoconfiança pode prejudicar aprendizes, mas que na dose certa é fundamental para o sucesso de qualquer aprendizado. “


Agradeço a participação e gostaria de ressaltar a importância, como você afirmou, da dose certa de autoconfiança, pois seu excesso pode ser prejudicial e desenvolver no indivíduo prepotência e desmotivação, já que ele se considerará sempre no nível esperado ou acima dele.

Abraços,

Sheila
[> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:34:53 02/21/03 Fri

Sheila e colegas,

1. Relacione motivação e autonomia de acordo com os textos lidos, experiências pessoais e informações anteriores.

Motivação e autonomia são termos interligados. Como Nakanishi menciona “motivation determines the degree of effort you put into foreign or second language learning”. Se um aprendiz não está motivado com seu processo de aprendizagem e como consequência este não terá nenhuma motivação para aprender. A autonomia é baseada no interesse do aprendiz. E tendo a oportunidade/liberdade de escolher o que aprender, o aluno se torna cada vez mais motivado. A afirmação de Nakanishi é muito pertinente: a aprendizagem da autonomia aumenta a motivação e consequentemente aumenta a eficácia da aprendizagem.


2. Como você lida com a motivação em sala de aula?

A motivação em sala de aula é uma questão que merece atenção. Muitos professores ao fazerem uma brincadeira ou determinado comentário não se dão conta que seus atos podem ter efeito negativo. E o aluno em questão pode se sentir inferiorizado e desmotivado. A sala de aula ideal seria um ambiente de respeito mútuo e de cooperação. Onde os alunos tem a liberdade de interagir. Não são meros espectadores. Creio que esta é a chave da motivação: mostrar ao aluno que ele é capaz e é dono do seu próprio conhecimento. É importante mencionar aos alunos que todos podem cometer erros, e que eles podem aprender com seus próprios erros.

3. Fale sobre autoconfiança e ansiedade.

Nakanishi afirma que em seu texto que a motivação do aprendiz varia de acordo com sua motivação. Quanto mais o aluno se sente confiante para se expressar em L2 ou expor suas idéias maior será sua motivação. Por outro lado a ansiedade do aluno age de forma negativa, fazendo com que este participe menos nas discussões, ou não expor suas idéias no papel, por não ter confiança em sim mesmo e ter medo de errar. Concordo com a colega Nara, os alunos “já trazem um grau de confiança e ansiedade relacionado às suas experiências anteriores”. Cabe à nós professores, tornar o ambiente de sala de aula propício para que os alunos participem nas aulas sem medo de errar. Creio que em um ambiente assim, os alunos terão mais chances de aprendizagem e podem perder a ansiedade inicial.


4. O trio “motivação, autonomia e CALL” seria uma boa possibilidade para educadores e aprendizes? Apresente sugestões.

Creio que o trio “motivação, autonomia e Call” az muitos benefícios para a aprendizagem. A aprendizagem mediada por computador favorece a autonomia dos aprendizes e consequentemente estes se tornam mais motivados com relação ao processo de aprendizagem. Nós como educadores devemos procurar novas tecnologias, novos métodos a fim de favorecer a aprendizagem. A minha sugestão é que os professores procurem motivar seus alunos desde o princípio, ensinando-lhes os caminhos da autonomia. Isto pode ser feito até certo ponto sem o uso de tecnologias, como o computador. Já que muitas vezes a realidade em sala de aula não nos permite expandir o conhecimento de nosso alunos através do computador.
[> [> Subject: Re: Motivation in Foreign Language Learning


Author:
Sheila Ávila
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Date Posted: 11:36:18 02/21/03 Fri

Adriana,

Primeiramente, obrigada pela participação e pelas contribuições. Concordo com seus comentários e achei interessante sua colocação de autonomia como “oportunidade/liberdade de escolher o que aprender”. Bem lembrado também que nem sempre dispomos, no local onde trabalhamos dos recursos que desejaríamos utilizar, mas que podemos tentar inovar e também desenvolver autonomia e motivação ainda que sem o auxílio da tecnologia. Podemos, para tal, usar nossa criatividade para conscientizar os alunos do seu próprio potencial, que deve ser descoberto e aprimorado.

Abraços,
Sheila
[> Subject: Mais comentários sobre o tema....


Author:
Sheila Ávila
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Date Posted: 15:18:18 02/21/03 Fri

“A autonomia é baseada no interesse do aprendiz. E tendo a oportunidade/liberdade de escolher o que aprender, o aluno se torna cada vez mais motivado. (...) A sala de aula ideal seria um ambiente de respeito mútuo e de cooperação. Onde os alunos tem a liberdade de interagir. Não são meros espectadores. Creio que esta é a chave da motivação: mostrar ao aluno que ele é capaz e é dono do seu próprio conhecimento. É importante mencionar aos alunos que todos podem cometer erros, e que eles podem aprender com seus próprios erros.” Adriana Sales



“ Acredito que autoconfiança é em parte uma característica da a qual aprendizes são dotados, mas que aqueles que não nascem assim podem também desenvolvê-la. A autoconfiança tem o poder de baixar o nível de ansiedade, mas também acredito que um pouco de ansiedade é essencial ao crescimento e à vontade de se desenvolver um ótimo trabalho para que não sejamos mal vistos aos alhos dos outros, afinal, a ansiedade é muito relativa ao medo da crítica e da desaprovação de nossos atos. Penso que excesso de autoconfiança pode prejudicar aprendizes, mas que na dose certa é fundamental para o sucesso de qualquer aprendizado. “ Lívia Fortes



“A motivação não é um problema para um aluno confiante, mas pode tornar-se uma "aliada" para alunos que têm problemas com ansiedade.” Rita Vilaça
[> [> Subject: Re: Mais comentários sobre o tema....


Author:
Maristela
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Date Posted: 05:25:08 02/23/03 Sun

Então, o que é auto-estima? Opinião que uma pessoa tem de seu próprio valor.

Quais são os seis pilares da auto-estima?
- atitude de viver conscientemente;
- atitude de auto-responsabilidade;
- atitude de intencionalidade;
- atitude de auto-aceitação;
- atitude de auto-afirmação;
- atitude de integridade pessoal. (Nathaniel Branden- não tenho toda a ref.bib.)

É importante refletir com o aluno que é normal ele:
- tentar coisas novas;
- fazer perguntas;
- sentir-se inseguro;
- sonhar acordado;
- experimentar;
- dar uma folga;
- não saber;
- praticar;
- pedir ajuda de novo - e de novo;
- cometer erros;
- verificar sua impressão.

Nesse sentido, "`a medida que nos libertamos de nossos próprios receios, nossa presença automaticamente liberta outros" (Williamson, 1999) e nós também.

Por fim, destaca-se que o trio "motivação, autonomia e CALL" é uma boa possibilidade aos diversos educadores, e também uma prática totalmente necessária ao contexto educacional atual.

Referências Bibliográficas

BRANDEN, Nathaniel. (s.d., s.r.)

WILLIAMSON, Mariane. A return to love. (citada por Nelson Mandela em seu discurso inaugural). In: REVELL, J. NORMAN, S. In your hands, 1997.

Um abraço.
Maristela
Subject: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 01:38:59 02/10/03 Mon

SEMINÁRIO 10 a 15/02/2003: AUTONOMIA E COOPERAÇÃO
Maristela de Souza Borba

Olá Pessoal! A partir das citações abaixo e das leituras básicas, discuta as questões sugeridas.

“O que vamos querer? Autonomia ou heteronomia? Tudo é submissão. Mas, há uma diferença importante...”
(Leffa, 2002, p. 17)

Autonomia é mais do que permitir escolhas em situações de aprendizado ou fazer o aluno responsabilizar-se por sua atividade... “ (Bohn et al, p. 2)

“Autonomia, sensibilidade e tecnologia: o pulsar de nossas construções....” (Catapan e Fialho, p. 2)

Flexibilidade, imprevisibilidade, não controle, criatividadade... (Paiva, no prelo)

“Para Maturana e Varela, o conceito central de autonomia tem origem no conceito de autopoiésis. Esse foi cunhado por volta de 1972, combinando o prefixo grego –auto (si mesmo) e o radial –poiésis ( criação;produção)...”
(Catapan e Fialho, p. 4)

“Autopoiésis: processo de auto produção e auto-regeneração a partir de um padrão qualitativo de auto-organização tomado como referência. Uma rede autopoiética é organizacionalmente fechada, mas energeticamente aberta. Ex. corpo humano. A auto-organização se caracteriza, ainda, por: a) surgimento de novas estruturas; b) busca do equilíbrio; c) Interconexidadade não linear. A auto-criação se caracteriza por: a) autolimitação espacial; b)autogeração material C) autoperturbação “
< http://www.geocities.com/filoxxi/2.html >

QUESTÃO 1: Costure as argumentações das três citações abaixo com as idéias do texto de Paiva (no prelo), “Modelo Fractal de Aquisição de Línguas”, disponível em http://www.veramenezes.com/modelo.htm e outro(s) texto(s) de sua escolha.
.
“A provisoriedade do conhecimento, nesta era determinada pela dinâmica e flexibilidade dos processos de comunicação e informação, exige de cada um e do coletivo um alto investimento intelectual. Instala-se um processo de transformação existencial marcado pelo imprevisível, pelo indeterminável, e nele o homem se insere, buscando sua sobrevivência, sua identidade, diferenciando-se dos outros seres vivos pela possibilidade de reflexão e de crítica ou de autoconsciência.... Surge uma infinidade de agentes sociais heterogêneos para explorar as novas possibilidades a partir de interesses próprios, até que uma nova situação se estabilize ainda que, provisoriamente, com seus valores, sua moral e sua cultura. (Catapan e Fialho, 2002, p.2)

“A aprendizagem que realmente interessa, aquela que não é apenas reprodução do que já existe, mas criação de algo novo, de progresso e avanço, só é possível com autonomia”(Leffa, 2002, p. 16)

“Os maiores benefícios da competência daí advinda serão, naturalmente, os alunos que necessitam de uma sala de aula competente e criativa” (Bohn et al. p. 3)

QUESTÃO 2:
A) Como compreender o termo “autonomia”, segundo Piaget, Vygotsky, Freire, Maturana e Varela, Leffa e Bohn et al.? Discuta, também, a(s) convergência(s) nas idéias. Use a(s) leitura(s) complementar(es) e/ou da semana 6 (Warschauer & Lepeintre, 1997) para argumentar sobre Freire;
B) A partir das leituras, construa SUA interpretação sobre “autonomia na aprendizagem de língua estrangeira mediada ou não por computador.”

QUESTÃO 3: Comente trecho(s) das leituras que você achou relevante(s).

BIBLIOGRAFIAS
BÁSICA

BOHN et al. Um ponte para a autonomia. Disponível em http://sw.npd.ufc.br/abralin/pdf.anais_conc2nac_tema031.pdf

CATAPAN, Araci Rack, FIALHO, Francisco Antônio. Autonomia e sensibilidade na rede: uma proposta metodológica, 2002. Disponível em http://www.abed.org.br/antiga/htdocs/paper_visem/araci_hack_catapan.htm

LEFFA, Vilson J. Quando menos é mais: a autonomia na aprendizagem de línguas. Trabalho apresentado no II Forum Internacional de Ensino de Línguas Estrangeiras (II FILE). Pelotas: UCPel, agosto de 2002.. Disponível em http://www.leffa.pro.br/autonomia.htm

PAIVA, V. L. M. O. Modelo fractal de aquisição de línguas. (no prelo) Disponível em http://www.veramenezes.com/modelo.htm

COMPLEMENTAR
A nova ordem caótica controla a Internet. Disponível em http://www.estado.estadao.com.br/edicao/especial/ciencia/caos/cao1.html

BOSCHETTI, César. Perspectivas futuras. Século XXI: o império do caos. Disponível em http://www.orbita.starmedia.com/~c_boschetti/atual/caos.htm

KON, João. Teoria do caos, autopoiesis, fractais, estruturas dissipativas e outras “novidades". 1998. Disponível em http://www.facilita.com.br/facartigo4.htm (visão mais holística)

KON, João. A aceleração das mudanças e como enfrentá-las. Disponível em http://www.facilita.com.br/facartigo3.htm

RAMOS, Edla. As teorias cognitivas e os conceitos de autonomia e cooperação. 1996. Disponível em http://www.ucs.br/ccha/deps/cbvalent/teorias/textos/teoriaedla.html (discussão mais profunda)

Teoria do Caos. Disponível em http://www.terravista.pt/nazare/2319/caos/

Teoria dos sistemas vivos. Disponível em http://www.geocities.com/filoxxi/2.html (visão mais holística)
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Junia Braga
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Date Posted: 16:57:52 02/12/03 Wed

>Maristela e colegas,
Um dos pontos mais interessantes do texto de Leffa (2002) é quando ele nos lembra que ‘ um outro conceito importante de Vygotsky para autonomia é o conceito de mediação” e quando acrescenta que “ a aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de um artefato cultural, socialmente situado”. Mais interessante ainda é quando Oliveira (1995) defende que “ a presença do outro social pode se manifestar por meio de objetos da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo.Dessa forma, a idéia de alguém que ensina pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo.”
Compartilho da opinião de Leffa e Oliveira de que o desenvolvimento da autonomia pode ter como mediador, eventos ( eventos comunicativos, estratégias sociais por exemplo?) situações, modos de organização geral ( estratégias metacognitivas por exemplo? ) Acredito que a mediação do professor pode servir como uma prévia para que o aluno caminhe em direção à sua relação com o mundo e construção de sua realidade. Nossos alunos precisam ser conscientizados de que cada situação e evento que ele encontrar, na sala de aula ou fora de sala de aula, vai exigir dele o exercício da autonomia.
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
claudia neffa
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Date Posted: 23:59:06 02/12/03 Wed

>>Maristela e colegas,
>Um dos pontos mais interessantes do texto de Leffa
>(2002) é quando ele nos lembra que ‘ um outro conceito
>importante de Vygotsky para autonomia é o conceito de
>mediação” e quando acrescenta que “ a aprendizagem
>para ocorrer não precisa necessariamente da presença
>do professor; pode dar-se através da mediação de um
>artefato cultural, socialmente situado".

A menção que Júnia fez a Vigotsky me remeteu a Paulo Freire quando ele diz que ninguém ensina a ninguém mas também ninguém aprende sozinho. Os seres humanos aprendem através da interação com o meio, isto é, aprendemos uns com os outros. Acho este ponto de vista relevante porque quando se fala em autonomia às vezes se confunde com "sozinho", independente .
O texto do Leffa é muito interessante e também estou de acordo com suas idéias, assim como a Júnia. A mediação é fundamental para a autonomia já que interagir de modo independente é o ideal na aprendizagem.
abraços,
claudia
[> [> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 02:35:11 02/13/03 Thu

"Paulo Freire quando ele diz que ninguém ensina a ninguém mas também ninguém aprende sozinho. Os seres humanos
aprendem através da interação com o meio, isto é,
aprendemos uns com os outros. Acho este ponto de vista
relevante porque quando se fala em autonomia às vezes
se confunde com "sozinho", independente." (claudia)

Claúdia, obrigada pela contribuição e participação.

Compartilho com você essas idéias. Para Freire, o homem é um ser no mundo e com o mundo, é parte desse todo cooperativo. "O homem não é um corpo com uma consciência vazia cujo preenchimento pode ser controlado de fora. O homem é um corpo consciente que intecionalmente se dirige para o mundo (ou para si mesmo), que se faz, então, mundo da consciência... Na visão humanista de Freire, o homem é um ser de busca, pois sua consciência está sempre incompleta e contém elementos que não se tornam imediatamente presentes, mas, esta busca não
pode jamais ser isolada, pois esta desumaniza e coisifica. É preciso que os homens estejam juntos e dialoguem (ou cooperem)." (http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/autonomia/autonecognição/auto1.htm )
A pedagogia libertadora de Freire sugere que aprender é arriscar-se, inventar, transformar, sendo que é a partir da (na) cooperação que o processo educacional libertador se efetiva.

Claúdia, é muito bom ter você aqui no forum! Um abraço.

Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 02:00:43 02/13/03 Thu

"Compartilho da opinião de Leffa e Oliveira de que o
desenvolvimento da autonomia pode ter como mediador,
eventos ( eventos comunicativos, estratégias sociais
por exemplo?) situações, modos de organização geral (
estratégias metacognitivas por exemplo? ) Acredito
que a mediação do professor pode servir como uma
prévia para que o aluno caminhe em direção à sua
relação com o mundo e construção de sua realidade."

É isso aí, Júnia.
O professor é um entre os possíveis mediadores na aprendizagem e, sem dúvida, a reflexão(reflexão-ação mais longitudinal) sobre as estratégias metacognitivas, sociais, afetivas..., bem como as ferramentas computacionais são alguns dos fortes aliados à uma prática mais eficaz no processo de ensino-pesquisa-aprendizagem do aluno, na construção de seu conhecimento, autonomia, ideologia crítica. Como autonomia é um processo, o papel de facilitador do professor é bastante importante na aprendizagem mediada ou não por computador, a fim de ele poder provocar no aprendiz um maior desequilíbrio/equilíbrio, uma maior consciência crítica, criatividade e autonomia.
O ambiente virtual é, sem dúvida, uma ferramenta que pode contribuir muito para o desenvolvimento do aprendiz como "global users" (Weininger, 2001) e deve ser, cada vez mais, explorado/usado para esse fim.

Muito obrigada pela sua contribuição e por iniciar a discussão.

Maristela
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02) - Reflexão inicial sobre a 2a. questão


Author:
Maristela
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Date Posted: 01:09:35 02/13/03 Thu

QUESTÃO 2:
A) Como compreender o termo “autonomia”, segundo
Piaget, Vygotsky, Freire, Maturana e Varela, Leffa e
Bohn et al.? Discuta, também, a(s) convergência(s) nas
idéias. Use a(s) leitura(s) complementar(es) e/ou da
semana 6 (Warschauer & Lepeintre, 1997) para
argumentar sobre Freire;
B) A partir das leituras, construa SUA interpretação
sobre “autonomia na aprendizagem de língua estrangeira
mediada ou não por computador.”

PIAGET: epitesmólogo suíco nascido em Neuchâtel, aos 09 de agosto de 1906, que viveu até 1980, e tinha como objetivo compreender como aumentamos os nossos conhecimento. Construtivismo.
"Para Piaget (1977), a autonomia se desenvolve juntamente com o processo de desenvolvimento da autoconsciência. Quando a autoconsciência é centrada no eu, a inteligência está calcada em atividades motoras, centradas no próprio indivíduo, numa relação egocêntrica de si para si mesmo. (ANOMIA). É a consciência centrada no EU. No desenvolvimento e na complexificação das ações, o indivíduo reconhece a existência do outro e passa a reconhecer a necessidade de regras, de hierarquia, de autoridade. (HETERENOMIA). A verdade e a decisão estão centradas no outro, no adulto. Neste, caso, a regra é exterior ao indivíduo e, por conseqüência, sagrada. A consciência é tomada emprestada do outro. Toda consciência da obrigação ou do caráter necessário de uma regra supõe um sentimento de respeito à autoridade do outro. O indivíduo sofre a coação social... Mas, o estado de autonomia se constitui centrado no reconhecimento do outro como ele mesmo e no respeito mútuo. As regras são constituídas cooperativa e racionalmente. A consciência de si se constitui na relação com o outro. Um relação está calcada na interação.... Os indivíduos fazem parte da construção, do respeito e das reformulações das regras sempre que novas relações ou novas opções se fazem necessárias. É o estado de autoconsciência. (Catapan e Fialho, 2002, p.4-5). Assim, essa autonomia sugere levar em consideração as variáveis relevantes para agir da melhor forma para todos, relaciona-se à capacidade de cooperação.

VYGOTSKY(1896,1934)- dedicou-se a estudar a psicologia evolutiva, educação e psicopatologia. Construtivismo.
“O ser humano adquire uma língua porque interage, em sociedade, com os outros seres humanos.” Todo conhecimento, incluindo a língua, é construído socialmente através da interação.... a aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de um artefato cultural, socialmente situado” (Leffa, 2002, p. 4). Para esse autor, a autonomia também é co-construída a partir da interação dos indivíduos, já que “é um estágio a que se chega.” (Leffa, 2002, p. 5)

FREIRE: (Brasil, Recife, 1921-1997 - Pedagogia da libertação)
Os aprendizes são co-investigadores e a autonomia é a liberação da consciência oprimida, ou a sua transcendência e esse processo é cooperativo e individual.

MATURANA (Chileno, Biólogo e neurofisiólogo) E VARELA (Chileno, Biólogo) - Cognitvistas
“Para Maturana e Varela, o conceito central de autonomia tem origem no conceito de autopoiése. Esse termo, autopoiése, foi cunhado por volta de 1972, combinando o prefixo grego -auto- (si mesmo ) e o radical -poiésis (criação; produção). Um sistema autopoiético é organizado como uma rede de processos de produção (transformação e destruição) de componentes que produzem componentes; que continuamente se regeneram e realizam uma nova rede de processos e relações, produzindo, através de suas interações e transformações, uma unidade concreta no espaço no qual eles (os componentes) existem. O sistema autopoiético especifica o domínio topológico de sua realização como propriamente uma rede, ou seja, como propriamente um processo de auto-regulação (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4)
Varela define sistemas autônomos como uma unidade composta por uma rede de interações de componentes que, através de suas interações, recursivamente regeneram a rede de interações que as produz, e realiza a rede como uma unidade no espaço no qual os componentes existem constituindo e especificando as fronteiras da unidade (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4)
“A diferença entre autonomia e autopoiésis é que os sistemas autopoiéticos devem produzir seus próprios componentes, além de conservar sua organização”. (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4). Há portanto, na autopoiésis, processo de auto-produção e auto-regeneração, a partir de um padrão qualitativo de auto-organização. A rede autopoiética é organizacionalmente fechada, mas energeticamente aberta. Ex, corpo humano. A auto-organização se caracteriza, ainda, por a) surgimento de novas estruturas; b) busca do equilíbirio; c) interconexidade não linear. A auto-criação se caracteriza por a) autolimitação espacial; b) autogeração material; c) autoperturbação.”. Assim, os sistemas auto-organizadores exibem um certo grau de autonomia... isto não significa que os seres vivos estejam isolados do seu meio ambiente; pelo contrário, interagem continuamente com ele.

LEFFA (construtivismo)
“Teoricamente, parece que a autonomia do sujeito é apenas uma ilusão.”(Leffa, 2002, p.7). Para esse autor, pode-se propiciar ao aluno condições para ele construir sua aprendizagem. O aprendiz deve viver como um ser socialmente responsável e livre, capaz de refletir sobre sua atividade e seu refletir, capaz de ver e corrigir erros, capaz de cooperar e de possuir um comportamento ético...”(Maturana & Reezepka, 2000, citado em Leffa, 2002, p. 17) .

BOHN et al. (construtivismo)
“a aprendizagem autônoma precisa ser construída socialmente entre pesquisadores, proessores, bolsista e alunos” ( p. 10)

Baseada nas citações acima, percebe-se que todos os autores têm em comum a noção de que o homem isolado não chega a se conhecer, sendo o eu, parte integrante de um todo COOPERATIVO, ou seja, autonomia e cooperação andam juntas.

Pode-se dizer, então, que o processo de co-construção de autonomia pode partir do coletivo para o individual, de maneira cíclica. Desse modo, autonomia está relacionada à metaconsciência, à reflexão-ação, à liberdade crítica, a processo cooperativo e colaborativo em construção. Por fim, fazendo um "gancho" com o suporte teórico do seminário WebQuest (Miriam e Cibele) desta semana, destaca-se que

"[a]utonomia, autoformação, autoaprendizagem, aprendizagem aberta, aprender a aprender, autoregulação, autopoiésis, etc. terminologias diferentes que remetem a concepções e práticas diferenciadas, mas que têm em comum recolocar o aprendiz como sujeito, autor, e condutor de seu processo de formação, apropriação, reelaboração e construção do conhecimento."(preti, Citado em Mueller, p. 1)

E para você, colega, qual é a sua interpretação sobre autonomia?

Referências Bibliográficas

BOHN et al. Um ponte para a autonomia. Disponível em
< http://sw.npd.ufc.br/abralin/pdf.anais_conc2nac_tema031
>.pdf >

CATAPAN, Araci Rack, FIALHO, Francisco Antônio.
Autonomia e sensibilidade na rede: uma proposta
metodológica, 2002. Disponível em
< http://www.abed.org.br/antiga/htdocs/paper_visem/araci_
hack_catapan.htm >

LEFFA, Vilson J. Quando menos é mais: a autonomia na
aprendizagem de línguas. Trabalho apresentado no II
Forum Internacional de Ensino de Línguas Estrangeiras
(II FILE). Pelotas: UCPel, agosto de 2002.. Disponível
em http://www.leffa.pro.br/autonomia.htm >
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:55:08 02/13/03 Thu

Qustão 2

Maristela,

As idéias de Chomsky acerca da aprendizagem da língua estão ligadas ao automatismo, tudo acontece automaticamente, sem nenhuma intencionalidade pedagógica do meio ambiente, o professor nada tem haver com a aquisição de uma língua, seja ela materna ou estrangeira.
Já as idéias de Vygotsky defendem a interação social. O ser humano adquire uma língua porque interage, em sociedade, com outros seres humanos. Uma outra idéias de Vygotsky que dá suporte à autonomia é a mediação, que define a aprendizagem sem a necessidade da presença “física” do professor, o que também é defendido por Oliveira (1995:57) quando afirma que a “presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo”.
Apesar de haver algumas convergências entre as idéias de diferentes autores acerca da autonomia, uma coisa, ao meu ver, é comum: a aprendizagem está nas mãos dos aprendizes, o professor é facilitador neste processo, é quem ajuda o aluno a desenvolver sua autoconfiança. E esta aprendizagem ocorrerá ,de fato, se houver autonomia por parte dos envolvidos. Autonomia para criação de algo novo, para busca constante do crescimento pessoal e do grupo, para o rompimento com a submissão, para progressos e avanços.

Um abraço,
Nara
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)- A TODOS!


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:40:45 02/13/03 Thu

a“presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo”. (Nara)

O computador (interações on line) é um dos intrumentos de mediação entre os homens e a cooperação é um dos caminhos para a autonomia. "O aprender está relacionado aos ojetos, eventos, situações, modos de organização do real e à própria linguagem, elemento fundamental nesse processo. (Oliveria, citado em Leffa, 2002, p. 5). Nesse sentido, pode-se dizer que sujeito e objeto são inseparavelmente inseparáveis,já que fazem parte de um todo cooperativo.

"O eu do do discurso se constroi também sendo mediado pelo computador, sendo que a idéia de alguém que ensina pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização do real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo" (Oliveira, citdo em Leffa, 2002, p. 5)

Ambos, professor(es) e aluno(s) devem estar no desenvolvimento da autonomia, ou serem mais autônomos, a fim de o processo de ensino-aprendizagem ser mais eficaz, já que é na cooperação/colaboração que há co-construção do conhecimento (metaconsciência), apesar de haver também o coletivo.

Pessoal,
O que vamos querer Autonomia ou heterenomia? Tudo é submissão. Mas, há uma diferença...

Nara, obrigada pelas suas contribuições e participação.
Um grande abraço.
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)- A TODOS!


Author:
Regina Brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:52:35 02/17/03 Mon

>a“presença do outro social pode se manifestar por meio
>dos objetos, da organização do ambiente, dos
>significados que impregnam os elementos do mundo
>cultural que rodeia o indivíduo”. (Nara)
>
>
>Ambos, professor(es) e aluno(s) devem estar no
>desenvolvimento da autonomia, ou serem mais autônomos,
>a fim de o processo de ensino-aprendizagem ser mais
>eficaz, já que é na cooperação/colaboração que há
>co-construção do conhecimento (metaconsciência),
>apesar de haver também o coletivo.
>
>Pessoal,
>O que vamos querer Autonomia ou heterenomia? Tudo é
>submissão. Mas, há uma diferença...
>
Bem lembrado Maristela,
autonomia não significa solidão, um processo de aprendizagem solitário do eu comigo mesmo. autonomia é sim ao conhecimento do eu, mas também a interação deste eu com o mundo. o aprendiz está submetido ao social mas, ao mesmo tempo pode influenciá-lo.
Um abraço,
Regina.
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Vera
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:41:24 02/16/03 Sun

>Qustão 2
>
>Maristela,
>
>As idéias de Chomsky acerca da aprendizagem da língua
>estão ligadas ao automatismo,

Nara,

Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner. Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de hábitos automáticos.

Vera
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:07:50 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca, e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nessa conceppção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (inteligência enão estupidez) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística.

Um abraço
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


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Maristela
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Date Posted: 10:11:20 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nesta concepção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (é inteligente e não estúpido) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística.

Um abraço
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


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Maristela
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Date Posted: 10:14:21 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nesta concepção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (é inteligente e não estúpido) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística no contexto psico, sócio, histórico e cultural do aprendiz.

Um abraço
Maristela
[> Subject: Re: Seminário: Autonomia e Cooperação (10 a 17/02) - Reflexão inicial sobre a questão 1)


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Date Posted: 06:16:10 02/15/03 Sat