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Subject: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:15:45 02/22/03 Sat

Caros colegas e professora,

Gostaria de usar o texto apenas como base para reflexão e ampliarmos o tópico para algo mais abrangente do que simplesmente aplica-lo a professores em treinamento ou estagiários. A idéia é: Que ferramentas podemos usar no ensino e aprendizagem não somente de uma língua estrangeira mas em diversas disciplinas e outros cursos. Como podemos usar eficazmente essas ferramentas?

PERGUNTAS E REFLEXÃO

Escolha UMA ou MAIS opções e discuta com nossos colegas a respeito. Contribua quantas vezes quiser.

1. Com base no texto de Doering e Beach, como vocês acham que podemos fazer um projeto colaborativo semelhante ao apresentado por eles para desenvolver a habilidade de leitura de nossos alunos no Brasil usando ferramentas como o computador e a internet? De que forma?

2. Vocês acham que a razão da escassez (ou não) de projetos deste tipo no nosso país é uma questão de iniciativa, de oportunidade, econômica, social ou cultural? Ou algumas delas? Ou todas? Ou há outras razões?

3. Até que ponto o computador e a internet podem se constituir em uma “onda que passa” ou ferramentas de uso constante e de abrangente aplicabilidade na aprendizagem de um tópico, disciplina ou uma língua estrangeira, por exemplo?

4. Como você vê o resultado de análises apresentadas em Clift, Mullen, Levin, & Larson, 2001, que mostra as limitações da interação online em que trocas mais diretas de sentimentos são evitadas do que ocorre em interação presencial? E o fato de que interações online são mais francas do que as presenciais?

5. Como podemos incentivar nossos alunos a lerem mais? Vocês acreditam que um projeto desenvolvido a partir de CALL ou via computador/internet estimularia os alunos a lerem as obras nas quais o texto ou trabalho estaria baseado? Neste sentido, haveria um maior uso de ‘intertextual links’ como quer Beach & Lundell, 1997 e Lewis & Fabos, 2000?

6. É possível trabalhar com gêneros múltiplos (poemas, cartas, diários, contos, fotos, romnces, etc) em único projeto colaborativo on-line (Romano 2000)?

7. Algum de vocês já usaram qualquer dessas ferramentas: Storyspace, HyperStudio, HyperCard, WebCT ou QuickTime? Como elas podem mediar a construção de links hypertextuais e intertextuais?

8. Essa abertura e flexibilidade, pautadas na idéia de ‘principle of charity’ e ‘passing theories’, que defende Davidson (1984) e Beach & Phinney (1998) podem conduzir a uma interação que seja consistente e eficaz que vá além da interação em si, e promova crescimento e conhecimento também?

Muito obrigado pela sua participação.
Marcos Manso
[> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar


Author:
Vera Menezes
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:59:08 02/23/03 Sun

Marcos,

Receio que seu seminário será enviado para outra página. Se isso acontecer, por favor, torne a postá-lo.

Vera
[> Subject: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:52:23 02/26/03 Wed

Marcos,

Seguem comentários sobre algumas das questões propostas.

1. Com base no texto de Doering e Beach, como vocês acham que podemos fazer um projeto colaborativo semelhante ao apresentado por eles para desenvolver a habilidade de leitura de nossos alunos no Brasil usando ferramentas como o computador e a internet? De que forma?

Seria extremamente gratificante e de certa forma inovador desenvolver projetos colaborativos com alunos brasileiros, por exemplo, em língua estrangeira, com aqueles que fazem parte do Ensino Médio. Poderíamos tentar despertar seu interesse pela leitura e pesquisa através de temas que os motivasse à busca. Sugestões seriam assuntos atuais das mais diversas áreas, sendo eles relacionadas às disciplinas escolares ou a seus hobbies, necessidades ou interesses pessoais. Seria também uma forma de integrá-los melhor a contextos como “hypertext” e “hypermedia”. Provavelmente, não poderíamos desenvolver projetos sofisticados como os descritos no texto analisado por falta de recursos financeiros. Também, precisaríamos de escolas equipadas com o mínimos necessário para a execução dos projetos: computadores e internet. E, com criatividade, seria possível melhorar o desempenho de nossos alunos, seja através da colaboração entre brasileiros e/ou brasileiros com falantes nativos. Esse, seria um incentivo a mais para o que já acontece de forma assistemática, com alunos que se interessam por línguas estrangeiras e têm acesso à internet, em “chat rooms” ou meios como ICQ. Ainda, seria uma forma de integrar e propiciar tal aperfeiçoamento e oportunidade de crescimento e motivação para os que não dispõem de tais recursos.


2. Vocês acham que a razão da escassez (ou não) de projetos deste tipo no nosso país é uma questão de iniciativa, de oportunidade, econômica, social ou cultural? Ou algumas delas? Ou todas? Ou há outras razões?

Conforme citei anteriormente, faltam recursos econômicos. Mas, a meu ver, o fator mais agravante é a falta de oportunidade aos professores de se inteirarem do assunto. Resolvendo essa questão, acho que as iniciativas aconteceriam, superando, assim, fatores socioculturais através de consciência da necessidade de inovação e crescimento individualizado (professor / aluno), da escola e do ensino no país.



3. Até que ponto o computador e a internet podem se constituir em uma “onda que passa” ou ferramentas de uso constante e de abrangente aplicabilidade na aprendizagem de um tópico, disciplina ou uma língua estrangeira, por exemplo?

Não acredito que o computador e a internet sejam passageiros, mas progresso, tecnologia, que tendem a melhorar a cada dia e a se estabelecerem e se expandirem. Usamos hoje, recursos que não tivemos e nem se imaginaria serem aplicáveis ao ensino, por exemplo, há dez anos atrás. A verdade é que substituímos aquilo que constatamos como falho por algo melhor, sucessivamente. Logo, podemos desfrutar dos computadores cada vez mais e melhor.


4. Como você vê o resultado de análises apresentadas em Clift, Mullen, Levin, & Larson, 2001, que mostra as limitações da interação online em que trocas mais diretas de sentimentos são evitadas do que ocorre em interação presencial? E o fato de que interações online são mais francas do que as presenciais?

A escrita dá ao seu autor uma certa liberdade que o contato “face-to-face” inibe. E, como as pessoas, quando escrevem, não tem a oportunidade de demonstrar seus sentimentos ou reações de forma física, elas acabam por tentar fazê-lo pelos textos, que se tornam mais reveladores sobre os sentimentos e emoções de seu autor.

Abraços,

Sheila.
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:45:22 02/27/03 Thu

Olá Sheila,

Obrigado pela sua participação.

Achei boa a sua idéia de um projeto colaborativo para o Ensino Médio. Creio que já é hora de nós professores contribuirmos com o ensino público de um modo geral e darmos a nossa parcela de retorno por aquilo que obtivemos nesses anos todos de uma universidade federal tão boa como a nossa. Acho que só precisamos começar. Podemos partir de uma idéia já colocada em prática. Há muitas delas disponíveis na internet, muitas experiências relatadas e muitos estudos feitos que podem nos ajudar na elaboração de um projeto semelhante tão bom ou melhor aqui no Brasil.Um trabalho assincrônico (Estes, Bronack, and Schoeny, 1999, e Thompson & Nay, 1999, p. 20), por exemplo, promove a chance a que alunos de diversas condições financeiras de poderem participar no projeto, uma vez que eles terão tempo para usar o seu próprio computador em uma hora adequada ou possível, ou então usar o computador de um amigo, da escola ou outro público. O trabalho na Ball State University, é um bom exemplo de que um projeto de discussão assincrônica pode funcionar. Além disso, essa nossa disciplina é baseada em um fórum assincrônico e tem sido muito produtivo, interativo e valioso.

Quanto à segunda questão, concordo com você de que o fator econômico é decisivo para implatação de bons projetos. Mas como você mesmo reconhece ele não é o único. Vários fatores contribuem para que projetos dessa natureza não ocorram com tanta freqüência no nosso país. Creio que o fator cultural é de certa forma decisivo neste aspecto. Sabemos, por exemplo que somos um povo de poucas estatísticas, enquanto que americanos fazem estatísticas de tudo o que se possa imaginar. Para comprovar isso, basta visitar sites na internet sobre o assunto, comparar revistas e jornais norte-americanos, além de livros e outros periódicos. O fator econômico também é fundamental em função do poder aquisitivo do povo brasileiro. Mesmo assim, a participação brasileira nos negócios (principalmente) via internet é cada vez maior, ainda que a um custo bem maior. Para romper a barreira da língua é que, nós professores de língua inglesa, estamos aí. O inglês não é a nossa segunda língua oficial, mas cada dia que passa fala-se mais inglês no Brasil. E o inglês pode servir de ponte para projetos colaborativos entre nações distantes ricas e pobres. A troca de experiências muito nos iluminará em busca de respostas e soluções para os nossos grandes, cosntantes e crescentes desafios.

Quanto à resposta 3, creio que o computador e a internet realmente vieram pra ficar, mesmo apesar de algumas pessoas desistiram logo de início ou perderem aquele entusiasmo inicial. Nosso endereço eletrônico, ainda que em constante mudança (provedores de acesso e de serviço de e-mail)passou a ser o nosso segundo endereço.

Finalmente, quanto á quarta questão, é verdade: o que os olhos não veêm, o coração não sente.

Abraços,
Marcos Manso
[> [> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:48:31 03/01/03 Sat

"Finalmente, quanto á quarta questão, é verdade: o que
os olhos não veêm, o coração não sente."

Marcos

Será que a gente não "sente" o discurso escrito??!!

Maristela
[> [> [> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:03:27 03/06/03 Thu

Oi Maristela e colegas,

"Será que a gente não "sente" o discurso escrito??!!"

Com certeza sim, Maristela, mas há alguns problemas neste aspecto. Primeiro, é bom distinguirmos este discurso escrito via e-mail ou através de mensagens instantâneas do discurso falado e até mesmo de outros discursos escritos como as cartas informais ou formais, por exemplo.

Creio que o discurso via e-mail e o de trocas de mensagens instantâneas são muito semelhantes na estrutura e também no distanciamento entre os seus participantes. Mesmo no discurso falado, no intercâmbio de idéias e emoções ocorre muitas falhas de comunicação. Ainda que ambas as partes tenham a sensação de haver entendido uma a outra, a experiência e a realidade mostram que isso não é bem assim. Daí haver muitos desentendimentos e discórdias. Imagine então no discurso escrito! É por isso, que em um trabalho de escola, numa dissertação ou coisa semelhante, o redator tem que ‘mover meio mundo’ para explicar apenas um ponto. Não que isso não ocorra no discurso falado, mas só que aqui os argumentos fluem a uma velocidade muito maior. Por isso, na intenção de diminuir o volume de texto a ser lido pela outra parte, alguns elementos fundamentais para uma compreensão mais adequada do assunto ou linha de pensamento podem faltar e provocar uma má interpretação do outro leitor. O ouvinte ou leitor sempre reagirá a qualquer material que ele lê, e essa reação com certeza envolve não somente a razão como também a emoção, portanto ele ‘sentirá’ sim o discurso escrito, mas só que essas reações podem ser completamente diferentes daquelas as quais o emissor desejou ou tinha em mente provocar.

Quanto ao processo de leitura e aprendizagem através de textos literários que ocorre via computador ou internet, creio que os efeitos podem ser muitos interessantes, porque estes textos são muitas vezes produzidos com recursos de ‘hypermedia’, uma ferramenta que une o útil (intertextos) com o agradável (multimídia) (Jonassen, 2000; Landow, 1997). Neste ambiente, a resposta do aluno é muito positiva pois o seu mundo é um reflexo destes recursos (Beach & Myers, 2001; Myers & Beach, 2001).

Abraços,
Marcos Manso
[> [> [> [> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:57:32 03/09/03 Sun

Marcos e Pessoal

A ambiguidade parece ser uma característica mais presente no discurso escrito do que no oral, já que no oral há interação, questionamentos, o que pode proporcionar essa menor ambiguidade.

Há diversos tipos de produção escrita e cada uma tem sua estilística e todas têm características semelhantes e específicas. Além disso, no discurso oral há características do discurso escrito e vice versa.

O que percebo é que no discurso on line (por exemplo, chat nossas produções escritas neste forum...) há marcas de afetividade e estas são características desse tipo de escrita e estão relacionadas com as condições de produções dos enunciados on line e também produzidas para eles. Logo, cada escrita tem suas características, porque cada uma tem suas conduções de produção de escrita e todas elas têm seu valor na comunicação, na informação, no humor.... e acredito que essa diversidade de possibilidade de comunicação é que é o melhor da linguagem.

Um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:42:10 02/27/03 Thu

Olá meus caros,

>
>1. Com base no texto de Doering e Beach, como vocês
>acham que podemos fazer um projeto colaborativo
>semelhante ao apresentado por eles para desenvolver a
>habilidade de leitura de nossos alunos no Brasil
>usando ferramentas como o computador e a internet? De
>que forma?

Atualmente, trabalho como professor substituto no COLTEC, dando aulas de inglês para os garotos do ensino médio e técnico. Como muitos deles já estudam/estudaram inglês fora, ficam loucos para ser dispensados das aulas, que se tornam muito chatas para eles. Então, para não deixar eles "voando" por aí sem fazer nada, e ainda com o intuito de envolvê-los num trabalho no nível deles que os manterão em contato com a língua, propos]mos projetos diferentes a cada ano. Neste ano, propus que todos os alunos de 1°, 2° e 3° ano, de nível intermediário para cima, que optassem pela dispensa, formassem um grupo para elaborar um guia do Colégio técnico em detalhes e da Universidade em geral, em inglês, para visitantes estrangeiros que viessem no campus por ocasião de um congresso, por exemplo. Este projeto focalizaria a produção de textos e desenvolvimento de vocabulário. Sugeri que se houvessem alunos com conhecimentos em internet, eles poderiam montar uma página que seria aberta à partir de um link no site oficial da UFMG. A idéia foi inspirada no conceito de "RELATE/CREATE/DONATE" do texto que lemos no início do curso.
Não sei exatamente como a coisa vai funcionar, pois ainda tenho que sistematizar o trabalho para uma reunião que ocorrerá após o carnaval.

P.S.: Vera, você sabe se já existe algum guia deste tipo em inglês na Universidade?

Agora, para trabalhar especificamente com leitura...
Já há algum tempo quero procurar os professores de outras disciplinas como Geociências, Química, Biologia, Eletrônica, etc. para pedir que eles escolham e adotem como parte do material da disciplina deles 1 texto em inglês, para que eu possa trabalhar com os meus alunos. Mas o pessoal lá não é muito acessível, e ainda não tive coragem de propor o trabalho.

>
>2. Vocês acham que a razão da escassez (ou não) de
>projetos deste tipo no nosso país é uma questão de
>iniciativa, de oportunidade, econômica, social ou
>cultural? Ou algumas delas? Ou todas? Ou há outras
>razões?

Sinceramente, acho que o motivo é puramente estrutural, de infra-estrutura. Se todo mundo pudesse ter acesso à rede, aos poucos as idéias e os projetos apareceriam, como acontece no nosso caso. Acredito muito no resultado da pesquisa de Egbert et al. (2002), que mostra que a maioria das pessoas que usam efetivamente a tecnologia em suas aulas são aquelas que tiveram algum contato com ela antes, e não aqueles que frequentaram um curso de CALL. Não sei, mas parece que isto está relacionado com a "psicologia da aprendizagem", aquilo que comumente é chamado de 'botar as mãos na massa' ou mais, academicamente falando, o ensino/aprendizado por meio de tarefas. É como no nosso curso online... ele não é um curso de CALL, mas usa tecnologia e ferramentas da internet no seu andamento. Nestas condições, somos levados a buscar desenvolver aquele conhecimento que ainda não tenhamos, para satisfazer uma necessidade emocionalmente e intelectualmente real, que é completar as tarefas. As habilidades requeridas são formadas individualmente e colaborativamente à medida que vão sendo necessárias. O que torna o aprendizado bem mais significativo e justifica o resultado encontrado por Egbert et al. (2002).

Acho que o trabalho que desenvolvemos nesta disciplina é bastante consistente com a literatura.

>
>3. Até que ponto o computador e a internet podem se
>constituir em uma “onda que passa” ou ferramentas de
>uso constante e de abrangente aplicabilidade na
>aprendizagem de um tópico, disciplina ou uma língua
>estrangeira, por exemplo?

Vocês já imaginaram a vida sem a caneta esferográfica? (Soou meio dramático né... :o), não era essa minha intenção)
Por acaso, já pensaram nela como uma "onda que passa" ou uma ferramenta de trabalho complementar, perfeitamente acessória. Acho que não, né?
Ela também é uma tecnologia!
Acho que nosso projeto para o futuro deva passar pelo mesmo caminho. O computador não pode ser encarado como um acessório, como uma entidade alienígena que precisa de explicação formal de quem o entende, através de cursos de tantas ou quantas horas/aula com apostila incluída. Alguém já leu manual de caneta esferográfica? Ou fez um curso avançado de Bic 4 cores? Você simplesmente usa... vai aprendendo a manejar mais adequadamente com o tempo... naturalmente... sem grande rebuliço.
Acho que é exatamente isso que a pesquisa de Egbert et al. (2002) mostrou.

O uso de computadores e internet deve se tornar corriqueiro, parte da nossa vida diária ao ponto de se tornar imperceptível. É nisso que devemos concentrar nossas forças.

>
>4. Como você vê o resultado de análises apresentadas
>em Clift, Mullen, Levin, & Larson, 2001, que mostra as
>limitações da interação online em que trocas mais
>diretas de sentimentos são evitadas do que ocorre em
>interação presencial? E o fato de que interações
>online são mais francas do que as presenciais?

Isso é um fato e concordo inteiramente com a resposta da Sheila. As nossas interações podem ser um exemplo.

>
>5. Como podemos incentivar nossos alunos a lerem mais?
>Vocês acreditam que um projeto desenvolvido a partir
>de CALL ou via computador/internet estimularia os
>alunos a lerem as obras nas quais o texto ou trabalho
>estaria baseado? Neste sentido, haveria um maior uso
>de ‘intertextual links’ como quer Beach & Lundell,
>1997 e Lewis & Fabos, 2000?

Certamente o uso da internet serviria de motivação para os alunos. Contudo, essa motivação somente existe enquanto ela for uma novidade. Depois que ela virar lugar comum, como proponho que aconteça e acredito que acontecerá, sua capacidade de servir de elemento motivacional diminuirá ou se extinguirá. Portanto, estaríamos baseando o interesse dos alunos pela leitura em valores equivocados e transitórios. Neste caso da leitura, acho que o caminho mais difícil seja o mais eficaz (único?), ou seja, estimular o gosto pela leitura por ela mesma, sem artifícios, pela paixão por aprender/saber/conhecer.

>
>6. É possível trabalhar com gêneros múltiplos (poemas,
>cartas, diários, contos, fotos, romnces, etc) em único
>projeto colaborativo on-line (Romano 2000)?

Dá trabalho, mais sim.

>
>7. Algum de vocês já usaram qualquer dessas
>ferramentas: Storyspace, HyperStudio, HyperCard, WebCT
>ou QuickTime? Como elas podem mediar a construção de
>links hypertextuais e intertextuais?

Não. Elas demandam uma estrutura que a internet, a rede de computadores, a telefonia, etc. brasileiros ainda não possui.



Grande abraço a todos,

Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:03:24 02/27/03 Thu

Olá Xará Racilan e colegas,

Vejo que para suprir uma necessidade ou encontrar alternativas compensadoras não falta a nós brasileiros a criatividade, como a sua por exemplo. Achei que o guia para estrangeiros que você sugeriu foi uma idéia interessante. Na verdade, eu sempre vejo uma idéia inicial como uma alavanca, uma idéia geradora e propulsora de outras idéias. Só precisamos estar atentos à possíveis alterações ao longo do caminho e às sugestões de nossos alunos. “Toque o bonde” pois a idéia tem tudo para funcionar, mesmo que a principio tenhamos certo receio, pois "Every noble work is at first impossible." (Thomas Carlyle). Apesar daqueles alunos desinteressados, vejo que você não deixou as coisas e os alunos simplesmente “pra lá” ou “rolarem” soltos por aí, bem ao estilo de George Balanchine: "I don't want people who want to dance, I want people who *have* to dance."

Quanto ao seu plano de envolver os professores de outras disciplinas, fear not. "If it's a good idea . . . go ahead and do it. It is much easier to apologize than it is to get permission." (Grace M. Hopper).

Quanto ao seu comentário da questão dois, concordo plenamente com você. Vejo, por exemplo, o acesso à internet de certa forma relacionado ao acesso à educação. ACESSO. Esta é a solução. QUALIDADE. Esta deve vir acoplada. O que precisamos é transformar a realidade apresentada por Egbert et al em uma oportunidade para aqueles que não dispõem da tecnologia e ao mesmo tempo promover o acesso às idéias de Doering, Beach, Warschauer, McDonough e tanto outros que já lemos. Afinal, partindo da sua idéia da necessidade como geradora de desafio à busca de projetos soluções, creio que nossa função seja realmente essa: buscar o conhecimento e produzir idéias que gerem ações. Como disse São Francisco de Assis certa vez, "Comece a fazer o que é necessário, depois o que é possível e de repente estará fazendo o impossível.”

Finalmente, o estímulo pela leitura a que você se referiu, é de crucial importância. Vejo que há vários fatores envolvidos: primeiro somente podemos incentivar se formos realmente ou naturalmente motivados a ler. Uma coisa é incentivarmos aos nossos alunos a jogarem baseball (que não jogamos) porque seria uma ótima oportunidade de aprender um jogo novo, enfrentar novos desafios, e exercitar o corpo. Outra coisa é convidarmos nossos alunos a jogarem tênis, uma vez que o praticamos e sabemos o quão agradável, desafiador e saudável ele é. Creio que estas duas palavras serão a grande tônica deste novo século: INCENTIVO E MOTIVAÇÃO, exatamente o começa a faltar aos seres humanos.

Grande abraço,
Marcos Manso
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Vera Menezes
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:17:17 03/01/03 Sat

>P.S.: Vera, você sabe se já existe algum guia deste
>tipo em inglês na Universidade?

Tenho quase certerza de que não existe e sua idéia é bárbara.

>>2. Vocês acham que a razão da escassez (ou não) de
>>projetos deste tipo no nosso país é uma questão de
>>iniciativa, de oportunidade, econômica, social ou
>>cultural? Ou algumas delas? Ou todas? Ou há outras
>>razões?

>Sinceramente, acho que o motivo é puramente
>estrutural, de infra-estrutura. Se todo mundo pudesse
>ter acesso à rede, aos poucos as idéias e os projetos
>apareceriam, como acontece no nosso caso.

Acho que tem um pouco de comodismo e de resistência ao novo também. Sei de escolas que tem equipamento, mas ninguém quer usar.

Vera
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:03:38 03/01/03 Sat

"O uso de computadores e internet deve se tornar
corriqueiro, parte da nossa vida diária ao ponto de se
tornar imperceptível. É nisso que devemos concentrar
nossas forças." (Marcos Racilan)

Marcos,

Concordo com suas argumentações. Cada vez mais, a aprendizagem através do computador e os seus usos para os diversos fins, trabalhos, estudos... serão vistos como atividades rotineiras. Não tem como ver o computador como uma onda, mas como um instrumento de mediação que, com certeza, acelera a aprendizagem e a construção da autonomia.
Além disso, o fato de escrevermos nossas reflexões, no meu ponto de vista, contribui para que haja uma maior aprendizagem, já que temos que pensar e pensar... sobre o que iremos escrever.

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Regina Brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:34:49 03/01/03 Sat

>Neste ano, propus que todos os alunos de 1°, 2° e 3°
>ano, de nível intermediário para cima, que optassem
>pela dispensa, formassem um grupo para elaborar um
>guia do Colégio técnico em detalhes e da Universidade
>em geral, em inglês, para visitantes estrangeiros que
>viessem no campus por ocasião de um congresso, por
>exemplo.

Marcos, parabéns pelo seu trabalho. Grande idéia!
Regina
[> [> Subject: Re: O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:38:03 03/06/03 Thu

Oi Marcos Racilan,

veja a minha resposta ao seu comentário na resposta que dei a Miriam "Re-part 1".

Obrigado,
Marcos Manso
[> Subject: parte1


Author:
miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:56:11 02/28/03 Fri

Respondendo a primeira pergunta, creio que podemos sim desenvolver projetos semelhantes ao apresentado no texto, mas aí esbarramos na sua segunda pergunta, pois iniciativa e criatividade é o que não falta na nossa cultura, mas na maioria das vezes falta oportunidade de colocar este ‘caldeirão borbulhante’ de idéias em prática por questões meramente econômicas. Como o próprio autor coloca, muitos dos recursos propostos são programas caros e necessitam de computadores de última geração para funcionarem na sua totalidade. Mais de uma vez já tivemos colegas no nosso curso reclamando, se justificando ou compartilhando de uma ansiedade provocada pela incapacidade das suas máquinas em exercer as tarefas propostas por eles. A tecnologia é fascinante, mas a cada vez que me delicio com um upgrade, com a aquisição de um novo recurso, milhares de outros estão sendo lançados no mercado, me colocando de novo atrás do mercado tecnológico. Este é uma questão pessoal, e quando isto é verdade no nosso ambiente de trabalho? As escolas hoje estão cientes que sem tecnologia não dá, mas pode ainda não ser prioridade. Muitos dos meus projetos ficam engavetados porque não tenho como colocá-los em prática na escola aonde trabalho, simplesmente por não ter acesso ao equipamento necessário, claro que já coloquei isto para a direção da escola, que admira meu esforço e me incentiva a continuar batalhando, mas sempre escuto que a escola sabe da importância, mas.....a prioridade de investimento é outra neste momento econômico do país, blá blá blá....Talvez o problema seja social e cultural também, afinal o investimento está sempre sendo ‘postponed’.
To be continued......
[> [> Subject: parte2


Author:
miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:57:55 02/28/03 Fri

continuando....
Outro ponto relevante é que nem todos os meus colegas de trabalho levantam a bandeira do uso da tecnologia, por comodidade, medo do novo, falta de intimidade com tecnologia ou simplesmente preguiça de correr atrás. Prefiro acreditar que é medo do novo e/ou falta de intimidade com a máquina. Cabe então a sua terceira pergunta, acredito que a internet definitivamente não é uma onda que passa como muitas pessoas gostam de pensar devido aos pontos mencionados, estas pessoas preferem ficar quietinhas esperando a onda ir embora, mas como seu xará Marcos coloca, como imaginar a vida sem a caneta esferográfica? Menos drasticamente falando, como imaginar uma aula de idiomas sem um aparelho de cd? Ou um vídeo? Em um futuro muito próximo, creio que falaremos da mesma maneira da internet. Por isto estou aqui nesta sexta-feira de carnaval, tentando aprender com você e com nossos colegas, para quando este tempo chegar o meu angu já estar prontinho, como diria minha mãe!!!! Estou começando a variar, deve ser o carnaval chegando...Finalizando e voltando a sua primeira pergunta, a forma como podemos desenvolver um projeto colaborativo, as possibilidades são infinitas, eu começaria inferindo da turma a ser trabalhada o assunto de interesse deles e então a partir daí iria ver o recurso mais viável no momento para poder desenvolver o projeto proposto, pois idéia boa inviável dentro do contexto de ensino vira idéia inexeqüível, certo?
Super abraço e bom carnaval que ninguém é de ferro!!!!
Miriam
ps: não alcancei o que você quis dizer com ‘menteval’??????
[> [> [> Subject: Re: parte2


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:32:22 03/01/03 Sat

"Outro ponto relevante é que nem todos os meus colegas
de trabalho levantam a bandeira do uso da tecnologia,
por comodidade, medo do novo, falta de intimidade com
tecnologia ou simplesmente preguiça de correr atrás.
Prefiro acreditar que é medo do novo e/ou falta de
intimidade com a máquina."

São várias as questões que podem propiciar o não uso do computador na aprendizagem. Bem, a questão está relacionada também ao aspecto cultural, pois deve-se refletir (refletir-usar) sobre a importância desse tipo de aprendizagem, envolver mais e mais as pessoas envolvidas com a Educação, ter estrutura física e de manutenção, uma política educacional e ter profissionais que tenham autonomia (e que se arrisquem mais)para usar a máquina de maneira mais colaborativa/cooperativa.... Logo, relaciona-se também à uma cultura de aprender...

Maristela
[> [> [> Subject: Re: parte2


Author:
regina brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:27:04 03/01/03 Sat

>continuando....
>Outro ponto relevante é que nem todos os meus colegas
>de trabalho levantam a bandeira do uso da tecnologia,
>por comodidade, medo do novo, falta de intimidade com
>tecnologia ou simplesmente preguiça de correr atrás.
>Prefiro acreditar que é medo do novo e/ou falta de
>intimidade com a máquina. Cabe então a sua terceira
>pergunta, acredito que a internet definitivamente não
>é uma onda que passa como muitas pessoas gostam de
>pensar devido aos pontos mencionados, estas pessoas
>preferem ficar quietinhas esperando a onda ir embora,
>... como imaginar uma aula de idiomas sem um
>aparelho de cd? Ou um vídeo? Em um futuro muito
>próximo, creio que falaremos da mesma maneira da
>internet.

Concordo plenamente com vc. Miriam. Tudo é uma questão de tempo até que essa tecnologia chegue a mais pessoas e que os mais resistentes possam aceitá-la sem maiores conflitos.
Um abraço,
Regina.
[> [> Subject: Re: parte1


Author:
Marcos Manso
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Date Posted: 17:33:16 03/01/03 Sat

"O uso de computadores e internet deve se tornar corriqueiro, parte da nossa vida diária ao ponto de se tornar imperceptível.” Marcos Racilan

”Não tem como ver o computador como uma onda, mas como um instrumento de mediação que, com certeza, acelera a aprendizagem e a construção da autonomia.” Maristela

“...mas na maioria das vezes falta oportunidade de colocar este ‘caldeirão borbulhante’ de idéias em prática por questões meramente econômicas.... mas a cada vez que me delicio com um upgrade, com a aquisição de um novo recurso, milhares de outros estão sendo lançados no mercado, me colocando de novo atrás do mercado tecnológico.” Miriam

Oi colegas,

Concordo com vocês todos. Existem alguns fatores que são perturbadores para a implementação de novas idéias e projetos. Mas ao mesmo tempo eu fico pensando: quando começo a ficar meio revoltado com coisas desse tipo, falta de recursos, de iniciativa, de apoio, etc., eu começo a voltar para dentro de mim mesmo e me perguntar: Bem, já que uma solução iminente de fora parece meio improvável, o que é que eu posso fazer?

Deixe-me dar-lhes um exemplo: Independentemente de acesso a internet, e após alguns upgrades e melhorias, além de inúmeros programas baixados pela internet e outros que adquirimos ao longo de nossa vida computacional, eu às vezes páro e me pergunto: muito bem seu Marcos, de tudo o que você já adquiriu em termos de teoria, hecimento e tecnologia, o que é que você já usou com os seus alunos e para os seus alunos? será que você poderia ter usado mais o recursos do seu próprio computador? quantos por cento daqueles megas de programas em HD e discos diversos que tem você tem usado efetiva e diretamente aos seus alunos? Que uso você já fez do recurso de e-mail e trabalhou com seus alunos de forma assincrônica em alguma atividade ou projeto que fosse assim possível? Depois de uma certa preocupação, vem aquela frase de Karen Horney: “Concern should drive us into action and not into depression.", e depois uma mais desafiadora ainda: "Great minds have purposes, others have wishes." Washington Irving. E a próxima pergunta tem que ser: o que é que posso fazer hoje e agora? Quer recurso posso usar hoje com meus alunos? O que é que tenho? Cinco pãezinhos e dois peixinhos? Então, que tal fazer um milagre? Afinal: "Little drops of water, little grains of sand/Make the mighty ocean, and the pleasant land." (Julia Carney) e "Great things are not done by impulse, but by a series of small things brought together." (Vincent van Gogh).

Please, não me entendam mal, não quero parecer ser aqui um super-homem ou super-teacher. Mas, ainda que eu seja um mero private teacher, a questão pra mim sempre é: será que eu não posso fazer mais com o que eu já tenho? E a resposta é quase sempre sim. Recentemente tenho usado alguns textos de Literatura Americana desde as primeiras formas de expressão literária neste Novo Mundo. Para minha surpresa, o que parecia ser algo pouco ou de nenhuma importância, na verdade despertou o interesse dos alunos. Como isso toma muito tempo, deixei que a maior parte do trabalho e discussão fosse feita através de pesquisa e reflexão do aluno. Sugeri a eles que pesquisassem a respeito do autor na internet ou livros, bem como suas obras e comentários, principalmente aquela obra que discutiríamos. Coloquei algumas perguntas de reflexão como homework e em sala apenas tirávamos as dúvidas e discutíamos as questões mais relevantes. Por enquanto, tem dado certo. E tenho muitos planos pela frente, assim que tiver o tempo mais livre.

É isso, por enquanto colegas,
Forte abraço, e desejo de sucesso a todos.
Marcos Manso
[> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprend.


Author:
Adriana Sales
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Date Posted: 13:07:56 03/01/03 Sat

Marcos e colegas,

Questões 1 e 2:

O projeto apresentado por Doering e Beach é muito interessante. Podemos adaptar este modelo conforme nossos objetivos, necessidades e tecnologia disponíveis. A idéia de como seria o projeto poderia surgir de uma discussão entre os aluno e professores. Assim ficaria fácil descobrir quais assuntos ou quais personalidades os alunos gostariam de desenvolver no projeto. Seria interessante fazer uma distribuição das tarefas e verificar entre os alunos os que possuem algum conhecimento de construção de homepages, manipulação de sons e imagens, etc.

Para desenvolve a habilidade de leitura utilizando o computador, creio que os assuntos devem estar voltados para o público alvo, seus interesses, hobbies ou gostos. Uma idéia interessante é montar um site com as atividades e organizar um jornal para ser distribuído via e-mail. Com certeza, os alunos se sentirão mais interessados e envolvidos em projetos que são de seus interesses.

No projeto de Doering e Beach foram utilizadas algumas ferramentas que eu pessoalmente não conhecia e não sei utilizar. Assim acho interessante o professor dispor dos recursos disponíveis e desenvolver a atividades da melhor forma possível.

Quanto à escassez desses projetos creio que é devido a falta de iniciativa por parte dos professores. Por questões econômicas, já que não são todas as escolas que são equipadas com computadores. E por último, por uma questão cultural, já que muitos professores não estão interessados ou preparados em usar novas tecnologias em sala de aula.

Acredito que devam existir muitos projetos parecidos com o de Doering e Beach aqui no Brasil, mas não são muito divulgados ou ficam limitado somente na esfera da escola.

Questão 3:

O uso do computador e a internet vieram para ficar. Não consigo imaginar estes benefícios (tanto no plano educacional como quanto na vida cotidiana) como sendo uma onda que passa. Creio que o computador e a internet só trazem beneficios para a educação, principalmente na nossa área de língua estrangeira. Além de ser uma forma de motivar os alunos, o uso dessas tecnologias favorece a aprendizagem fora da sala de aula em qualquer hora ou lugar.

Questão 6:

Acho plenamente possível fazer um projeto colaborativo on-line usando múltiplos gêneros. Além de tornar o trabalho mais atrativo visualmente, o uso de múltiplos gêneros promove uma diversificação de informações e em alguns casos traz veracidade ao texto.

Abraços,

Adriana
[> [> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprend.


Author:
Marcos Manso
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Date Posted: 18:12:55 03/01/03 Sat

Oi Adriana e colegas,

”O projeto apresentado por Doering e Beach é muito interessante. Podemos adaptar este modelo conforme nossos objetivos, necessidades e tecnologia disponíveis.”

Concordo com você. Lembra do trabalho desenvolvido por Myra Shulman em seu texto “Developing Global Connections through Computer-Mediated Communication"? Ela começou com algo modesto para depois crescer de acordo com a capacidade e a necessidade do grupo.

“Para desenvolve a habilidade de leitura utilizando o computador, creio que os assuntos devem estar voltados para o público alvo, seus interesses, hobbies ou gostos. Uma idéia interessante é montar um site com as atividades e organizar um jornal para ser distribuído via e-mail. Com certeza, os alunos se sentirão mais interessados e envolvidos em projetos que são de seus interesses.”

Uma idéia boa que tem funcionado. Podemos unir o útil ao agradável: usar os interesses dos alunos como alavanca para as metas do professor.

“No projeto de Doering e Beach foram utilizadas algumas ferramentas que eu pessoalmente não conhecia e não sei utilizar. Assim acho interessante o professor dispor dos recursos disponíveis e desenvolver a atividades da melhor forma possível.”

Sem dúvida, e enquanto usamos os recursos que temos, podemos conhecer outros recursos que logo em seguida podemos colocar em uso e prática.

”Quanto à escassez desses projetos creio que é devido a falta de iniciativa por parte dos professores.
(Realmente alguns precisam ter iniciativa). “Por questões econômicas, já que não são todas as escolas que são equipadas com computadores.” (Muitas vezes) “E por último, por uma questão cultural, já que muitos professores não estão interessados ou preparados em usar novas tecnologias em sala de aula.” (Uma dura e triste realidade para muitos. O interesse é difícil de despertar, mas a preparação pode ser trabalhada)

”O uso do computador e a internet vieram para ficar.”

Concordo. Já reparou que a maioria das crianças de hoje não sabem o que é uma máquina de escrever? Interessante que mesmo aquelas que não tem computador não conseguem imaginar uma máquina de escrever. O que vem à mente delas é o teclado de um computador.

“Não consigo imaginar estes benefícios (tanto no plano educacional como quanto na vida cotidiana) como sendo uma onda que passa. Creio que o computador e a internet só trazem beneficios para a educação, principalmente na nossa área de língua estrangeira. Além de ser uma forma de motivar os alunos, o uso dessas tecnologias favorece a aprendizagem fora da sala de aula em qualquer hora ou lugar.”

Também não consigo me imaginar sem o auxílio desta máquina. Também acho que computador e internet trazem muitos benefícios (apesar de alguns malefícios também, por má administração destes recursos) e que são ferramentas motivadoras e facilitadoras da aprendizagem.

Obrigado,

Marcos Manso
[> [> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprend.


Author:
claudia neffa
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Date Posted: 07:15:01 03/08/03 Sat

>Marcos e colegas,
>
>Questões 1 e 2:
>
>O projeto apresentado por Doering e Beach é muito
>interessante. Podemos adaptar este modelo conforme
>nossos objetivos, necessidades e tecnologia
>disponíveis. A idéia de como seria o projeto poderia
>surgir de uma discussão entre os aluno e professores.
>Assim ficaria fácil descobrir quais assuntos...

FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DE ADRIANA PORQUE ACHO QUE TODAS ESSAS IDÉIAS EM PRINCÍPIO DEVEM PARTIR DE DISCUSSÕES E LEVANTAMENTOS DAS NECESSIDADES DOS NOSSOS ALUNOS.
>
>Para desenvolve a habilidade de leitura utilizando o
>computador, creio que os assuntos devem estar voltados
>para o público alvo
DE NOVO AQUI DEVO CONCORDAR QUE MOTIVAÇÃO ESTÁ LIGADA AOS INTERESSES PESSOAIS DOS ALUNOS ENTÃO CADA CASO É UM CASO.
>

>
>Questão 3:
>
>O uso do computador e a internet vieram para ficar.
>Não consigo imaginar estes benefícios (tanto no plano
>educacional como quanto na vida cotidiana) como sendo
>uma onda que passa. Creio que o computador e a
>internet só trazem beneficios para a educação

SEM A MENOR SOMBRA DE DÚVIDA MAS OS CRITÉRIOS QUE DEVEM SER RESPEITADOS NA SUA UTILIZAÇÃO SÃO MUITO IMPORTANTES.
>
>Questão 6:
>
>Acho plenamente possível fazer um projeto colaborativo
>on-line usando múltiplos gêneros. Além de tornar o
>trabalho mais atrativo visualmente, o uso de múltiplos
>gêneros promove uma diversificação de informações e em
>alguns casos traz veracidade ao texto.
>
>abraços,]
claudia
[> Subject: Re: Seminário CALL - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:38:49 03/01/03 Sat

Acredito que podemos, no Brasil, desenvolver um projeto colaborativo para propiciar ao aluno o desenvolvimento de sua habilidade de leitura, usando a Internet e para isso é necessário termos a infra-estrutura necessária, bem como iniciarmos uma cultura de aprendizagem mediada por computador e o professor(es) devem estar em um nível de maior autonomia em relação ao processo de ensino-pesquisa-aprendizagem.... No meu ponto de vista, a aprendizagem de leitura, de cultura... “on line” acelera o desenvolvimento da leitura e das outras habilidades/competências. Logo, trabalhar com projetos interdisciplinares no qual há diversos professores envolvidos, pode tornar a aprendizagem bem mais significativa, pode proporcionar ao aluno ter bem definido o objetivo e os propósitos das atividades e os “[s]tudents algo need to know why they are using these tools to achieve certain objects or outcomes in an activity (Doering e Beach, 2002, p. 18). Acredito que projetos envolvendo aprendizes não nativos e nativos podem ser bem eficazes não somente em relação à habilidade de leitura, mas também escrita, cultura...

Em relação a razão de escassez de projetos colaborativos on line, acredito que é determinante a questão da infra-estrutura, já que sem computador no ambiente educacional fica difícil iniciar uma cultura de aprendizagem mediada por computador, envolvendo não somente uma sala de aula, mas todo um contexto educacional.

Em relação ao uso do computador, acredito que não é um onda que passa, mas um instrumento forte na aprendizagem, no processo de autonomia dos alunos e também dos professores e esse será, sem dúvida, cada vez mais utilizado, já que esse é um dos caminhos para se ter uma aprendizagem mais autêntica, significativa e eficaz.

Penso que demonstramos nossos sentimentos através da escrita e essas marcas estão também no texto escrito on line. Podemos perceber isso em nosso forum. Se fizermos uma pesquisa, tendo como base nossos discursos produzidos no forum deste curso, perceberemos que as nossas marcas - de sentimento - estão lá. É uma hipótese bem possível. Logo, não vejo essa aparente falta de “sentimentos” como algo negativo, já que para mim os sentimentos estão demonstrados (marcas lingüísticas) na escrita on line.

Um projeto desenvolvido a partir do CALL sem dúvida propicia ao aluno desenvolver mais suas habilidades e competências, usando o hipertexto, os “intertextual links”. Nesse sentido, trabalhar com gêneros múltiplos proporciona ao aluno refletir sobre a diversidade textual, já que ”[m]ulti-genre writing involves using a range of different types of genres – reports, poems, letters, diaries, stories, advertisements, field notes, photos, drawings, and so forth – to explore different aspects of and perspectives on a topic.”( Doering e Beach, 2002, p.4)

Em relação às ferramentas “Storysplace, HyperStudio, HyperCard, WebCT ou QuickTime” não as usei ainda como professora, já que estou refletindo mais sobre a aprendizagem mediada por computador somente agora nesse nosso curso. No entanto, são caminhos possíveis, a fim de se trabalhar mais a co-construção do conhecimento (e inclui a cultura) e da autonomia.

“Principles of charity” refere-se aos “participants’ willingness to be open to entertaining others’ beliefs as valid and rational....”Passing theories” refers to the idea that participants are willing to modify their established “prior theories” to be open to entertaining and integrating others’beliefs into one’s own beliefs (Doering e Beach, 2002, p. 24). Essas duas citações remetem-nos à Silva (2000) na argumentação de que as crenças estão em contínua construção e reconstrução, sendo necessário que elas “deixem de ser construtos de senso comum, pois serão frutos de elaborações e reelaborações que conduzem à geração de conhecimentos e não à simples aquisição de conhecimentos produzidos por outros.” (Silva, 2002, p. 92). Nesse sentido, a interação pode ser bem mais eficaz, promovendo produção de conhecimento e autonomia.

Referências Bibliográficas

DOERING, A., BEACH, Richard. Preservice English teachers acquiring literacy practices through technology tools. In: Language Learning & Technology. Vol. 6, N º 3, September, 2002, p. 127-46.

SILVA, Izabel Maria. Percepções do que seja ser um bom professor de inglês para formandos de Letras: um estudo de caso. Dissertação de mestrado não publicada, em Lingüística Aplicada. UFMG, 2000.

Um abraço a todos.
Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário CALL - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
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Date Posted: 18:48:53 03/01/03 Sat

Oi Maristela e colegas,

"Penso que demonstramos nossos sentimentos através da escrita e essas marcas estão também no texto escrito on line. Podemos perceber isso em nosso forum. Se fizermos uma pesquisa, tendo como base nossos discursos produzidos no forum deste curso, perceberemos que as nossas marcas - de sentimento - estão lá. É uma hipótese bem possível. Logo, não vejo essa aparente falta de “sentimentos” como algo negativo, já que para mim os sentimentos estão demonstrados (marcas lingüísticas) na escrita on line."

Há outros aspectos positivos em relação a isso: já que podemos ser mais francos via e-mail ou internet, então sobra mais espaço para uma discussão franca e aberta como nos bons tempos das arenas intelectuais romanas e gregas e, portanto, mais espaço para a razão e conhecimento.

“Um projeto desenvolvido a partir do CALL sem dúvida propicia ao aluno desenvolver mais suas habilidades e competências, usando o hipertexto, os “intertextual links”. Nesse sentido, trabalhar com gêneros múltiplos proporciona ao aluno refletir sobre a diversidade textual, já que ”[m]ulti-genre writing involves using a range of different types of genres – reports, poems, letters, diaries, stories, advertisements, field notes, photos, drawings, and so forth – to explore different aspects of and perspectives on a topic.”( Doering e Beach, 2002, p.4)”

Neste trabalho de Literatura Americana que estou trabalhando (vide resposta minha ao Racilan Maristela e Miriam postada como Re: parte1 (Miriam) – Marcos Manso), tenho tentado intercalar documentos, relatórios, ficção, contos, poesias, à medida que eles forem aparecendo (por enquanto este é um projeto sincrônico). Diversificar é sempre bom: a gente atende a gostos e interesses diferentes, e ao mesmo tempo desperta novos gostos e interesses diferentes, além, é claro, de produzir conhecimento.

““Principles of charity” refere-se aos “participants’ willingness to be open to entertaining others’ beliefs as valid and rational....”Passing theories” refers to the idea that participants are willing to modify their established “prior theories” to be open to entertaining and integrating others’beliefs into one’s own beliefs (Doering e Beach, 2002, p. 24). Essas duas citações remetem-nos à Silva (2000) na argumentação de que as crenças estão em contínua construção e reconstrução, sendo necessário que elas “deixem de ser construtos de senso comum, pois serão frutos de elaborações e reelaborações que conduzem à geração de conhecimentos e não à simples aquisição de conhecimentos produzidos por outros.” (Silva, 2002, p. 92). Nesse sentido, a interação pode ser bem mais eficaz, promovendo produção de conhecimento e autonomia.”

Com relação a este tema, sonho um dia poder escrever um livro a respeito e demonstrar com pesquisas e citações que cultura e religião não são elementos ad-eternos entre os diversos povos e etnias deste nosso planeta. Nem os indígenas possuem uma cultura ou religião única. Na verdade, suas culturas e religiões são o resultado de dezenas ou centenas de cruzamentos de culturas ainda que pareça que alguns deles não tenham tido tanto contado assim com outros povos. Cultura, por exemplo é um elemento altamente dinâmico e transformador. É na troca de informações, experiências e conhecimentos é que construímos sabedoria e colaboração mútua. Precisamos estar abertos ao novo e diferente e promover essa abertura. Precisamos estar preparados para participar do novo e também estimular a participação de outros. Precisamos estar abertos à integração e estimular a integração dos outros.

Obrigado,
Marcos Manso
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
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Date Posted: 03:10:34 03/02/03 Sun

"tenho tentado intercalar documentos, relatórios, ficção, contos, poesias, à medida que eles forem aparecendo (por enquanto este é um projeto sincrônico). Diversificar é sempre bom: a gente atende a gostos e interesses diferentes, e ao mesmo tempo desperta novos gostos e interesses diferentes, além, é claro, de produzir conhecimento."

Para mim, diversidade é uma das palavras-chave e isso nos remete a não linearidade, a flexibilidade, a complexidade, a criatividade e às idéias de Vygotsky e Freire.

"Com relação a este tema, sonho um dia poder escrever
um livro a respeito e demonstrar com pesquisas e
citações que cultura e religião não são elementos
ad-eternos entre os diversos povos e etnias deste
nosso planeta. Nem os indígenas possuem uma cultura ou
religião única. Na verdade, suas culturas e religiões
são o resultado de dezenas ou centenas de cruzamentos
de culturas ainda que pareça que alguns deles não
tenham tido tanto contado assim com outros povos.
Cultura, por exemplo é um elemento altamente dinâmico
e transformador. É na troca de informações,
experiências e conhecimentos é que construímos
sabedoria e colaboração mútua. Precisamos estar
abertos ao novo e diferente e promover essa abertura.
Precisamos estar preparados para participar do novo e
também estimular a participação de outros. Precisamos
estar abertos à integração e estimular a integração
dos outros."

Adorei sua argumentação!!!
O ambiente educacional virtual é um círculo de cultura. Para Paulo Freire, a aula não é um termo adequado, sendo "círculo da cultura" uma expressão mais adequada. Temos então, uma (e também várias) cultura de "mediar" do professor/computador e várias culturas de aprender dos diversos aprendizes/usuários em cada ambiente educacional (e nos vários ambientes, já que eles se inter-cruzam). Nesse aparente caos do ambiente educacional, tem-se características comuns e idiossincráticas (Miccoli, 1997), sendo que a diversidade de idéias, experiências, culturas... é que vai enriquecer o processo de construção de conhecimentos. É nesse aparente caos que o conhecimento acontece.... e também a construção da autonomia tanto do professor, como do aprendiz. É nesse aparente caos que a criatividade surge.... (Paiva, no Prelo- Modelo Fractal de Aquisição de Línguas)

Um abraço e uma ótima folia, ou um merecido descanço!
Maristela
[> Subject: Re: Seminário CALL - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Regina Brito
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Date Posted: 16:21:48 03/01/03 Sat

Oi gente amiga!
Aqui vão meus comentários sobre algumas das questões do seminário.

Questão 2. Neste ponto eu concordo com meus colegas que disseram que o motivo é estrutural. Embora eu acredite que muitos educadores têm uma resistência a essa nova tecnologia, acho que essa resistência venha em parte do pouco contato com questões de informática.O problema acaba sendo cultural também. Por isso acho que assim que eles venham a ter mais contato esse receio venha a desaparecer.

Questão 3. para mim, essa conversa de o computador e a internet serem uma “onda passageira” é crítica da oposição, ou seja, esse tipo de comentário surge principalmente de quem tem pouco ou nenhum acesso a esse tipo de recurso e que por isso tem receio da mudança. Não há como voltar atrás! Quem está acostumado com o uso do computador sabe o quanto esta ferramenta pode ser útil no processo de aprendizagem, desde que se saiba como usá-la! Sim, porque os adolescentes adoram entrar na internet, desde que isso não seja uma obrigação. Já tive duas experiências de uso do computador em cursos de Inglês e o que senti mais difícil entre alunos desta faixa etária não era a dificuldade com a tecnologia, mas a sensação de que, por mais que você coloque as coisas de forma flexível, ainda sim faz parte das obrigações da escola, deixa de ser apenas uma diversão e portanto, acaba gerando um pouco de preguiça com relação às datas de entrega dos projetos e trabalhos.

Um abraço,
Regina.
[> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar -


Author:
Viviane Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:44:52 03/02/03 Sun

Marcos e colegas,
segue minha contribuição.
Viviane

QUESTÃO1
Acredito que um trabalho interdisciplinar compreendendo Inglês e História e/ou Geografia, ou ainda outra disciplina, pode ser realizado nos segmentos fundamental e médio. Algumas tarefas podem ser propostas e a busca pode ser realizada na Internet. Os textos podem ser produzidos em inglês e o feedback pode ser dado pelos professores bem como pelos colegas. A apresentação para a turma pode ser realizada com o auxílio de Power Point.

QUESTÃO 2
Acredito que tudo que você mencionou é possível. Porém a cultura desse tipo de projeto não chegou à educação. Endosso o que Vera disse acerca do não uso de computadores em escolas que os têm. Inclusive em escolas públicas onde as ferramentas tecnológicas podem servir como meios de acesso a conhecimentos valorizados e nem sempre disponíveis para classes sociais menos favorecidas.

QUESTÃO 3
Penso que a Internet se configura como a globalização. Não é mais uma questão de aceitar ou esperar passar a “onda”. É inevitável. Certamente, estamos na idade da pedra por todas as adversidades sobre as quais discutimos ao longo de nosso curso. Porém desde que o processo iniciou-se não houve retrocesso.


QUESTÃO 4
O resultado da análise de Doering e Beach parece demonstrar que as trocas de sentimento não são tão indiretas assim: alunos reclamam quando o professor não retorna imediatamente; há compartilhamento de questões pessoais, etc. Os autores não estabelecem uma comparação entre mais ou menos no contato virtual e presencial.

QUESTÃO 5
O caminho apresentado por você é uma possibilidade. Porém pode despertar no aluno a curiosidade de encontrar informações sobre o tópico apenas pela Internet e a leitura do livro poderia ficar em segundo plano. Ainda assim seria importante pois ele leria textos; que é o objetivo final. Outro aspecto a ser levado em consideração é que nem sempre as pessoas gostam de “ler” textos na tela do computador; portanto não sei se CALL pode incentivá-los a ler mais. Seguramente pode apresentar novas possibilidades de leitura.

QUESTÃO 6
O projeto apresentado pelo texto confirma que sim. Não tantos gêneros mas múltiplos. Nesse caso, penso que a questão não diz respeito à possibilidades mas sim ao planejamento de como os diversos gêneros comporiam o projeto verdadeiramente colaborativo.

QUESTÃO 7
Infelizmente, não usei ainda.

QUESTÃO 8
Sim. Foi o aspecto que achei mais interessante no projeto apresentado. A condução das tarefas propostas aos professores discutida em fórum foi o grande ganho do projeto em relação a seu objetivo inicial.
“We hope to demonstrate that technology tools can serve to mediate and Foster the development of a range of different literacy practices within a teacher education program.”
[> [> Subject: Re: Seminário CALL - 24/Fev a 01/Mar -


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:11:04 03/06/03 Thu

Oi Viviane e colegas,

Obrigado pela sua contribuição,

Realmente é possível sim fazer trabalhos interdisciplinares em nossas escolas. Na verdade, e indo mais além, creio que dá para ‘cruzar’ não somente Inglês e História ou Geografia, mas até mesmo Matemática. Basta unir a criatividade e a argumentação fundamentada e pode-se realizar trabalhos brilhantes unindo qualquer área. Também é preciso haver motivação e receptividade.

“Penso que a Internet se configura como a globalização.”
Isso, com a Internet nos sentimos cidadãos do mundo. Através dela temos parceiros econômicos, colegas de trabalho e aprendizagem, até vizinhos de amizade, e muito mais.

”O resultado da análise de Doering e Beach parece demonstrar que as trocas de sentimento não são tão indiretas assim:”,
Pode até ser, mas o difícil mesmo é medir essa troca, medir o grau de franqueza. A única coisa que se pode medir é o grau de interatividade.


”O caminho apresentado por você é uma possibilidade. Porém pode despertar no aluno a curiosidade de encontrar informações sobre o tópico apenas pela Internet e a leitura do livro poderia ficar em segundo plano.”
Talvez nem seja um problema tão sério se o livro ficar em segundo plano, uma vez que ele nunca ocupou o primeiro plano de fato na nossa cultura. O ruim é se ele não ficar em plano algum. Concordo que não se promover uma coisa em detrimento da outra, pois é justamente na diversificação de recursos que reside o aprimoramento da aprendizagem.


”Infelizmente, não usei ainda.”
Visite o site Cutting Edge CALL de Jim Duber no endereço
http://www-writing.berkeley.edu/chorus/call/cuttingedge.html
Ele demonstra os usos dessas ferramentas.

”“We hope to demonstrate that technology tools can serve to mediate and Foster the development of a range of different literacy practices within a teacher education program.””
Concordo plenamente. Vamos disso uma realidade.

Abraços,
Marcos Manso
[> Subject: Re: - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:47:59 03/05/03 Wed

Marcos Manso,
Suas perguntas estão muito interessantes e sei que as discussões serão muito ricas até o final da semanna.
1ª pergunta: é possível fazermos um projeto colaborativo semelhante ao apresentado no texto, se houver realmente envolvimento de ambas as partes.O projeto de Doering e Beach funcionou bem pois houve um compromisso por parte dos "pre-service teachers" e os alunos da escola.Além disso os envolvidos sabiam bem sobre informática, o que não acontece em nossa realidade de escola pública. Acho que um projeto voltado para a leitura mediado por computador tem que ser interessante. Os textos devem ser atraentes para a faixa etária dos alunos e deve-se apresentar alguma tarefa como se fosse um desafio. As webquests/webtasks são um bom exemplo de tarefas que alunos tem que ler e pesquisar para conseguirem chegar a um resultado. Acho que um projeto deve ser aberto, no sentido de não ficar restrito apenas a uma única coisa. Se o aluno puder escolher um tema dentro do projeto que lhe mais agrade, a motivação poderá ser maior em realizá-lo. Por exemplo, este seminário motiva alunos a participarem pois há vários temas ao mesmo tempo.Não precisamos ficar restritos a um único tema, e o que é melhor, os textos foram escolhidos por nós mesmos.
Acho que para um projeto desse tipo dar certo nas escolas públicas devemos capacitar os professores com conhecimento de informática. Não adianta termos as máquinas nas escolas se os professores não sabem como e para que usá-las. Vejo isso na minha realidade, onde eu sou o único professor de língua que trabalha com internet na sala de aula. Aliás, as outras àreas se restringem a internet apenas para pesquisa. Muitos alunos nem lêem o que está escrito e mandam inprimir como se tivessem feito realmente uma pesquisa.Já houve casos até de haver mais de 2 textos iguais tirados do mesmo site.
Uma idéia que poderia ser adotada é a participação de alunos da graduação de letras e informática na adoção desses projetos nas escolas públicas, como se fosse um estágio.

Abraços,
Paisoliveira
[> [> Subject: Re: - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:57:10 03/06/03 Thu

"Uma idéia que poderia ser adotada é a participação de
alunos da graduação de letras e informática na adoção
desses projetos nas escolas públicas, como se fosse um
estágio"

Sérgio

A idéia de trabalhar com ensino mediado por computador já no estágio supervisionado do aluno de Letras é muito pertinente tanto para os alunos universitários bem como para os do Ensinos Fundamental e Médio. Para isso, a internet deve estar presente tanto na Universidade, bem como nos Ensinos Fundamental e Médio e o professor do estágio deve estar neste caminho de aprendizagem. Algumas escolas (aqui, são poucas) já têm laboratório de computação e começar com estas é um dos caminhos para iniciar esse trabalho tão necessário e ainda pouco refletido.

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: - O Uso de Ferramentas Tecnológicas Que Impulsionam a Aprendizagem


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:29:28 03/06/03 Thu

Olá Sérgio e colegas,

”Suas perguntas estão muito interessantes e sei que as discussões serão muito ricas até o final da semanna.”
Obrigado,


Destaco algumas palavras que você usou com muita propriedade: ENVOLVIMENTO e COMPROMISSO. Essas são condições ‘sine qua non’ para que um projeto do tipo de Doering e Beach sejam implementados. Concordo também que as tarefas devam ser DESAFIADORAS.
A LIBERDADE DE ESCOLHA do tema, desde que bem tutorado, realmente pode ser um fator muito MOTIVADOR. E concordo mais uma vez com você: a VARIEDADE, como você bem lembrou nesta nossa disciplina também é um fator INCENTIVADOR.

“Uma idéia que poderia ser adotada é a participação de alunos da graduação de letras e informática na adoção desses projetos nas escolas públicas, como se fosse um estágio.”
Grande idéia, aliás, é algo que venho reivindicando há algum tempo.

Abraços,
Marcos Manso
Subject: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 04:47:12 02/20/03 Thu

Seminário em CALL (17-22 /02/2003)
Caros colegas,

O conceito de usabilidade diz respeito à interface estabelecida entre usuários e sistemas de computadores, objetivando um melhor uso dos mesmos no uso e execução de tarefas.
O conceito é aplicado por meio de testes que visam detectar problemas no processo de concepção e elaboração de softwares interativos. Tais testes possibilitam focar o usuário e seu manuseio do material como determinantes no processo de validação das atividades propostas por tal material.
Lee apresenta, em seu trabalho, uma vasta revisão teórica sobre o conceito de testes de usabilidade a partir da área onde o mesmo nasceu, Ciência da Computação.
Vetromille une, em seu trabalho, o conceito de usabilidade de design e usabilidade pedagógica. O autor demonstra, por meio de sua investigação, que os dois aspectos desempenham papeis importantes no processo de aprendizagem de compreensão leitora de uma aluna iniciante.

Tomando como base a leitura dos textos, escolha um dos temas abaixo e registre suas impressões sobre o mesmo:

• Usabilidade X Autonomia
• Usabilidade X Desenvolvimento de estratégias
• Dimensões dos testes de usabilidade: “learnability”; eficácia de performance; flexibilidade; tolerância ao erro; integridade do sistema; satisfação do usuário
• Usuários X Designers de software
• Usabilidade pedagógica
• Compreensão leitora em CALL X Usabilidade
Viviane Lima
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Adriana Sales
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Date Posted: 12:55:19 02/20/03 Thu

Viviane,

Parabéns pela escolha dos textos! Sem dúvida foi de muito relevância para o nosso curso. Principalmente porque teremos que preparar as atividades propostas por Vera, para o final do curso.

Colegas,

- Usabilidade X Autonomia

A usabilidade de um software além de afetar a aprendizagem, afeta também a autonomia dos alunos. Se o software não apresenta recursos para compreensão da atividade, botões e explicações para mover-se entre as tarefas, fica complicado para o aprendiz ter autonomia para utilizar o software de acordo com as suas necessidades.


- Usuários X Designers de software

Os testes de usabilidade feitos por usuários quando o programa está em fase piloto é de grande importância para os designers de software. Até mesmo quando o software já foi lançado no mercado, é possível fazer atualizações. Dumas e Redish citados nos textos deste seminário, definem teste de usabilidade como “o método de observar como o usuário experimenta e interage com materiais, com o objetivo de identificar aquelas características que simplificam ou confundem o uso (dos materiais)”. Os designers e usuários só tem a ganhar com esta parceria. Através das informações prestadas pelos usuários, os designers podem melhorar e aperfeiçoar o software. Já os usuários saem ganhando em dobro, pois além de utilizarem um software descomplicado, estarão aprendendo de uma forma mais agradável e motivante.


- Usabilidade pedagógica

A usabilidade pedagógica é fator a ser observado na escolha ou confecção de um software. É necessário levar-se em conta se determinada atividade produz motivação. O feedback é um excelente meio para promover motivação. O texto de Vetromille menciona a importância do feedback como motivação para o aluno e também como forma do aluno se sentir menos sozinho e mais orientado, já que as atividades são mediadas por computador. Interessante também e que me chamou atenção foi a atividade ter um feedback chamado de “estratégico”. O feedback estratégico, além de mostrar o erro, direciona o aluno a rever determinado parágrafo para se chegar à resposta certa e o auxilia na compreensão do texto.

Outro fator interessante para ser verificar a usabilidade pedagógica de um software é verificar se este possui informações que auxiliem o aluno durante a atividade. Sem dúvida, um software assim possibilita uma aprendizagem mais eficaz.


- Compreensão leitora em CALL X Usabilidade

O texto de Vetromille apresenta um ótimo exemplo de como a usabilidade de um software contribui para a compreensão de textos em língua inglesa. O software além de possuir recursos como dicionário e feedback personalizado, estimulou a aluna a realizar as atividades. É interessante lembrar que a motivação teve um papel muito importante neste processo. Pois a aluna que se mostrava perdida e insegura, através dos feedbacks se tornou mais segura e confiante. Sem contar que ao final da tarefa, ela se mostrou realizada pois conseguiu compreender o texto que no início parecia ser muito além dos seus conhecimentos.

Finalizando, a usabilidade de design ou pedagógica interferem diretamente na aprendizagem mediada por computador. Isto requer atenção por parte de designers de softwares e de professores que utilizam softwares de autoria para que o produto final seja atrativo, motivador e principalmente que favoreça a aprendizagem.

Abraços a todos,

Adriana
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 16:51:41 02/20/03 Thu

Adriana,
parabéns a você pela capacidade de síntese. Ficou muito bom o seu texto. Achei muito pertinente a observaãção sobre motivação X feedback. Não tinha atentado para mais esse benefício que um bem pensado software pode oferecer. Na realidade, usabilidade surge como um "tema" novo em CALL mas resgata aquilo que buscamos já algum tempo em um bem elaborado material seja o didático usado na sala de aula ou um exercício bem como uma prova dentre tantas atividades. O segredo é propiciar o meio para que o aprendiz tenha o maior número possível de chances de "experimentar" a língua. Estarmos atentos para usabilidade de materiais em CALL nos coloca mais próximos de tal objetivo.
Obrigada pela participação.
Um abraço,
Viviane
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
claudia neffa
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Date Posted: 06:41:55 03/08/03 Sat

>Queria dizer que também achei muito relevante o comentáriO de Adriana porque no texto podemos notar que a intenção é tornar os instrumentos úteis, no sentido de que temos muitas coisas para escolher mas temos que refletir sobre seu uso. A noção de motivaçao e feedback é muito pertinente neste caso. Gostei muito do texto.

abraços,
claudia neffa
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 12:44:11 02/22/03 Sat

"É interessante lembrar que a motivação teve um papel muito importante neste processo. Pois a aluna que se mostrava perdida e insegura, através dos feedbacks se tornou mais segura e confiante. Sem contar que ao final da tarefa, ela se mostrou realizada pois conseguiu compreender o texto que no início parecia ser muito além dos seus conhecimentos."

A minha idéia é que o aprendiz voluntário de uma investigação pode ser bem mais motivado do que os demais e ele sempre ganha com a pesquisa/reflexão, pois pode conhecer mais sobre metodologias de pesquisa, e, no caso do "usabilily testing" sobre questões pertinentes à produção de materiais didáticos on line e com isso motivar-se mais. Além disso, o designer, na minha opinião, deve proporcionar ao voluntário, ao término do trabalho, feedback sobre o trabalho/resultado, sendo que isso se apresenta positivamente tanto para o designer, bem como para o usuário.

"Isto requer atenção por parte de designers de softwares e de professores que utilizam softwares de autoria para que o produto final seja atrativo, motivador e principalmente que favoreça a aprendizagem."

Destaca-se também a citação de Lee (1999, p.1) de que os resultados eficientes dos usos das técnicas e não métodos
(pois, acredito que não trabalhamos com métodos, mas com técnicas) são "aqueles apropriados aos objetivos e necessidades do aprendiz", sendo que no ambiente on line há grande variedade de insumos, segundo os diversos objetivos, a disposição dos diversos usuários.

Um abraço a vocês colegas!
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
claudia neffa
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Date Posted: 06:47:33 03/08/03 Sat

>

>
>Destaca-se também a citação de Lee (1999, p.1) de que
>os resultados eficientes dos usos das técnicas e não
>métodos
>
GOSTEI PARTICULARMENTE DESTE COMENTÁRIO PORQUE O AUTOR DEIXA CLARO A IMPORTÂNCIA DO USO DAS TÉCNICAS E DE SUA ADEQUAÇÃO ÁS NECESSIDADES DOS ALUNOS.

ABRAÇO
CLAUDIA NEFFA
>
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Rafael Vetromille-Castro
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Date Posted: 09:27:30 03/02/03 Sun

Viviane e demais participantes,

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que me sinto honrado em poder contribuir com a discussão de vocês sobre usabilidade e aprendizagem. Também quero parabenizá-los pelo seminário. Há reflexões bastante interessantes a respeito do tema usabilidade.

Através de convite da profa. Vera, decidi contribuir um pouco mais com a discussão de um tema que me interessa tanto atualmente. Sobre a usabilidade pedagógica (UP)me chamou a atenção o seguinte trecho:

>- Usabilidade pedagógica
>
>A usabilidade pedagógica é fator a ser observado na
>escolha ou confecção de um software. É necessário
>levar-se em conta se determinada atividade produz
>motivação. O feedback é um excelente meio para
>promover motivação. O texto de Vetromille menciona a
>importância do feedback como motivação para o aluno e
>também como forma do aluno se sentir menos sozinho e
>mais orientado, já que as atividades são mediadas por
>computador. Interessante também e que me chamou
>atenção foi a atividade ter um feedback chamado de
>“estratégico”. O feedback estratégico, além de
>mostrar o erro, direciona o aluno a rever determinado
>parágrafo para se chegar à resposta certa e o auxilia
>na compreensão do texto.

Sem dúvida, o feedback é uma forma de motivação. No entanto, é importante que tenhamos em mente que o feedback deve ser "significativo". Em outras palavras, a sinalização "certo/errado", um escore, todas elas são formas de feedback, entretanto eu as considero "pobres", não significativas. Simplesmente apontam se o que o aluno fez está correto ou não. Acredito que é fundamental o fornecimento de feedback que oriente o aluno nos seus erros (f. estratégico) e o motive nos acertos (f. individualizado).

Também é válido salientar que o f. estratégico não se resume à sugestão de releitura de trechos de um texto. Há uma variedade de estratégias que podemos sugerir para os aprendizes, dependendo do nível de proficiência, do objetivo de trabalho, tipo de texto e, porque não dizer, da criatividade e conhecimento do professor.


>
>- Compreensão leitora em CALL X Usabilidade
>
>O texto de Vetromille apresenta um ótimo exemplo de
>como a usabilidade de um software contribui para a
>compreensão de textos em língua inglesa. O software
>além de possuir recursos como dicionário e feedback
>personalizado, estimulou a aluna a realizar as
>atividades. É interessante lembrar que a motivação
>teve um papel muito importante neste processo. Pois a
>aluna que se mostrava perdida e insegura, através dos
>feedbacks se tornou mais segura e confiante. Sem
>contar que ao final da tarefa, ela se mostrou
>realizada pois conseguiu compreender o texto que no
>início parecia ser muito além dos seus conhecimentos.
>
>Finalizando, a usabilidade de design ou pedagógica
>interferem diretamente na aprendizagem mediada por
>computador. Isto requer atenção por parte de designers
>de softwares e de professores que utilizam softwares
>de autoria para que o produto final seja atrativo,
>motivador e principalmente que favoreça a aprendizagem.

Há um ponto muito importante no comentário de Adriana: a necessidade de considerarmos a UD e a UP como elementos conjugados na elaboração de material CALL. Minha proposta de divisão do conceito de usabilidade em UD e UP tem base na idéia de que há motivação e a orientação dos alunos na aprendizagem mediada por computador são implementadas através de um material com uma interface amigável e com conteúdo pedagógico significativo. A tão buscada autonomia do aluno surgirá e/ou aumentará quando o aprendiz perceber que pode encontrar no material ferramentas que o auxiliem na aprendizagem.

Espero ter contribuído um pouco com a grande discussão que acontece aqui. Abraços a todos,

Rafael
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 15:45:15 03/07/03 Fri

Prezado Rafael,

eu, em nome do grupo, é que tenho de agradecer sua participação em nosso seminário.

"A tão buscada autonomia do aluno surgirá e/ou aumentará quando o aprendiz perceber que pode encontrar no material ferramentas que o auxiliem na aprendizagem."

Obrigada, também, pela excelente contribuição acima.

Um abraço,
Viviane
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
claudia neffa
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Date Posted: 06:59:38 03/08/03 Sat

>
>


Quero registrar que sua contribuição foi muito clara e pertinente. Legal você ter participado
>
>>-
>>
>>A usabilidade pedagógica é fator a ser observado na
>>escolha ou confecção de um software.

Acho que não resta dúvida de que observar a usabilidade do material que está sendo criado é crucial para a atividade. Muitos professores preparam meaterial em CALL sem levar em conta esse princípio que é tão importante o que resulta em atividades totalmente desprovidas de motivação
>
>
>
>
>
>
>
>>
>>-
>>
É interessante lembrar que a motivação
>>teve um papel muito importante neste processo.

Isto fica claro no texto e é sem dúvida um ponto de reflexão importante para nós.

um abraço
claudia neffa
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 12:13:11 02/22/03 Sat

“Usability testing” é um termo semelhante a estudo piloto, muito usado em pesquisas científicas, avaliações. Logo, esse refere-se à uma etapa do processo de produção de software, já que é necessário o designer colocá-lo a disposição/uso de um (alguns) usuário(s), a fim de se observar o que funciona ou não no software e, a partir daí, fazer as alterações necessárias. É, portanto, “método de observar como um usuário experimenta e interage com material, com o objetivo de identificar aquelas características que simplificam ou confundem o uso (dos materiais)” (Vetromille-Castro, s.d. p.2). Destaca-se, então, que esse tópico está relacionado, basicamente, a análise e produção de material on line.

Bem, como iremos produzir material para o trabalho final, on line, é relevante que usemos o “usability testing”, a fim de que os materiais produzidos funcionem adequadamente, bem como possam propiciar aos aprendizes que irão utilizá-los uma maior motivação. Neste sentido, vale destacar que, “textos autênticos conferem alto grau de usabilidade às atividades de leitura” (Vetromille-Castro, p.9). Enfatiza-se, ainda, que Lee (1999, p. 7-9) e Vettromille-Castro (s.d, p. 3) sugerem alguns instrumentos de coleta de dados no ambiente on line, sendo estes bastante relevantes a quem deseja produzir material on line, bem como àqueles que pretendem desenvolver pesquisa no ambiente virtual.

No “usability testing”, pode-se estudar, também, o grau de autonomia e conhecimento do aprendiz, bem como as estratégias de aprendizagem utilizadas pelo usuários, sendo que o designer interfere em último caso.

Os textos são bastante relevantes a nós mesmos, já que estaremos produzindo material e foi-nos demonstrados que podemos utilizar do ”usability testing” no trabalho final para produzirmos também um estudo piloto deste e, a partir daí, divulgarmos nossas experiências. Para isso, destaca-se que “[t]he best way to carry out usability testing is to watch and listen to real users, under real situations interfacing with a multimedia program.”(Lee, 1999, p. 10). Além disso, deve-se triangular instrumentos de coleta dos dados, ou seja, utilizar pelo menos três instrumentos de coleta dos dados, a fim de que os mesmo sejam mais confiáveis e válidos.

Viviane, gostei muito da leitura dos textos. As informações serão bem úteis.

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Duarte Lima
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Date Posted: 02:56:46 02/23/03 Sun

Maristela,
em relação a sua citação:
"No “usability testing”, pode-se estudar, também, o grau de autonomia e conhecimento do aprendiz, bem como as estratégias de aprendizagem utilizadas pelo usuários, sendo que o designer interfere em último caso."

Penso que provavelmente partiremos para uma terminologia que possa descrever o tipo de teste que queremos. A usabilidade do software por si só não nos basta. A usabilidade pedagógica é o que realmente nos interessa e que reflete os itens mencionados por você.

Um abraço,
Viviane
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 03:58:08 02/23/03 Sun

"No “usability testing”, pode-se estudar, também, o
grau de autonomia e conhecimento do aprendiz, bem como
as estratégias de aprendizagem utilizadas pelo
usuários, sendo que o designer interfere em último
caso."

Penso que provavelmente partiremos para uma
terminologia que possa descrever o tipo de teste que
queremos. A usabilidade do software por si só não nos
basta. OK VIVIANE. CONCORDO! A usabilidade pedagógica é o que realmente nos interessa e que reflete os itens mencionados por você.

Viviane

Ok! A usabilidade pedagógica está, então, relacionada a análise e produção material didático (softwares) e estudar sobre a autonomia e estratégias de aprendizagens dos aprendizes significa estudar outros objetos de estudos e isto requer triangular diversos instrumentos de coleta dos dados.

Um abraço.
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Rafael Vetromille-Castro
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Date Posted: 09:44:56 03/02/03 Sun

Viviane,

Sobre o trecho abaixo, talvez possamos discutir um pouco:

>Penso que provavelmente partiremos para uma
>terminologia que possa descrever o tipo de teste que
>queremos. A usabilidade do software por si só não nos
>basta. A usabilidade pedagógica é o que realmente nos
>interessa e que reflete os itens mencionados por você.

Acredito que essa terminologia já está sendo construída por todos nós, que estamos investigando esse assunto, não achas? Todo esse trabalho de investigação que desenvolvi em minha dissertação, que tu desenvolves na tua, e que outros também estão construindo em outros trabalhos, está aos poucos constituindo esse "novo" campo de conhecimento.

Sobre o fato de "a usabilidade pedagógica ser o que realmente interessa", faria a ressalva de que ela não pode funcionar sem a usabilidade de design. Há elementos motivacionais e de orientação que não podemos contemplar na UP. Não podemos cometer o mesmo equívoco daqueles que consideravam apenas o design na elaboração de materiais CALL, contemplando agora apenas o aspecto pedagógico. É claro que uma aula bem preparada é fundamental na aprendizagem, mas - fazendo comparação com o ensino presencial - uma sala de aula limpa, com pintura nova, ar condicionado e bem confortável também contribui para o aprendizado.

Abraços a todos,
Rafael
[> [> [> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 15:38:06 03/07/03 Fri

Rafael,

"Acredito que essa terminologia já está sendo
construída por todos nós, que estamos investigando
esse assunto, não achas? Todo esse trabalho de
investigação que desenvolvi em minha dissertação, que
tu desenvolves na tua, e que outros também estão
construindo em outros trabalhos, está aos poucos
constituindo esse "novo" campo de conhecimento."

Você tem razão. Quiz salientar o fato de tal campo de conhecimento ainda ser pouco conhecido. Observe a dificuldade de encontrar material específico sobre nossa área. Há vasta bibliografia sobre usabilidade na área de engenharia mas não na área de Usabilidade Pedagógica. Entendo também que ela não pode funcionar sem a Usabilidade de Design mas, como demonstrado em ambos textos lidos, ela deve ser o centro de nossas atenções uma vez que foca os aspectos de ensino aprendizagem de língua estrangeira.

Sobre sua metáfora:

"uma sala de aula limpa, com pintura nova, ar condicionado e bem confortável também contribui para o aprendizado."

Ainda assim, acho que a sala sem todos esses detalhes porém com várias mesas redondas e um professor que sabe usá-las para o trabalho colaborativo contribuir mais.

Um abraço,
Viviane
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Junia Braga
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Date Posted: 04:07:15 02/23/03 Sun

Viviane e colegas,
Os dois textos são muito relevantes para CALL Estamos discutindo vários temas em CALL a mais de mês e de repente o texto de usabilidade nos chama atenção de aspectos diretamente relacionados à eficiência técnica e pedagógica com que um software ou atividade pode vir a ter para o seu público. A usabilidade é componente importante na integração da teoria CALL e a sala de aula virtual. Achei o tema muito interessante e acredito que ao elaboramos atividades para a rede e para nossos alunos precisamos levar em consideração os aspectos de usabilidade apontados no texto e mencionados por Adriana tais como a usabilidade pedagógica, a compreensão leitora em CALL x usabilidade bem como todos os aspectos que possam garantir a melhor eficiência de atividades e da sala de aula virtual.Não adianta elaboramos ou indicarmos materiais cujos aspéctos de usabilidade não sejam levados em consideraçao. Acho que o tema usabilidade merece um espaço e aprofundamento maior em nossas discussões.
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Viviane Duarte Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:44:13 02/23/03 Sun

Júnia,

"Acho que o tema usabilidade merece um espaço e aprofundamento maior em nossas discussões."

Quando Vera me sugeriu trabalhar com esse conceito em minha dissertação jamais tinha ouvido falar do mesmo. Comecei a ler sobre o conceito e a principio tive a impressão de, por se tratar de um conceito vindo de outra área não afim, ser importante mas não de ser um acréscimo tão grande a tudo que trabalhamos ao longo de nosso curso. CONCORDO plenamente com você que deveríamos aprofundar mais. Fica nossa sugestão para o grupo.
Obrigada,
Viviane
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:39:11 03/06/03 Thu

Oi colegas,

Gostaria simplesmente e registrar minha opinião como usuário de software aprendizagem, no tocante aos dois itens abaixo.

>• Usabilidade X Autonomia

>• Usuários X Designers de software

Neste feriado de carnaval estive testando, sem muito compromisso com precisão acadêmica, dois softwares de aprendizagem de lingua inglesa e fonologia da lingua ("Easy Language" e "Let's talk English"). Os dois são multimidia, muito bonitos e tudo, mas têm problemas que eu particularmente considero sérios.

Primeiro, o programa de instalação não é muito amigável, ele vai seguindo sua rotina e você não sabe muito bem o que ele está fazendo e onde tudo vai parar. As instruções para configuração inicial não são claras e podem levar à má configuração que, por sua vez, demanará a reinstalação, já que o software não contém opções de reconfiguração posterior.

Segundo, os links internos do programa não te guiam facilmente através das opções. Me senti meio perdido entre os recursos dos programas, sem saber para onde ir. E quando desisti e resolvi sair... Vocês acham que havia um ícone de uma portinha simpática escrito "sair"? Well, guess again. Tive que finalizar um dos software à força.

Terceiro, eles não instalam o software completamente no HD e então exigem a utilização contínua do CD-ROM. O que torna o processo insuportavelmente lento (para mim, pelo menos).

E o pior, quando fui desinstalar os programas, apenas 1 deles tinha um desinstalador. O outro tive que apagar manualmente, o que é péssimo para o windows. Além disso, eu sou técnico em informática e sei como fazer isso, mas será que a maioria conseguiria fazer o mesmo?

Sou da opinião que este tipo de software deve ser construído de forma a conduzir o usuário "smoothly" através dos diversos recursos, sem ele seguer perceber que está usando um programa novo (como surfar na rede, vc simplesmente vai). Se eu tiver que ler um manual para saber o que ele, um mero software, quer que EU faça para que ele funcione direito eu simplesmente o devolvo; ele é que tem que se adaptar a mim, o usuário. Acho que é questão de "ergonomia digital" (existe este termo?).

Um grande abraço,

Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-22/02)


Author:
Vera Menezes
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:23:46 03/06/03 Thu

Acho que é questão de "ergonomia digital"
>(existe este termo?).

Marcos,

Se não for ergonomia, pode ser egocentrismo digital ou preguicite aguda de ler manual, da qual também sofro.

Vera
[> Subject: Seminário Usabilidade // MENSAGEM ATRASADA


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:40:16 03/06/03 Thu

Oi colegas,

Gostaria simplesmente e registrar minha opinião como usuário de software aprendizagem, no tocante aos dois itens abaixo.

>• Usabilidade X Autonomia

>• Usuários X Designers de software

Neste feriado de carnaval estive testando, sem muito compromisso com precisão acadêmica, dois softwares de aprendizagem de lingua inglesa e fonologia da lingua ("Easy Language" e "Let's talk English"). Os dois são multimidia, muito bonitos e tudo, mas têm problemas que eu particularmente considero sérios.

Primeiro, o programa de instalação não é muito amigável, ele vai seguindo sua rotina e você não sabe muito bem o que ele está fazendo e onde tudo vai parar. As instruções para configuração inicial não são claras e podem levar à má configuração que, por sua vez, demanará a reinstalação, já que o software não contém opções de reconfiguração posterior.

Segundo, os links internos do programa não te guiam facilmente através das opções. Me senti meio perdido entre os recursos dos programas, sem saber para onde ir. E quando desisti e resolvi sair... Vocês acham que havia um ícone de uma portinha simpática escrito "sair"? Well, guess again. Tive que finalizar um dos software à força.

Terceiro, eles não instalam o software completamente no HD e então exigem a utilização contínua do CD-ROM. O que torna o processo insuportavelmente lento (para mim, pelo menos).

E o pior, quando fui desinstalar os programas, apenas 1 deles tinha um desinstalador. O outro tive que apagar manualmente, o que é péssimo para o windows. Além disso, eu sou técnico em informática e sei como fazer isso, mas será que a maioria conseguiria fazer o mesmo?

Sou da opinião que este tipo de software deve ser construído de forma a conduzir o usuário "smoothly" através dos diversos recursos, sem ele seguer perceber que está usando um programa novo (como surfar na rede, vc simplesmente vai). Se eu tiver que ler um manual para saber o que ele, um mero software, quer que EU faça para que ele funcione direito eu simplesmente o devolvo; ele é que tem que se adaptar a mim, o usuário. Acho que é questão de "ergonomia digital" (existe este termo?).

Um grande abraço,

Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: Seminário Usabilidade // MENSAGEM ATRASADA


Author:
Viviane Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:20:31 03/07/03 Fri

Marcos,
muito interessantes suas observações. Principalmente por ser técnico em computação. O seu relato diz muito, a meu ver, sobre a questão de softwares que são produzidos sem comum acordo entre o "grupo" da informática e o "grupo" da pedagogia. Já participei de confecção de roteiros para CD Roms e sei o quanto às vezes é complicado explicar que você precisa de um determinado comando que leve o aluno de volta a uma determinada tela. Muitas vezes o argumento era simplesmente: "Não é possível." Ou então, "Isso onera muito o trabalho." E o CD saia com toda aquela falta de "usabilidade". Acredito que, lentamente, em diversas áreas, pessoas atentarão para o fato da importância de diálogo entre os diversos grupos envolvidos na produção de material pedagógico eletrônico.
Um abraço,
Viviane
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17/02 a 08/03)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:36:19 03/08/03 Sat

A USABILIDADE é a “capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso (ISO, 1998). Alguns autores preferem adotar a expressão “qualidade de uso”.

A expressão PROBLEMA DE USABILIDADE refere-se a “qualquer característica, observada em determinada situação, que possa retardar, prejudicar ou inviabilizar a realização de uma tarefa, aborrecendo, constrangendo ou traumatizando o usuário (Cybis, 1995)". (www.geocities.com/claudiaad/glossario.html)

Já por ERGONOMIA destaca-se que é “a ciência que busca a adaptação do ambiente técnico e organizacional ao homem, com a finalidade de obter a satisfação e produtividade no trabalho” (Gamez, 1998, citado em Ramos, 1999, p. 5). Os objetivos da avaliação ergonômica são relacionados a avaliar as funcionalidades (necessidades dos usuários) e “avaliar o efeito da interface sobre o usuário, que se traduz na facilidade de aprendizagem do software e na eficiência de uso”. Alguns instrumentos que podem ser utilizados na avaliação dos materiais de CALL são: Checklist, ensaios de interação (gravações em áudio e vídeo, lápis e papel, verbalização simultânea e/ou consecutiva)... .

O método de Reeves destaca quatorze critérios pedagógicos e 10 critérios relacionados a interação na avaliação de software educacional. (Ramos, 1999, disponível em www.edit.inf.ufsc.br:1998/alunos99/trabafinal/daniele1.doc)

Critérios pedagógicos (em forma de contínuos):
1. Epistemologia: objetivista e construtivista
2. Filosofia pedagógica: Instrutivista e construtivista
3. Psicologia subjacente: comportamental e cognitiva
4. Objetividade: precisamente focalizado e não focalizado
5. Sequenciamento instrucional: reducionista e construtivista
6. Validade experimental: abstrato e concreto
7. Papel do instrutor: provedor de materiais e agente
8. Motivação: extrínseca e intrínseca
9. Estruturação: alta e baixa
10. Valorização do erro: aprendizado sem erro e aprendizado com a experiência
11. Acomodação de diferenças individuais: não existente e multi-facetada
12. Controle do aluno: não existente e irrestrito
13. Atividade do usuário: matemagênico e generativo
14. Aprendizado cooperativo: não suportado e integral

Critérios de interface (em forma de contínuos)
1. Facilidade de uso: difícil e fácil
2. Navegação: difícil e fácil
3. Carga cognitiva: não e gerenciável/intuitiva
4. Mapeamento: nenhum e poderoso
5. Design de tela: princípios violados e princípios respeitados
6. Compatibilidade Espacial de Conhecimento: incompatível e compatível
7. Apresentação da informação: confusa e clara
8. Integração das mídias: não coordenada e coordenada
9. Estética: desagradável e agradável
10. Funcionalidade geral: não funcional e altamente funcional

Mucchielli em 1987 (citado em Ramos, 1999)sugeriu 10 passos a serem examinados na avaliação pedagógica do software educacional.
1. Avaliação das aquisições permitidas
2. Qualidade do modelo pedagógico (clareza dos objetivos, interesse do objetivo pedagógico do software, coerência da organização pedagógica, testes de controle incorporados ao softwares, qualidade das explicações...)
3. Qualidade da idéia geral do software
4. Qualidade e variedade dos procedimentos de interatividade utilizadas
5. Qualidade da flexibilidade do software
6. Natureza e qualidade das ajudas
7. Grau de flexibilidade do software
8. Qualidade das telas, o aspecto estético das telas.
9. Qualidade do documento de acompanhamento
10. Avaliação contínua do produto

Por fim, destaca-se que a avaliação das atividades do CALL (softwares,....) é um assunto bastante relevante à área, sendo necessário pilotar os produtos (atividades) antes de divulgá-los, a fim de que eles sejam mais confiáveis, válidos, motivantes e que propiciem a criatividade do usuário...

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17/02 a 08/03)


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 16:57:22 03/08/03 Sat

Maristela,
muito obrigada pela excelente contribuição. Achei muito interessante os passos para produção de software educacional.
Um abraço,
Viviane Lima
[> Subject: Re: Seminário CALL Usabilidade (17-08/03)


Author:
Maristela
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Date Posted: 13:41:10 03/08/03 Sat

Construir um ambiente de aprendizagem a distância significa relacioná-lo às seis etapas (áreas) abaixo mencionadas na qual a avaliação da usabilidade é uma das partes desse processo.
(from Andrade et al. Requisitos para a modelagem de ambientes de aprendizagem a distância. Disponível em http://pesquisa.ead.pucrs.br/Artigos/Publicados/2001/Aveiro_RequisitosModel)

1. DESIGN EDUCACIONAL: definir a arquitetura pedagógica do ambiente (identificação do público alvo, definição dos objetivos, área de conhecimento, conteúdo, estratégia de ensino-aprendizagem, tipos de tarefas, tipos de interação (sincrôna, assíncrona), graus de interação, definição das atividades colaborativas, definição do plano de trabalho, designação de papeis: aluno (s), professor)

2. MODELAGEM COMPUTACIONAL DO AMBIENTE: levantar os requisitos técnicos de um software, um estudo do ambiente. Estes requisitos são: computacionais, para projeto do ambiente de aprendizagem e para tornar possível a produção e ilustração dos conceitos, realizar experimentos, agilizar tarefas e incentivar a interação social.

3. IMPLEMENTAÇÃO DO AMBIENTE: construção do ambiente de aprendizagem, utilizando a linguagem de programação específica.

4. AVALIAÇÃO ERGONÔMICA: avaliação a fim de obter uma melhor adequação da integração de mídias, funcionamento dos links, formas de visualização, graus de liberdade de navegação...

5.AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA: desenvolvida preferencialmente por profissinais da Educação e da psicologia cognitiva

6. AVALIAÇÃO DA USABILIDADE: essa é uma das fases da avaliação do ambiente de aprendizagem a distância que é realizada com usuários. Nesta, desenvolvem-se testes pilotos com os alunos a fim de validar o produtos (softwares...), bem como detectar o grau de satisfação, motivação e dificuldades no uso da atividade (ambiente) e o tipo de suporte das possíveis interações. Esta fase é importante para sugerir feedback às equipes pedagógicas e técnicas que idealizaram o ambiente, e, a partir disso, modificar e atualizar o que for necessário.

Um abraço.
Maristela
Subject: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
sebastiao cesar
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Date Posted: 03:05:59 02/22/03 Sat

Caaros colegas.
Tenho aprendido mais do que contribuído nos nossos encontros on line, mas estou realmente tendo alguns problemas com o meu 100 mghz. Apesar disso tenho de coadunar com muitos dos meus colegas sobre o uso de computadores para aquisição em sala de aula. Teremos problemas desde técnicos até os de má vontade das instituições, de alguns colegas, e de alguns alunos. Em minha opinião, os alunos deveriam ter a escolha de ter ou não aulas de inglês. Talvez pudéssemos oferecer um trabalho de melhor qualidade a alunos que já estivessem motivados e se sentissem preparados para aprender uma L2. Mas, como não é assim, o desafio da profissão é motivá-los e tentar passar a eles algumas estratégias de aquisição de conhecimento, acreditando que quando eles precisarem poderão ter a predisposição de fazê-lo por conta própria.
Ë surpreendente perceber como nós temos os mesmos problemas didáticos e pedagógicos estando em lugares diferentes, trabalhando com situações diferentes e com pessoas diferentes; e a prática dessa matéria on line está nos colocando no lugar de quem nós vamos ensinar. Desde que eu comecei esse curso, tenho mudado minha prática de ensino e acho que estou mudando alguns velhos conceitos na escola onde trabalho. A leitura dos textos e os comentários dos colegas tem sido muito motivador para mim. O único ponto que divergimos até agora é que eu até então não consegui trabalhar speaking na sala de aula (abarrotada), mas já estou “armando” algumas estratégias para fazê-los trabalhar em parceria, pois além de cada um ter um conceito sobre aprender também tem níveis deferentes de aprendizado. De acordo com a pesquisa de Minnesota, concordo que devemos não só insistir no uso de estratégias para speaking como modificá-las sempre, para que dar aulas não se torne apenas um passar de conteúdo, mas um aprendizado para alunos e professores.
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Vera Menezes
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Date Posted: 14:58:31 02/23/03 Sun

>Desde que eu comecei esse curso, tenho mudado minha
>prática de ensino e acho que estou mudando alguns
>velhos conceitos na escola onde trabalho.

Sebastião,

Não tem nada mais gratificante para um professor do que ler um depoimento como o seu.Principalmente porque tenho consciência que o curso foi produzido por vocês.

Vera Menezes
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Elias Cesar
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:28:53 02/25/03 Tue

Olá Sebastião!

Esse curso online tem reforçado ainda mais a minha vontade de trabalhar com os alunos a importância da colaboração e cooperação em grupos, fazendo com que a autonomia se desenvolva entre eles. A autonomia implica interdependência e negociação, deixando de ser individualista (Benson).

Muitos podem pensar que a autonomia signifique liberdade e independência em todos os sentidos da aprendizagem na sala de aula. Mas não é bem por aí, a verdadeira autonomia é aquela em que o aprendiz esta livre de si mesmo podendo ultrapassar seus limites e aprender com o outro. É necessário um treinamento em conjunto, com o professor e os colegas em sala compartilhando experiências.

Cada aprendiz, mesmo falando a mesma língua e vivendo na mesma sociedade, possui sua própria identidade, história e necessidades – e a integração desses aspectos em sala de aula é essencial. A isolação do individuo não gera autonomia nem independência – o aprendiz precisa saber viver em sociedade, relacionar com pessoas, trocar experiências, etc.

A colaboração na construção do conhecimento traz benefícios não só no aprendizado em sala como também pessoal. O ser humano precisa saber viver em comunidade e não se isolar, principalmente em si tratando de aprender uma segunda língua, a comunicação e a troca de conhecimento são extremamente importantes.

Abs,

Elias
ps- li seus textos sobre autonomia, mas esse forum esta com o nome de CALL, será que coloquei no forum errado?
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:33:43 02/28/03 Fri

S. César,

Muito já foi falado por nós e constatado em textos de diferentes autores tanto sobre autonomia como sobre CALL, porém sempre há algo a se acrescentar ou relembrar.

Valem ser ressaltados alguns dados relativos aos textos lidos:

 Autonomia não pode ser sinônimo de isolamento, mas crescimento, maturidade adquirida através da construção significativa do saber, fruto de um trabalho colaborativo, onde embora o professor não seja o detentor do saber, é um facilitador, orientador do processo. Prova disso é que projetos não orientados tendem a não surtir o efeito esperado.

 Projetos baseados em leitura e escrita podem desenvolver consciência metalinguística e, consequentemente, outras habilidades.

 Autonomia não significa puramente liberdade do controle do professor e de currículos preestabelecidos e pouco significativos. Ela significa liberdade no sentido de transcender os próprios limites, com o objetivo de crescer e se superar.

È importante lembrar também que, conforme você disse, estamos vendo os resultados de um trabalho via computador, de forma autônoma, que nos motiva e desenvolve conhecimentos aqui, no que diz respeito ao curso e que, ainda, nos leva a repensar estratégias e conceitos. Logo, estamos desenvolvendo habilidades além das expectativas iniciais, isso é autonomia.


Abraços,
Sheila.
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:10:44 03/01/03 Sat

De acordo com a pesquisa de Minnesota,
>concordo que devemos não só insistir no uso de
>estratégias para speaking como modificá-las sempre,
>para que dar aulas não se torne apenas um passar de
>conteúdo, mas um aprendizado para alunos e professores.

Sebastião e colegas,

Conforme discutido em meu seminário sobre estratégias, não podemos e nem devemos deixar de trabalhar o "speaking" porque as salas são cheias, se fizermos isso estaremos, de certa forma, excluindo nossos alunos.
Sugiro que fosse utilize o trabalho colaborativo com seu alunos através de atividades em grupos, em duplas, utilizando assuntos instigantes, pode-se trabalhar também com games que é bastante motivante.

Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:39:05 03/01/03 Sat

"Conforme discutido em meu seminário sobre estratégias,
não podemos e nem devemos deixar de trabalhar o
"speaking" porque as salas são cheias, se fizermos
isso estaremos, de certa forma, excluindo nossos
alunos.
Sugiro que fosse utilize o trabalho colaborativo com
seu alunos através de atividades em grupos, em duplas,
utilizando assuntos instigantes, pode-se trabalhar
também com games que é bastante motivante."

Pessoal,

A produção do discurso seja ele oral ou escrito têm papéis de destaques na aprendizagem de uma língua estrangeira. Logo, concordo que propicir o uso da linguagem oral é atividade essencial à aprendizagem de uma língua estrangeira. No entanto, quando o número de alunos é grande e eles são iniciantes na aprendizagem dessa língua estrangeira, o aluno precisa de mais suporte/orientação tanto do professor como dos outros colegas. Nesse sentido, pode ser que um aluno iniciantes "ensine" inadequadamente ao outro colega e aí a atividade de pair work ou grupo pode não ser eficaz. Logo, o papel do professor é sempre intervir nos momentos e situações adequadas e em turmas muito grandes nem sempre o professor fará essa intervenção necessária. No entanto, o speaking em turmas grandes poderá funcionar melhor, quando os alunos já têm um pouco desenvolvida essa habilidade/competência. Logo, propiciar o speaking aos alunos de turmas maiores e iniciantes é um processo bastante cauteloso e reflexivo, já que se deve proporcionar a esse uma maior motivação, bem como o desenvolvimento desta entre outras questões...

Maristela
[> [> [> Subject: `Speaking` numa turma cheia


Author:
Marcos Racilan
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Date Posted: 08:47:54 03/06/03 Thu

Ei pessoal,

sobre os comentários abaixo...
No ano passado no COLTEC, uma colega propôs um trabalho interessante e que deu certo.

Numa de suas turmas havia uma aluna que já tinha nível avançado de inglês e estava se preparando para ser professora; além de outros 7 alunos de nível intermediário. Ela então, colocou esta aluna como monitora para dar aulas em inglês onde eles discutiram e fizeram exercícios sobre o livro "O Senhor dos Anéis". Eles leram 7 capítulos do livro!
Como todos os alunos eram da mesma turma não havia muitos problemas de timidez ou de horário, já que eles se encotravam em outra sala no mesmo horário da aula normal. Foi motivante para todo mundo.

Abraço,

Marcos Racilan.


>"Conforme discutido em meu seminário sobre estratégias,
>não podemos e nem devemos deixar de trabalhar o
>"speaking" porque as salas são cheias, se fizermos
>isso estaremos, de certa forma, excluindo nossos
>alunos.
>Sugiro que fosse utilize o trabalho colaborativo com
>seu alunos através de atividades em grupos, em duplas,
>utilizando assuntos instigantes, pode-se trabalhar
>também com games que é bastante motivante."
>


> No entanto, quando o número de
>alunos é grande e eles são iniciantes na aprendizagem
>dessa língua estrangeira, o aluno precisa de mais
>suporte/orientação tanto do professor como dos outros
>colegas. Nesse sentido, pode ser que um aluno
>iniciantes "ensine" inadequadamente ao outro colega e
>aí a atividade de pair work ou grupo pode não ser
>eficaz. Logo, o papel do professor é sempre intervir
>nos momentos e situações adequadas e em turmas muito
>grandes nem sempre o professor fará essa intervenção
>necessária. No entanto, o speaking em turmas grandes
>poderá funcionar melhor, quando os alunos já têm um
>pouco desenvolvida essa habilidade/competência. Logo,
>propiciar o speaking aos alunos de turmas maiores e
>iniciantes é um processo bastante cauteloso e
>reflexivo, já que se deve proporcionar a esse uma
>maior motivação, bem como o desenvolvimento desta
>entre outras questões...
>
[> Subject: Re: seminário CALL - The impact of CALL instruction on classroom computer use


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:16:25 03/01/03 Sat

O construto autonomia é, sem dúvida, um tópico muito importante não somente à área da Educação, mas também ao ser humano, enquanto cidadão crítico e responsável por um contexto socio-histórico-cultural e político. Este está ligado a um contínuo de maior ou menor interdependência (Little e Dam, 1998, p. 3) e está relacionado ao processo psico-social, histórico, cultural e ideológico do aprendiz.

Schwienhorst (1997) argumenta que autonomia é a capacidade de reflexão crítica, ou seja, refletir para tomar as decisões/ações necessárias ao processo, ajustando e adaptando ao que for necessário.

A visão de autonomia é vista também a partir do contexto cultural do aprendiz, bem como sua experiência.

Para Little e Dam (1998, p. 3), a aprendizagem é "messy", um processo flexível, impossível de controlar, a não ser de maneira superficial. Isto nos remete a caos, a não linearidade, a imprevisibilidade, a não controle, bem como a criatividade, a co-cosntrução de conhecimento e de autonomia.

Maristela
Subject: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:23:52 02/16/03 Sun

SEMINÁRIO DE ESTRATÉGIAS
Sejam bem vindos !!!
Obrigada pela participação

Baseado no texto proposto e na sua experiência enquanto aprendiz e professor de uma língua estrangeira sugiro as seguintes questões para discussão:

1- Cohen destaca em seu texto a seguinte sugestão de Ress-Miller (1993) ao se referir aos aprendizes “the stage the learners are at in the learning process, their language proficiency at that stage, the educacional background that they have, their beliefs about language learning and the beliefs of their teachers, their varying cognitive styles, and any culturak differences that exist acroos learners all complicate the implementation of learner training.” Na sua opinião como estes “elementos”, principalmente as crenças (dos aprendizes e as suas) podem influenciar na aprendizagem e na aquisição da autonomia dos aprendizes? Quais são as sugestões para se vencer essa barreira?

2- O texto de Cohen mostra uma pesquisa realizada com alunos da Universidade de Minnesota unindo o usos de estratégias e o speaking na língua estrangeira, baseado nesta pesquisa destaque e comente os pontos que mais lhe chamaram a atenção.

3- Na maioria das vezes, trabalhamos com turmas super-lotadas e o speaking acaba sendo deixado um pouco ou totalmente de lado. Na sua opinião, como o speaking deve e pode ser trabalhado em turmas numerosas a fim de que se alcance a aprendizagem e a autonomia dos aprendizes? Quais estratégias devem ser utilizadas? O trabalho colaborativo é uma solução?

Abraços a todos,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:02:43 02/17/03 Mon

Rosiane e colegas,

Questão 1

Professores e aprendizes possuem crenças diferentes e uma vez batidas de frente, o aprendiz pode perder o estímulo, a motivação e sua atitude positiva em relação à sua aprendizagem. Visto isso, é extremamente importante que professores conheçam bem seus alunos para que estes problemas possam ser solucionados.

Questão 2

Apesar das limitações e da necessidade de mais pesquisas nesta área, podemos chegar à conclusão de que o treinamento de estratégias é importante, pois estudantes tornam-se mais independentes e envolvidos no processo de aprendizagem da língua. No caso específico deste trabalho, foi utilizado SBI, ou seja, instrução baseada em estratégias e houveram resultados cujas diferenças foram insignificantes, mas quando houve uma boa diferença no resultado, na grande maioria foi em favor do treinamento.

A respeito deste estudo em Minnesota, podemos dizer que apesar de algumas limitações, os resultados foram em favor do treinamento. Se instrutores introduzem sistematicamente e reforçam as estratégias de aprendizagem que podem ajudar estudantes a falarem a língua alvo mais efetivamente, seus estudantes podem melhorar sua atuação nas atividades da língua.

Alguns aspectos em relação ao treinamento devem ser levados em consideração como a duração do treinamento, grau de integração do treinamento no currículo regular, desenvolvimento de professores especializados em como conduzir instrução de estratégias de aprendizagem.

Finalmente, Cohen enfatiza que novas pesquisas devem ser feitas à respeito da eficácia da instrução baseada em estratégias para uma língua estrangeira, mas não descarta o fato de que parece positivo envolver aprendizes em discussões sobre estratégias de “speaking” e fazer com eles pratiquem estas estratégias em sala de aula. Aprendizes devem ser capazes de escolher as estratégias que eles usarão em diferentes atividades de aprendizagem da língua e situações no uso da mesma.

Questão 3

Com relação à realidade das salas de aula onde as turmas são super lotadas, acredito que o trabalho colaborativo é uma boa solução. O mesmo pode ser trabalhado de diversas formas através de role plays, trabalhos em grupo onde aprendizes possam praticar o uso da língua, etc.

Um abraço a todos,
Silvana
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:06:06 02/19/03 Wed

Silvana e colegas,

Questão 1 - Ao responder sua questão 1, você tocou em um ponto muito importante que é o da motivação. o que com certeza pode ser atrapalhada se deixarmos as crenças influenciarem o processo de ensino-aprendizagem.
Confesso que não é muito fácil conhecer os nossos alunos, mas não podemos desistir devemos estar sempre aprimorando nossas aulas, sugerindo atividades diferentes, etc.

Questão 2- Você demonstrou estar familiarizada como o texto e concordo plenamente com a afirmação de que devemos treinar nossos alunos, mas com uma certa "cautela", sabendo a hora certa, o tempo de duração do treinamento, etc., para que este não atrapalhe a aprendizagem.

Questão 3 - Acredito que o trabalho colaborativo é a maneira mais eficaz de se trabalhar o "speaking" na sala de aula, principalmente nas turmas super-lotadas, e as suas sugestões de atividades, são, sem sombra de dúvidas muito valiosas.

Obrigada pela importante colaboração,

Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Shirlene Bemfica
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Date Posted: 06:33:14 02/18/03 Tue

Olá Rosiane
Gostaria de parabenizá-la pela escolha, o texto é muito rico.
Shirlene
1- Quando um aluno vem para a sala de aula, ele traz consigo toda sua bagagem cultural e histórica. Estes fatores podem auxiliar ou atrapalhar a aprendizagem. Se suas crenças vão de encontro às propostas educacionais que ele encontrar pelo caminho, ele poderá ter mais sucesso, do contrário o choque de suas crenças com modelos não apropriados às suas necessidades podem levá-lo ao fracasso. Acredito que somente a conscientização de que as crenças existem, tanto dos professores quanto dos alunos, pode minimizar o poder negativo das mesmas. O mesmo digo para as estratégias de aprendizagem. Como mencionado no texto, o treinamento nas estratégias é benéfico, mas não para apontar a melhor ou pior estratégia, mas para conscientizar o aluno e os professores de quais eles utilizam e como fazer com que elas sejam produtivas no processo de aprendizagem.


2-
· A hipótese da pesquisa se confirmou em que o grupo experimental, que foi treinado nas estratégias de comunicação, se sobressaiu em alguns aspectos e desenvolveu mais algumas estratégias do que o outro grupo.
· O fato de se ter interação é que fez com que os alunos desenvolvessem mais estratégias
· O estudo não tem uma medida direta do sucesso dos alunos em usar as estratégias, mas tem uma medida indireta da relação entre o aumento do uso de estratégias e do aumento da realização das tarefas.


3- Na maioria das vezes, trabalhamos com turmas super-lotadas e o speaking acaba sendo deixado um pouco ou totalmente de lado. Na sua opinião, como o speaking deve e pode ser trabalhado em turmas numerosas a fim de que se alcance a aprendizagem e a autonomia dos aprendizes? Quais estratégias devem ser utilizadas? O trabalho colaborativo é uma solução?

Por que privá-los do direito de aprender de forma colaborativa e integrada?
Sabemos que a aprendizagem de uma língua estrangeira se dá na interação, na negociação de sentido que pode ser promovida através dos trabalhos em pares e em grupos. O trabalho colaborativo é a solução. O professor pode distribuir mais os turnos na sala de aula e organizar a aula com trabalhos em pares com os colegas do lado, evitando o problema de arrastar carteiras.
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:27:49 02/19/03 Wed

Shirlene,
Sua colaboração foi muito rica e destaquei alguns pontos para comentar:
1º- Acredito que
>somente a conscientização de que as crenças existem,
>tanto dos professores quanto dos alunos, pode
>minimizar o poder negativo das mesmas.

Sem dúvida alguma nossas crenças não podem e nem devem bater de frente com as dos nossos alunos e concordo plenamente com a necessidade da conscientização da existência das crenças, uma vez que precisamos "conviver harmoniosamente" com as mesmas.

2º) o treinamento nas estratégias é benéfico,
>mas não para apontar a melhor ou pior estratégia, mas
>para conscientizar o aluno e os professores de quais
>eles utilizam e como fazer com que elas sejam
>produtivas no processo de aprendizagem.

Acredito, que nunca devemos apontar qual a melhor e qual é a pior estratégia, cada qual de acordo com seu estilo de aprendizagem é quem vai determinar a melhor ou as melhores estraégias para ele.

3º- O fato de se ter interação é que fez com que os
>alunos desenvolvessem mais estratégias
A afirmaçào tem tudo haver com o trabalho do speaking na questão 3, pois muitas vezes não o trabalhamos por uma série de fatores, principalmente porque as turmas são cheias, mas principalmente, nesse tipo de turma precisamos sugerir mais atividades de interação e segundo a proposta de Cohen de maior interação mais estrtégias desenvolvidas.
As turmas super-lotadas não seriam a grosso modo, um ótimo lugar para se desenvolver as estrtégias?
Para finalizar, concordo com você, não devemos excluir essas turmas, devemos fazer com que o processo de ensino-aprendizagem aconteça e da melhor maneira possível.

Obrigada pela importante contribuição.
Abraços,
Rosiane
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:45:25 02/20/03 Thu

Rosiane
obrigada pelo retorno tão claro e objetivo mas fiquei em dúvida.
>As turmas super-lotadas não seriam a grosso modo, um
>ótimo lugar para se desenvolver as estrtégias?

Por que não?

confesso que nunca trabalhei com ensino de línguas em turmas grandes, mas acredito que seja possível.
Shirlene
[> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 15:08:51 02/21/03 Fri

Shirlene,
Trabalho com turmas lotadas, e confesso que às vezes ao trabalhar o speaking, muitos alunos se dispersam, por exemplo conversam na língua materna etc.
Mesmo sendo difícil, acredito como você que é possível.
Acredito que trabalhar o speaking em turmas cheias é um desafio que pode e deve ser vencido, caso contrário, estamos deixando uma crença influenciar a nossa prática de ensino.

Abraços,
Rosiane
[> [> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Maristela
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Date Posted: 05:50:03 02/23/03 Sun

Pessoal,

O trabalho de speaking com turmas grandes deve ser visto com muita cautela, pois os alunos podem estar usando pronúncias não adequadas e o professor deve estar "atento" para intervir no momento e situações adequadas. Em uma turma muito grande, talvez esse suporte adequado do professor possa não acontecer.

Acho o "speaking", produção oral do aluno, totalmente necessário na nossa área e o aluno QUER desenvolver esse speaking. Logo, devemos trabalhar com essa motivação inicial do aprendiz, a fim de tentar "mantê-la/desenvolvê-la". Se ele inicia essa produção e vê que consegue ele possivelmente ficará mais motivado e poderá buscar mais interações autênticas.

O trabalho colaborativo é uma possível caminho em relação ao desenvolvimento do speaking. Além disso, acredito que a metodologia do "Silent Way" (Larsen-Freeman, 2000) pode ser bastante adequada/significativa em diversas situações de desenvolvimento do "speaking", já que os alunos se auto-corrigem e eles se ajudam/interagem na cooperação.

Maristela
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:27:18 02/18/03 Tue

Rosiane e colegas,

1. Todos os fatores mencionados por Cohen et al (1998) podem influenciar o uso de estratégias por parte do aprendiz. Pois é muito difícil pensar em instrução baseada no uso consciente de estratégias sem levar em consideração a experiência prévia do aprendiz, sua proficiência, seus estilos de aprendizagem, suas diferenças culturais e como você mencionou “principalmente suas crenças” (crenças sobre o ensino/aprendizado). Pois estas influenciam a percepção e o julgamento, que afeta o que o professor e aluno diz e faz na sala de aula., isto é, como eles interpretam informações novas.
Tendo em vista a situação acima, acredito ser uma boa sugestão acessar as crenças dos professores com o intuito de alterná-las, através da prática reflexiva via cursos de educação continuada. E a partir do trabalho destes professores, com uma prática renovada, penso, que os aprendizes teriam mais chances de alternar seus sistemas de crenças, resultando em ações mais conscientes, efetivas e reflexivas em sala de aula.

2. O que mais me chamou a atenção neste estudo foram as limitações descritas na página 146. Dentre elas destaco as seguintes:
- O fato de os pesquisadores concluírem que a falta de conhecimento da terminologia no momento de desempenhar a tarefa afetou nos resultados. Isto é muito significativo para nós professores, pois, muitas vezes utilizamos estratégias com nossos alunos, porém, não explicitamos de qual se trata ou o que significa.
- O estudo enfatiza a freqüência do uso de estratégias e não o uso eficiente.
- A importância da interação para a realização da tarefa com êxito.
Um outro ponto que gostaria de comentar é com relação às implicações pedagógicas do estudo, que mostram a utilidade do uso consciente de estratégias em sala de aula como um fator útil no processo de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras.

3. Acho que envolver os alunos na atividade seja ela qual for, é a chave para o sucesso, pois, uma vez que o aluno despertou o interesse pela atividade a chance dele se envolver com os colegas, negociar sentidos e trocar experiências aumenta. E um cuidado que o professor deve tomar é com relação a divisão dos turnos (será que ele o domina?), o tipo de perguntas que ele faz para os alunos (será que fazer perguntas, muitas vezes sem sentido é trabalhar conversação?). Enfim, tudo isto está relacionado ao construto de “speaking”, e este deve ser muito bem definido pelo professor.


Abraços

Vanderlice
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:03:59 02/19/03 Wed

"(...) acredito ser uma boa
>sugestão acessar as crenças dos professores com o
>intuito de alterná-las, através da prática reflexiva
>via cursos de educação continuada. E a partir do
>trabalho destes professores, com uma prática renovada,
>penso, que os aprendizes teriam mais chances de
>alternar seus sistemas de crenças, resultando em ações
>mais conscientes, efetivas e reflexivas em sala de
>aula".
>

Prezada Vanderlice

Acredito, como você, no grande potencial dos cursos de educação continuada no sentido de criarem oportunidades para que o professor de línguas acesse as suas crenças de forma a refletir sobre as mesmas com o objetivo de rever até que ponto a sua prática tem ou não permitido o desenvolvimento global do aprendiz.

Um forte abraço,

Denise
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:29:38 02/19/03 Wed

acredito ser uma boa
>sugestão acessar as crenças dos professores com o
>intuito de alterná-las, através da prática reflexiva
>via cursos de educação continuada. E a partir do
>trabalho destes professores.

Vanderlice,
Cocordo plenamente com a afirmação acima e como ressaltou a nossa amiga Denise, é muito importante essa formação continuada de professores, pois nós professores, não podemos nos esquecer que somos eternos aprendizes e precisamos nos adequar sempre para que nossa prática seja cada vez mais motivante e que atinja a aprendizagem efetiva de nossos alunos.

"(...)o tipo de perguntas
>que ele faz para os alunos (será que fazer perguntas,
>muitas vezes sem sentido é trabalhar conversação?)."

Acredito que o ensino descontextualizado não motiva os alunos, portanto quando se trabalha a conversação é preciso que as perguntas sejam contextualizadas dentro de situações que instigam o aluno a dar sua opinião e enfim se comunicar na língua alvo.

Obrigada pela valiosa contribuição.
Abraços,
Rosiane
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:49:09 02/20/03 Thu

Colegas,

Concordo com vocês, acho importante a nossa formação continuada e a contextualização em sala.

Um abraço,

Marlene


>acredito ser uma boa
>>sugestão acessar as crenças dos professores com o
>>intuito de alterná-las, através da prática reflexiva
>>via cursos de educação continuada. E a partir do
>>trabalho destes professores.
>
>Vanderlice,
>Cocordo plenamente com a afirmação acima e como
>ressaltou a nossa amiga Denise, é muito importante
>essa formação continuada de professores, pois nós
>professores, não podemos nos esquecer que somos
>eternos aprendizes e precisamos nos adequar sempre
>para que nossa prática seja cada vez mais motivante e
>que atinja a aprendizagem efetiva de nossos alunos.
>
>"(...)o tipo de perguntas
>>que ele faz para os alunos (será que fazer perguntas,
>>muitas vezes sem sentido é trabalhar conversação?)."
>
>Acredito que o ensino descontextualizado não motiva os
>alunos, portanto quando se trabalha a conversação é
>preciso que as perguntas sejam contextualizadas dentro
>de situações que instigam o aluno a dar sua opinião e
>enfim se comunicar na língua alvo.
>
>Obrigada pela valiosa contribuição.
>Abraços,
>Rosiane
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:02:48 02/19/03 Wed

Seminário de Estratégias - Questão 1

Rosiane,

As crenças que os aprendizes trazem consigo durante o processo de aquisição de L2, os diferentes estilos que apresentam bem como seus conhecimentos prévios podem influenciar de maneira positiva ou negativa no aprendizado da língua e na aquisição da autonomia.
Muitos aprendizes criam um “barreira” para o aprendizado efetivo por acreditarem que para se aprender uma língua estrangeira o aprendiz deve se mudar para o país da língua-alvo, que eles jamais falarão como um nativo, que o bom professor de L2 tem que ser estrangeiro, que a língua em si é muito difícil, etc.
Sabemos que aprendizes possuem estilos de aprendizagem diferentes e por isso utilizam diferentes estratégias de aprendizagem, o que deve ser levado em consideração quando se propõe “treinar” os aprendizes para o uso de estratégias.
Essa “barreira” criada principalmente pelas crenças dos aprendizes muitas vezes torna-os passivos no processo de aprendizagem, ou seja, os aprendizes não adquirem a autonomia necessária para uma aprendizagem motivada e colaborativa.

_Quais são as sugestões para se vencer essa barreira?
Se conseguirmos conscientizar nossos aprendizes da responsabilidade deles no aprendizado da língua, se promovermos a autonomia destes aprendizes para que eles possam “buscar e eleger” as estratégias que lhes convêm e se criarmos no dia-a-dia de nossas salas de aula um ambiente propício e motivado para a aprendizagem já estaremos dando um passo significativo para vencer essa barreira.

Um abraço,
Nara
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:58:47 02/19/03 Wed


Nara e colegas,

Também vejo como um dever do professor de línguas o investimento na criação de oportunidades significativas para que o aprendiz possa fazer uso de estratégias eficazes para o seu aprendizado.
Baseado em sua experiência como professor (a) o que você geralmente faz para criar "um ambiente propício e motivado para a aprendizagem?"

Abraços

Vanderlice
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:32:26 02/21/03 Fri


Vanderlice,

Não sei se o que faço é suficiente,mas ajuda... eu procuro fazer com que meus alunos interajam e participem na escolha e execução de algumas atividades propostas por mim e por eles(músicas, apresentação oral de assuntos que eles queiram, apresentação de certos conteúdos,etc). Assim eles se responsabilizam por algo que eles querem fazer, têm maior envolvimento e ficam mais motivados, o que resulta quase sempre em um resultado positivo.

abrs,
Nara
[> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
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Date Posted: 12:44:58 02/21/03 Fri

Querida Nara,

Obrigada pelas sugestões!

Com certeza o trabalho que você desenvolve com seus alunos favorece muito o desenvolvimento da autonomia deles.
Pois, como sabemos, o desenvolvimento da autonomia é gradual e começa a partir de pequenas ações e decisões que tomamos frente ao processo de ensino/aprendizagem.
E as alternativas que você utiliza são úteis, também, para solucionar possíveis problemas de disciplina, uma vez que os próprios alunos assum responsabilidades este problema diminui.

Abraços
Vanderlice
[> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:46:18 02/21/03 Fri

>Não sei se o que faço é suficiente,mas ajuda... eu
>procuro fazer com que meus alunos interajam e
>participem na escolha e execução de algumas
>atividades propostas por mim e por eles(músicas,
>apresentação oral de assuntos que eles queiram,
>apresentação de certos conteúdos,etc). Assim eles se
>responsabilizam por algo que eles querem fazer, têm
>maior envolvimento e ficam mais motivados, o que
>resulta quase sempre em um resultado positivo.

Prezada Nara

Através do seu relato de experiência no ensino de línguas, percebo as valiosas chances que você tem dado aos seus alunos para participarem ativamente na construção da própria apendizagem. Sabemos que a autonomia se manifesta quando o aluno está envolvido ativamente com o uso da língua-alvo.
Além disso, Mello (2000: 43) afirma que é importante salientar a importância do aluno aplicar os conhecimentos adquiridos na sala de aula bem como o inverso: " trazer os conhecimentos de sua realidade, do que há no mundo, para dentro da sala de aula. Se o aprendiz produzir e criar significado para o que está aprendendo, como por exemplo usar em seu mundo um conteúdo que aprendeu na escola, há possibilidade de mudança para o que ocorre também fora da sala de aula".

Abraços,

Denise
[> [> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:35:06 02/21/03 Fri

>>Não sei se o que faço é suficiente,mas ajuda... eu
>>procuro fazer com que meus alunos interajam e
>>participem na escolha e execução de algumas
>>atividades propostas por mim e por eles(músicas,
>>apresentação oral de assuntos que eles queiram,
>>apresentação de certos conteúdos,etc). Assim eles se
>>responsabilizam por algo que eles querem fazer, têm
>>maior envolvimento e ficam mais motivados, o que
>>resulta quase sempre em um resultado positivo.

Nara e colegas,
Coforme as amigas Denise e Vanderlice destacaram sias sugestões são extremamentes validas e o que me chamou a atenção foi o fato de oc6e dar oportunidade para que os seus alunos também sugiram a tividade.
A questão de se trabalhar músicas é bastante motivante, mas precisamos reconhecer que cada um gosta de um tipo de música e fazendo com que eles tragam suas sugestões nós atendemos a todos, trabalhamos a negociação, o respeito ao gosto do outro, etc.
Quando trabalho com música conscientizo os meus alunos a respeitarem o gosto do colega que todos os estilos serão atendidos e assim, aos poucos a autonomia vai sendo adqurida

Abraços,
Rosiane
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:08:41 02/19/03 Wed

Nara,

Cocordo plenamente com você quando você diz que o aluno acredita que precisa ir para um páis onde o inglês é aprimeira língua para se aprender a falar, etc. Sendo assim, eles não conseguem perceber a utilidade da línfgua estrangeira no seu próprio país, isso acaba dificultando a aprendizagem e favorecendo a crença de que se ele não sabem Português como vão aprender Inglês?

Obrigada pela sua importante contribuição.
Abraços,
Rosiane
[> [> Subject: Dúvida


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:15:00 02/19/03 Wed

>As crenças que os aprendizes trazem consigo durante o
>processo de aquisição de L2, os diferentes estilos que
>apresentam bem como seus conhecimentos prévios podem
>influenciar de maneira positiva ou negativa no
>aprendizado da língua

Você acredita que o conhecimento prévio do aluno influencia de forma negatina na aprendizagem? De que maneira?

Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> [> Subject: Re: Dúvida


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:53:59 02/20/03 Thu

>Você acredita que o conhecimento prévio do aluno
>influencia de forma negatina na aprendizagem? De que
>maneira?
>
Assim como Nara e Silvana afirmaram todos estes fatores podem inflenciar de forma negativa a aprendizagem dos alunos. se o aluno tem uma crença arraigada de que só vai aprender em determinado estilo, com determinada pessoa, pode bloquear, se fechar para a aprendeizagem.

Da mesma forma o conhecimento prévio que o aluno tem ou não tem. Se o aluno aprendeu que ele usa o artigo a ou an antes de determinada letra, digo consoante ou vogal, este conhecimento erroneo que ele carrega pode interferir negativamente na aprendizagem. não sei se o exemplo é coerente, mas algumas vezes o conhecimento anterior que o aluno tem, nem sempre é correto, verdadeiro.
Shirlene
[> [> [> [> Subject: Re: Dúvida


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:43:13 02/20/03 Thu

>>Você acredita que o conhecimento prévio do aluno
>>influencia de forma negatina na aprendizagem? De que
>>maneira?

Acho que as experiências traumáticas passadas anteriormente podem possivelmente influenciar negativamente como: quando um aluno tem medo de falar, de se expor por ter uma baixa estima.

Marlene
[> [> [> Subject: Re: Dúvida


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:56:57 02/21/03 Fri

>Você acredita que o conhecimento prévio do aluno
>influencia de forma negativa a aprendizagem? De que
>maneira?
>
Prezada Rosiane

Acredito que o conhecimento de mundo que o aluno traz para o seu aprendizado pode também influenciar negativamente o processo principalmente se tais conhecimentos forem embasados em práticas tradicionais de ensino vivenciados por estes ao longo da escolarização, contrárias à emancipação do aprendiz.

Um abraço,

Denise
[> [> [> Subject: Re: Dúvida esclarecida


Author:
rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:38:31 02/21/03 Fri

Colegas,
obrigada pelo esclarecimento da minha dúvida.
Concordo com vocês que o conhecimento de mundo do aluno muitas vezes pode influenciar negativamente sua aprendizagem.

Abraços,
Rosiane
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:45:07 02/19/03 Wed

>Seminário de Estratégias - Questão 1
>
>Rosiane,
>
>As crenças que os aprendizes trazem consigo durante o
>processo de aquisição de L2, os diferentes estilos que
>apresentam bem como seus conhecimentos prévios podem
>influenciar de maneira positiva ou negativa no
>aprendizado da língua e na aquisição da autonomia.
>Muitos aprendizes criam um “barreira” para o
>aprendizado efetivo por acreditarem que para se
>aprender uma língua estrangeira o aprendiz deve se
>mudar para o país da língua-alvo, que eles jamais
>falarão como um nativo, que o bom professor de L2 tem
>que ser estrangeiro, que a língua em si é muito
>difícil, etc.

Nara,

Concordo com você que o aprendiz dá muito valor aos professores nativos, ou acham que só vão aprender realmente no país da língua alvo, quando na verdade, o maior responsável por sua aprendizagem é ele mesmo. Portanto, é muito importante que o aprendiz assuma seu papel e que não jogue essa responsabilidade toda em cima do professor.
Um abraço,
Silvana
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:47:28 02/19/03 Wed

Prezada Rosiane

Primeiramente, gostaria de parabenizá-la pela escolha do texto que nos mostra como o treinamento de estratégias – SBI - proposto por Cohen (1998) pode ser implementado na prática. Seguem, abaixo, as minhas sugestões para as suas questões.


QUESTÃO 1:
Gostaria de falar sobre o papel das crenças haja vista ser este o meu tópico de pesquisa. Sabemos que os professores de LE trazem consigo crenças sobre como a língua-alvo deve ser aprendida por seus alunos. Alguns trabalhos relatam os diversos pontos de vista de professores e, mais particularmente, de professores em formação sobre linguagem e aprendizagem de línguas (Almeida Filho, 1999; Barcelos, 1999; Silva, 2000; Carvalho, 2000, dentre outros). Segundo Horwitz (1) apud Silva (2000:23), os futuros professores entram nos cursos de metodologia de ensino com muitas idéias preconcebidas sobre como se aprendem línguas e sobre como elas deveriam ser ensinadas. Nas palavras de Vieira-Abrahão (2002: 60):

“Professores em formação trazem para a universidade, explícita ou implicitamente, uma visão de educação, de ensino-aprendizagem, de sala de aula, de papéis de professor e aluno, de livro didático etc., que, sem dúvida, influenciarão suas leituras da teoria e da prática, assim como suas ações em sala de aula”.

Sabemos, também, que essas crenças são construídas ao longo de sua experiência como aprendizes de línguas tanto nas escolas de ensino regular e cursos livres quanto na própria universidade. Kennedy(2) apud Vieira-Abrahão (2002: 60) afirma que “os professores adquirem marcas aparentemente permanentes de sua experiência como alunos que são difíceis de remover”. Além disso, esses conceitos prévios poderão impedir a sua receptividade a novas informações especialmente caso essas estejam em conflito com esses conceitos. Nesse sentido, observamos que as crenças de professores e aprendizes sobre linguagem, LE, aprender e ensinar línguas reveladas em suas ações em sala de aula poderão impedir o desenvolvimento da autonomia de ambos principalmente caso estas crenças estejam em consonância com uma abordagem tradicional de ensino, onde o professor é considerado um “repassador de saberes” – maior responsável pela aprendizagem que o aprendiz empreende, e o aprendiz, um mero receptor de informações, destituído de expectativas e desejos e que reage ao processo ensino/aprendizagem com toda a sua “potencialidade cognitiva e psicológica” (Freitas, 1998: 71).


Acredito, conforme vários estudos apontam (Almeida Filho, 1999; Vieira-Abrahão, 1996 e outros), que um importante passo para alcançarmos um nível mais alto de desenvolvimento de professores e aprendizes rumo a um ensino/aprendizagem mais autônomo seria que os professores tivessem conhecimento e desenvolvessem as competências (implícita, aplicada, linguístico-comunicativa e aplicada), o que significa estar em constante processo de formação a partir da reflexão sobre as suas crenças para que se tornem profissionais mais críticos e autônomos. Para tanto, sabemos que é preciso que os cursos de formação de professores (inicial e continuada) criem espaços para a implementação de um trabalho voltado para a prática reflexiva de forma a encorajar os professores a se tornarem mais autônomos e orientá-los sobre o seu verdadeiro papel no ensino de línguas e, mais particularmente, no ensino voltado para o uso de estratégias de aprendizagem pelos seus aprendizes (incluo, aqui, os papéis citados por Cohen no capítulo 4 lido para meu seminário). Creio que, a partir dessa conscientização, professores estarão aptos a criarem um ambiente onde o diálogo e a colaboração entre eles e seus aprendizes levarão este último a adquirir condições e autonomia para se guiar no processo de aprender uma nova língua de maneira mais consciente e eficiente.

QUESTÃO 2:
Em relação a este estudo, vejo como um ponto bastante positivo o fato dos autores mostrarem os avanços de sua pesquisa em relação às demais existentes haja vista esta possibilitar aos aprendizes oportunidades de fazerem conexões entre as estratégias discutidas e as atividades específicas de speaking realizadas.
Além disso, observamos a ênfase dada à importância de um tipo de instrução formal voltada para o uso de estratégias (speaking strategies) e como ela pode afetar positivamente o desenvolvimento da habilidade oral dos informantes envolvidos. Segundo os autores (1998: 152) “this study should already provide suggestions for instructional changes in the classroom. It would appear beneficial to engage learners in discussions of speaking strategies, having them review checklists of possible strategies and practice those strategies in class. The students should be the ones who finalize their own strategy checklists, and they need to make their own choices as to the strategies that they will use in different language learning and language use situations”. Nesse sentido, este estudo vem corroborar os dados da pesquisa de Freitas (1998) ao nos mostrar os benefícios do treinamento de estratégias pois além de melhorar o desempenho linguístico do aprendiz, encoraja a sua autonomia, expandindo de maneira significativa o seu papel nesse processo, respeitando as suas necessidades e especificidades. Uma vez consciente da existência dos diversos tipos de estratégias e dos seus benefícios no processo de aprendizagem, o aprendiz poderá adquitir condições e autonomia para escolher as estratégias que melhor se adequam aos seus estilos de aprendizagem e às diferentes tarefas que irá realizar.

QUESTÃO 3:
Acredito no grande potencial do trabalho colaborativo no processo de ensino/aprendizagem de línguas, seja ele presencial ou on-line (conforme já discutido por Dilso e Adriana Sales em seus respectivos seminários) ou em turmas grandes ou pequenas. Creio também, a partir da leitura dos estudos de Cohen, Freitas, Oxford e outros discutidos nesta disciplina, na força de um tipo de ensino voltado para o uso consciente de estratégias de aprendizagem envolvendo quaisquer habilidades linguísticas como grande ferramenta na busca de uma aprendizagem bem sucedida e mais autônoma. Nessa perspectiva, vejo, como um possível encaminhamento para o ensino/aprendizagem de “speaking” (e outras habilidades também), a necessidade de professores criarem momentos de discussão entre os aprendizes na língua-alvo (em grupos ou duplas) onde cada um possa explicitar as estratégias preferidas e utilizadas por eles para determinada atividade realizada a fim de trocarem experiências e construírem o conhecimento coletivamente.
Sobre quais estratégias deverão ser utilizadas para o desenvolvimento desse tipo de habilidade, acredito que caberá ao professor oferecer um maior leque possível de opções ao aprendiz para que ele faça as suas próprias escolhas a partir das suas necessidades e estilos de aprendizagem.

Um forte abraço,

Denise


Referências bibliográficas:

HORWITZ, E. K. Using students’ beliefs about language learning and teaching in the foreign language methods course. Foreign Language Annals, v. 18, n. 4, p. 333-340, 1985.

2 KENNEDY, M. Policy Issues in Teacher Education. East Lansing, Mich.: National Center for Research on Teacher Learning, 1990.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em Formação. São Paulo: Pontes, 1999.

______. Análise de abordagem como procedimento fundador de auto-conhecimento e mudança para o professor de língua estrangeira. In: ALMEIDA FILHO (Org.). O professor de língua estrangeira em formação. São Paulo: Pontes, 1999, p. 11-27.

______. Tendências na formação continuada do professor de língua estrangeira. APLIEMGE – Ensino e Pesquisa, v. 1, 1997, p. 29-41.

BARCELOS, A. M. F. A cultura de aprender línguas (inglês) de alunos no curso de Letras. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. (Org.). O professor de língua estrangeira em formação. São Paulo: Pontes, 1999, p. 157-177.

CARVALHO, V.C.P.S. A aprendizagem de língua estrangeira sob a ótica de alunos de Letras: crenças e mitos. 2000. 138 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

SILVA, I. M. Percepções do que seja ser um bom professor de inglês para formandos de Letras: um estudo de caso. 2000. 115 f. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. Teoria e prática na formação pré-serviço do professor de língua estrangeira. In: GIMENEZ, T. (Org.). Trajetórias na Formação de Professores de Línguas. Londrina: UEL, 2002, p. 59-76.
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:28:36 02/21/03 Fri

Cara Denise,
Seus comentários foram muito pertinentes, concordo plenamente com todos eles, mas gostaria de destacar:
A importante reflexão de professores em relação às práticas nos cursos de formação, a fim de haja uma troca de experiência entre os mesmos, a abolição de algumas crenças, a importância do diálogo com os alunos, etc.
Nós professores não podemos nos esquecer que somos eternos aprendizes e devemos melhorar sempre e estarmos "abertos" à mudanças.
Concordo com você no que diz respeito que devemos trabalhar as diversas habilidades da língua-alvo, discutindo com os nossos alunos as estrtégias que os mesmos utilizam para desenvolver certos tipos de atividades, etc. , proporcionando a comunicação na língua-alvo conscientizando-os que os "erros" acontecem e o que é importante é que o ouvinte entenda a mensagem passada.

Obrigada pela valiosa contribuição,
Abraços,
Rosiane
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:33:21 02/20/03 Thu

Rosiane,

1 - Mesmo que as crenças trazidas pelos alunos sejam negativas acho que com motivação e realmente crer no progresso deles é possível desenvolver um bom trabalho e alcançar objetivos esperados tanto por eles quanto pelo professor.

2 - Embora haja algumas limitações, no texto, é mencionado sobre a melhora em alguns aspectos na utilização de estratégias. Na página 151 é descrito as implicações pedagógicas e também reafirmado que as estratégias podem ajudar na melhora do aprendizado de línguas.

3 - Sem dúvida alguma o trabalho cooperativo é uma boa solução para trabalhar com turmas lotadas . A conscientização dos alunos, também , é fundamental.

Um abraço,

Marlene
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:01:46 02/21/03 Fri

Marlene,
>
>1 - Mesmo que as crenças trazidas pelos alunos sejam
>negativas acho que com motivação e realmente crer no
>progresso deles é possível desenvolver um bom trabalho
>e alcançar objetivos esperados tanto por eles quanto
>pelo professor.

Concordo plenamente com a afirmação acima, pois se deixarmos as crenças nos influenciar, acaba a motivaçào e sem motivação o aprendizado se torna bem complicado, se é que pode se dizer que ele acontece.

Obrigada pela importante colaboração,
Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:43:54 02/21/03 Fri

>>
>Concordo plenamente com a afirmação acima, pois se
>deixarmos as crenças nos influenciar, acaba a
>motivaçào e sem motivação o aprendizado se torna bem
>complicado, se é que pode se dizer que ele acontece.
>
>>Rosiane

Confesso que não entendi a última parte que você escreveu: "se é que pode se dizer que le acontece." Você está se referindo ao aprendizado?

Obrigada,

Marlene
[> [> [> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:27:27 02/22/03 Sat

sem motivação o aprendizado se torna bem
>>complicado, se é que pode se dizer que ele acontece.
Marlene,
Estou me referindo sim ao aprendizado.

Abraços,
Rosiane
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:25:42 02/21/03 Fri

Prezada Rosiane

Sobre a primeira questão apontada por você a respeito dos fatores que podem interferir no desenvolvimento da autonomia, gostaria de apontar alguns que a meu ver merecem atenção por parte de professores e alunos e que acredito serem pontos importantes para estarmos refletindo e discutindo com o grupo.
Lee (1998) citado por Melo (2000: 42) o desenvolvimento da autonomia depende de fatores tais como: voluntariedade, escolha do aluno, flexibilidade, orientação do professor e apoio dos colegas, atitude e motivação.
Mello (2000) ressalta ainda que o desenvolvimento da autonomia do aprendiz depende também de outros fatores ligados à personalidade do aluno, a seus objetivos em estudar LE, à filosofia da instituição e também ao contexto sócio-cultural em que esta aprendizagem ocorre.
Mediante estes vários fatores apontados acima e a partir da sua própria experiência de ensino, como lidar com eles dentro da perspectiva da autonomia(pergunta).

Um abraço,

Denise Araújo
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:44:20 02/21/03 Fri

Cara Denise,
Os fatores apresentados por Mello são, a meu ver extremamente importantes, pois a aquisição da autonomia depende fundamentalmente de fatores ligados ao launo além da orientação do professor, é claro.
Acredito que precisamos conversar com os nossos alunos para que cada vez mais os conheçamos melhor, saber das suas expectativas em relação a aprendizagem de uma LE, suas crenças, seus medod, etc.
A partiri daí, creio que nos aproximando melhor dos nossos alunos, identificando o estilo e rítmo de aprendizagem do aluno podemos o rientar e aos poucos ele vai ficando autônomo.

Abraços,
Rosiane
[> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:17:05 02/23/03 Sun

Rosiane e Pessoal,

A reflexão dos alunos (e também dos professores) sobre suas crenças é um tópico totalmente relevante ao contexto da aprendizagem mediada ou não por computador. Essas crenças estão em contínua construção e reconstrução (Silva, 2000) e devem ser refletidas em favor da aprendizagem. Para mim, reflexão significa refletir e agir em um ciclo contínuo.

Acho o tópico estratégias de aprendizagem bastante relevante à aprendizagem de uma língua estrangeira e as sugestões de estratégias de "speaking" ao final do capítulo (Cohen, 1998) podem ser bem eficazes tanto aos professores como aos alunos: controlar a ansiedade; preparar o planejamento, bem como adequá-lo/mudá-lo, se for necessário, em favor de uma maior interação; arriscar-se mais e envolver-se mais em relação à produção do discurso oral; monitorar desempenho lingüístico, bem como auto-avaliar esse; "programar-se e preparar-se para arriscar-se mais, produzir mais discurso oral. Além disso, o conceito de errado (não adequado) no discurso oral está relacionado ao contexto de uso e à semântica e não necessariamente à forma.

Acredito que devemos usar e abusar da tentativa de provocar no aluno a produção de seu discurso oral, pois linguagem é comunicação, é produção oral (e também escrita...).

Um abraço!
Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário: Estartégias de Aprendizagem- 17 a 22 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:57:07 02/28/03 Fri

Maristela,

Concordo plenamente com as suas afirmações.

Abraços,
Rosiane
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