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Date Posted: 18:35:29 09/28/04 Tue
Author: José Euríalo
Subject: Re: Why is autonomy desirable?
In reply to: Marilene da Silva 's message, "Why is autonomy desirable?" on 02:05:09 09/28/04 Tue

Marilene:

A questão que você apresenta é inevitável. Eu também tenho procurado respostas e espero que os(as) colegas tragam boas contribuições nesse sentido.

Releio aquele trecho de CRABBE (1993, p.444): "formal classroom activities do not in themselves guarantee language learning -success is dependent on the ways in which learners capitalize on opportunities inside and outside classroom"... Isso sugere alguma coisa... Pena que muitas escolas ainda vejam o(a) aluno(a) como mero cliente de uma mercadoria comum: a ilusão de ensino-aprendizagem. Parece-me que a maioria das atividades desenvolvidas em sala de aula ajuda o(a) aluno(a) a "saber sobre" a língua-alvo, mas não lhes permite usá-la, efetivamente. Às vezes, abre-se espaço para algumas atividades vinculadas a promoção de autonomia do aprendiz, mas quase que como recurso para descontração, para quebra do ritmo normal das aulas. Outras vezes, sugere-se atividade que requer atitude autônoma do(a) aprendiz, freqüentemente sem os resultados esperados. Isso me lembra aquela metáfora da florzinha plantada em vaso, comprada ainda viçosa, numa floricultura, que, num canto da casa, se torna raquítica; um dia, quando exposta a luz mais intensa, a fluxos de ar, se debilita ainda mais ou morre. Penso que escolas e professores fazem algo parecido com muitos(as) alunos(as). Com professores(as) também!

Penso, pois, que CRABBE tem razão ao afirmar que “autonomy as a goal needs to pervade the whole curricular system and not simply be an occasional part of it” (p.444, §2). Como conseguir isso nas escolas que temos hoje (principalmente nos cursos livres de idiomas) é um senhor desafio! O que me anima um pouco é perceber que, em função do trabalho do(a) professor(a), de sua competência, ousadia, traquejo profissional, etc. e da forma pela qual o(a) aluno(a) a recebe, uma atividade diferenciada, visando à autonomia, pode ser aquilo que CRABBE menciona em seu artigo: “the activity is merely a small episode in the students’ experience of interpreting and expressing through English but not necessarily a small episode in the students’ experience of understanding something as well as generalizations about language” (CRABBE, 1993, p.445).

José.

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Replies:

  • Re: Why is autonomy desirable? -- Marcus Araújo, 20:00:30 09/28/04 Tue
  • Re: Why is autonomy desirable? -- Ana Laura dos Santos Marques, 14:59:11 09/29/04 Wed
  • Re: Why is autonomy desirable? -- Micheline Marra de Lima, 20:08:57 09/29/04 Wed
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