Subject: ... quem faz parte da maioria ? |
Author:
sabumacuti
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Date Posted: 01:05:43 08/21/02 Wed
In reply to:
Jorge Nascimento Fernandes
's message, "A Propósito da ex-União Soviética II" on 12:26:07 08/19/02 Mon
>
Serve de resposta, ao Jorge Nascimento Fernandes e ao Paulo Fidalgo.
Volto a insistir! Quem faz parte da maioria, que pensa que vota que acaba por influenciar no jogo democrático ?
Quem lê Marx ? Quem identifica Lyssenko? quem relaciona o Darwinismo com política ? Quem ouviu falar em Lucien Seve ?
Tenho aprendido e actualizado muita informação, desde que cheguei ao forum .
Confesso, que não conhecia Lyssenko nem Lucien Seve !
Raras excepções vos contrariam naquilo que é essencial , no acessório é pouco relevante .
Não quero que concluam , que com as minhas afirmações, perfilho ou anuo ao que digo do capitalismo e das pessoas . Elas são fruto da experiência e observação vivida.
Temos os três sensivelmente a mesma idade, mas vemos , e olhamos o mundo de maneiras diferentes .
Para além disso é pôr a cabeça na areia !
Insisto que não tenho pretensões a polémicas convosco. Vocês dedicam-se de alma e coração! O que pretendo é dialogar tendo em conta a realidade do mundo actual que não corresponde minimamente ao que interpretamos com a ansiedade do desejo.
Há textos neste forum que dignificarão o partido comunista português , quando forem adoptados. Não tenho nenhumas duvidas que mais tarde ou mais cedo vai acontecer .
Lembro-me que o Fidel de Castro divertia-se quando falava no “ O Capital” e dizia : nunca consegui passar do primeiro capitulo !
Conclui-se , respeitando época e contexto histórico, que a literatura política deve ser “adaptada e reciclada “ e que só ela não faz a revolução.
Quantos amigos tivemos, que passavam a vida a magicar revoluções nos cafés ?
A situação por vezes é caricata : Com oportunidade Paulo Fidalgo dizia um dia destes : ... era uma possibilidade; não era nem nunca é uma certeza de sucesso ( só o Vitor Dias de quem li uma crónica no Avante é que não gosta de trabalhar com incertezas) ... Lenine dizia em tom jocoso ( ao repetir Sócrates ): sei que nada sei . Eu também !
Vitor Dias é parvo ? Tem “defeitos políticos” mas parvo é que não é . Ele ao afirmar que detesta trabalhar em incertezas, sabe que vai ao encontro de um colectivo partidário , que tem horror à mudança , do que quer que seja , no partido ou na sua vida pessoal .
José Estaline, (o do forum) dizia no seu estilo peculiar : ”...e que se faz sem traições, sem crimes, sem purgas, sem sacanices, porque traidor, criminoso e sacana é o ser humano”. É mais ou menos isto !
Chocou a distribuição da riqueza ?
O Rui Nogueira ainda este mês dizia o que entendia de um país socialista :
“ a distribuição da riqueza tiver principalmente em conta as necessidades e as capacidades de cada um “
Está implícito no “ tiver principalmente em conta “; que nem ele está muito convencido na imparcialidade da distribuição !
Ele, pode dar-lhe outra interpretação , mas a minha parece-me legitima .
Subscrevo o que o Fernando Redondo diz : "os partidos revolucionários não se ocupam da tarefa específica da defesa dos interesses materiais, ou outro, de grupos profissionais, confessionais, etc. O papel dos partidos é lutar pela realização de uma sociedade de novo tipo, num patamar mais elevado do desenvolvimento humano”
Este conceito altera tudo ! Fazer isto com quem ?
Não queria ir embora, por hoje, sem comentar reformas e Marcelo Caetano, de Jorge Nascimento Fernandes. Somos do tempo , dessas “reformas”, que de reformas nada tiveram, por isso não estou de acordo com a analogia feita no texto.
“Coitado” do Marcelo Caetano a fazer reformas, para servirem de análise e estudo político !
Quando me falam no Marcelo, lembro-me sempre do Carvalhas . Porquê ?
Concluindo, não recebi de vós nenhum “esquartejamento” , às minhas opiniões , recebi questões e terei que as interpretar.
Será que estou “tolhido pelo pessimismo” ?
Creio que não .
Com amizade
caro PF
>
>Sem me querer gabar e sem recorrer ao livro que citas,
>que bem gostaria de ler, se não fosse esse maldito
>inglês (Não haverá uma versão em francês, em
>castelhano ou no português do Brasil?), no meu texto,
>que provavelmente não leste, e que está incluído em
>Textos/Documentos, aqui ao lado, com o título "Algumas
>reflexões sobre a necessidade de renovação do PCP",
>começo por falar um pouco disso mesmo. É que a minha
>adesão ao comunismo e posteriormente ao Partido deu-se
>por alturas do XII Congresso do PCUS, em 1962, que
>aprofundou as críticas ao "culto da personalidade", já
>denunciadas no XX Congresso em 1956.
>Lê e verifica se não tenho razão.
>Um abraço
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