Subject: Têxteis: PCP entrega petição com 20 mil assinaturas para limitar importações |
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Lusa
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Date Posted: 16/05/05 21:35:46
Têxteis: PCP entrega petição com 20 mil assinaturas para limitar importações
Lisboa, 16 Mai (Lusa) - O PCP entrega terça-feira no Parlamento 20 mil assinaturas em defesa da limitação das importações dos produtos têxteis para a União Europeia, medida que de acordo com os comunistas permitirá defender 75 mil postos de trabalho.
"Com a liberalização total do comércio dos produtos têxteis e vestuário, em vigor desde 1 de Janeiro de 2005, podem desaparecer, a curto prazo, milhares de postos de trabalho e centenas de empresas deste sector", refere o texto do abaixo-assinado promovido pelo PCP junto dos trabalhadores do sector durante o mês de Maio.
O abaixo-assinado será entregue na terça-feira por uma delegação do PCP no gabinete do presidente da Assembleia da República, um dia antes do debate de um projecto de resolução comunista que recomenda ao Governo o accionamento das cláusulas de salvaguarda relativamente a vestuário com origem na China, Paquistão e Índia.
Em declarações à Agência Lusa, Paulo Raimundo, da comissão política do PCP, argumentou que "a restrição temporária" das importações de produtos têxteis e de vestuário "pode minorar as consequências da liberalização total do comércio".
"A activação das cláusulas de salvaguarda é uma medida prevista pela União Europeia. Não é a solução para todos os problemas, mas irá permitir a curto prazo defender 75 mil postos de trabalho", afirmou, sublinhando que desde o início do ano, quando entrou em vigor a liberalização do comércio, "já encerraram dezenas de empresas".
"Estamos a falar de um sector que representa 18 por cento da produção nacional e no qual trabalham 200 mil pessoas. No distrito de Braga sete em cada dez trabalhadores estão ligados ao sector", frisou.
O dirigente comunista defendeu que até 2008, altura em que a União Europeia deixará de poder limitar as importações, o Governo português "terá que apostar no desenvolvimento da indústria têxtil, investindo na qualificação dos trabalhadores e medidas para recuperar o sector".
"Estamos agora a pagar a factura do modelo que vigorou nos últimos anos, do lucro fácil e da mão-de-obra barata. Não podemos competir com este modelo. O Governo tem que investir na modernização do sector", defendeu.
SF.
Lusa/Fim
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