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Subject: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
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Date Posted: 01:38:59 02/10/03 Mon

SEMINÁRIO 10 a 15/02/2003: AUTONOMIA E COOPERAÇÃO
Maristela de Souza Borba

Olá Pessoal! A partir das citações abaixo e das leituras básicas, discuta as questões sugeridas.

“O que vamos querer? Autonomia ou heteronomia? Tudo é submissão. Mas, há uma diferença importante...”
(Leffa, 2002, p. 17)

Autonomia é mais do que permitir escolhas em situações de aprendizado ou fazer o aluno responsabilizar-se por sua atividade... “ (Bohn et al, p. 2)

“Autonomia, sensibilidade e tecnologia: o pulsar de nossas construções....” (Catapan e Fialho, p. 2)

Flexibilidade, imprevisibilidade, não controle, criatividadade... (Paiva, no prelo)

“Para Maturana e Varela, o conceito central de autonomia tem origem no conceito de autopoiésis. Esse foi cunhado por volta de 1972, combinando o prefixo grego –auto (si mesmo) e o radial –poiésis ( criação;produção)...”
(Catapan e Fialho, p. 4)

“Autopoiésis: processo de auto produção e auto-regeneração a partir de um padrão qualitativo de auto-organização tomado como referência. Uma rede autopoiética é organizacionalmente fechada, mas energeticamente aberta. Ex. corpo humano. A auto-organização se caracteriza, ainda, por: a) surgimento de novas estruturas; b) busca do equilíbrio; c) Interconexidadade não linear. A auto-criação se caracteriza por: a) autolimitação espacial; b)autogeração material C) autoperturbação “
< http://www.geocities.com/filoxxi/2.html >

QUESTÃO 1: Costure as argumentações das três citações abaixo com as idéias do texto de Paiva (no prelo), “Modelo Fractal de Aquisição de Línguas”, disponível em http://www.veramenezes.com/modelo.htm e outro(s) texto(s) de sua escolha.
.
“A provisoriedade do conhecimento, nesta era determinada pela dinâmica e flexibilidade dos processos de comunicação e informação, exige de cada um e do coletivo um alto investimento intelectual. Instala-se um processo de transformação existencial marcado pelo imprevisível, pelo indeterminável, e nele o homem se insere, buscando sua sobrevivência, sua identidade, diferenciando-se dos outros seres vivos pela possibilidade de reflexão e de crítica ou de autoconsciência.... Surge uma infinidade de agentes sociais heterogêneos para explorar as novas possibilidades a partir de interesses próprios, até que uma nova situação se estabilize ainda que, provisoriamente, com seus valores, sua moral e sua cultura. (Catapan e Fialho, 2002, p.2)

“A aprendizagem que realmente interessa, aquela que não é apenas reprodução do que já existe, mas criação de algo novo, de progresso e avanço, só é possível com autonomia”(Leffa, 2002, p. 16)

“Os maiores benefícios da competência daí advinda serão, naturalmente, os alunos que necessitam de uma sala de aula competente e criativa” (Bohn et al. p. 3)

QUESTÃO 2:
A) Como compreender o termo “autonomia”, segundo Piaget, Vygotsky, Freire, Maturana e Varela, Leffa e Bohn et al.? Discuta, também, a(s) convergência(s) nas idéias. Use a(s) leitura(s) complementar(es) e/ou da semana 6 (Warschauer & Lepeintre, 1997) para argumentar sobre Freire;
B) A partir das leituras, construa SUA interpretação sobre “autonomia na aprendizagem de língua estrangeira mediada ou não por computador.”

QUESTÃO 3: Comente trecho(s) das leituras que você achou relevante(s).

BIBLIOGRAFIAS
BÁSICA

BOHN et al. Um ponte para a autonomia. Disponível em http://sw.npd.ufc.br/abralin/pdf.anais_conc2nac_tema031.pdf

CATAPAN, Araci Rack, FIALHO, Francisco Antônio. Autonomia e sensibilidade na rede: uma proposta metodológica, 2002. Disponível em http://www.abed.org.br/antiga/htdocs/paper_visem/araci_hack_catapan.htm

LEFFA, Vilson J. Quando menos é mais: a autonomia na aprendizagem de línguas. Trabalho apresentado no II Forum Internacional de Ensino de Línguas Estrangeiras (II FILE). Pelotas: UCPel, agosto de 2002.. Disponível em http://www.leffa.pro.br/autonomia.htm

PAIVA, V. L. M. O. Modelo fractal de aquisição de línguas. (no prelo) Disponível em http://www.veramenezes.com/modelo.htm

COMPLEMENTAR
A nova ordem caótica controla a Internet. Disponível em http://www.estado.estadao.com.br/edicao/especial/ciencia/caos/cao1.html

BOSCHETTI, César. Perspectivas futuras. Século XXI: o império do caos. Disponível em http://www.orbita.starmedia.com/~c_boschetti/atual/caos.htm

KON, João. Teoria do caos, autopoiesis, fractais, estruturas dissipativas e outras “novidades". 1998. Disponível em http://www.facilita.com.br/facartigo4.htm (visão mais holística)

KON, João. A aceleração das mudanças e como enfrentá-las. Disponível em http://www.facilita.com.br/facartigo3.htm

RAMOS, Edla. As teorias cognitivas e os conceitos de autonomia e cooperação. 1996. Disponível em http://www.ucs.br/ccha/deps/cbvalent/teorias/textos/teoriaedla.html (discussão mais profunda)

Teoria do Caos. Disponível em http://www.terravista.pt/nazare/2319/caos/

Teoria dos sistemas vivos. Disponível em http://www.geocities.com/filoxxi/2.html (visão mais holística)

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Replies:
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:57:52 02/12/03 Wed

>Maristela e colegas,
Um dos pontos mais interessantes do texto de Leffa (2002) é quando ele nos lembra que ‘ um outro conceito importante de Vygotsky para autonomia é o conceito de mediação” e quando acrescenta que “ a aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de um artefato cultural, socialmente situado”. Mais interessante ainda é quando Oliveira (1995) defende que “ a presença do outro social pode se manifestar por meio de objetos da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo.Dessa forma, a idéia de alguém que ensina pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo.”
Compartilho da opinião de Leffa e Oliveira de que o desenvolvimento da autonomia pode ter como mediador, eventos ( eventos comunicativos, estratégias sociais por exemplo?) situações, modos de organização geral ( estratégias metacognitivas por exemplo? ) Acredito que a mediação do professor pode servir como uma prévia para que o aluno caminhe em direção à sua relação com o mundo e construção de sua realidade. Nossos alunos precisam ser conscientizados de que cada situação e evento que ele encontrar, na sala de aula ou fora de sala de aula, vai exigir dele o exercício da autonomia.
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 23:59:06 02/12/03 Wed

>>Maristela e colegas,
>Um dos pontos mais interessantes do texto de Leffa
>(2002) é quando ele nos lembra que ‘ um outro conceito
>importante de Vygotsky para autonomia é o conceito de
>mediação” e quando acrescenta que “ a aprendizagem
>para ocorrer não precisa necessariamente da presença
>do professor; pode dar-se através da mediação de um
>artefato cultural, socialmente situado".

A menção que Júnia fez a Vigotsky me remeteu a Paulo Freire quando ele diz que ninguém ensina a ninguém mas também ninguém aprende sozinho. Os seres humanos aprendem através da interação com o meio, isto é, aprendemos uns com os outros. Acho este ponto de vista relevante porque quando se fala em autonomia às vezes se confunde com "sozinho", independente .
O texto do Leffa é muito interessante e também estou de acordo com suas idéias, assim como a Júnia. A mediação é fundamental para a autonomia já que interagir de modo independente é o ideal na aprendizagem.
abraços,
claudia
[> [> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:35:11 02/13/03 Thu

"Paulo Freire quando ele diz que ninguém ensina a ninguém mas também ninguém aprende sozinho. Os seres humanos
aprendem através da interação com o meio, isto é,
aprendemos uns com os outros. Acho este ponto de vista
relevante porque quando se fala em autonomia às vezes
se confunde com "sozinho", independente." (claudia)

Claúdia, obrigada pela contribuição e participação.

Compartilho com você essas idéias. Para Freire, o homem é um ser no mundo e com o mundo, é parte desse todo cooperativo. "O homem não é um corpo com uma consciência vazia cujo preenchimento pode ser controlado de fora. O homem é um corpo consciente que intecionalmente se dirige para o mundo (ou para si mesmo), que se faz, então, mundo da consciência... Na visão humanista de Freire, o homem é um ser de busca, pois sua consciência está sempre incompleta e contém elementos que não se tornam imediatamente presentes, mas, esta busca não
pode jamais ser isolada, pois esta desumaniza e coisifica. É preciso que os homens estejam juntos e dialoguem (ou cooperem)." (http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/autonomia/autonecognição/auto1.htm )
A pedagogia libertadora de Freire sugere que aprender é arriscar-se, inventar, transformar, sendo que é a partir da (na) cooperação que o processo educacional libertador se efetiva.

Claúdia, é muito bom ter você aqui no forum! Um abraço.

Maristela
[> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:00:43 02/13/03 Thu

"Compartilho da opinião de Leffa e Oliveira de que o
desenvolvimento da autonomia pode ter como mediador,
eventos ( eventos comunicativos, estratégias sociais
por exemplo?) situações, modos de organização geral (
estratégias metacognitivas por exemplo? ) Acredito
que a mediação do professor pode servir como uma
prévia para que o aluno caminhe em direção à sua
relação com o mundo e construção de sua realidade."

É isso aí, Júnia.
O professor é um entre os possíveis mediadores na aprendizagem e, sem dúvida, a reflexão(reflexão-ação mais longitudinal) sobre as estratégias metacognitivas, sociais, afetivas..., bem como as ferramentas computacionais são alguns dos fortes aliados à uma prática mais eficaz no processo de ensino-pesquisa-aprendizagem do aluno, na construção de seu conhecimento, autonomia, ideologia crítica. Como autonomia é um processo, o papel de facilitador do professor é bastante importante na aprendizagem mediada ou não por computador, a fim de ele poder provocar no aprendiz um maior desequilíbrio/equilíbrio, uma maior consciência crítica, criatividade e autonomia.
O ambiente virtual é, sem dúvida, uma ferramenta que pode contribuir muito para o desenvolvimento do aprendiz como "global users" (Weininger, 2001) e deve ser, cada vez mais, explorado/usado para esse fim.

Muito obrigada pela sua contribuição e por iniciar a discussão.

Maristela
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02) - Reflexão inicial sobre a 2a. questão


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 01:09:35 02/13/03 Thu

QUESTÃO 2:
A) Como compreender o termo “autonomia”, segundo
Piaget, Vygotsky, Freire, Maturana e Varela, Leffa e
Bohn et al.? Discuta, também, a(s) convergência(s) nas
idéias. Use a(s) leitura(s) complementar(es) e/ou da
semana 6 (Warschauer & Lepeintre, 1997) para
argumentar sobre Freire;
B) A partir das leituras, construa SUA interpretação
sobre “autonomia na aprendizagem de língua estrangeira
mediada ou não por computador.”

PIAGET: epitesmólogo suíco nascido em Neuchâtel, aos 09 de agosto de 1906, que viveu até 1980, e tinha como objetivo compreender como aumentamos os nossos conhecimento. Construtivismo.
"Para Piaget (1977), a autonomia se desenvolve juntamente com o processo de desenvolvimento da autoconsciência. Quando a autoconsciência é centrada no eu, a inteligência está calcada em atividades motoras, centradas no próprio indivíduo, numa relação egocêntrica de si para si mesmo. (ANOMIA). É a consciência centrada no EU. No desenvolvimento e na complexificação das ações, o indivíduo reconhece a existência do outro e passa a reconhecer a necessidade de regras, de hierarquia, de autoridade. (HETERENOMIA). A verdade e a decisão estão centradas no outro, no adulto. Neste, caso, a regra é exterior ao indivíduo e, por conseqüência, sagrada. A consciência é tomada emprestada do outro. Toda consciência da obrigação ou do caráter necessário de uma regra supõe um sentimento de respeito à autoridade do outro. O indivíduo sofre a coação social... Mas, o estado de autonomia se constitui centrado no reconhecimento do outro como ele mesmo e no respeito mútuo. As regras são constituídas cooperativa e racionalmente. A consciência de si se constitui na relação com o outro. Um relação está calcada na interação.... Os indivíduos fazem parte da construção, do respeito e das reformulações das regras sempre que novas relações ou novas opções se fazem necessárias. É o estado de autoconsciência. (Catapan e Fialho, 2002, p.4-5). Assim, essa autonomia sugere levar em consideração as variáveis relevantes para agir da melhor forma para todos, relaciona-se à capacidade de cooperação.

VYGOTSKY(1896,1934)- dedicou-se a estudar a psicologia evolutiva, educação e psicopatologia. Construtivismo.
“O ser humano adquire uma língua porque interage, em sociedade, com os outros seres humanos.” Todo conhecimento, incluindo a língua, é construído socialmente através da interação.... a aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de um artefato cultural, socialmente situado” (Leffa, 2002, p. 4). Para esse autor, a autonomia também é co-construída a partir da interação dos indivíduos, já que “é um estágio a que se chega.” (Leffa, 2002, p. 5)

FREIRE: (Brasil, Recife, 1921-1997 - Pedagogia da libertação)
Os aprendizes são co-investigadores e a autonomia é a liberação da consciência oprimida, ou a sua transcendência e esse processo é cooperativo e individual.

MATURANA (Chileno, Biólogo e neurofisiólogo) E VARELA (Chileno, Biólogo) - Cognitvistas
“Para Maturana e Varela, o conceito central de autonomia tem origem no conceito de autopoiése. Esse termo, autopoiése, foi cunhado por volta de 1972, combinando o prefixo grego -auto- (si mesmo ) e o radical -poiésis (criação; produção). Um sistema autopoiético é organizado como uma rede de processos de produção (transformação e destruição) de componentes que produzem componentes; que continuamente se regeneram e realizam uma nova rede de processos e relações, produzindo, através de suas interações e transformações, uma unidade concreta no espaço no qual eles (os componentes) existem. O sistema autopoiético especifica o domínio topológico de sua realização como propriamente uma rede, ou seja, como propriamente um processo de auto-regulação (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4)
Varela define sistemas autônomos como uma unidade composta por uma rede de interações de componentes que, através de suas interações, recursivamente regeneram a rede de interações que as produz, e realiza a rede como uma unidade no espaço no qual os componentes existem constituindo e especificando as fronteiras da unidade (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4)
“A diferença entre autonomia e autopoiésis é que os sistemas autopoiéticos devem produzir seus próprios componentes, além de conservar sua organização”. (Maturana e Varela, 1980, citado em Catapan e Fialho, 2002, p. 4). Há portanto, na autopoiésis, processo de auto-produção e auto-regeneração, a partir de um padrão qualitativo de auto-organização. A rede autopoiética é organizacionalmente fechada, mas energeticamente aberta. Ex, corpo humano. A auto-organização se caracteriza, ainda, por a) surgimento de novas estruturas; b) busca do equilíbirio; c) interconexidade não linear. A auto-criação se caracteriza por a) autolimitação espacial; b) autogeração material; c) autoperturbação.”. Assim, os sistemas auto-organizadores exibem um certo grau de autonomia... isto não significa que os seres vivos estejam isolados do seu meio ambiente; pelo contrário, interagem continuamente com ele.

LEFFA (construtivismo)
“Teoricamente, parece que a autonomia do sujeito é apenas uma ilusão.”(Leffa, 2002, p.7). Para esse autor, pode-se propiciar ao aluno condições para ele construir sua aprendizagem. O aprendiz deve viver como um ser socialmente responsável e livre, capaz de refletir sobre sua atividade e seu refletir, capaz de ver e corrigir erros, capaz de cooperar e de possuir um comportamento ético...”(Maturana & Reezepka, 2000, citado em Leffa, 2002, p. 17) .

BOHN et al. (construtivismo)
“a aprendizagem autônoma precisa ser construída socialmente entre pesquisadores, proessores, bolsista e alunos” ( p. 10)

Baseada nas citações acima, percebe-se que todos os autores têm em comum a noção de que o homem isolado não chega a se conhecer, sendo o eu, parte integrante de um todo COOPERATIVO, ou seja, autonomia e cooperação andam juntas.

Pode-se dizer, então, que o processo de co-construção de autonomia pode partir do coletivo para o individual, de maneira cíclica. Desse modo, autonomia está relacionada à metaconsciência, à reflexão-ação, à liberdade crítica, a processo cooperativo e colaborativo em construção. Por fim, fazendo um "gancho" com o suporte teórico do seminário WebQuest (Miriam e Cibele) desta semana, destaca-se que

"[a]utonomia, autoformação, autoaprendizagem, aprendizagem aberta, aprender a aprender, autoregulação, autopoiésis, etc. terminologias diferentes que remetem a concepções e práticas diferenciadas, mas que têm em comum recolocar o aprendiz como sujeito, autor, e condutor de seu processo de formação, apropriação, reelaboração e construção do conhecimento."(preti, Citado em Mueller, p. 1)

E para você, colega, qual é a sua interpretação sobre autonomia?

Referências Bibliográficas

BOHN et al. Um ponte para a autonomia. Disponível em
< http://sw.npd.ufc.br/abralin/pdf.anais_conc2nac_tema031
>.pdf >

CATAPAN, Araci Rack, FIALHO, Francisco Antônio.
Autonomia e sensibilidade na rede: uma proposta
metodológica, 2002. Disponível em
< http://www.abed.org.br/antiga/htdocs/paper_visem/araci_
hack_catapan.htm >

LEFFA, Vilson J. Quando menos é mais: a autonomia na
aprendizagem de línguas. Trabalho apresentado no II
Forum Internacional de Ensino de Línguas Estrangeiras
(II FILE). Pelotas: UCPel, agosto de 2002.. Disponível
em http://www.leffa.pro.br/autonomia.htm >
[> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:55:08 02/13/03 Thu

Qustão 2

Maristela,

As idéias de Chomsky acerca da aprendizagem da língua estão ligadas ao automatismo, tudo acontece automaticamente, sem nenhuma intencionalidade pedagógica do meio ambiente, o professor nada tem haver com a aquisição de uma língua, seja ela materna ou estrangeira.
Já as idéias de Vygotsky defendem a interação social. O ser humano adquire uma língua porque interage, em sociedade, com outros seres humanos. Uma outra idéias de Vygotsky que dá suporte à autonomia é a mediação, que define a aprendizagem sem a necessidade da presença “física” do professor, o que também é defendido por Oliveira (1995:57) quando afirma que a “presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo”.
Apesar de haver algumas convergências entre as idéias de diferentes autores acerca da autonomia, uma coisa, ao meu ver, é comum: a aprendizagem está nas mãos dos aprendizes, o professor é facilitador neste processo, é quem ajuda o aluno a desenvolver sua autoconfiança. E esta aprendizagem ocorrerá ,de fato, se houver autonomia por parte dos envolvidos. Autonomia para criação de algo novo, para busca constante do crescimento pessoal e do grupo, para o rompimento com a submissão, para progressos e avanços.

Um abraço,
Nara
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)- A TODOS!


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:40:45 02/13/03 Thu

a“presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo”. (Nara)

O computador (interações on line) é um dos intrumentos de mediação entre os homens e a cooperação é um dos caminhos para a autonomia. "O aprender está relacionado aos ojetos, eventos, situações, modos de organização do real e à própria linguagem, elemento fundamental nesse processo. (Oliveria, citado em Leffa, 2002, p. 5). Nesse sentido, pode-se dizer que sujeito e objeto são inseparavelmente inseparáveis,já que fazem parte de um todo cooperativo.

"O eu do do discurso se constroi também sendo mediado pelo computador, sendo que a idéia de alguém que ensina pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização do real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo" (Oliveira, citdo em Leffa, 2002, p. 5)

Ambos, professor(es) e aluno(s) devem estar no desenvolvimento da autonomia, ou serem mais autônomos, a fim de o processo de ensino-aprendizagem ser mais eficaz, já que é na cooperação/colaboração que há co-construção do conhecimento (metaconsciência), apesar de haver também o coletivo.

Pessoal,
O que vamos querer Autonomia ou heterenomia? Tudo é submissão. Mas, há uma diferença...

Nara, obrigada pelas suas contribuições e participação.
Um grande abraço.
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)- A TODOS!


Author:
Regina Brito
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:52:35 02/17/03 Mon

>a“presença do outro social pode se manifestar por meio
>dos objetos, da organização do ambiente, dos
>significados que impregnam os elementos do mundo
>cultural que rodeia o indivíduo”. (Nara)
>
>
>Ambos, professor(es) e aluno(s) devem estar no
>desenvolvimento da autonomia, ou serem mais autônomos,
>a fim de o processo de ensino-aprendizagem ser mais
>eficaz, já que é na cooperação/colaboração que há
>co-construção do conhecimento (metaconsciência),
>apesar de haver também o coletivo.
>
>Pessoal,
>O que vamos querer Autonomia ou heterenomia? Tudo é
>submissão. Mas, há uma diferença...
>
Bem lembrado Maristela,
autonomia não significa solidão, um processo de aprendizagem solitário do eu comigo mesmo. autonomia é sim ao conhecimento do eu, mas também a interação deste eu com o mundo. o aprendiz está submetido ao social mas, ao mesmo tempo pode influenciá-lo.
Um abraço,
Regina.
[> [> Subject: Re: Semiário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Vera
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:41:24 02/16/03 Sun

>Qustão 2
>
>Maristela,
>
>As idéias de Chomsky acerca da aprendizagem da língua
>estão ligadas ao automatismo,

Nara,

Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner. Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de hábitos automáticos.

Vera
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:07:50 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca, e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nessa conceppção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (inteligência enão estupidez) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística.

Um abraço
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:11:20 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nesta concepção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (é inteligente e não estúpido) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística.

Um abraço
Maristela
[> [> [> Subject: Re: Seminário: Autonomia e cooperação (10 a 15/02)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:14:21 02/18/03 Tue

"Acho que você está confundindo Chomsky com Skinner.
Chomsky é contra a idéia de língua como sinônimo de
hábitos automáticos."

Na teoria de skinner, a aprendizagem é extrínseca e o aluno aprende porque ele "recebe" essa aprendizagem. Nesta concepção, esse aprendiz é totalmente passivo e o erro é um "pecado". O objeto de estudo era a língua (langue).

Para chomsky, a língua é um processo mental, a aprendizagem é internalista, o aluno aprende porque pensa (é inteligente e não estúpido) e o erro é uma hipótese levantada pelo aluno no processo de aquisição. A questão de Chomsky (1960) é que apesar de ver a língua com um processo interno, seu objeto de estudo ainda era a língua (langue) e não a fala, a variação e a diversidade lingüística no contexto psico, sócio, histórico e cultural do aprendiz.

Um abraço
Maristela
[> Subject: Re: Seminário: Autonomia e Cooperação (10 a 17/02) - Reflexão inicial sobre a questão 1)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:16:10 02/15/03 Sat