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Subject: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]
Date Posted: 02:08:28 02/10/03 Mon

SEMINÁRIO SOBRE ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
Sejam bem vindos!!!


“Tell me and I forget
Teach me and I remember
Involve me and I learn”
Chinese Proverb



QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

1) Cohen (1998) e Freitas (1998), em seus respectivos estudos, apresentam algumas considerações importantes sobre o ensino sistematizado do uso de estratégias como uma ferramenta eficaz para uma aprendizagem bem sucedida. Aponte e discuta alguns pontos relevantes em ambos os textos.

2) Ao descrever as formas e conseqüências de um trabalho voltado para o uso consciente de estratégias de aprendizagem em sala de aula, Cohen (1998) chama a atenção do leitor para as mudanças de papéis de professores e aprendizes e as responsabilidades a serem assumidas por ambos nesse tipo de trabalho. Nesse sentido, reflita e analise a sua prática docente e tente relacionar os papéis que você e seus aprendizes têm assumido na construção do conhecimento em prol de uma aprendizagem mais autônoma.



Obrigada pela sua valiosa participação!!!

Denise Araújo

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Replies:
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:26:15 02/10/03 Mon

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>2) Ao descrever as formas e conseqüências de um
>trabalho voltado para o uso consciente de estratégias
>de aprendizagem em sala de aula, Cohen (1998) chama a
>atenção do leitor para as mudanças de papéis de
>professores e aprendizes e as responsabilidades a
>serem assumidas por ambos nesse tipo de trabalho.
>Nesse sentido, reflita e analise a sua prática docente
>e tente relacionar os papéis que você e seus
>aprendizes têm assumido na construção do conhecimento
>em prol de uma aprendizagem mais autônoma


Acho que ajudar o aprendiz a estar mais consciente do uso des suas estratégias é de muita importância e relevãncia. Interessante também é promover a troca entre os alunos, isto é, ajudá-los a compartilhar suas estratégias uns com os outros relatando a forma como aprendem e discutindo em sala. Na minha prática, procuro fomentar essa troca pois quando estão conscientes de suas estratégias e acreditam nelas, normalmente os alunos gostam de compartilhá-las e se forem bem orientados "ensinam" sua forma de aprender que como sabemos, nem sempre é válida para todos mas pode ser mais uma ferramenta a favor da aprendizagem do colega.
abraço
claudia
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>
>Denise Araújo
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:39:24 02/11/03 Tue

Prezada Cláudia

Primeiramente, gostaria de agradecê-la pela sua contribuição.
Acredito, como você, que o trabalho colaborativo entre alunos seja um elemento facilitador dentro de um programa de ensino voltado para o desenvolvimento de estratégias, desde que professor e aprendizes estejam realmente conscientes do significado de "ser estratégico" segundo Vogely (1995) citado em Cohen (1998: 69): "being strategic was not simply a matter of knowing what strategy to use, but also how to use it successfully (...) teachers could help learners bridge the gap between "knowing what" and "knowing how"". Nesse sentido, Cohen oferece algumas orientações sobre a formação de (futuros) professores voltada para este tipo de trabalho. Na sua opinião, como os cursos de formação de professores, no contexto brasileiro, têm se orientado nessa direção?


Um forte abraço,

Denise
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:12:04 02/10/03 Mon

Olá Denise e grupo,
Tentei responder de forma mais resumida, aguardo comentários.
Shirlene

1)

Os autores descorrem sobre a importância do treinamento das estratégias de aprendizagem e afirmam que a importância se evidencia com a mudança no foco do ensino para mais comunicativo. Cohen questiona se os alunos devem ser deixados sozinhos com seus instrumentos de aprendizagem, no caso as estratégias, ou se devem ser treinados. Ambos, Cohen e Freitas são a favor do treinamento. Segundo Cohen o treinamento seria ensinar explicitamente os alunos como e quando usar das estratégias para facilitar aprendizagem. O treinamento encoraja os alunos a encontrar seu próprio caminho para o sucesso, a se auto avaliarem e desenvolver a autonomia. Freitas acrescenta que o papel do professor passa a ser mais significativo e ativo dentro do processo de aprendizado de seus alunos.
Freitas em seu estudo corrobora com as idéias de Cohen e conclui que o estudo sistematizado e formalizado das estratégias é indispensável para a aquisição de uma segunda língua. Não aponta uma ou outra estratégia como melhor que a outra, mas evidencia que a consciência dos vários tipos, faz com que alunos façam suas escolhas de acordo com sua necessidade e estilo.
Cohen afirma que o processo de treinamento de estratégias deve ser espiral, ou seja, com reforço progressivo (p.80) e centradas no aluno.Fatores como o nível de proficiência, estilo, tempo e custo devem ser levados em consideração na elaboração do programa de treinamento.

2)
O autor usa metáforas para determinar o papel tanto do aprendiz quanto do professor:
· O professor assume o papel de facilitador do processo, uma vez que ajuda os alunos a se tornarem mais independentes e responsáveis. Ele passa a ser parceiro de seus alunos.
· Professor como diagnosticador que vai identificar as estratégias mais utilizadas pelos alunos, tornando os mais conscientes do processo.
· Professor como treinador das estratégias individual ou do grupo
· Professor coordenador em parceria com os alunos
· Professor aprendiz, que troca experiências com os alunos.
· Professor pesquisador que reflete sobre sua prática, sobre seu grupo e busca através da pesquisa sistematizada conhecer sua abordagem, seu grupo e solucionar os problemas dos mesmos.
O aluno vai de encontro com estes perfis de professores e se tornam mais autônomos, responsáveis pelo próprio processo de aprendizagem e conscientes.
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 19:03:01 02/11/03 Tue

Prezada Shirlene

Obrigada pela sua valiosa participação neste seminário.

Os seus comentários são bastante pertinentes, principalmente ao mencionar o fato de que a conscientização dos vários tipos de estratégias que o treinamento propõe, segundo Cohen e Freitas, permite ao aprendiz "fazer as suas próprias escolhas de acordo com os seus estilos e suas necessidades", fornecendo-lhe condições para trabalhar de forma autônoma e crítica para o gerenciamento de sua própria aprendizagem.
Nesse sentido, torna-se necessário que os professores de línguas se aproximem das metáforas expressas pelo autor (e ressaltadas por você) sobre o papel de professores e aprendizes requeridas nesse tipo de instrução. Coloco, então, a seguinte pergunta: Como podemos atingir esse nível de desenvolvimento profissional? A pesquisa-ação seria um bom caminho?

Um forte abraço e aguardo comentários,

Denise
[> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:02:41 02/13/03 Thu

Como
>podemos atingir esse nível de desenvolvimento
>profissional? A pesquisa-ação seria um bom caminho?
>
>Um forte abraço e aguardo comentários,
>
>Olá Denise
Acredito que a persquisação dentro de uma abordagem reflexiva é o caminho para o professor desenvolver-se profissionalmente. Através de uma prática mais consciente, ele poderá desenvolver de forma mais eficaz as competencias (Almeida Filho)? profissionais. Vieira Abraâo 1999:46) afirma que a capacidade de reflexão e de crítica pode tornar o professor mais aberto para a análise de novas abordagens e propostas que com certeza surgirao em sua vida.

e segundo Teberosky e Cardoso 1990:51
o objetivo desta reflexao é fazer com que o professor não só avalie sua pratica, mas teorize e formule principios explicativos para seu ensino.
Shirlene
[> [> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:17:02 02/14/03 Fri

Prezada Shirlene

Através das discussões do grupo e das várias leituras feitas, observamos que para que tenhamos profissionais cada vez mais conscientes dos seus papéis (segundo concepção de Cohen, 1998), é necessário que haja cada vez mais um esforço por parte dos cursos de formação de professores no desenvolvimento do professor reflexivo e crítico. Como apontado por você, acredito que o incentivo à prática da pesquisação seja um importante passo justamente por possibilitar ao professor se "ver no espelho" e compreender como a sua prática tem ou não beneficiado a aprendizagem dos seus alunos.

Acredito, como você, que também é importante que o professor tenha um bom embasamento teórico e aprenda a desenvolver uma "reflexão teoricamente informada de sua prática" para compreenderem os princípios que embasam essa prática (Vieira-Abrahão, 1996).

Forte Abraço,

Denise
[> [> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:23:46 02/14/03 Fri

Shirlene

Você poderia nos enviar a referência citada neste comentário?? Teberosky e Cardoso (1990)

Abraços e obrigada,

Denise
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:38:34 02/10/03 Mon

Denise e colegas,

O texto de Freitas tem como principal objetivo mostrar a validade do uso consciente de estratégias de aprendizagem por alunos de inglês como língua estrangeira, na aquisição de vocabulário. O que pude concluir após a leitura do texto é que não existem métodos perfeitos ou ideais, mas sim estratégias para que esses métodos se tornem efetivos. Também não existe a estratégia mais eficiente, pois o uso das estratégias depende de indivíduo para indivíduo e seus estilos de aprendizagem. Por outro lado, o texto de Cohen é baseado no treinamento de estratégias, as várias formas de se fazer esse treinamento e o papel que o professor pode exercer. Um dos principais objetivos do treinamento é promover aprendizes autônomos e independentes. Os pontos que podemos ressaltar sobre treinamento neste capítulo são:
Com o treinamento, o aprendiz:
 se sentirá fortalecido e tomará controle de seu processo de aprendizagem;
 será capaz de auto diagnosticar suas fraquezas e forças na aprendizagem da língua;
 tornará mais ciente do que pode ajudá-lo à aprender a língua mais eficientemente;
 será capaz de desenvolver uma grande variedade de habilidades para solucionar problemas;
 experimentará diversas estratégias de aprendizagem;
 será capaz de tomar decisões sobre como alcançar uma atividade da língua;
 será capaz de monitorar e avaliar sua atuação;
 será capaz de transferir estratégias que tiveram bons resultados para novos contextos de aprendizagem.
Dentre as opções para o treinamento de estratégias, Cohen cita “general study-skills courses” (onde o aprendiz desenvolve uma consciência geral do processo de aprendizagem), “lectures and discussion”, workshops, peer tutoring ( há a vantagem de praticar a língua com um alvo autêntico), “strategies inserted into language textbooks”, “videotaped mini- courses” (vantagem de poder ser utilizado fora de sala de aula a qualquer hora) e strategies-based instruction.
Concluindo, baseado nos dois textos, é muito importante que o professor motive seus alunos a se tornarem mais independentes, autônomos em relação à sua aprendizagem, conscientizando-os sobre os processos cognitivos e treinando-os no uso de estratégias. Com isso o papel do professor se torna menos autoritário e mais significativo, tornando um elemento mais ativo dentro do processo de aprendizagem de seus alunos.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Questão para Silvana e grupo


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:51:09 02/11/03 Tue

Querida Silvana

Primeiramente, gostaria de agradecê-la pela sua valiosa contribuição neste seminário.

"é muito
>importante que o professor motive seus alunos a se
>tornarem mais independentes, autônomos em relação à
>sua aprendizagem, conscientizando-os sobre os
>processos cognitivos e treinando-os no uso de
>estratégias. Com isso o papel do professor se torna
>menos autoritário e mais significativo, tornando um
>elemento mais ativo dentro do processo de aprendizagem
>de seus alunos."

Concordo com você ao mencionar que o papel do professor, nesse tipo de abordagem, deve ser o de facilitador do processo de aprender que o aluno empreende a partir do momento em que ele (professor) compartilha as diversas formas de aprender e como usá-las nas diversas situações de aprendizagem.
Nesse sentido, que avanços a escola de ensino regular e cursos livres têm realizado diante da necessidade real de repensarmos o papel a ser assumido pelos nossos aprendizes de LE na construção do conhecimento e de aprenderem como aprender?

Um forte abraço,

Denise
[> [> [> Subject: Re: Questão para Silvana e grupo


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:52:51 02/12/03 Wed

>Nesse sentido, que avanços a escola de ensino regular
>e cursos livres têm realizado diante da necessidade
>real de repensarmos o papel a ser assumido pelos
>nossos aprendizes de LE na construção do conhecimento
>e de aprenderem como aprender?
>
>Um forte abraço,
>
>Denise

Denise,

Muitas escolas têm implementado o trabalho colaborativo em suas aulas, mas acho que deveria haver uma mobilização maior em relação à essa questão. Para que tudo isso que temos discutido possa ser colocado em prática, professores precisam se especializar, precisam percorrer o caminho que muitos de nossos professores já percorreram. É o que nós estamos tentando fazer.
Um grande abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: Questão para Silvana e grupo


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:12:42 02/13/03 Thu

)>Nesse sentido, que avanços a escola de ensino regular
>e cursos livres têm realizado diante da necessidade
>real de repensarmos o papel a ser assumido pelos
>nossos aprendizes de LE na construção do conhecimento
>e de aprenderem como aprender?
>
>Oi Denise e grupo
Concordo com todas as afirmações e gostaria de dizer que temos escolas e escoalas. Há escolas que têm uma folosofia de ensino voltada para a capacitação continuada de professores e um projeto pedagógico sólido e eficaz. ,as sabemos também que há escolas que não tem nem professor formado.
Shirlene
[> [> [> [> Subject: Re: Questão para Silvana e grupo


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:44:47 02/13/03 Thu

Prezada Silvana e Shirlene

Obrigada pelo feedback. Concordo com vocês ao afirmarem que tem havido algum empenho por parte de algumas escolas e universidades na qualificação dos profissionais de línguas (apesar de ainda sabermos que existe um longo caminho a ser percorrido). Como prova disso, acredito que o projeto EDUCONLE (FAE-FALE/UFMG) seja um passo significativo e um espaço importante para mudarmos a situação presente de ensino de línguas nas escolas de ensino regular na nossa região. Participo como observadora deste grupo e vejo que, apesar das deficiências linguísticas e metodológicas dos participantes e do pouco tempo de curso, as discussões acerca do uso de estratégias de aprendizagem, autonomia do aprendiz e as formas de desenvolvê-la tem ajudado tais professores a repensarem a sua prática na busca de possíveis mudanças.

Um forte abraço a vocês,

Denise
[> [> [> Subject: Re: Questão para Silvana e grupo


Author:
Cibele Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:07:22 02/17/03 Mon

Concordo com você ao mencionar que o papel do
>professor, nesse tipo de abordagem, deve ser o de
>facilitador do processo de aprender que o aluno
>empreende a partir do momento em que ele (professor)
>compartilha as diversas formas de aprender e como
>usá-las nas diversas situações de aprendizagem.
>Nesse sentido, que avanços a escola de ensino regular
>e cursos livres têm realizado diante da necessidade
>real de repensarmos o papel a ser assumido pelos
>nossos aprendizes de LE na construção do conhecimento

Prezada Denise,

Tenho lutado bastante para conscientizar todos com quem trabalho no sentido de trabalhar e desenvolver, junto ao aprendiz, as capacidades metacognitivas de cada um. O que me chamou bastante atenção no texto de Cohen foi a separação do ensino de idiomas dos treinamentos estratégicos. Faz sentido. O aluno sente que está perdendo tempo na aprendizagem de línguas, mesmo quando se define com clareza a necessidade do treinamento estratégico. Creio que o ideal seria acrescentar "workshops", promover palestras e discussões, mini-cursos em vídeo-tapes, para despertar nos alunos a consciência da necessidade das estratégias no processo de aprendizagem. Na minha experiência pessoal, nunca fiz isso, mas pretendo colocar em prática ainda neste ano.

Um abraço,

Cibele
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:08:40 02/14/03 Fri

>é muito
>importante que o professor motive seus alunos a se
>tornarem mais independentes,

Silvana,
cocncordo plenamente com voc6e, mas gostaria de ressaltar que o aluno também precisa ter a chamada motivaçãop intrínseca, porque se ele não quiser aprender todo o nosso esforço será fgracassado. Mas não devemos nos desanimar, vamos fazer com que os nossos alunos tenham bastante vontade de aprender.
Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:35:28 02/10/03 Mon

1) “Os resultados mostraram que o uso eficiente de determinadas estratégias parece estar diretamente relacionado com o fator idade e tudo o que o acompanha , como os desenvolvimentos cognitivo e psicológico.”

Às vezes presenciamos isto em sala, pessoas mais velhas tendem a ter uma dificuldade maior para o aprendizado de língua estrangeira.

(69) “...As estratégias Associação Situacional, Associação Auditiva e Contextualização foram usadas (eficazmente) pelos alunos mais velhos. No caso da estratégia Contextualização, é possível que o desenvolvimento cognitivo, bem como o desenvolvimento lingüístico e a riqueza de conceitos dos informantes de uma faixa etária mais elevada tenham contribuído para isto.”

Talvez a bagagem cultural ou até a vivência facilitam na utilização desta estratégia.
2 – Quando o aluno utiliza as estratégias de aprendizagem de língua estrangeira, seu desempenho e sua autonomia são encorajados e o professor expande a sua atuação tornando mais ativo sua participação no processo ensino aprendizagem.

A partir do momento que os alunos têm consciência da utilização das estratégias para que a aprendizagem de língua Inglesa se torne mais efetivo. É como se um leque de possibilidades se abrisse e ele pudesse escolher a que melhor lhe atende.

Os professores podem ajudar aos alunos a se tornarem mais consciente de como aprender, e é bom que exista um trabalho colaborativo entre aluno e professor.

Ë interessante que o enfoque sai do professor e o processo pode ser mais interativo e cooperativo. Tudo isso bem dentro das habilidades requeridas hoje nas escolas.
[> [> Subject: Re: Questão para Marlene e grupo


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:21:22 02/11/03 Tue

Prezada Marlene

Primeiramente, gostaria de agradecê-la pela sua participação neste seminário.

Concordo com você ao destacar a questão do trabalho colaborativo entre alunos e entre professor e alunos como forma de auxiliar estes últimos a lidarem com as diversas situações de aprendizagem e se tornarem mais responsáveis e conscientes pela própria aprendizagem, pois a interação gerada nesse tipo de trabalho pode propiciar momentos para reflexão que favoreçam o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a aprendizagem de uma nova língua.

“Os resultados mostraram que o uso eficiente de
>determinadas estratégias parece estar diretamente
>relacionado com o fator idade e tudo o que o acompanha
>, como os desenvolvimentos cognitivo e psicológico.”
>Às vezes presenciamos isto em sala, pessoas mais
>velhas tendem a ter uma dificuldade maior para o
>aprendizado de língua estrangeira.

Com relação à questão do "fator idade" apontada por Freitas em seu estudo e ressaltada por você (trecho acima) acho que este é um ponto bastante delicado e que deve ser analisado tendo em vista alguns fatores tais como: (in)adequação do estilo de ensino do professor aos estilos de aprendizagem, tipo de instrução sobre o uso de estratégias de aprendizagem (ela realmente favorece a conscientização e uso por parte do aprendiz???), tipos de atividades trabalhadas em sala de aula, dentre outros. O que você e demais colegas acham?

Um forte abraço e aguardo sugestões,

Denise
[> [> [> Subject: Re: Questão para Marlene e grupo


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:16:49 02/12/03 Wed

>Denise,

Talvez eu tenha me expressado mal. Eu não posso generalizar. Não tenho preconceitos e não estou fechada com esta idéia. O que relatei foi algumas poucas experiências que tive. É lógico que o ensino aprendizagem depende de uma série de fatores como: técnicas, estratégias, estilos de aprendizagem, material, interação entre aluno-professor, bagagem cultural, emocional, etc ...

Ás vezes, o que ocorre é que uma pessoa de meia idade, depois de parar de estudar 20 ou mais anos começa a estudar o inglês (língua que leciono), por exemplo, tem certas dificuldades, que um aluno (criança ou adolescente) que já está inserido no contexto escola e com a mente fresquinha pode não ter. O adulto talvez neste caso possa precisar de um tempo maior.
É claro, que esta é uma esperiência isolada e passada por mim. Nada ciêntífico.

Um abraço,

Marlene

Talvez
[> [> [> [> Subject: Re: Questão para Marlene e grupo


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:59:36 02/12/03 Wed

Prezada Marlene

Compreendo o seu pensamento pois também já passei por experiências desse tipo. Acredito que esse "tempo" seja necessário para que esses aprendizes (mais velhos) se adequem às novas formas de aprender que, de uma certa forma, exigem dos mesmos rever suas crenças construídas no passado enquanto aprendizes e refletir sobre o processo de aprender que eles estão empreendendo. Como sabemos, isso requer tempo e um tipo de trabalho voltado para a reflexão sistematizada por parte do professor podendo gerar conflitos e inseguranças nos aprendizes.

Um forte abraço e obrigada pelo feedback,

Denise
[> [> [> Subject: Re: Questão para Marlene e grupo


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:00:41 02/12/03 Wed

>>Com relação à questão do "fator idade" apontada por
>Freitas em seu estudo e ressaltada por você (trecho
>acima) acho que este é um ponto bastante delicado e
>que deve ser analisado tendo em vista alguns fatores
>tais como: (in)adequação do estilo de ensino do
>professor aos estilos de aprendizagem, tipo de
>instrução sobre o uso de estratégias de aprendizagem
>(ela realmente favorece a conscientização e uso por
>parte do aprendiz???), tipos de atividades trabalhadas
>em sala de aula, dentre outros. O que você e demais
>colegas acham?
>
>Um forte abraço e aguardo sugestões,
>
>Denise

Denise,

Concordo com você, pois acho que não se pode levar em consideração um fator individual, mas sim uma série de fatores como os que você mesma já citou acima.
Um abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: Questão para Marlene e grupo


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:19:17 02/15/03 Sat

Com relação à questão do "fator idade" apontada por
Freitas em seu estudo e ressaltada por você (trecho
acima) acho que este é um ponto bastante delicado e
que deve ser analisado tendo em vista alguns fatores
tais como: (in)adequação do estilo de ensino do
professor aos estilos de aprendizagem, tipo de
instrução sobre o uso de estratégias de aprendizagem
(ela realmente favorece a conscientização e uso por
parte do aprendiz???), tipos de atividades trabalhadas
em sala de aula, dentre outros. O que você e demais
colegas acham?"

Denise

As variáveis que interferem na aquisição de uma língua estrangeiras, de uma maneira geral, são diversas e estão inter-relacionadas, de maneira não linear, a questões externas (situacionais) e internas (de personalidade)... e é em razão disso, também, que a aquisição de uma língua estrangeira é um processo complexo.

Parece-me que os estudos sobre estratégias de aprendizagem devem ser mais longitudinais, a fim de serem mais válidos e confiáveis. Logo, concordo com você quanto à questão idade, bem como qualquer afirmação, generalização deva ser uma discussão "cautelosa".

Um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:05:01 02/11/03 Tue

Querida Denise,

Gostei muito dos textos que você escolheu, da forma como você propôs as questões e do provérbio também. O aspectos que mais me chamou a atenção nos dois textos foi a ênfase dada a questão da formação do professor.
Questão 1
Quanto ao texto de Cohen (1998) acho importante ressaltar a contribuição que ele traz a respeito da necessidade de se investir na formação do professor para que ele possa implementar um ensino sistematizado de estratégias. Segundo o autor (p.98) para tal implementação é preciso que o professor escolha um modelo instrucional que:
· apresente as estratégias para os aprendizes e aumente a conscientização deles sobre seus estilos de aprendizagem;
· ensine os aprendizes a identificar, praticar, avaliar e aplicar as estratégias em novas situações de aprendizagem; e
· promova a autonomia do aprendiz para que eles possam continuar utilizando as estratégias adquiridas, fora da sala de aula.
A este respeito Freitas (1998), em sua pesquisa, mostra que é importante que o professor tenha mais do que proficiência na língua alvo, é necessário que ele incentive os alunos a utilizarem estratégias de forma consciente, mas sem impor quais estratégias deverão utilizar, pois, segundo a autora “Uma vez consciente da existência dos diversos tipos de estratégias, bem como da importância do uso das mesmas no processo de aprendizagem de uma nova língua, o aluno adquire condições e autonomia para se guiar dentro desse processo...” (Freitas, 1998:70).

De acordo com Cohen (1998) para a implementação de um trabalho voltado para o uso consciente de estratégias é necessário que haja mudanças nos papéis do professor e dos alunos. O primeiro deve deixar de ser a “fonte do conhecimento” para assuimir uma postura mais colaborativa, assumindo os papéis de: diagnosticador, treinador (técnico), coordenador, aprendiz da língua que ensina e pesquisador. O aluno deve passar de passivo a ativo no processo, devem passar a ser mais autônomos, conhecer seus estilos de aprendizagem, gerenciar, monitorar e avaliar seu aprendizado. E isto só se torna possível a partir do momento em que o aprendiz assume responsabilidades sobre seu processo de aprendizagem.

Na minha atual realidade de ensino/aprendizagem posso afirmar que tenho aproveitado toda e qualquer situação para desenvolver a autonomia dos meus alunos. Reconheço que não é uma tarefa de fácil alcance, mas deve ser uma meta. Tenho percebido que muitos dos meus alunos não querem ser autônomos porque não querem assumir responsabilidades, outros compreendem autonomia sob uma perspectiva deturpada, do tipo, “qualquer coisa que eu fizer a professora aceita”, e há, também, aqueles que são realmente autônomos, capazes de transcender o que foi visto em sala e aplicar em novos contextos. Então, sempre utilizo o exemplo destes últimos para mostrar aos outros que é possível ser mais autônomos (é claro que sem constrangimentos).
Tenho procurado me embasar teoricamente e discutir sobre a importância do uso de estratégias para o desenvolvimento da autonomia sempre que tenho oportunidade. Sei que estou longe do ideal, mas pretendo continuar investindo.

Abraços

Vanderlice
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:15:49 02/11/03 Tue

Querida Vanderlice

Primeiramente, gostaria de parabenizá-la e agradecê-la pela valiosa contribuição.
Achei bastante relevante o fato de mencionar que o trabalho voltado para a conscientização de estratégias, apesar de ser orientado pelo professor, não deve ter como meta impor os tipos de estratégias a serem utilizadas pelos aprendizes haja vista cada um ter o direito de escolher a melhor forma de aprender de acordo com os seus estilos e necessidades, a fim de gerenciar o seu próprio aprendizado.
Sobre a questão "formação de professores e ensino sistematizado de estratégias", gostei muito das suas colocações e gostaria de lhe propor a seguinte questão:
Como formadora de professores, qual deve ser o papel do(a) formador(a) de professores e os recursos utilizados por ele(a) na orientação de seus aprendizes rumo ao ensino voltado para a conscientização de estratégias?

Um forte abraço,

Denise
[> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:59:31 02/13/03 Thu

Quereida Denise,

Acredito que o formador de professores, também, desempenha um papel crucial na conscientização da importância do uso de estratégias. Cohen (1998) sugere várias alternativas para conscientizar o professor da importância dos uso de estratégias no processo de ensino/aprendizagem. Nesta perspectiva, cabe ao formador de professores criar oportunidades para que os professores em formação possam:
- refletir sobre o uso de estratégias (via atividades que integrem a teoria e a prática;
- manter diários reflexivos relacionados ao uso de estratégias durante o curso de formação;
- observar aulas em ambientes autênticos e discussão posterior enfatizando o tema "estratégias";
- preparar aulas que possibilitem o uso de estratégias (tanto em caso de regências em ambientes autênticos quanto em casos de simulações para os próprios colegas durante o curso de formação).

Enfim, sabemos que existem outras técnicas a ser adotadas pelo formador de professores e deveram seram definidas a partir das especificidades de cada contexto.

Um abraço
Espero ter contribuído

vanderlice
[> [> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 13:41:44 02/14/03 Fri

Querida Vanderlice

Mais uma vez obrigada pela sua valiosa participação e contribuição. Os seus comentários são bastante pertinentes e nos mostram o seu amadurecimento mediante a árdua e complexa tarefa de trabalhar em prol da formação/desenvolvimento do profissional de línguas.
Como apontado por você, é preciso que o formador de professores tenha em mente que a partir da sua própria experiência ao aprender a ensinar e as estratégias utilizadas para tal, ele poderá trocar experências com os seus aprendizes (professores em formação) com o intuito de prepará-los a desempenharem o papel de facilitadores na aprendizagem e uso de estratégias pelos seus futuros aprendizes.

Forte abraço,

Denise
[> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Cibele Braga
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Date Posted: 05:39:01 02/17/03 Mon

>Querida Vanderlice
>
>Primeiramente, gostaria de parabenizá-la e agradecê-la
>pela valiosa contribuição.
>Achei bastante relevante o fato de mencionar que o
>trabalho voltado para a conscientização de
>estratégias, apesar de ser orientado pelo professor,
>não deve ter como meta impor os tipos de estratégias a
>serem utilizadas pelos aprendizes haja vista cada um
>ter o direito de escolher a melhor forma de aprender
>de acordo com os seus estilos e necessidades, a fim de
>gerenciar o seu próprio aprendizado.
>Sobre a questão "formação de professores e ensino
>sistematizado de estratégias", gostei muito das suas
>colocações e gostaria de lhe propor a seguinte questão:
>Como formadora de professores, qual deve ser o papel
>do(a) formador(a) de professores e os recursos
>utilizados por ele(a) na orientação de seus aprendizes
>rumo ao ensino voltado para a conscientização de
>estratégias?
>
>Um forte abraço,
>
>Denise

Denise,

Vanderlice ofereceu idéias valiosas para a formação de novos professores, mas eu gostaria de acrescentar que a conscientização do próprio processo meta-cognitivo é fundamental para uma profunda reflexão e troca de experiências entre os alunos/professores. À medida que nos conhecemos melhor, seremos capazes de compreender melhor o outro, tanto colegas quanto alunos.

Um abraço,

Cibele
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 17:13:06 02/14/03 Fri

Vanda,
Acredito que a maioria de nós sofre deste problema da falta de responsabilidade dos alunos em relação ao aprendiado, mas graças a Deus existem alguns que conseguem entender a nossa mensagem e atingem a autonomia e o parendizado com êxito.
São estes aluno que nos dão força para tentar conscientizar os demais.
Abraços,
Rosiane
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Rita Vilaça
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Date Posted: 16:00:32 02/12/03 Wed

> Denise,
Voce foi muito feliz na escolha deste proverbio. Parabéns !
Questão 1:

(...) "O uso de estratégias parece depender de vários fatores de indivíduo para indivíduo. Por essa razão, não se pode apontar uma determinada estratégia que possa ser considerada perfeita para todo e qualquer aprendiz." (...) ( Freitas, 1998:61)
Essa consideração é, na minha opinião, a mais pertinente sobre o ensino/aprendizagem que preconiza o ensino formal ou o uso consciente de estratégias. Não existe verdades absolutas em se tratando de:
a) línguas estrangeiras: As línguas são dinâmicas, podem mudar de acordo com a época, o país ou região. Atualmente, por exemplo, a linguagem/o vocabulário de termos ligados ao computador são absorvidos ou adaptados do inglês para outras línguas estrangeiras.
b) Aprendizes: Os aprendizes/alunos são diferentes, apresentam características distintas. O uso de estratégias vai depender de fatores como idade, personalidade, contextos nos quais estão inseridos, situação sócio econômica, objetivos e principalmente, dificuldades individuais de suas habilidades (skills). O que é uma estratégia eficiente para um aprendiz desinibido, pode não ser para um aluno tímido e vice-versa. Talvez um determinado aprendiz precise de maior instrução formal do que um outro.
c) Estratégias: O uso consciente de estratégias tende a ser um ponto positivo nas escolhas individuais dos aprendizes. Cabe ao professor instruir e mostrar a existência de uma determinada estratégia e ao aluno a responsabilidade de usá-la. Isso vai de encontro à colocação (...) "é necessário determinar estratégias que os aprendizes já usem e selecionar estratégias que sejam apropriadas às características e necessidades dos aprendizes". (...) ( Cohen, 1998:90). Seria interessante se nós, professores tivéssemos tempo e disposição para direcionar diferentes estratégias para nossos aprendizes, de acordo com suas necessidades. Acho que isso só é possível em se tratando de grupos específicos, pequenos ou alunos particulares.

Freitas ( 1998:67) faz referência a Vygotsky (1978) questionando até que ponto a
idade seria um fator que influenciaria o uso eficiente de estratégias e conclui que pelo menos para a aquisição de vocabulário, a idade é um fator relevante. Concordo que o "desenvolvimento cognitivo e psicológico, a maturidade, conhecimento de mundo e personalidade" são fatores cruciais para o uso eficiente de estratégias. No entanto, eu gostaria de acrescentar que o objetivo do aprendiz também deve ser levado em consideração, independente da idade. Muitas vezes, o aprendiz se sente motivado de várias maneiras e usa estratégias consciente ou inconscientemente. Se o aprendiz tem uma personalidade aberta a novas experiências e tem um objetivo claro como, por exemplo, intercâmbio, estágio ou curso no exterior, pretensão a um determinado emprego, sua motivação será maior e, na minha opinião, o uso CONSCIENTE de estratégias leva a um uso mais EFICIENTE das mesmas, não só em aquisição de vocabulário, mas em outras situações também.


Questão 2:

Como já foi dito anteriormente, a mudança de papéis é tão complexa para alunos e para professores. No meu caso, me sinto "em cima do muro", pois ao mesmo tempo em que direciono estratégias e tento dar autonomia, não deixo de lado meu papel tradicional de professor que detém o poder.
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:15:00 02/13/03 Thu

Prezada Rita

Muitíssimo obrigada pela sua valiosa participação e envolvimento nas leituras dos textos propostos para este seminário!!!

Achei as suas considerações bastante pertinentes e ressalto algumas para que possamos dialogarmos, ou melhor, interagirmos mais a respeito, ok!

"c) Estratégias: O uso consciente de estratégias tende
>a ser um ponto positivo nas escolhas individuais dos
>aprendizes. Cabe ao professor instruir e mostrar a
>existência de uma determinada estratégia e ao aluno a
>responsabilidade de usá-la. Isso vai de encontro à
>colocação (...) "é necessário determinar estratégias
>que os aprendizes já usem e selecionar estratégias que
>sejam apropriadas às características e necessidades
>dos aprendizes". (...) ( Cohen, 1998:90). "

Acredito como você na potencialidade de um ensino sistematizado voltado para o uso consciente de estratégias de aprendizagem, pois é através dessa conscientização que os nossos aprendizes poderão fazer as suas próprias escolhas sobre as estratégias que me melhor se adequam as suas necessidades e especificidades podendo assumirem, assim, maiores responsabilidades sobre a própria aprendizagem e adquirirem um maior conhecimento sobre as diversas formas de aprender.

"Seria
>interessante se nós, professores tivéssemos tempo e
>disposição para direcionar diferentes estratégias para
>nossos aprendizes, de acordo com suas necessidades.
>Acho que isso só é possível em se tratando de grupos
>específicos, pequenos ou alunos particulares."

Rita, reconhecemos que gerenciar um trabalho desse tipo em turmas grandes não deve ser tarefa fácil, mas o que podemos fazer para driblarmos essa situação (pergunta - o meu teclado está com problemas com relação à interrogação). Seria o trabalho colaborativo entre aprendizes um caminho possível (pergunta). O que acha (pergunta)

Um forte abraço e mais uma vez aguardo a sua colaboração,

Denise
>
[> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 03:03:29 02/15/03 Sat

reconhecemos que gerenciar um trabalho desse
>tipo em turmas grandes não deve ser tarefa fácil, mas
>o que podemos fazer para driblarmos essa situação
>(pergunta - o meu teclado está com problemas com
>relação à interrogação). Seria o trabalho colaborativo
>entre aprendizes um caminho possível (pergunta). O que
>acha (pergunta)
Denise,
achei as perfuntas que você fez à Rita muito interessantes, uma vez que trabalho com turmas numerosas e tenho muita dificuldade pois não consigo agradar a todos os alunos e algumas atividades viram bagunça.
Para driblar isso procuro estimular o trabalho colaborativo, observo os alunos que possuem estilos de aprendizagem semelhantes e exploro isso e negocio sempre, principalmente no que diz respeito ao trabalho com músicas e com filmes.
Em uma turma grande é complicado trabalhar com o que agrada a todos, então eles levam as sugestões e sempre que posso procuro atender atodos, por exemplo quando vou passar um música romântica quem gosta de rock colabora e vice-versa.
assim, estimulo o respeito ao próximo, a colaboração, etc e aacredito que alcanço os diversos estilos de aprendizagem.
Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Silvana
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Date Posted: 17:42:13 02/12/03 Wed

Denise e colegas,

Questão 2

O professor não assume mais o papel de controlar todos os aspectos do processo de aprendizagem, de ser a autoridade máxima dentro da sala de aula. Hoje em dia, aprendizes têm se tornado mais conscientes de que para uma aprendizagem com sucesso é necessário estarem ativamente envolvidos no processo de aprendizagem, ou seja, é necessário que tenham consciência de que eles são os maiores responsáveis pela aprendizagem. No entanto, pode parecer que com esta mudança o papel do professor perdeu a sua importância. Pelo contrário, o papel do professor não só não perdeu a importância, como também foi ampliado, uma vez que além de instrutor da língua, possui o papel de treinador de aprendizes, pesquisador, etc.
Com relação à minha prática, trabalho em escolas que possuem suas normas, mas procuro dentro do possível mostrar aos aprendizes a existência de várias estratégias de aprendizagem e a importância das mesmas. Estimulo muito a aprendizagem colaborativa com o objetivo de aumentar a motivação dos alunos em relação `a sua aprendizagem e também fazer com que eles aprendam uns com os outros.
Um abraço a todos,
Silvana
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Isis Pordeus
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Date Posted: 03:29:58 02/13/03 Thu

Silvana e colegas

muito pertinentes os seus comentarios abaixo, pois devemos estar sempre atentos ao amplo escopo de nossa atuaçao como professores. Em nossa pratica temos a oportunidade de fazer a diferença nas vidas de nossos alunos e colaborar para o crescimento deles em muitos sentidos. O estimulo ao desenvolvimento de estrategias de aprendizado se reflete em outras areas, constituindo uma especie de patrimonio pessoal, como outras formas de conhecimento.

Quanto ao seu trabalho voltado para a pratica colaborativa, acredito ser essa a melhor forma de trabalharmos em qualquer situaçao. E muito gratificante perceber que cada vez mais as pessoas, e nosso grupo esta bem sintonizado nisso, se voltam para uma mudança de comportamento e buscam novas formas de crescimento pessoal e profissional.

Grande abraço

Isis Pordeus


"pode parecer que com esta mudança o papel do
>professor perdeu a sua importância. Pelo contrário, o
>papel do professor não só não perdeu a importância,
>como também foi ampliado, uma vez que além de
>instrutor da língua, possui o papel de treinador de
>aprendizes, pesquisador, etc."


"Estimulo muito a aprendizagem colaborativa com
>o objetivo de aumentar a motivação dos alunos em
>relação `a sua aprendizagem e também fazer com que
>eles aprendam uns com os outros."
>Um abraço a todos,
>Silvana
[> [> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:53:14 02/14/03 Fri

"O estimulo ao desenvolvimento de estrategias
>de aprendizado se reflete em outras areas,
>constituindo uma especie de patrimonio pessoal, como
>outras formas de conhecimento."

Prezada Isis

Saiba que é muito bom tê-la como participante das nossas discussões.

Concordo com você ao afirmar que nós professores podemos deixar "marcas" profundas (boas ou ruins) na vida dos nossos aprendizes e uma delas, acredito, diz respeito a sua emancipação não só em relação a aprendizagem mas, também, no sentido de compreenderem o mundo e tentarem transformá-lo de alguma forma.

Abraço forte e obrigada pela sua participação,

Denise
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:29:26 02/13/03 Thu

"No
>entanto, pode parecer que com esta mudança o papel do
>professor perdeu a sua importância. Pelo contrário, o
>papel do professor não só não perdeu a importância,
>como também foi ampliado, uma vez que além de
>instrutor da língua, possui o papel de treinador de
>aprendizes, pesquisador, etc."

Querida Silvana

Você foi no ponto x da questão ao afirmar que, na verdade, o papel do professor tem se ampliado, apesar de dividir responsabilidades com os seus aprendizes.
Li um interessante artigo de Larsen-Freeman (1998) que diz exatamente isso ao discutir que a medida que o papel do aprendiz tem se ampliado, o do professor também tem se expandido. Segunda ela (1998; 207) "the expanded role of learners has placed new demands on teachers".

Obrigada por mais esta participação!!!

Segue abaixo a referência do texto e se quiser é só pedir.

LARSEN-FREEMAN, D. Expanding roles of learners and teachers in learners-centered instruction. In; RENANDYA, W. A. & JACOBS, G. M., Learners and Language Learning. Singapore, 1998.

Abraço forte,

Denise
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:34:25 02/15/03 Sat

No entanto, pode parecer que com esta mudança o papel do
professor perdeu a sua importância. Pelo contrário, o
papel do professor não só não perdeu a importância,
como também foi ampliado, uma vez que além de
instrutor da língua, possui o papel de treinador de
aprendizes, pesquisador, etc."

Silvana

E isso ai! "The position taken is that teacher training institutions may wish to reconsider language teacher roles for the twenty-first century in their teacher education programs." ( Cohen, 1998, p.65) A importante interação com o professor tem um papel fundamental no desenvolvimento de um trabalho mais autônomo.

Um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Dilso Almeida
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Date Posted: 16:17:25 02/13/03 Thu

Denise,
Em primeiro lugar, parabéns pela escolha do assunto, dos textos e pelo acompanhamento das discussões, que estão muito enriquecedoras.
Bem, à medida em que avançamos no entendimento das questões relacionadas ao nosso curso, mais fica evidente a interdependência de certos fatores que têm sido evidenciados nos seminários e aparecem de forma sistemática nas nossas discussões: a autonomia, os estilos e estratégias de aprendizagem, a colaboração, a formação dos professores.
O treinamento de estratégias de aprendizagem, conforme defendido por Cohen e Freitas, fomenta a autonomia. O incentivo à autonomia, aliado ao uso mais consciente de estratégias de aprendizagem por parte dos aprendizes, num ambiente colaborativo forma um cenário que apresenta alguns dos principais ingredientes facilitadores da aprendizagem. Esse tipo de envolvimento, no entanto, requer novos papéis do professor. Cohen relaciona uma série de metáforas representativas desses papéis. As trocas (ou atualizações) de papéis, em adequação à situação, ao momento e ao próprio aprendiz, são componentes indissociáveis do processo. A devida conscientização dos aprendizes para a utilização de suas próprias estratégias requer do professor um posicionamento crítico em que o controle (ou pelo menos parte dele) é transferido para o aprendiz. O resultado são aprendizes mais autônomos e conscientes de sua aprendizagem.
Um abraço,
Dilso
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 12:38:36 02/14/03 Fri

Prezado Dilso

Muitíssimo obrigada pela sua valiosa participação.
Achei bastante interessante os seus comentários principalmente no que se refere à interdependência de determinados fatores tais como estilos, estratégias de aprendizagem, trabalho colaborativo, autonomia e a formação de professores, discutidos no decorrer deste curso, e que são cruciais para o sucesso do processo ensino-aprendizagem de línguas.

Sabemos que a questão da reflexão crítica, muito bem apontada por você, deve ser considerada como elemento central para a transformação do professor e também do aprendiz, mediante as exigências de uma filosofia de ensino-aprendizagem onde o aprendiz deve ser visto como agente (e não sujeito) da sua própria aprendizagem. Nesse sentido, professor e aprendizes via trabalho colaborativo poderão, com o apoio do outro, "reorganizar sua compreeensão dos conceitos sobre ensino/aprendizagem, valores e crenças" (Liberalli, 1996: 27). Segundo a autora, numa proposta de reflexão crítica, o professor assume o papel de parceiro mais desenvolvido, o que lhe possibilita mediar o desenvolvimento do aprendiz e levá-lo (a) a uma postura mais crítica sobre a sua própria aprendizagem. Conforme comentário de Silvana, observamos que o nosso papel tende a se expandir a medida que o do aprendiz também se expande, não é mesmo?

Um forte abraço,

Denise
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 16:55:46 02/14/03 Fri

Cara Denise,

Adorei o provérbio, ele é muito oportuno para o momento.

Vou me ater somente ao texto de Cohen, porque acredito que houve confusão no xérox e não tenho o segundo texto.

Questão 1- No texto de Cohen há um grande detaque à importância de se explicitar as estratégias para o aluno, vale ressaltar o treinamento das estratégias, segundo Oxford (1990), o professor deve explicitar as estratégias demonstrando o seu uso efetivo, discutindo os benefícios das estratégias, a sua função e contextualizar a sua prática de ensino, estimular a auto-avaliação, etc.
A meu ver o aluno deve conhecer as funções das estratégias para que ele escolha aquela ou aquelas que melhor condiz (em) com o seu estilo de aprendizagem e o aluno só irá saber isso se o professor demonstrar o uso funcional bem como a importância das estratégias.
Eu concordo plenamente com Oxford, pois os nossos alunos precisam ter um ensino contextualizado, temos que partir do nosso material descontextualizado e adeqüalo à realidade do aluno, pois o mesmo só aprenderá aquilo que for significativo para ele.
No texto de Cohen, há um destaque interessante no que diz respeito ao professor ensinar ao aluno identificar as estratégias, e, adequá-las a outras situações, sendo assim, com certeza, o aluno se conhecerá melhor e se tornará autônomo, sabendo principalmente a importância de conhecer a si mesmo na aprendizagem de uma segunda língua.
Segundo Cohen, quando se explicita as estratégias e o aluno consegue identificá-las e adequá-las ele adquirirá mais responsabilidade na sua própria aprendizagem, ele poderá fazer escolhas de como aprender a língua da melhor maneira, e ficará mais envolvido com o processo de aprendizagem.
Portanto, ele alcançará a autonomia e a aprendizagem acontecerá com êxito.

Questão 2 - Quanto ao meu papel como professora estou sempre procurando ser uma orientadora, tento sempre passar um pouco da minha responsabilidade para o aluno, mas muitas vezes fico um pouco perdida , pois a maioria dos alunos não têm responsabilidade sobre o aprendizado, e , sendo assim acabam não sendo autônomos.
Estou sempre levando para a sala de aula atividades que são significativas para os meus alunos e demonstro as diversas estratégias para se entender o que está sendo passado. cada qual escolhe aquela que mais condiz com o seu estilo de aprendizagem.
Vario bem as minhas aulas, trabalho o visual dos alunos através de gravuras e cartazes, o listening é trabalhado através do CD que acompanha o livro didático e também através de música (o que é muito motivante), uso recursos como fitas de vídeo, e tenho o meu próprio material didático.
Procuro sempre deizar que o aluno avalie o seu desempenho, mas confesso que no Ensino Médio eu consigo fazer isso já no Funda,ental é praticamente impossível, mas vale a pena tentar.



Abraços,
Rosiane
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 10:21:23 02/17/03 Mon

"No texto de Cohen, há um destaque interessante no que
>diz respeito ao professor ensinar ao aluno identificar
>as estratégias, e, adequá-las a outras situações,
>sendo assim, com certeza, o aluno se conhecerá melhor
>e se tornará autônomo, sabendo principalmente a
>importância de conhecer a si mesmo na aprendizagem de
>uma segunda língua."


Prezada Rosiane

Obrigada pela participação e valiosa participação.

Através das várias leituras feitas para este curso e das nossas "calorosas" discussões percebemos a grande importância de nós, professores, trabalharmos juntamente com os nossos aprendizes no sentido de ajudá-los a se conscientizarem da tarefa de "aprenderem a aprender" e, um passo importante em direção a isso seria a adoção de uma prática voltada para o uso consciente de estratégias, conforme apontado por Cohen e Oxford em seus respectivos estudos. Sabemos que essa não é uma tarefa fácil pois exige de nós professores, primeiramente, revermos as nossas crenças e prática em um esforço contínuo pois somos seres em formação (sempre). Acredito que todas as contribuições feitas por todos vocês neste seminário e nos demais também(trabalho colaborativo, reflexão sobre a prática em contextos de formação inicial e continuada, dentre outras voltadas para o ensino de estratégias) constituem um importante passo em direção a emancipação de nossos aprendizes não só em relação à aprendizagem de línguas mas para a vida.

Um forte abraço,

Denise
[> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Maristela
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Date Posted: 17:18:26 02/15/03 Sat

Segundo Freitas (1997, p. 70) “o ensino sistematizado e formalizado do uso de estratégias de aprendizagem na aquisição de uma nova língua não só é possível como necessário porque, além de melhorar o desempenho lingüístico do aluno, encoraja sua autonomia e expande de maneira significativa o papel do professor, tornando-o um elemento mais ativo dento do processo de aprendizagem de seu aluno.”

Mencionou-se que não existe estratégia certa ou errada, mas estratégia mais ou menos eficiente, dependendo de cada contexto, de cada objetivo de aprendizagem, das variáveis que interferem no processo de aquisição dessa... e esse uso mais eficiente parece estar relacionado à uma maior metaconsciência do aprendiz em relação às mesmas. Segundo Freitas (1997, p. 67), “1. Quando o informante soube relatar a(s) estratégia(s) usada(s), ele tendia a acertar mais os significados das palavras; 2. Saber relatar as estratégias companha mais acertos ”do que “erros”

Acredito que para o aluno tornar-se mais autoconsciente de suas estratégias/estilos de aprendizagem, é necessário que se desenvolva um trabalho, entre os professores e entre professor/aluno(s), mais cooperativo/colaborativo e longitudinal e para isso vale o que foi mencionado em Cohen (1998, p. 103), de que “teachers will need to be trained first and foremost.”

É bastante coerente a argumentação de que no século XXI, a posição do professor têm um papel fundamental nos programas de educação de professores (Cohen, 1998, p. 65), já que o que se percebe da leitura da literatura da área e que o papel do professor (de diagnosticar, de formador de aprendiz(es), coordenador, como aprendiz, como pesquisador, Cohen, 1998, p.98-101) é fundamental, a fim de propiciar ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia.

Outra questão a ser destacada é que o “treinamento” das estratégias de aprendizagem devem fazer parte do curriculum do aprendiz e o objetivo desse “treinamento” é proporcionar ao aluno refletir sobre como, quando, porque usar uma ou outra estratégia, bem como auto-avaliar e auto-direcionar sua aprendizagem, cada vez mais, com autonomia (Cohen, 1998, p. 69) e também no desenvolvimento de sua autonomia lingüística. Logo, esse estudo parte de um trabalho coletivo (cooperativo/colaborativo) para que se desenvolva a autonomia (individual) do aprendiz.

Destacou-se que o professor deve proporcionar ao aprendiz um feedback sugestivo em vez de corretivo, que o aluno deve refletir sobre as diversas estratégias, a fim de usar aquela mais adequada à situação...

Em relação à minha prática docente, já trabalho com a reflexão sobre as estratégias de aprendizagem e, para isso uso Oxford (1990) e Richards e Lockhar (1996), já nas primeiras aulas dos alunos, pois tento conhecer mais o que o aluno usa ou não em termos de estratégias. Durante todo o semestre letivo, faço, sempre que possível, um linking entre o conteúdo e as estratégias, pois acho isso fundamental na tentativa de provocar no aprendiz uma maior metaconciência sobre isso. Mas, esse é, ao meu ver, um trabalho bem mais longitudinal. Logo, estou tentando, sempre, proporcionar ao aprendiz desenvolver mais sua autonomia e uns alunos tornan-se mais independentes e outros menos.

Por fim, destaca-se que as reflexões em Cohen (1998) e Freitas (1998), com certeza, contribuirão para o repensar a minha prática docente.

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: SEMINÁRIO: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - 10 a 15 Fev.


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 10:01:28 02/17/03 Mon

Prezada Maristela

Muitíssimo obrigada pela sua participação e valiosa contribuição ao destacar e discutir pontos relevantes de ambos os textos. Gostei muito do fato de mencionar o tipo de trabalho que vem realizando com os seus aprendizes no sentido de criar oportunidades de reflexão e colaboração para que eles se conscientizem do valor e potencial das estratégias de aprendizagem como facilitadoras do processo de aprender uma nova língua e, a partir daí, fazerem as suas próprias escolhas para se auto-desenvolverem.

Um forte abraço,

Denise


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