Author:
Maristela
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Date Posted: 17:18:26 02/15/03 Sat
Segundo Freitas (1997, p. 70) “o ensino sistematizado e formalizado do uso de estratégias de aprendizagem na aquisição de uma nova língua não só é possível como necessário porque, além de melhorar o desempenho lingüístico do aluno, encoraja sua autonomia e expande de maneira significativa o papel do professor, tornando-o um elemento mais ativo dento do processo de aprendizagem de seu aluno.”
Mencionou-se que não existe estratégia certa ou errada, mas estratégia mais ou menos eficiente, dependendo de cada contexto, de cada objetivo de aprendizagem, das variáveis que interferem no processo de aquisição dessa... e esse uso mais eficiente parece estar relacionado à uma maior metaconsciência do aprendiz em relação às mesmas. Segundo Freitas (1997, p. 67), “1. Quando o informante soube relatar a(s) estratégia(s) usada(s), ele tendia a acertar mais os significados das palavras; 2. Saber relatar as estratégias companha mais acertos ”do que “erros”
Acredito que para o aluno tornar-se mais autoconsciente de suas estratégias/estilos de aprendizagem, é necessário que se desenvolva um trabalho, entre os professores e entre professor/aluno(s), mais cooperativo/colaborativo e longitudinal e para isso vale o que foi mencionado em Cohen (1998, p. 103), de que “teachers will need to be trained first and foremost.”
É bastante coerente a argumentação de que no século XXI, a posição do professor têm um papel fundamental nos programas de educação de professores (Cohen, 1998, p. 65), já que o que se percebe da leitura da literatura da área e que o papel do professor (de diagnosticar, de formador de aprendiz(es), coordenador, como aprendiz, como pesquisador, Cohen, 1998, p.98-101) é fundamental, a fim de propiciar ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia.
Outra questão a ser destacada é que o “treinamento” das estratégias de aprendizagem devem fazer parte do curriculum do aprendiz e o objetivo desse “treinamento” é proporcionar ao aluno refletir sobre como, quando, porque usar uma ou outra estratégia, bem como auto-avaliar e auto-direcionar sua aprendizagem, cada vez mais, com autonomia (Cohen, 1998, p. 69) e também no desenvolvimento de sua autonomia lingüística. Logo, esse estudo parte de um trabalho coletivo (cooperativo/colaborativo) para que se desenvolva a autonomia (individual) do aprendiz.
Destacou-se que o professor deve proporcionar ao aprendiz um feedback sugestivo em vez de corretivo, que o aluno deve refletir sobre as diversas estratégias, a fim de usar aquela mais adequada à situação...
Em relação à minha prática docente, já trabalho com a reflexão sobre as estratégias de aprendizagem e, para isso uso Oxford (1990) e Richards e Lockhar (1996), já nas primeiras aulas dos alunos, pois tento conhecer mais o que o aluno usa ou não em termos de estratégias. Durante todo o semestre letivo, faço, sempre que possível, um linking entre o conteúdo e as estratégias, pois acho isso fundamental na tentativa de provocar no aprendiz uma maior metaconciência sobre isso. Mas, esse é, ao meu ver, um trabalho bem mais longitudinal. Logo, estou tentando, sempre, proporcionar ao aprendiz desenvolver mais sua autonomia e uns alunos tornan-se mais independentes e outros menos.
Por fim, destaca-se que as reflexões em Cohen (1998) e Freitas (1998), com certeza, contribuirão para o repensar a minha prática docente.
Um abraço.
Maristela
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