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Subject: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:18:32 02/09/03 Sun

Ola colegas,

Minha apresentação pessoal dos textos está no formato de Apresentação do PowerPoint e foi enviada para vocês através da lista de discussão.

A tarefa é a seguinte:

Com base nos ‘guidelines’ e sugestões práticas de Genessee & Upshur (1996) e nos relatos de experiências de Hewitt (1995),

1- Como você usaria portfolios na avaliação em CALL?

Considere o seguinte na sua resposta:

Qual tipo de portfolio você usaria?
Como seria seu formato?
Onde ele seria mantido e por quem?
Como seria a inclusão de dados/trabalhos?
Que tipo de dados os alunos incluiriam?
Como funcionaria o ‘feedback’?
Como seriam as ‘conferências’ e o processo de aprendizagem da reflexão?


2- Leia os trechos abaixo:

“Reading researcher and teacher Jane Hansen describes the portfolio she asks her students to keep as collections of evidence of who they are.” (Hewitt, 1995: 70)

“A greater concern is that the portfolio, reduced to a mere electronic pulse, loses its immediacy. Surely some of the pieces on the disk will have been printed out as hard-copy, but the physical reality of the portfolio is compromised by systems that rely on computers.” (Hewitt, 1995: 74)

“A glance through the hard-copy portfolio tells the reader with fair certainty whose work is represented; even if the work is not signed, an author’s handwriting frequently provides the essential clue that electronic portfolios rarely offer.” (Hewitt, 1995: 75)

Relacione “electronic portfolios”, “the physical reality of portfolio” e a noção de identidade dos alunos. Discuta a relevância da utilização de portfolios na avaliação em CALL.


Abraços,

Marcos.



P.S.: No final da semana enviarei via lista de discussões minhas respostas para as tarefas aqui propostas.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:11:41 02/10/03 Mon


>
>1- Como você usaria portfolios na avaliação em CALL?
>
>Considere o seguinte na sua resposta:
>
>Qual tipo de portfolio você usaria?
>Como seria seu formato?
>Onde ele seria mantido e por quem?
>Como seria a inclusão de dados/trabalhos?
>Que tipo de dados os alunos incluiriam?
>Como funcionaria o ‘feedback?
>1995: 75)
>
>Em primeiro lugar, devo dizer que a apresentação em power point ficou muito boa.
O assunto avaliação me interessa em particular porque é minha pergunta de pesquisa e gostaria de fazer um relato de uma experiência que tive . Dei um semestre de produção de texto em língua inglesa na faculdade onde trabalhava há dois anos. Como parte da avaliação, usei o portfolio. Como na época eu não sabia lidar com computadores (continuo sabendo muito pouco) , um aluno foi voluntário e montou uma forma de armazenar os trabalhos em uma página. Os alunos tinham de escolher os textos que haviam produzido e jogá-los na página (depois de eu haver corrigido). Os próprios alunos sugeriram que as duas versões fossem exibidas: antes e depois da correção para que todos pudessem ver e aprender uns com os erros dos outros . Eu não interferi na escolha dos trabalhos que eles quiseram mostrar mas dei minha opinião sobre a qualidade dos mesmos. Fizemos ainda uma atividade onde os colegas eram responsáveis pela correção dos textos uns dos outros. Achei muito produtivo e os trabalhos ficaram arquivados o que pode mostrar aos alunos o progresso de cada um.
Devo ressaltar que a atividade não era obrigatória porque muitos se recusaram devido à dificuldade de lidar com o computador, acesso ao mesmo, etc, mas tive mais ou menos 80% de adesão.
Bom, achei que seria interessante contar pois sou fã dos portfólios.
abraços
claudia
>

>
>
>
>P.S.: No final da semana enviarei via lista de
>discussões minhas respostas para as tarefas aqui
>propostas.
[> [> Subject: Comentário sobre experiência pessoal


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:18:46 02/10/03 Mon

Oi Claudia,

>>Em primeiro lugar, devo dizer que a apresentação em
>power point ficou muito boa.

Obrigado. Que bom que ela foi util.

>
>Como parte da avaliação,
>usei o portfolio. Como na época eu não sabia lidar com
>computadores (continuo sabendo muito pouco), um aluno
>foi voluntário e montou uma forma de armazenar os
>trabalhos em uma página.

Esta foi uma ideia fantastica. Você disse que fez aquilo por q você não sabia lidar com computadores, mas eu acredito que foi uma excelente decisão. Assim, os alunos ficam responsáveis inclusive com a confecção da página. Este é, na verdade, o princípio da autoria, um dos princípios desejáveis para os portfolios.


>Fizemos ainda uma atividade onde os colegas
>eram responsáveis pela correção dos textos uns dos
>outros.

'Peer editing' é uma atividade de que gosto muito. É um instrumento valioso para começarmos a estimular o trabalho autônomo.


>Bom, achei que seria interessante contar pois sou fã
>dos portfólios.

Sua experiência foi muito boa. Ela pode até ser repensada e reelaborada no sentido de se tornar sua resposta pára uma das questões.

Abraço,


Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:10:30 02/11/03 Tue

Oi Claudinha
Oi Marcos
Oi Colegas

ainda nao tive nenhuma experiencia com portfolios, mas acho o recurso muito interessante, especialmente sob o aspecto da construçao pelo aluno e pela oportunidade que essa atividade proporciona de aumentar a consciencia sobre o processo de aprendizado.

Imagino que os desdobramentos da analise e retorno ao aluno sejam muitos e muito beneficos.

Claudinha, muito util voce ter narrado sua experiencia, acho que pode ser uma otima alternativa para implementar o uso dos portfolios.

Num curso presencial, a criaçao de portfolios eletronicos pode apresentar alguns desafios, como os que voce enfrentou, mas tambem por sua experiencia, e como o Marcos bem registrou, esses desafios sao totalmente contornaveis, com criatividade e flexibilidade (um aluno se propos a organizar a pagina e voce topou).

Num curso totalmente a distancia acho que a coisa talvez fique mais automatica, afinal ja estarao todos usando o meio eletronico para atender ao curso. Ai fica sendo muito importante a forma de iniciar e organizar o projeto. Conforme Genesee e Upshur (1996: 101), cabe ao professor começar o processo na trilha certa, a implementaçao dos portfolios leva tempo e disposiçao para explorar as alternativas, ateh que a melhor estrategia emerja. ("Teachers must take the lead in starting this activity off on the right track. (...) As with any new evaluation procedure, the implementation of portfolios takes time and a willingness to explore alternatives before the optimal strategy emerges.”

Um abraço

Isis Pordeus
[> [> [> Subject: Uso de portfolios em cursos presenciais


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:26:10 02/11/03 Tue

Oi Isis e moçada,

>
>Num curso presencial, a criaçao de portfolios
>eletronicos pode apresentar alguns desafios, como os
>que voce enfrentou, mas tambem por sua experiencia, e
>como o Marcos bem registrou, esses desafios sao
>totalmente contornaveis, com criatividade e
>flexibilidade (um aluno se propos a organizar a pagina
>e voce topou).

Quando se trata de curso presencial, acho que temos que ser bastante conscienciosos quanto a usar ou não portfolios digitais. Acredito que não seja sempre adequado o seu uso.

>
>Num curso totalmente a distancia acho que a coisa
>talvez fique mais automatica, afinal ja estarao todos
>usando o meio eletronico para atender ao curso.

É verdade. Num curso on-line acho mais que natural que usemos também algum tipo de portfolio para registro da maioria dos cursos.


Hugs,

Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:54:47 02/10/03 Mon

Parte 1

Na avaliação em CALL, portfolios poderiam ser usados, a meu ver, desde que os alunos envolvidos no processo fossem devidamente conscientizados da sua responsabilidade na construção e avaliação do seu próprio saber.

Devidamente preparados para lidar com a responsabilidade de um tipo de autonomia a mais, poderia o professor sozinho, ou, de preferência, juntamente com os alunos decidir pela categoria de portfolio que melhor se adequasse à realidade do grupo.

Tratando-se de ensino de uma língua estrangeira, onde o desenvolvimento de outras habilidades além da escrita se fazem necessárias, deveria se optar por um portfolio que envolvesse também uma parte sonora. Assim seria possível acompanhar aspectos da fala tais como fluência, pronúncia e entonação. E, ainda, incluir exercícios de leitura, interpretação e compreensão auditiva a fim de verificar o desenvolvimento do aluno também nestas áreas.

Sugestões para o portfolio seriam uma pasta de arquivos para constar no computador de cada aluno, em disquetes usados em computadores da escola ou, ainda, arquivos a serem anexados e enviados via e-mail. Vejo tais arquivos como responsabilidade do aluno, monitorado periodicamente pelo professor, com possível acompanhamento da turma e dos pais. Tais arquivos estariam sujeitos a receber constante “feedback” de todas as partes envolvidas, principalmente do professor e do aluno que os realizou. Dessa forma, ele (o aluno) estaria se acostumando a lidar com o seu trabalho e a avaliá-lo de maneira construtiva e realista. Os arquivos conteriam trabalhos de natureza diversa e que pudessem demonstrar um crescimento abrangente no aprendizado de cada aluno.

Quanto às conferências, poderiam seguir uma linha em que se variasse o tipo de trabalho de reflexão: ora professor/aluno(s), ora aluno/aluno, outras incluindo os pais e outras mais sugestões / necessidades que surgissem ao longo do processo. Reuniões estas ao vivo ou através de fóruns como os que usamos, ou qualquer outra modalidade viável.

Sheila
[> [> Subject: Comentários gerais


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:03:32 02/11/03 Tue

Olá meus caros,

>
> desde que os alunos envolvidos no processo
>fossem devidamente conscientizados da sua
>responsabilidade na construção e avaliação do seu
>próprio saber.

Isso é mesmo importante. Acho importante um processo inicial de discussão sobre o procedimento e conscientização dos alunos sobre o que esta envolvido na escolha deste tipo de registro.

>
> o professor sozinho, ou, de preferência,
>juntamente com os alunos decidir pela categoria de
>portfolio que melhor se adequasse à realidade do
>grupo.

Talvez seria melhor discutir sobre os formatos possíveis naquela discussão de conscientização inicial e deixar que os aluno escolham de acordo com suas preferências. Não acha?

>
> deveria se optar por um
>portfolio que envolvesse também uma parte sonora.
>Assim seria possível acompanhar aspectos da fala tais
>como fluência, pronúncia e entonação.

Já existem softwares que permitem tratar das 4 habilidades. Por exemplo, aquele software que vimos num texto da Vera anterior, o Hypercard e outros equivalentes, permitem a criação de ambientes multimídia que manteriam estes tipos de arquivos e exercícios.
A UFMG está desenvolvendo um sistema chamado "Learning Space" que permitirá uma interação via internet maior entre alunos/professores/universidade. Parece interessante.

>
>Sugestões para o portfolio seriam uma pasta de
>arquivos para constar no computador de cada aluno, em
>disquetes usados em computadores da escola ou, ainda,
>arquivos a serem anexados e enviados via e-mail.

Acredito que seria melhor investirmos mais no ambiente virtual para que todo o trabalho fosse feito on-line e mantido tb on-line. O acesso é irrestrito e não se corre o risco de perdas.

> Reuniões estas ao vivo
>ou através de fóruns como os que usamos, ou qualquer
>outra modalidade viável.

Ótima idéia!


Abraço,

Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:13:22 02/11/03 Tue

Marcos

esse seu tema do seminario dessa semana vai ser muito util para mim, pois pretendo implementar em uma de minhas turmas a experiencia do uso de portfolios. Parabens por sua escolha e pela apresentaçao muito bem constuida.

um abraço

Isis Pordeus
[> [> Subject: Obrigado


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:20:01 02/11/03 Tue

Ei,

>esse seu tema do seminario dessa semana vai ser muito
>util para mim, pois pretendo implementar em uma de
>minhas turmas a experiencia do uso de portfolios.

Ótimo. Seus questionamentos são sempre muito perspicazes.

>Parabens por sua escolha e pela apresentaçao muito bem
>constuida.

Muito Obrigado.


Abraço,

Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Stella Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:03:50 02/11/03 Tue

Marcos
Também gostei muito da sua apresentação em PowerPoint. Foi uma motivação a mais para a leitura dos textos. Parabéns!

Trabalho com portfolios em minhas turmas há alguns anos, mas, ainda não tive experiências com portfolios eletrônicos.
Estou planejando um projeto em CALL, ainda para este semestre e acho que este seminário vai me ajudar a esclarecer algumas questões relacionadas a este tipo de avaliação.

Questões 1 e 2.
A experiência da Cláudia é muito interessante.Os alunos tiveram uma participação ativa desde a formatação da página até a escolha e correção dos textos a serem expostos. O acesso aos textos iniciais (sem correção) e aos textos já corrigidos é bem positivo, pois permite ao aluno avaliar o seu progresso, principalmente quando estas correções são feitas por ele mesmo. A professora chegou a opinar sobre a qualidade dos trabalhos dos alunos - o que não vejo como negativo (conforme a leitura do texto de Genesse e Upshur, p.104). O aluno geralmente cobra e precisa deste feedback. O que vocês acham?
Com relação ao formato do portfolio,concordo com a Sheila. Professor e alunos decidem juntos o melhor formato para a turma ou para cada aluno. Conforme as leituras,os portfolios devem estar em fácil acesso ou serem mantidos com os próprios alunos e a inclusão/exclusão de dados e trabalhos é responsabilidade dos mesmos. O professor precisa rever periodicamente estes portfolios com e sem a presença dos alunos e procurar envolvê-los de preferência em todas as questões/decisões que dizem respeito aos portfolios (o que incluir, quando, etc...). As conferências são fundamentais neste processo de avaliação ,pois, servem para redirecionar o trabalho dos mesmos.
Um abraço,
Stella.
[> [> Subject: Uso do seminário e Revisão periódica


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:14:15 02/11/03 Tue

Ei,

>Também gostei muito da sua apresentação em PowerPoint.
>Foi uma motivação a mais para a leitura dos textos.
>Parabéns!

Obrigado. Vcs são muito gentis.

>
>Estou planejando um projeto em CALL, ainda para este
>semestre e acho que este seminário vai me ajudar a
>esclarecer algumas questões relacionadas a este tipo
>de avaliação.

Caso deixemos de discutir algo que vc ache importante, não deixe de mencionar e propor a questão. Por favor.

> O professor precisa rever
>periodicamente estes portfolios com e sem a presença
>

Esse pode ser um grande problema em potencial. Como alocar tempo para rever periodicamente os portfolios de todos os alunos, nesta nossa profissão atribulada?

Abraço,

Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Viviane Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:47:38 02/13/03 Thu

Stella,

acredito que o aluno "cobra" por reagir como o faz em face do modelo tradicional de avaliação. Nesse caso acredito que a solução é trabalhar com o novo conceito de avaliação. Se o objetivo do portfolio é permitir ao aluno que faça uma coletânea de seus trabalhos baseada em suas próprias decisões, a opinião do professor pode interferir no processo de escolha e certamente no resultado.
Viviane
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:01:34 02/11/03 Tue

Marcos,

Já tive a oportunidade de trabalhar com portfólios quando lecionei inglês para crianças. Era mais uma coletânea dos trabalhos que os alunos mais gostavam. Era processual e avaliativo, porém, não seguia todos os critérios discutidos por Genessee & Upshur (1996) e Hewitt (1995).

Bem, na verdade, não tenho experiência com portfólio na avaliação em CALL. Mas, caso eu fosse utilizá-los seguiria a sugestão dos autores acima: utilizaria o assessment e o master portfólio . Eu pediria para os alunos registrarem em um CD ou disquete todos os aspectos do desenvolvimento da aprendizagem deles. Enquanto professora orientaria os alunos a utilizarem o portfólio de maneira ativa e interativa; negociaria com os alunos quais seriam os critérios para a avaliação e o número de atividades a serem incluídas no portfólio (por questões de praticidade), e também faria uma revisão periódica destes para dar feedback para os alunos. E neste momento, procuraria não interferir demais nas escolhas dos alunos.

Nas conversas (conferences) seriam o momento ideal para rever o conteúdo do portfólio e poderiam ser feitas listas de discussão em um fórum. E neste momento o aprendiz teria a oportunidade para refletir sobre o seu processo, assumir a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado, reconhecer e apreciar suas conquistas e definir ou redefinir seus objetivos.



Questão 2

Acredito que o uso de portfólios eletrônicos na avaliação seria tão válido quanto em ambientes presenciais. Evidentemente, não podemos nos esquecer da limitação do portfólio , em qualquer ambiente,que é com relação à confiabilidade, porém, há outras vantagens como: interatividade com seu autor; oportunidade para reflexão e feedback; maior potencial para a validade de construto e o caráter de autenticidade.
Concordo com (Hewitt, 1995) que o uso de portfólios eletrônicos pode ser uma oportunidade a mais que o aprendiz tem para sistematizar e elaborar melhor seu pensamento tendo assim um maior refinamento de estratégias. E também, reconheço que problemas técnicos poderão surgir, mas também poderão ser contornados com facilidade.

Um abraço

Vanderlice
[> [> Subject: Confiabilidade


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:07:13 02/12/03 Wed

Olá,

Obrigado pela participação...

>Evidentemente, não podemos nos esquecer
>da limitação do portfólio , em qualquer ambiente,que é
>com relação à confiabilidade,

O que você entende como problema da "confiabilidade" no uso de portfolios?

Abraço,

Marcos Racilan.
[> [> [> Subject: Re: Confiabilidade


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:40:40 02/13/03 Thu

Oi Marcos,

A confiabilidade trata-se da consistência do que está sendo avaliado. Em um teste confiável você pode esperar que alguém irá obter mais ou menos a mesma pontuação, fazendo o mesmo teste em dias diferentes. No caso do uso de portfólio é importante que o professor seja transparente ao estabelecer os critérios e divulgue-os para que os alunos possam ter acesso a uma avaliação formativa, que acredito ser um dos objetivos do portfólio. Caso o professor não tome estes cuidados, a confiabilidade será afetada.

Espero ter respondido a sua pergunta

Um abraço
Vanderlice

Referência Bibliográfica
WEIGLE, S. C. Assessing writing. Cambridge: CUP.
[> [> [> [> Subject: Re: Confiabilidade


Author:
Lívia fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:44:52 02/15/03 Sat

>
>No caso do uso de portfólio é importante que o
>professor seja transparente ao estabelecer os
>critérios e divulgue-os para que os alunos possam ter
>acesso a uma avaliação formativa, que acredito ser um
>dos objetivos do portfólio. Caso o professor não tome
>estes cuidados, a confiabilidade será afetada.
>
>Vanda,
Concordo com você na questão da confiabilidade (você fez o para casa da Laura, hein!). No entanto, acredito que a avaliação por parte do professor quando o instrumento usado é o portfólio exige mais flexibilidade e critérios um pouco menos rigidos, pois um dos pontos mais interessantes do portfólio é a possibilidade de podermos chegar mais perto de nossos alunos e daquilo que eles próprios julgam ser mais relevante em seus processos de aprendizagem. Mesmo contendo atividades sugeridas pelo professor, não consigo ver o portfólio como algo impessoal como testes, ou coisas do tipo. Portanto, cabe a nós professores estabelecermos critérios coherentes com a natureza do instrumento escolhido, principalmente em se tratando de portfólios.

Um beijão,
Lívia.
>
>
>>
>
[> [> [> [> [> Subject: Re: Confiabilidade


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:16:33 02/15/03 Sat

Oi minhas caras,

Acredito que a Lívia tenha razão Vanderlice. O princípio da 'confiabilidade' foi elaborado para avalição formal e precisa ser relativisado e adaptado para a avaliação com portfolios.

O exercício intelectual de adaptação daqueles princípios propostos por Hughes (1990) para a avaliação por meio de portfolios parece interessante e pode dar na publicação de um artigo, não acham?

Abraço,

Marcos Racilan.


REFERÊNCIA:

HUGHES, A. Testing for language teachers. Cambridge: CUP, 1990.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:04:02 02/12/03 Wed

>
Marcos dear e colegas,
Parabéns pelo tema escolhido. Não poderia ter faltado em nossos seminários.

O texto de Hewitt aborda a relação processo, produto e o portfolio. Hewitt também ressalta o primeiro princípio que rege o portfolio é que o portfolio pertence ao aluno. O aluno é um ativo participante do seu processo de avaliação. Um outro ponto que o portfolio promove , segundo o mesmo autor, é a reflexão que o aprendiz passa a fazer ao estar envolvido com o processo de sua aprendizagem e avaliação desde os primeiros steps de seu portfolio. Compartilho da opinião de Genesee e Upshur de que a avaliação por portfolio promove: envolvimento do aluno na avaliação, responsabilidade pela auto avaliação , sentimento no aluno de propriedade e responsabilidade pela sua própria aprendizagem e outro benefícios citados em power point neste seminário.

Recentemente participei do curso ‘O prazer e a dor da escrita’ ministrado pelo Prof Gohn e tivemos a oportunidade de analisarmos e discutirmos a avaliação por portflio. Gostaria de sugerir a leitura do site sugerido no mesmo curso. http://writing.colostate.edu/references/teaching/co300man/pop3e.cfm

Gostaria de disponibilizar para nosso grupo uma breve parte do texto sobre portfolio encontrado no site acima sobre ‘Portfolio grading’
“Arranging the course around portfolios can also help you meet your students' divergent needs. One of the greatest benefits of a portfolio system is that it allows a student to draft and revise a paper several times over a long period before submitting it for evaluation. In other words, a student can set aside a paper, get some distance from it, (we hope) learn some pertinent skills, and return to it a better or more knowing writer/critic. Additionally, students can afford to take some risks with their papers, risks that are too great when a paper must be written and submitted in a short time. Students are more likely, for example, to experiment with different audiences, voices, types of appeal, or organization because they know they can get feedback on a new approach and either revise until it works or omit the paper from the final portfolio. We would like to think, anyway, that portfolios encourage creativity among all levels of writers. They certainly allow ambitious writers to explore a topic to their heart's content. If a student chooses to emphasize a single paper for several weeks, he or she can really get to know the intricacies of the issue and develop a well-considered argument.”
[> [> Subject: Site sugerido


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:13:48 02/13/03 Thu

Júnia e colegas,

Obrigado por compartilhar tantas experiências interessantes que você tem tido na rede. São sempre muito ilustrativas dos pontos discutidos.

>
>Recentemente participei do curso ‘O prazer e a dor da
>escrita’ ministrado pelo Prof Gohn e tivemos a
>oportunidade de analisarmos e discutirmos a avaliação
>por portflio. Gostaria de sugerir a leitura do site
>sugerido no mesmo curso.
>http://writing.colostate.edu/references/teaching/co300m
>an/pop3e.cfm

Trabalhar com o Prof. Carlos Gohn é bom, não é mesmo!?
Valeu pela dica do site... ele contém referências importantes para mim que gosto de trabalhar com leitura e escrita. Já dei uma passeada por ele e até o coloquei na minha lista de favoritos!

Abração,


Marcos Racilan.
[> [> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:01:34 02/15/03 Sat

>>
>>
> O texto de Hewitt aborda a relação processo, produto
>e o portfolio. Hewitt também ressalta o primeiro
>princípio que rege o portfolio é que o portfolio
>pertence ao aluno. O aluno é um ativo participante do
>seu processo de avaliação. Um outro ponto que o
>portfolio promove , segundo o mesmo autor, é a
>reflexão que o aprendiz passa a fazer ao estar
>envolvido com o processo de sua aprendizagem e
>avaliação desde os primeiros steps de seu portfolio.
>Compartilho da opinião de Genesee e Upshur de que a
>avaliação por portfolio promove: envolvimento do
>aluno na avaliação, responsabilidade pela auto
>avaliação , sentimento no aluno de propriedade e
>responsabilidade pela sua própria aprendizagem e outro
>benefícios citados em power point neste seminário.
>
>Júnia,
Os pontos que você levantou, na minha opinião, são realmente fundamentais e diferenciais quanto à escolha por portfólios. Quando o aluno se sente responsável por seu portfólio e por aquilo que deseja incluir nele, a reflexão acontece e a responsabilidade acerca do processo também fica mais nas mãos dos aprendizes, despertando neles o sentimento de autonomia ao fazerem tais escolhas.
Também gosto do fato de as escolhas permitirem que os aprendizes confiem mais no instrumento usado para avaliá-los. Dessa forma, não se corre o risco de ser avaliado em uma ocasião ou adversa quando não se está em um "bom dia".
Abraço,
Lívia.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Sheila Ávila
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:53:11 02/12/03 Wed

>Relacione “electronic portfolios”, “the physical
>reality of portfolio” e a noção de identidade dos
>alunos. Discuta a relevância da utilização de
>portfolios na avaliação em CALL.
>
>
Parte 2

Tratando de “eletronic portfolios” e “the physical realily of portfolio” devemos considerar as vantagens e deficiências de cada um deles. O primeiro grupo, conforme citado em fragmentos dos textos lidos, pode falhar no que diz respeito a mostrar a identidade do aluno, embora cada indivíduo tenha um estilo próprio de trabalho que pode identificá-lo, que não sua caligrafia. Outro ponto relevante deste tipo de portfolio são os recursos que o próprio computador oferece e a praticidade de tê-los documentados no local onde foram executados, tais como gravações, exercícios de compreensão auditiva, pesquisas, entre outros. Quanto aos portfolios montados sem o auxilio do computador, talvez eles demonstrem mais a identidade do aluno, mas isso não é totalmente garantido. Por outro lado, teriam o aluno e o professor que recorrer a outros recursos caso necessitassem de atividades diferentes de escrita e leitura. Como estamos falando de ensino de língua estrangeira, há a necessidade do desenvolvimento, por exemplo, da fala e da compreensão auditiva. Logo, em ambos os casos existe algo a acrescentar ou a se adequar, embora eu ainda prefira os “eletronic portfolios” por serem mais abrangentes em termos de recursos oferecidos.

Quanto à relevância de portfolios na avaliação em CALL, vejo-os com incentivadores da autonomia do aprendiz e um bom caminho para se despertar a conscientização e a responsabilidade pelo próprio aprendizado. Obviamente, não se trata de uma conscientização a ser desenvolvida rapidamente, mas de um processo que requer paciência e comprometimento todas as partes envolvidas (aluno, professor, pais, turma, escola) para que a maturidade individualizada se estabeleça.

Sheila
[> [> Subject: Expressão de identidade


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:25:48 02/13/03 Thu

Oi Sheila,

Legal a forma didática como vc respondeu a minha proposta de reflexão.

> O primeiro grupo,
>conforme citado em fragmentos dos textos lidos, pode
>falhar no que diz respeito a mostrar a identidade do
>aluno, embora cada indivíduo tenha um estilo próprio
>de trabalho que pode identificá-lo, que não sua
>caligrafia.

Isso é verdade. A caligrafia é um sinalizador a ser considerado, mas sua ausência não constitui problema com o desenvolvimento de identidade. Acho que os portfolios impresso e virtual apenas conduzam a formas diferentes de construir identidade.

Abraço,


Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Viviane Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:40:59 02/13/03 Thu

Marcos e colegas,
segue minha contribuição:

Questão 1
Gostaria de trabalhar com a “dobradinha” sugerida por Hewitt na página 71. Gostaria que meus alunos tivessem um portfolio master e outro portfolio avaliação. Dessa maneira seria possível perceber (avaliar) até mesmo as escolhas feitas pelos alunos acerca de quais trabalhos deveriam compor qual portfolio. Não gostaria de estabelecer o que comporia cada portfolio. Deixaria isso a cargo dos alunos.
Para um trabalho eletrônico dessa natureza, acho que seria interessante ter um espaço on line (site) criado para tal onde cada aspecto seria contemplado com uma categoria específica tais como trabalhos em desenvolvimento, trabalhos revisados, portfolio master, portfolio avaliação, conference Chat etc.
O trabalho de conferência, ao meu ver, deveria ser realizado por meio de perguntas que permitissem auto avaliação sobre o trabalho realizado.
Questão 2
Não acredito que a noção de identidade esteja associada ao fato do portfolio ser eletrônico ou não mas sim ao grau de propriedade conferido ao mesmo por seu autor. Tomemos, por exemplo, o nosso curso: se tivéssemos optado por uma avaliação por meio de portfolios, acredito que a construção da identidade não teria sido comprometida. Passadas algumas semanas do nosso curso, pude observar traços distintivos das diversas pessoas participando: coisas tais como a maneira de saudar os colegas, os elogios cuidadosos por parte de outros, a linguagem mais informal ou formal de alguns, dentre outros aspectos.
A relevância do uso de portfolios para avaliação em CALL, na minha opinião, é a mesma em ambiente não virtual. Portfolios têm importância quando são considerados como uma das formas de se avaliar um processo seja em meio virtual ou não.
[> [> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:38:40 02/14/03 Fri

Viviane,

Concordo com você quando você afirma a relevância do uso de portfólios tanto em ambiente virtual ou presencial. E acrescento que o uso de portfólio é uma tentativa muito válida de trabalhar a autonomia do aprendiz quanto à tomadas de decisão, auto-reflexão e auto-avaliação do processo de ensino/aprendizagem.

Abraços
Vanderlice
[> [> Subject: Comentário geral


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:46:28 02/17/03 Mon

Hey,

>>Não acredito que a noção de identidade esteja
>associada ao fato do portfolio ser eletrônico ou não
>mas sim ao grau de propriedade conferido ao mesmo por
>seu autor.

Concordo com você.
Gostei tb do comentário sobre nossas formas de saudação.


Abraço,

Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:50:15 02/14/03 Fri

Oi Pessoal!!

Marcos, eu gostaria de lhe parabenizar pela escolha do tema e dos textos. Sem contar que a sua apresentação em power point foi de grande valia.

1- Como você usaria portifólios na avaliação em CALL?

Primeiramente acho importante situar os alunos quanto ao uso dos portifólios.

Tenho duas idéias para sugerir. A primeira é o uso de portifólios para armazenar textos, redações, etc. A segunda é o portifólio para armazenar gravações dos alunos.

1º)
Como nossa realidade em sala de aula, não nos permite muitas vezes ter um computador à mão e salvar os portifólios em disquete. A minha sugestão para o uso dos portifólios seria criar um portifólio usando uma pasta tipo fichário com plásticos ou divisórias de papel para armazenar o material escrito. O que seria este material? Inicialmente seriam as redações escritas por eles. As redações seriam guardadas desde a primeira versão (rascunho) até as outras versões com correções e sugestões minhas. Seria interessante também que eles se sentissem livres para colocar no portifólio o que considerassem importante. Desde anotações sobre a aula, ou determinado ponto gramatical até cópias em xerox ou da internet sobre outros assuntos. Eles poderiam ler artigos, jornais e revistas e escreverem à respeito também.

Surge a questão: Como armazenar/guardar estes portifólios? Eu acho interessante pedir à escola um espaço na biblioteca para armazenar estas pastas. Pois as salas de aula são usadas por diversos professores e os alunos não teriam a liberdade de acessar os portifólios na hora que desejarem. Outra sugestão é os alunos também poderem levar os portifólios para casa.

Quanto ao feedback creio que o professor deveria dar um retorno de todas as versões das redações, até que este concluísse que a redação está bem trabalhada. Com certeza isto requer tempo para se dedicar às correções por parte do professor. A adaptação deverá ser feita de acordo com o tempo para o professor se dedicar aos portifólios. É interessante também ver o que os alunos estão colocando nos portifólios além das redações. Os professores fariam isto não como forma de regular os alunos, mas como forma de incentivar novas idéias.

Quanto às conferências, acredito que uma conversa individual (aluno-professor) seria interessante. Assim os dois poderiam através da reflexão contribuírem para o processo de aprendizagem.

Creio que a aprendizagem só tem a ganhar com o uso de portifólios. Sem contar que ao decidir o que manter ou não dentro dos portifólios ajuda na reflexão do processo de aprendizagem.

2º)
Outra idéia que gostaria de sugerir é usar uma fita cassete como portifólio. O professor que não dispuser de um laboratório de línguas poderá pedir que seus alunos usem os gravadores da escola ou gravarem em casa um trecho selecionado pelo professor. No próximo encontro os alunos entregariam as gravações para o professor ouvir e ajudar nos erros de pronúncia. Outra sugestão é gravar para os alunos a pronúncia de determinadas palavras de acordo com o tópico aprendido (por exemplo) e pedir para que eles pronunciem e gravem as mesmas palavras. Isto poderia ser gravado em fita cassete ou em disquete (se o professor e os alunos tiverem computadores à disposição). Com o computador fica mais fácil localizar determinada gravação do que em uma fita cassete.

Sei que muitas vezes parece uma tarefa árdua demais para nós professores. Mas não custa nada tentar não é mesmo? Além do mais os benefícios são valiosos.


2- Relacione “electronic portfolios”, “the physical reality of portfolio” e a noção de identidade dos alunos. Discuta a relevância da utilização de portfolios na avaliação em CALL.

Concordo com a Sheila “Tratando de “ ‘eletronic portfolios’ e ‘the physical realily of portfolio’ devemos considerar as vantagens e deficiências de cada um deles”. Creio que o computador oferece uma grande variedade de opções. Mas o professor que não possui recursos computacionais não deve abrir mão dos portifólios.
Acredito que o uso dos portifólios na avaliação em Call só traz benefícios. Além de incentivar os alunos a responsabilidade do seu aprendizado é uma forma de ver o progresso dos mesmos. E esta aprendizagem não verificada através de uma única prova como no modelo tradicional. Com o uso dos portifólios é possível ver o desenvolvimento e progresso dos alunos de uma forma mais ampla desde o início do curso até o final.

Abraços à todos,

Adriana
[> [> Subject: Comentários gerais


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:37:30 02/17/03 Mon

Ooooi,


>Marcos, eu gostaria de lhe parabenizar pela escolha do
>tema e dos textos. Sem contar que a sua apresentação
>em power point foi de grande valia.

Valeu mesmo...

>
>Como nossa realidade em sala de aula, não nos permite
>muitas vezes ter um computador à mão e salvar os
>portifólios em disquete. A minha sugestão para o uso
>dos portifólios seria criar um portifólio usando uma
>pasta tipo fichário com plásticos ou divisórias de
>papel para armazenar o material escrito.

A minha idéia é que este portfolio ficasse disponível na rede em um provedor gratuito sob a forma de uma homepage. Que tal?

>Surge a questão: Como armazenar/guardar estes
>portifólios? Eu acho interessante pedir à escola um
>espaço na biblioteca para armazenar estas pastas.

Adorei a idéia da biblioteca!

>
>O professor que não dispuser
>de um laboratório de línguas poderá pedir que seus
>alunos usem os gravadores da escola ou gravarem em
>casa um trecho selecionado pelo professor.

Acho somente que devemos tomar cuidado com algumas práticas pouco eficientes como muitos exercícios de repetição e leitura de texto escrito em voz alta (os textos oral e escrito são muito diferentes), etc.


Abraço,

Marcos Racilan.
[> Subject: Re: Seminário: Avaliação por Portfolio em CALL (10 a 15 de Fev.)


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:26:34 02/15/03 Sat

>Olá Marcos,
Demorei para enviar minha contribuição e espero que ainda esteja em tempo.

Acredito no potencial do uso de portfólios na avaliação on-line pois o ambiente virtual e cibernético dispôe de várias maneiras de se compilar atividades desenvolvidas de maneira bastante organizada e confiável.

Como já coloquei em comentário para a colocação de Vanderlice sobre a questão da confiabilidade, acredito que critérios de julgamento adotados pelo professor devem ser condizentes com o instrumento em questão, ou seja, assim como o portfólio expressa o desenvolvimento de cada indivíduo de maneira bastante pessoal e autônoma, cabe ao professor saber valorizar o desempenho de cada aprendiz mais como individuo do que como membro de um grupo. É claro que alguns critérios devem ser relativos ao aprendiz como membro desse grupo, o que fortalece a confiabilidade do instrumento, mas as características pessoais de cada aluno também devem ser avaliadas individualmente, pois é essa uma das maiores virtudes do portfólio. Acredito que mesmo on-line é possível diferenciar os estilos, cuidados e atitudes dos aprendizes frente ao instrumento e ao aprendizado, de acordo com a colocação da Viviane.

No entanto, para que tudo isso seja realizado da melhor maneira possível, volto a abordar uma questão já comentada na discussão: a falta de tempo para dedicarmos nossa atenção aos pequenos detalhes que o portfólio revela sobre nossos aprendizes.

Abraço,
Lívia.
[> [> Subject: Confiabilidade e Detalhes


Author:
Marcos Racilan
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:25:07 02/17/03 Mon

>
>Vanderlice sobre a questão da confiabilidade, acredito
>que critérios de julgamento adotados pelo professor
>devem ser condizentes com o instrumento em questão,

Alguns critérios defendidos pelos teóricos (HUGHES, por exemplo) para elaboração de avaliações me incomodam bastante...
Como comentei numa outra resposta, eles devem ser adaptados para funcionarem com o uso de portfolios digitais.
Além disso, esse critério da 'confiabilidade' me parece meio furado se você pensar, por exemplo, na avaliação como processo. Se o aluno estará sempre progredindo num processo contínuo (educação continuada), como é que ele vai fazer a prova da mesma forma em circunstâncias diferentes? Parece meio incoerente para mim...

>No entanto, para que tudo isso seja realizado da
>melhor maneira possível, volto a abordar uma questão
>já comentada na discussão: a falta de tempo para
>dedicarmos nossa atenção aos pequenos detalhes que o
>portfólio revela sobre nossos aprendizes.

É... as vezes acho que deveríamos ter formação em psicologia, filosofia, administração,... para dar aula. Êta profissão paulera. ;o)


Abraço,

Marcos Racilan.
Subject: Seminário: Web Quest (10 a 15 de fevereiro)


Author:
Cibele e Miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 10:07:08 02/09/03 Sun

Seminário: Web Quest
Mediadoras: Cibele Braga e Miriam Vieira

Para acessar o forum clique no link abaixo:
Seminário: Web Quest


Desde já, obrigada pela colaboração!
Subject: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:13:06 02/02/03 Sun

Seminário: ESTRATÉGIAS (3 a 8 de Fevereiro)
Mediadora: Nara
Textos de Ellis (1994) e O’Malley (1990)

Sejam bem-vindos!

No seu texto, Ellis (1994) discute as definições de estratégias de aprendizagem, os fatores que influenciam a escolha das estratégias que o aprendiz utiliza, a relação entre o uso de estratégias e aquisição de L2. Ellis sugere ainda o treinamento de aprendizes para o uso de estratégias de aprendizagem.
O’Malley (1990) apresenta quatro estudos feitos para investigar as estratégias de
aprendizagem, a maneira como os aprendizes as utilizam e em quais atividades da língua
alvo estas estratégias são usadas.
Podemos dizer que os resultados dos estudos apresentados por O’Malley ilustram as questões apontadas por Ellis.

Proposta para discussão:

1- Comente a figura: "The relationship between individual learner differences, situational factors, learning strategies, and learning outcomes" tentando explicar como é que diferenças individuais e contexto influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita.

A apresentação da figura está em Power Point e foi enviada para a lista de e-mails do grupo.

2- Na sua opinião, o professor deve treinar seus alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou deve deixá-los livres para que eles escolham suas próprias estratégias de acordo com seu estilo de aprendizagem? Justifique.
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:55:31 02/03/03 Mon

"explicar como é que diferenças individuais e contexto
>influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de
>aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita."

Dentro da perspectiva socio cultural, o sucesso e o fracasso do aprendizado do aluno está imerso na história de vida dele. Suas crenças, fatores individuais e experiência enquanto aprendizes refletem o contexto em que vivem. Contudo a escolha das estratégias devem condizer com sua realidade.

As diferenças de estilo da aprendizagem também vão determinar as escolhas dos alunos em usar um ou outro tipo de estratégia.


- Na sua opinião, o professor deve treinar seus
>alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou
>deve deixá-los livres para que eles escolham suas
>próprias estratégias de acordo com seu estilo de
>aprendizagem? Justifique.
Como começamos a discutir na samana passada o papel do professor é crucial neste momento pois ele e a instrução formal podem influenciar na forma como os alunos vão utilizar as estratégas de forma a beneficiar a aprendizagem. Denise apresentou um conjunto de fatores e ações que o professor pode fazer uso para beneficiar e conscientizar os alunos das estratégias que utilizam. Acredito que eles devem ser concientizados, ensinados e treinados a utilizar as estratégias em seu processo de aprendizagem.

Shirlene
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:00:00 02/04/03 Tue

Shirlene,

Suas colocações são pertinentes e só enriquecem as discussões.
Obrigada pela participação.

Abrs,
Nara
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:46:07 02/03/03 Mon

Nara,

Questão 1
Cada indivíduo é único. Cada um de nós carregamos um passado diferente, aspectos sociais e econômicos diferentes, possuímos estilos de aprendizagem diferentes e maneiras diferentes de solucionar problemas e alcançar objetivos. Portanto, em se tratando de aprendizagem levando em conta todas essas diferenças, cada indivíduo possui também suas preferências. Por isso, para um resultado positivo, é muito importante que aprendizes escolham estratégias que tenham a ver com cada um e que as usem adequadamente.

Questão 2
Na minha opinião, ambas as coisas podem acontecer. Professores podem conscientizar aprendizes da existência das estratégias de aprendizagem e sua importância, como também treiná-los a utilizá-las adequadamente. Portanto, acho que a partir dessa instrução, aprendizes devem ser capazes de optar por estratégias mais adequadas aos estilos de aprendizagem de cada um.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:56:15 02/04/03 Tue

Silvana,
Sempre contribuindo nas discussões...Que bom!

Quando você diz:

...Por isso, para um resultado positivo, é
muito importante que aprendizes escolham estratégias
que tenham a ver com cada um e que as usem
adequadamente,

Você acredita que após terem este "resultado positivo", os aprendizes escolhem novas estratégias de aprendizagem?

Um abraço, Nara
[> [> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:43:59 02/04/03 Tue

>Você acredita que após terem este "resultado
>positivo", os aprendizes escolhem novas estratégias de
>aprendizagem?
>
>Um abraço, Nara

Nara,

Quando me refiro a resultados positivos, quero dizer quando você alcança uma meta com sucesso.
Você poderia reformular a sua pergunta. Não entendi bem o que você quer.

Um abraço,
silvana
[> [> [> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:06:00 02/05/03 Wed

>>Você acredita que após terem este "resultado
>>positivo", os aprendizes escolhem novas estratégias de
>>aprendizagem?
>>
>>Um abraço, Nara
>
>Nara,
>
>Quando me refiro a resultados positivos, quero dizer
>quando você alcança uma meta com sucesso.
>Você poderia reformular a sua pergunta. Não entendi
>bem o que você quer.
>
>Um abraço,
>silvana


Silvana,

Desculpe por a pergunta não ter ficado bem clara. Eu queria dizer se vocë acha que o aprendiz após ter um resultado positivo ou seja, quando ele alcança uma meta com sucesso como vocë diz,se ele escolhe novas estratégias de aprendizagem, diferentes daquelas utilizadas até então? Na verdade eu queria saber se vocë acredita que "Learning Outcomes" de fato influenciam na escolha de estratégias como mostra a figura de Ellis (questão 1)?

Um abraço,
Nara
[> [> [> [> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:56:04 02/05/03 Wed

>Desculpe por a pergunta não ter ficado bem clara. Eu
>queria dizer se vocë acha que o aprendiz após ter um
>resultado positivo ou seja, quando ele alcança uma
>meta com sucesso como vocë diz,se ele escolhe novas
>estratégias de aprendizagem, diferentes daquelas
>utilizadas até então?

Nara,
A aprendizagem é um processo evolutivo, portanto acredito que aprendizes não só podem utilizar estratégias que já
haviam utilizado como também descobrir novas estratégias.
Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:04:16 02/07/03 Fri

Aprendizes devem ser capazes de optar por
>estratégias mais adequadas aos estilos de aprendizagem
>de cada um.

Silvana,

concordo plenamente com a afirmação acima, pois quando os alunos optam por estratégias que melhor adequam ao seu estilo de aprendizagem, ele está mostrando que têm domínio de sua própria aprendizagem, portanto percebemos a autonomia.
Abraços,
Rosiane
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:56:59 02/05/03 Wed

2- Na sua opinião, o professor deve treinar seus alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou deve deixá-los livres para que eles escolham suas próprias estratégias de acordo com seu estilo de aprendizagem? Justifique.


Acho que os dois, o aluno deve ser livre para utilizar suas estratégias de acordo com seu estilo de aprendizagem e ao mesmo tempo ele deve ter conhecimento de outras estratégias para que amplie seu conhecimento e permita que ele torne ainda mais efetivo o aprendizado de línguas.

Acho que a partir do momento que o aluno tem conhecimento de outras estratégias ele tem de ter a liberdade para continuar só com as que conhecia ou utilizar as que são novas para ele.


Um abraço,

Marlene,
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 02:25:33 02/06/03 Thu

Marlene,

Concordo com você.
Na sua prática diária como professora, você treina seus alunos para o uso de estratégias? Quais? Como?

Um abraço,
Nara
[> [> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Marlene aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:46:26 02/07/03 Fri

>Marlene,
>
>Concordo com você.
>Na sua prática diária como professora, você treina
>seus alunos para o uso de estratégias? Quais? Como?
>
>Um abraço,
>Nara


Nara,
Eu primeiro faço uma sondagem das estratégias que eles utilizam e tento mostrar outras que poderiam ajudá-los, respeitando as escolhas deles.

Um exemplo seria com o curso de inglês técnico ou instrumental. Eu apresento as técnas e estrtégias de leitura e interpretação para que os alunos consigam alcançar seus objetivos de uma maneira mais rápida.

um abraço,

Marlene
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:08:28 02/07/03 Fri

Marlene,

As nossas idéias são compartilhadas, uma vez que devemos apresentar as estratégias, mas nunca impor aos nossos alunos que utilizam as estartégias que achamos melhor.

um abraço,
Rosiane
[> Subject: Re: Estratégias-Questão 2


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:55:47 02/05/03 Wed

2- Na sua opinião, o professor deve treinar seus
>alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou
>deve deixá-los livres para que eles escolham suas
>próprias estratégias de acordo com seu estilo de
>aprendizagem? Justifique.

Nara,
Acredito que o professor deve explicitar para o aluno o uso de estratégias, por exemplo quando se trata de leitura, ele pode e deve demonstrar ao seu aluno os caminhos para se chegar à interpretação de um texto, mas com certeza os alunos devem escolher as estratégias a serem utilizadas de acordo com o seu estilo de apredizagem.
Acredito que se impormos as estrtégias, treinando-os para utilizarem as estratégias que são melhores para nós não estaremos sendo facilitadores e sim autoritários, portanto, não estaremos sendo autônomos e conseqüentemente nossos alunos não o serão.

Abraços a todos,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> Subject: Re: Estratégias-Questão 2


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:31:14 02/06/03 Thu

>Acredito que se impormos as estrtégias, treinando-os para utilizarem as estratégias que são melhores para nós não estaremos sendo facilitadores e sim autoritários, portanto, não estaremos sendo autônomos e conseqüentemente nossos alunos não o serão.


Rosiane,

Você tocou em um ponto importante. O objetivo do treinamento é de abrir os horizontes do aprendiz para que ele possa ter mais condições de utilizar suas estratégias de forma consciente e de desenvolver sua autonomia. Portanto, se impormos a eles quais estratégias eles devem utilizar, estamos indo contra tudo que estamos pregando.
Um abraço,
Silvana
[> [> [> Subject: Re: Estratégias-Questão 2


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:49:59 02/07/03 Fri

Silvana e Rosiane,

Conpartilho dos pensamentos de vocês.

Um abraço,

Marlene


>>Acredito que se impormos as estrtégias, treinando-os
>para utilizarem as estratégias que são melhores para
>nós não estaremos sendo facilitadores e sim
>autoritários, portanto, não estaremos sendo autônomos
>e conseqüentemente nossos alunos não o serão.
>
>
>Rosiane,
>
>Você tocou em um ponto importante. O objetivo do
>treinamento é de abrir os horizontes do aprendiz para
>que ele possa ter mais condições de utilizar suas
>estratégias de forma consciente e de desenvolver sua
>autonomia. Portanto, se impormos a eles quais
>estratégias eles devem utilizar, estamos indo contra
>tudo que estamos pregando.
>Um abraço,
>Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias-Questão 2


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:08:56 02/07/03 Fri

>2- Na sua opinião, o professor deve treinar seus
>>alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou
>>deve deixá-los livres para que eles escolham suas
>>próprias estratégias de acordo com seu estilo de
>>aprendizagem? Justifique.
>
>Nara,
>Acredito que o professor deve explicitar para o aluno
>o uso de estratégias, por exemplo quando se trata de
>leitura, ele pode e deve demonstrar ao seu aluno os
>caminhos para se chegar à interpretação de um texto,
>mas com certeza os alunos devem escolher as
>estratégias a serem utilizadas de acordo com o seu
>estilo de apredizagem.
>Acredito que se impormos as estrtégias, treinando-os
>para utilizarem as estratégias que são melhores para
>nós não estaremos sendo facilitadores e sim
>autoritários, portanto, não estaremos sendo autônomos
>e conseqüentemente nossos alunos não o serão.
>
>Abraços a todos,
>Rosiane Camilo Gonçalves


Rosiane,

Concordo quando você diz que não devemos impor aos nossos alunos as estratégias que devam usar,porque assim não estaremos favorecendo o desenvolvimento da autonomia destes alunos. Mas usar e apresentar diferentes estratégias aos alunos é , ao meu ver, essencial para que ele escolham aquelas que lhes convém e as utilizem efetivamente.

Um abraço,
Nara
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:25:54 02/06/03 Thu

>
Colegas e Nara,
As discussões do seminário estão bastante interessantes estão nos norteando quanto ao papel do professor na conscientização do uso das estratégias e no treinamento das mesmas em sala de aula.
Pesquisadores Oxford (1990) Cohen (1998) defendem que o uso das estratégias auxiliam no desenvolvimento da aprendizagem e da autonomia. Eu, particularmente, compartilho da mesma opinião. Entretanto, gostaria de ressaltar dois aspectos sobre o tema e também ouvir a opinião de vocês.
Primeiramente, percebo que os estilos estão ligados às preferências dos aprendizes enquanto as estratégias são movimentos e ações que os aprendizes optam por usar como já vimos anteriormente em nossas leituras. Sendo assim, acho que as estratégias na sua grande maioria podem ser usadas independente do estilo do aprendiz ou seja para qualquer estilo mesmo porque parece que a preferência de um determinado estilo não descarta a possibilidade de termos outros estilos em menor grau.
O segundo ponto é sobre treinamento de estratégias. Acredito que o professor pode auxiliar os alunos a usarem estratégias e percebo que alguns professores, intuitivamente, já auxiliam e treinam seus alunos a fazer uso de determinadas estratégias. Um estudo formal das estratégias e dos possíveis benefícios de seu uso nos abrem um leque quanto à identificação dessas estratégias, suas fundamentaçoes e benefícios . Compartilho da opinião dos colegas de que conscientizar e treinar nossos alunos pode trazer vários benefícios para o desenvolvimento da aprendizagem mas acho que devemos refletir quanto à maneira que esse treinamento deve se feito, levando em consideração o contexto do aprendiz e suas necessidades.
Junia
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:27:39 02/06/03 Thu

Compartilho da opinião dos colegas de que conscientizar e treinar nossos alunos pode trazer vários benefícios para o desenvolvimento da aprendizagem mas acho que devemos refletir quanto à maneira que esse treinamento deve se feito, levando em consideração o contexto do aprendiz e suas necessidades.

Júnia,

Concordo com você quando menciona que devemos refletir quanto à maneira que esse treinamento deve ser feito, pois o objetivo deste treinamento é de conscientizarmos os aprendizes da existência das estratégias de aprendizagem e dos benefícios das mesmas e, consequentemente, formar aprendizes mais independentes. No entanto, devemos ser cautelosos, pois professores podem apenas mudar de contexto sem mudar seu papel não facilitando assim a autonomia do aprendiz.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:00:15 02/07/03 Fri

Júnia,

Gostaria de agradecer pela rica contribuição e dizer que concordo com você quando ressalta que as estratégias não são necessariamente utilizadas de acordo com o estilo de aprendizagem do aprendiz. Alunos com diferentes estilos podem perfeitamente compartilhar de estratégias semelhantes. Concordo também quando diz que o uso de estratégias favorece o desenvolvimento da autonomia do aprendiz e consequentemente a aprendizagem.

Um abraço,
Nara
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:26:31 02/08/03 Sat

"a preferência de um determinado estilo não descarta a possibilidade de termos outros estilos em menor grau."

Júnia,

Isso é também porque o uso de uma ou outra estratégia não está relacionada somente ao estilo do aprendiz, mas objetivos, necessidades, contextos, metaconhecimento... sendo que o uso das estratégias/estilos pode ser mais ou menos consciente (Oxford, 1990).

Um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Rita Vilaça
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:11:01 02/07/03 Fri

1) Acredito que as diferenças individuais influenciam na escolha das estratégias, a partir do momento em que os alunos têm necessidades diferentes. As estratégias podem ser direcionadas de acordo com as dificuldades individuais, até mesmo porque o tempo em sala de aula é, muitas vezes, insuficiente par o que se pretende.

2) Acho que o professor deve mostrar que ao aluno que o uso de estratégias pode ser muito útil para o processo de aprendizagem. Sou favorável a instrução formal de estratégias e a exposição de estratégias pode deixar o aluno "livre" para escolher quais estratégias pretende usar ou até mesmo se não quer utilizá-las. Essa escolha também é um exercício de autonomia, não é mesmo ?
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:35:24 02/07/03 Fri

>2) Acho que o professor deve mostrar que ao aluno que
>o uso de estratégias pode ser muito útil para o
>processo de aprendizagem. Sou favorável a instrução
>formal de estratégias e a exposição de estratégias
>pode deixar o aluno "livre" para escolher quais
>estratégias pretende usar ou até mesmo se não quer
>utilizá-las. Essa escolha também é um exercício de
>autonomia, não é mesmo ?

Rita,

Concordo com você que essa escolha é um exercício de autonomia, mesmo porque esse treinamento e conscientização das estratégias é justamente para formar aprendizes mais independentes e autônomos.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:37:38 02/07/03 Fri

>2) Acho que o professor deve mostrar que ao aluno que
>o uso de estratégias pode ser muito útil para o
>processo de aprendizagem. Sou favorável a instrução
>formal de estratégias e a exposição de estratégias
>pode deixar o aluno "livre" para escolher quais
>estratégias pretende usar ou até mesmo se não quer
>utilizá-las. Essa escolha também é um exercício de
>autonomia, não é mesmo ?

Rita,

Concordo com você que essa escolha é um exercício de autonomia, mesmo porque esse treinamento e conscientização das estratégias é justamente para formar aprendizes mais independentes e autônomos.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 15:14:27 02/07/03 Fri

>2) Acho que o professor deve mostrar que ao aluno que
>o uso de estratégias pode ser muito útil para o
>processo de aprendizagem. Sou favorável a instrução
>formal de estratégias e a exposição de estratégias
>pode deixar o aluno "livre" para escolher quais
>estratégias pretende usar ou até mesmo se não quer
>utilizá-las. Essa escolha também é um exercício de
>autonomia, não é mesmo ?

Rita,
Você tocou num ponto importante.Com certeza, a escolha do aluno é um exercício da autonomia e nossa proposta é exatamente esta.
Abraço,
Rosiane
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Vanderlice Sól
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Date Posted: 10:34:23 02/07/03 Fri

"explicar como é que diferenças individuais e contexto
>influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de
>aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita."


As diferenças individuais dos aprendizes como crenças sobre o aprendizado da língua; estilos de aprendizagem; conhecimento prévio que ele traz pra sala de aula e os fatores sócio-culturais afetam diretamente a escolha de estratégias. Pois um aprendiz gerencia e monitora seu aprendizado a partir de suas crenças. E é impossível dissociar a aprendizagem dos fatores acima. Como ressalta Freitas (1997:71), “o professor deve ter sempre em mente, quando ensina, que seu aluno é um ser humano global, que reage ao processo ensino/aprendizagem com toda a sua potencialidade cognitiva e psicológica.”


- Na sua opinião, o professor deve treinar seus
>alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou
>deve deixá-los livres para que eles escolham suas
>próprias estratégias de acordo com seu estilo de
>aprendizagem? Justifique.

Acho que o professor deve primeiro identificar os estilos de aprendizagem de seus alunos e a partir daí conscientizá-los da importância do uso de estratégias, ensinando-os a utilizá-las através de atividades significativas via instrução formal. E à medida em que o aprendiz for ficando mais autônomo, acredito, que ele mesmo vai escolhendo novas estratégias.

Um abraço
Vanderlice
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
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Date Posted: 13:40:37 02/07/03 Fri

>"explicar como é que diferenças individuais e contexto
>>influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de
>>aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita."
>
>
>As diferenças individuais dos aprendizes como crenças
>sobre o aprendizado da língua; estilos de
>aprendizagem; conhecimento prévio que ele traz pra
>sala de aula e os fatores sócio-culturais afetam
>diretamente a escolha de estratégias. Pois um aprendiz
>gerencia e monitora seu aprendizado a partir de suas
>crenças. E é impossível dissociar a aprendizagem dos
>fatores acima. Como ressalta Freitas (1997:71), “o
>professor deve ter sempre em mente, quando ensina,
>que seu aluno é um ser humano global, que reage ao
>processo ensino/aprendizagem com toda a sua
>potencialidade cognitiva e psicológica.”
>
>
>- Na sua opinião, o professor deve treinar seus
>>alunos para o uso de estratégias de aprendizagem, ou
>>deve deixá-los livres para que eles escolham suas
>>próprias estratégias de acordo com seu estilo de
>>aprendizagem? Justifique.
>
>Acho que o professor deve primeiro identificar os
>estilos de aprendizagem de seus alunos e a partir daí
>conscientizá-los da importância do uso de estratégias,
>ensinando-os a utilizá-las através de atividades
>significativas via instrução formal. E à medida em que
>o aprendiz for ficando mais autônomo, acredito, que
>ele mesmo vai escolhendo novas estratégias.
>
>Um abraço
>Vanderlice


Vanderlice,

Concordo com você especialmente quando diz que o professor deve conscientizar seus alunos da importaância do uso de estratégias ensinando-os a utilizá-las através de atividades significativas.Acho importante o professor identificar os estilos de aprendizagem de seus alunos no intuito de favorecer a autonomia aliada ao uso devido de estratégias, proporcionando assim um contexto favorável 'a aprendizagem.

Um abraço e obrigada pela participação,
Nara
[> [> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Maristela
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Date Posted: 14:39:45 02/08/03 Sat

Acho importante o professor identificar os estilos de
aprendizagem de seus alunos no intuito de favorecer a
autonomia aliada ao uso devido de estratégias,
proporcionando assim um contexto favorável 'a
aprendizagem.

Nara

Como identificar o estilo/estratégias do aprendiz?

Bem, podemos coletar dados triangulando instrumentos de coleta, para que o estudo seja mais válido e esse é um trabalho mais longitudinal. Pode ser que ao término desse trabalho, o professor não esteja mais trabalhando com aquela turma. Logo, esse trabalho deve ser feito em conjunto com os demais professores, de maneira colaborativa.
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Adriana Sales
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Date Posted: 12:17:14 02/07/03 Fri

Nara e colegas,

Também concordo que o uso das estratégias favorecem a aprendizagem. Como cada um possui diferentes preferências, o uso das estratégias vai depender se o aluno tem conhecimento das estratégias e usá-las da forma que lhes convir. As diferenças individuais é que vão decidir quais estratégias os alunos irão usar.

Acredito que os professores devem conscientar os alunos quanto ao uso das estratégias de aprendizagem e treiná-los para o uso das mesmas. A partir do conhecimento das estratégias, os alunos ficam livres para fazerem suas opções de acordo com suas necessidades.

Abraços,

Adriana
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:39:03 02/09/03 Sun

>Nara e colegas,
>
>Também concordo que o uso das estratégias favorecem a
>aprendizagem. Como cada um possui diferentes
>preferências, o uso das estratégias vai depender se o
>aluno tem conhecimento das estratégias e usá-las da
>forma que lhes convir. As diferenças individuais é que
>vão decidir quais estratégias os alunos irão usar.
>
>Acredito que os professores devem conscientar os
>alunos quanto ao uso das estratégias de aprendizagem e
>treiná-los para o uso das mesmas. A partir do
>conhecimento das estratégias, os alunos ficam livres
>para fazerem suas opções de acordo com suas
>necessidades.
>
>Abraços,
>
>Adriana

Compartilho de sua opinião quando diz que os professores devem conscientizar seus alunos quanto ao uso de estratégias de aprendizagem e treiná-los para que a partir daí eles se sintam livres para uasr aquelas que lhes convêm.Assim, como muitos colegas já mencionaram, o professor não estará sendo autoritário, muito pelo contrário, estará promovendo a autonomia dos aprendizes.

Um abraço,
Nara


Adriana,
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:40:03 02/07/03 Fri

>>1- Comente a figura: "The relationship between
>individual learner differences, situational factors,
>learning strategies, and learning outcomes" tentando
>explicar como é que diferenças individuais e contexto
>influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de
>aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita.
>


Cada aprendiz tem suas crenças, estilos de aprendizagem e experiências pessoais, conhecimentos prévios, que em contanto com diferentes estratégias os leva a desenvolver o seu aprendizado. As diferenças entre aprendizes faz com que os mesmos utilizem uma maior variedade de estratégias. E essa variedade esta ligada ao número e as diferentes estratégias e tarefas que o aluno é exposto em sala.
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:43:11 02/09/03 Sun

>>>1- Comente a figura: "The relationship between
>>individual learner differences, situational factors,
>>learning strategies, and learning outcomes" tentando
>>explicar como é que diferenças individuais e contexto
>>influenciam os aprendizes na escolha de estratégias de
>>aprendizagem e na aprendizagem propriamente dita.
>>
>
>
>Cada aprendiz tem suas crenças, estilos de
>aprendizagem e experiências pessoais, conhecimentos
>prévios, que em contanto com diferentes estratégias
>os leva a desenvolver o seu aprendizado. As
>diferenças entre aprendizes faz com que os mesmos
>utilizem uma maior variedade de estratégias. E essa
>variedade esta ligada ao número e as diferentes
>estratégias e tarefas que o aluno é exposto em sala.



Marlene,

Sua colocações são pertinentes e só vieram a contribuir para o enriquecimento das discussões.

Obrigada pela participação,
Nara
[> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:12:50 02/08/03 Sat

Acredito que a aquisição de língua estrangeira do aluno está relacionada a diversas variáveis e estas são internas e externas. As INTERNAS estão ligadas ao interesse intrínseco e valor da atividade, ao conhecimento, auto-conceito, atitudes, estados afetivos, idade, estágio desenvolvimentais e sexo do aprendiz, estilo de aprendizagem. As EXTERNAS são variáveis sociais e culturais e podemos destacar o outro (pais, colegas, professor), a natureza da interação com o outro, o meio (conforto, recursos, horário, tamanho da sala, a escola, as relações familiares, o sistema educacional, o conflito de interesses, atitudes e expectativas da sociedade) (Williams e Burden, 1996, citado em Dalacorte, 1999; Ellis, 1994).
As variáveis estão inter-relacionadas e o processo de aprendizagem é complexo, porque uma (e/ou várias) dessas pode desencadear um processo mais ou menos eficaz, mais ou menos positivo, de acordo com os diversos contexto, mediações, variáveis, objetivos...

Para mim, o professor deve propiciar ao aluno a reflexão sobre as estratégias de aprendizagem e isso significa refletir sobre as mesmas e usá-las, ou seja, o processo é simultâneo e inter-relacionado. Além disso, o metaconhecimento sobre as estratégias de aprendizagem, bem como o pensamento crítico (reflexão, ação, reflexão sobre a ação e reflexão sobre a reflexão)propiciam a construção do conhecimento e a autonomia. Logo, conhecer e usar as estratégias são tópicos da aprendizagem de língua estrangeira. A partir do momento que o aprendiz tornar-se mais independente e autônomo, a intervenção do professor vai diminuindo, automaticamente. A questão é que esse processo de metaconhecimento e reflexão (reflexão-ação) sobre as estratégias de aprendizagem é longitudinal (e também complexo!) e deve ser totalmente eclético, ou seja, o aluno deve refletir sobre uma grande variedade de estratégias (em relação a quantidade e qualidade) pois, a partir disso, ele, poderá usar aquelas mais adequadas, de acordo com seu estilo de aprendizagem e de acordo com suas crenças. Logo, o adequado é que o aluno desenvolva as estratégias adequadas aos diversos contextos, situações, objetivos e se ele tem o metaconhecimento destas, pode ser mais fácil o uso adequado destas. Por isso, é necessário a reflexão-ação sobre o processo de ensino-pesquisa-aprendizagem.

Um abraço.
Maristela
[> [> Subject: Re: Estratégias de Aprendizagem 3/8 fev


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:05:31 02/09/03 Sun

>Acredito que a aquisição de língua estrangeira do
>aluno está relacionada a diversas variáveis e estas
>são internas e externas. As INTERNAS estão ligadas ao
>interesse intrínseco e valor da atividade, ao
>conhecimento, auto-conceito, atitudes, estados
>afetivos, idade, estágio desenvolvimentais e sexo do
>aprendiz, estilo de aprendizagem. As EXTERNAS são
>variáveis sociais e culturais e podemos destacar o
>outro (pais, colegas, professor), a natureza da
>interação com o outro, o meio (conforto, recursos,
>horário, tamanho da sala, a escola, as relações
>familiares, o sistema educacional, o conflito de
>interesses, atitudes e expectativas da sociedade)
>(Williams e Burden, 1996, citado em Dalacorte, 1999;
>Ellis, 1994).
>As variáveis estão inter-relacionadas e o processo de
>aprendizagem é complexo, porque uma (e/ou várias)
>dessas pode desencadear um processo mais ou menos
>eficaz, mais ou menos positivo, de acordo com os
>diversos contexto, mediações, variáveis, objetivos...
>
>Para mim, o professor deve propiciar ao aluno a
>reflexão sobre as estratégias de aprendizagem e isso
>significa refletir sobre as mesmas e usá-las, ou seja,
>o processo é simultâneo e inter-relacionado. Além
>disso, o metaconhecimento sobre as estratégias de
>aprendizagem, bem como o pensamento crítico (reflexão,
>ação, reflexão sobre a ação e reflexão sobre a
>reflexão)propiciam a construção do conhecimento e a
>autonomia. Logo, conhecer e usar as estratégias são
>tópicos da aprendizagem de língua estrangeira. A
>partir do momento que o aprendiz tornar-se mais
>independente e autônomo, a intervenção do professor
>vai diminuindo, automaticamente. A questão é que esse
>processo de metaconhecimento e reflexão
>(reflexão-ação) sobre as estratégias de aprendizagem
>é longitudinal (e também complexo!) e deve ser
>totalmente eclético, ou seja, o aluno deve refletir
>sobre uma grande variedade de estratégias (em relação
>a quantidade e qualidade) pois, a partir disso, ele,
>poderá usar aquelas mais adequadas, de acordo com seu
>estilo de aprendizagem e de acordo com suas crenças.
>Logo, o adequado é que o aluno desenvolva as
>estratégias adequadas aos diversos contextos,
>situações, objetivos e se ele tem o metaconhecimento
>destas, pode ser mais fácil o uso adequado destas. Por
>isso, é necessário a reflexão-ação sobre o processo de
>ensino-pesquisa-aprendizagem.
>
>Um abraço.
>Maristela





Maristela,

Suas colocações a respeito da reflexão que se faz necessária quanto à escolha e uso de estratégias, do papel do professor enquanto esclarecedor e aqule que proporciona esta reflexão, reafirmam mais uma vez a inter-relação entre estratégias de aprendizagem e autonomia.

Um abraço e obrigada pela participação,
Nara
Subject: SEMINÁRIO CALL-03/08 de FEV. - Developing global connections


Author:
Elias Cesar
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:59:05 02/02/03 Sun

Olá colegas, para participar do Seminário CALL "Developing global connections through CMC" visite o fórum:

http://www.voy.com/131992/1.html

O texto de leitura está no site:

http://iteslj.org/Articles/Shulman-CMC.html

Atenção! A pergunta 4 é só para quem já teve uma experiencia online como aquela e gostaria de compartilhar.

Abraços,

Elias
http://www.voy.com/131992/1.html
[> Subject: Re: SEMINÁRIO CALL-03/08 de FEV. - Developing global connections


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:37:22 02/05/03 Wed

Olá Elias, Vera e colegas,

Problemas transculturais são muito comuns em qualquer tipo de intercâmbio, estudo ou trabalho em conjunto. Existem várias razões a meu ver para que esses problemas ocorram. O primeiro deles está baseado e falta de informação ou falsa informação.

É muito comum nós vermos pessoas emitindo fortes opiniões a respeito de um povo ou cultura após simples relato unilateral de uma experiência negativa, por ex., em um ambiente de uma outra cultura. Deduz-se que um povo age dessa ou aquela forma baseado em uma informação de uma ou duas fontes apenas. Deixe-me lhe dar um exemplo:

Das centenas de alunos que já tive, a maioria considerava que o “breakfast” norte-americano “é realmente (ou bem) reforçado”. Em 6 anos em que morei nos EUA (e, por favor, não tome esse depoimento como única fonte de análise), morando também entre nativos, além trazer o assunto à tona com outros nativos, notei que esse “breakfast reforçado” nada mais parecia do que um mito brasileiro ou de outra nacionalidade, pelo menos em cidades grandes como New York, Boston, dentre outras. O que há realmente, a meu ver, é uma tentativa de preservar uma certa tradição nesse sentido – uma café matinal mais reforçado - por parte de alguns típicos restaurantes que servem este tipo de refeição. Assim, era muito comum às vezes sairmos para tomar um ‘típico e completo breakfast americano’ em um desses restaurantes ou lanchonetes que ofereciam um variado cardápio de opções, e muito deles com muitas promoções (breakfast completo por apenas três, quatro, cinco, até dez dólares por pessoa). Assim é que, nos EUA assim como no Brasil, o café da manhã varia muito de pessoa para pessoa, do tipo de atividade que ela exerce, de sua condição financeira, de sua consciência (ou não) em relação ao tipo de refeição ideal que se deva fazer, de seu próprio e adquirido costume familiar, da região em vive, de sua exposição a conhecimento específicos, e até mesmo de sua condição psico-social, sua ansiedade, tensão, pressão econômica, problemas de qualquer natureza, tudo isso e muito mais podem influenciar maléfica ou beneficamente na constituição do café da manhã de uma pessoa.

Então, como lidar com esses problemas transculturais? A meu ver e a princípio, com muita informação, conscientização e preparação. Daí a incorporação da comunicação mediada por computador ser importante nesses tipos de projetos: ela possibilita o acesso instantâneo de dados e informação, a troca instantânea ou simultânea de experiências e opiniões em número relativamente bem maior do que seria com a ausência dela. Além disso, nós professores ou facilitadores devemos como exemplo estar abertos às novas tecnologias, métodos, projetos e pesquisas de forma a incentivar esta ação de forma recíproca por partes de nossos colegas aprendizes.

Abraços,
Marcos Manso
[> Subject: Re: SEMINÁRIO CALL-03/08 de FEV. - Developing global connections


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:29:39 02/06/03 Thu

Olá Elias, Vera e colegas,

Quando olho para o trabalho de Myra Shulman, o que mais me estimula é a sua ousadia. Se observarmos bem, veremos que as dificuldades com a aprendizagem e adequação de tecnologia e os processos de aprendizagem no percurso de interação, são os mesmos que enfrentaremos se decidirmos levar adiante esse tipo de projeto. Não querendo parecer um bajulador interesseiro, esse é exatamente o mesmo espírito presente em nossa professora. Quando participei da primeira disciplina on-line, muitos colegas, incluindo eu, achavam que seria uma experiência inovadora e cheia de perspectivas, mas ao mesmo tempo viam o projeto com certa reserva: Como seremos avaliados? Quem garante que é o aluno que está interagindo? Como ter certeza de as contribuições são dele mesmo? Essas e outras perguntas permeavam nossas mentes. Creio também que elas perturbaram o sono de muitos professores e responsáveis pela implantação desse tipo de disciplina, como deve ter sido o caso da profa. Vera Menezes.

Por isso é preciso ousar. Se nunca começarmos a viagem, nunca chegaremos a lugar algum. Não fomos nós que inventamos CMC, CALL ou LTNET, dentre outros projetos e tecnologias, mas podemos fazer parte deles e até mesmo de outros que virão, talvez até maiores, talvez até novos. Por isso, achei a experiência de Shulman e Collin simples e fantástica, como todas as boas idéias. Primeiro, porque ela é um Colaborative Project, e como o próprio nome já diz, envolve colaboração mútua. Segundo, porque este projeto não esconde os problemas havidos (o que, digamos, é muito tentador), mas os coloca como desafios a serem vencidos. E terceiro, e não último, ele oferece sugestões àqueles interessados em projetos similares. Além disso, ele está ancorado em um objetivo nobre: “promote mutual understanding and cooperation between the people of Brazil and the people of the United States”.

Seguindo exemplos como o de Shulman e Collins, além de tantos outros que já tivemos o privilégio de conhecer até aqui neste curso, poderemos também desenvolver e implementar nossos próprios projetos colaborativos na Internet, ou senão, pelo menos fazer parte de algum deles.

Abraços,
Marcos Manso
Subject: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:05:17 01/27/03 Mon

Olá colegas,
Após alguns problemas técnicos, vamos dar início a nossa segunda semana de discussões acerca das estratégias de aprendizagem. Nesta semana estaremos baseando nossas discussões nos textos de Mattos (1999) e Dias (1996). Discussões com embasamento em outras leituras são bem vindas visto que as questões foram abordadas por vários autores e são polêmicas.
Gostaria de sugerir que colocassem na resposta um subtítulo que tivesse relação com a questão respondida.
Abraços,
Shirlene

1 Qual a relação da instrução formal na aquisição de uma segunda língua e o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem. Discuta

2 Tente listar as características de um "bom aprendiz de língua estrangeira", justifique sua escolha tendo como referência as leituras da semana. (adaptação da questão proposta por Brown 1994:132)

3 Há uma distinção entre estratégias diretas (metacognitivas) e indiretas (cognitivas). Que distinção é esta e por que ela é importante? (adaptação da questão proposta por Brown 1994:132)

4 Mattos concluiu em sua pesquisa que quanto mais proficiente é o aluno, maior é o número de estratégias que ele utiliza. Comente.

5 Discuta os pontos positivos e negativos do uso das estratégias de compensação, também chamadas de estratégias de comunicação.
[> Subject: Re: Estratégias de aprendizagem segundo MATTOS


Author:
Elias Cesar
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:28:02 01/27/03 Mon

4 Mattos concluiu em sua pesquisa que quanto mais proficiente é o aluno, maior é o número de estratégias que ele utiliza. Comente.

Olá Shirlene e colegas,

Não concordo com a conclusão de Matos (1999) sobre o fato de que os aprendizes mais proficientes usem mais estratégias que os outros. Os questionários usados para obter essa conclusão não podem ser uma fonte segura para essa afirmação.

Pelo contrário, acredito que os alunos iniciantes no aprendizado de línguas se esforçam mais e exploram mais estratégias que os mais avançados, o inicio desse aprendizado exige do aluno mais concentração e a busca de estratégias para aprende-la, com o uso de dicionários, memorização, música, muita leitura, estratégias de comunicação, etc.

Quanto ao aluno mais proficiente, muitas vezes, ele se acomoda e deixa de lado muita das estratégias usadas antes no início do aprendizado. Na verdade, não podemos generalizar, mas levar em consideração os vários fatores que influenciam o uso de estratégias: o conhecimento prévio do aluno (Dias 1996), o interesse pessoal, a motivação, o professor, o ambiente na sala de aula, a metodologia, o ambiente familiar, etc.

Não importa se proficiente ou não, iniciante ou avançado, seja qual for o nível, são esses e outros fatores que influenciam o aluno a usar ou não estratégias para o seu aprendizado.
[> [> Subject: Re: resposta ao Elias e ao grupo


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:36:53 01/29/03 Wed

" Não concordo com a conclusão de Matos (1999) sobre o
>fato de que os aprendizes mais proficientes usem mais
>estratégias que os outros."

Elias e grupo, gostaria primeiro de agradecer a participação intensa com questionamentos e leituras complementares. Quanto ao resultado da Mattos, temos a sorte de ter a autora aqui na UFMG. Discutimos a respeito ontem e ela me disse que este foi o resultado que ela encontrou com um grupo x de alunos em uma realidade y e que este resultado pode ser questionado, mas que com uma outra pesquisa. Fica aí a dica!

Segundo ela o objetivo dela com esta pesquisa era verificar se sua hipótese se confirmava. "Hipótese: aprendizes de nível avançado usam mais as estratégias indiretas, enquanto que aprendizes de nível iniciante usam mais as estratégias diretas." e para sua surpresa sua hipotese não se confirmou. Neste estudo específico, alunos mais proficientes utilizaram mais estratégias que os iniciantes.


>" Quanto ao aluno mais proficiente, muitas vezes, ele se
>acomoda e deixa de lado muita das estratégias usadas
>antes no início do aprendizado."

Concordo com você Elias, em uma referência, acredito que Brown (1994), se alguem souber, interceda por mim, mostra que o aprendiz de uma segunda língua, vai se desenvolvendo e quando chega a um determinado estágio, este desenvolvimento se estabiliza, tornando se mais linear. Quanto ao uso de estratégias neste momento não tenho certeza, mas acredito que ele irá utilizá-las da mesma forma, mas não com tanta intensidade e dependendo de como ele começou a utilizar estas estatégias. Uma vez que o aluno utiliza estas estratégias de forma errada, não contribuindo para a aprendizagem, ele pode se tornar dependente e permanecer no erro.

Um abraço,
Shirlene
>
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:55:46 01/27/03 Mon

Shirlene,
>>
>3 Há uma distinção entre estratégias diretas
>(metacognitivas) e indiretas (cognitivas). Que
>distinção é esta e por que ela é importante?
>(adaptação da questão proposta por Brown 1994:132)

Acredito que houve um engano: As estratégias metacognitivas são indiretas e as cognitivas diretas. Parece que no texto de Mattos está trocado também.
>Nos falamos depois,
Abraços,
Junia
[> [> Subject: Re: diretas ou indiretas?


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:42:25 01/29/03 Wed

Junia,
Agradeço sua observação.
O erro foi meu, peço desculpas a todos. No texto da Mattos está correto.

Estratégias diretas: estratégias de memória, cognitivas e de compensação

Estratégias indiretas: estratégias metacognitivas, afetivas e sociais

Um abraço,
Shirlene
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:55:07 01/27/03 Mon

Shirlene e colegas,

1) Estudos têm enfatizado muito a importância da autonomia do aprendiz para que a aprendizagem da língua possa ocorrer com sucesso. Um dos elementos que pode muito contribuir para essa autonomia é o uso eficiente de estratégias de aprendizagem. Portanto, é importante que mudanças sejam feitas na instrução formal, ou seja, que seja aberto um espaço na instrução formal para que essas estratégias de aprendizagem e muitos outros fatores (estilos de aprendizagem, fatores culturais, sociais, etc...), que podem muito contribuir para aprendizagem da língua do aprendiz, possam ser implementados.


2) Acho que o bom aprendiz é aquele que se interessa pelo seu processo de aprendizagem e não deixe a responsabilidade de sua aprendizagem somente nas mãos do professor. Uma vez envolvido com seu processo de aprendizagem, ele busca oportunidades para praticar a língua tanto dentro como fora de sala de aula, busca diversas fontes de informação, não tem medo de cometer erros e aproveita os mesmos em seu benefício.

3) Estratégias metacognitivas envolvem planejamento, reflexão sobre o processo de aprendizagem, monitoramento, avaliação da aprendizagem. Estratégias cognitivas são mais limitadas às atividades específicas de aprendizagem e envolvem manipulações mais diretas do material de aprendizagem propriamente dito.
Essas duas categorias de estratégias de aprendizagem são muito importantes porque elas se complementam.

4) Na minha opinião essa afirmação de Mattos é um pouco delicada. Cohen (1998) em um de seus estudos, mostra que alunos mais proficientes utilizaram um maior número de estratégias de aprendizagem e em um outro estudo, aluno menos proficientes utilizaram mais. O que Cohen conclui é que não importa o número de estratégias utilizadas, mas sim a qualidade, ou seja, o aprendiz pode utilizar menos estratégias de aprendizagem com maior eficiência. Com relação a esta questão, acho que vários fatores devem ser levados em consideração, como por exemplo o tipo de atividade, tipo de estratégias utilizadas, etc.

5) As estratégias de comunicação estão relacionadas com a produção comunicativa. Portanto essas estratégias são todas as ações tomadas para que não haja quebra na comunicação ou para se mandar uma mensagem clara na segunda língua. Acho que o que pode ocorrer de negativo é uma transferência negativa, ou seja uma interferência da língua materna.

Bibliografia

COHEN, Andrew D. Strategies in learning and using a second language. London and New York: Longman, 1998. Chapter 2. Second language learning and language use strategies; p.3-23.

BROWN, D. H. Principles of Language Learning and Teaching. (3rd edition) – Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall, 1993.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Vera Menezes
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:56:15 01/27/03 Mon

Silvana e Elias criticam a posição a equação "mais estratégias=mais aprendizagem". Eu também já afirmei isso em artigo sobre o tema, mas depois que mergulhei na teoria dos sistemas complexos vejo que as coisas não são tao lineares assim. Para alguns alunos a equação +=+ pode ser verdadeira e para outros a boa utilização de um número menor de estratégias pode levar a resultados muito positivos.

Vera
[> [> [> Subject: Re: a equação


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:10:57 01/29/03 Wed

Olá Vera e grupo,
Agradeço sua contribuição,
e acredito que esta equação não se confirma devido as diferenças individuais de cada um, cada um vai aprender de uma forma. Ou cada um vai utilizar diferentes meios que vão garantir ou não a aprendizagem, o aluno pode estar utilizando estratégias e não alcaçando o sucesso por influência de outros fatores.
Um abraço,
Shirlene
[> [> Subject: Re: Silvana e grupo


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:59:10 01/29/03 Wed

"Acho que o bom aprendiz é aquele que se interessa
>pelo seu processo de aprendizagem e não deixe a
>responsabilidade de sua aprendizagem somente nas mãos
>do professor."
Olá Silvana e grupo,

Acredito que na resposta um você ganhou a 1 e 2 porque para se ter este esteriótipo de aluno, mudanças devem ocorrer na instrução formal, porque a probabilidade do aluno mudar sozinho é muito pequena e a instruçâo formal é um fator muito forte que vai influenciar nas crenças destes alunos e também nas do professor.

Quanto ao uso das estratégias de comunicação, também a instrução formal que este aluno recebe vai influenciar na forma que ele vai utilizar estas estratrégias e também a concepção de língua que ele tem, digo, se ele aprende a lingua para a comunicação.

>Um abraço,
>Shirlene
[> [> [> Subject: Re: Silvana e grupo


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:55:33 01/29/03 Wed

>Acredito que na resposta um você ganhou a 1 e 2 porque
>para se ter este esteriótipo de aluno, mudanças devem
>ocorrer na instrução formal, porque a probabilidade do
>aluno mudar sozinho é muito pequena e a instruçâo
>formal é um fator muito forte que vai influenciar nas
>crenças destes alunos e também nas do professor.
>
Prezada Shirlene

Acredito na grande potencialidade da instrução formal como condição importante para mudanças das percepções que professores e aprendizes trazem para a sala de aula sobre linguagem, aprender e ensinar uma LE e, mais particularmente, sobre os seus papéis no processo. Acredito ainda que a instrução voltada para o treinamento / desenvolvimento de estratégias tem o grande potencial de mudar tais concepções no sentido de permitir aos professores (digo em pré-serviço e em serviço) maior conscientização sobre as aplicações e utilidades das estratégias para a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem e, no caso dos aprendizes, empoderá-los no sentido de dar-lhes as ferramentas para gerenciarem / controlarem a aprendizagem.

Um abraço,

Denise
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Maristela
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Date Posted: 21:50:16 01/31/03 Fri

"As estratégias de comunicação estão relacionadas
com a produção comunicativa. Portanto essas
estratégias são todas as ações tomadas para que não
haja quebra na comunicação..."

Mas, na linguagem há quebra de comunicação, tomada/trocas de turnos, hesitações... Ela é feita por interrrupções, por mudanças de tópicos...

"ou para se mandar uma mensagem clara na segunda língua."

A mensagem é o enunciado que é co-construído pelos interlocutores, a partir de seus conhecimentos prévios, partilhados, culturais, tempo-espaço, condições de produção, estrutura psico-social e interacionista desses...

"Acho que o que pode ocorrer de negativo é uma transferência negativa, ou seja uma interferência da língua materna."

Será que a língua materna do aprendiz não é o suporte do aprendiz? Será que o aluno não a usa como uma interferência interlingual? Onde fica o papel da análise contrastiva da língua mãe com a segunda língua? Será que a maior fonte de "mistakes" não é intralingual em vez de ser interlingual?

Silvana, um abraço.
Maristela
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:25:37 01/28/03 Tue

>
>
> 1 Qual a relação da instrução formal na aquisição de
>uma segunda língua e o desenvolvimento de estratégias
>de aprendizagem. Discuta
Acho que o papel da instrução formal é muito importante porque através dela podemos despertar o aprendiz para a implementação do uso de estratégias de aprendizagem. Além disso, estar consciente do processo de aprendizagem só tem a contribuir para o aprendiz que se torna mais alerta.
>
>
>
>
>
>4 Mattos concluiu em sua pesquisa que quanto mais
>proficiente é o aluno, maior é o número de estratégias
>que ele utiliza. Comente.
Na minha opinião esta conclusão é bastante delicada e controversa. Não concordo porque isto depende muito do aluno e de como as estratégias são trabalhadas. Na minha experiência como aprendiz e como professora, posso afirmar que utilizo mais estratégias no início até. Que o uso de estratégias é benéfico acho que ninguém questiona mas creio que não é quantidade que interessa.
abraços
claudia neffa
>
>
[> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:17:14 01/29/03 Wed

>"Acho que o papel da instrução formal é muito
>importante porque através dela podemos (DESPERTAR) o
>aprendiz para a implementação do uso de estratégias de
>aprendizagem."

Olá Cláudia e grupo,
Grande contribuição gartota,
concordo plenamente, mas durante as leituras fiquei em dúvida. Será que o papel do professor seria despertar a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de estratégias, digo, como parte do currículo?

Aguardo comentários,
Shirlene
[> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:28:09 01/29/03 Wed

>Olá Cláudia e grupo,
>Grande contribuição gartota,
>concordo plenamente, mas durante as leituras fiquei em
>dúvida. Será que o papel do professor seria despertar
>a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou
>seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de
>estratégias, digo, como parte do currículo?
>
Prezada Shirlene

Acredito, baseada nas leituras sobre o tema, nas minhas próprias crenças e na minha própria experiência de ensino, que ao professor cabe o papel de "despertar" a atençao dos alunos para o uso consciente de estratégias, de "ensiná-los" no sentido de orientá-los a "desenvolverem" - planejarem, monitorarem e avaliarem as estratégias utilizadas para a realização de uma determinada tarefa, e "treiná-los" para que obtenham um maior benefício das mesmas (uso o termo "treinamento" no sentido apontado por Cohen (1998: 75):"The training could be characterized as a "wake-up call" to learners, in which a combination of new information, humour, and friendly cajoling was used, to get learners to shift from a more passive, even apathetic, role to a more active one with regard to their language learning".
Finalmente, acredito que a função do professor resume-se na soma de todos os termos citados acima no sentido de ajudar e encorajar os seus aprendizes a se conscientizarem e a utilizarem estratégias mais eficientes de aprendizagem, devendo respeitar, no entanto, os diferentes estilos de aprendizagem.

Um abraço,

Denise
[> [> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:32:12 01/30/03 Thu

Será que o papel do professor seria despertar
>>a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou
>>seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de
>>estratégias, digo, como parte do currículo?
>>
Shirlene
>
>>Finalmente, acredito que a função do professor
>resume-se na soma de todos os termos citados acima no
>sentido de ajudar e encorajar os seus aprendizes a se
>conscientizarem e a utilizarem estratégias mais
>eficientes de aprendizagem, devendo respeitar, no
>entanto, os diferentes estilos de aprendizagem.
>
>Denise

Shirlene, Denise e colegas

Concordo com a Denise. Acho que o professor tem de fazer esta concientização a respeito das estratégias, ensiná-las se preciso for e respeitar os estilos de aprendizagem dos alunos.

Um abraço,

Marlene
[> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:18:52 01/30/03 Thu

Será que o papel do professor seria despertar
>a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou
>seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de
>estratégias, digo, como parte do currículo?

Shirlene,
Acredito que as duas coisas são necessárias, pois precisamos despertar a atenção dos nossos alunos para que a aprendizagem seja adquirida, e, muita vezes só conseguimos a aprendizagem treinando-os para o uso de estratégias. a meu ver, essa é uma questão muito complicada.
O que voc6e acha?
Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:43:39 01/30/03 Thu

>>"Acho que o papel da instrução formal é muito
>>importante porque através dela podemos (DESPERTAR) o
>>aprendiz para a implementação do uso de estratégias de
>>aprendizagem."
>
>Olá Cláudia e grupo,
>Grande contribuição gartota,
>concordo plenamente, mas durante as leituras fiquei em
>dúvida. Será que o papel do professor seria despertar
>a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou
>seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de
>estratégias, digo, como parte do currículo?
>
>Aguardo comentários,
>Shirlene

Shirlene,

Acho que o termo que deve ser utilizado é "despertar", pois acredito que o aprendiz já traz consigo estratégias de aprendizagem. Fazendo um paralelo com nossa vida, todos nós utilizamos estratégias ou ações diferentes para alcançar uma tarefa ou solucionar um problema, mas se utilizarmos essas ações de forma consciente, podemos solucionar ou alcançar algo de forma mais eficiente. Portanto, cabe a nós professores conscientizar os aprendizes da existência das estratégias de aprendizagem e orientá-los para utilizá-las adequadamente de acordo com o estilo de aprendizagem de cada um.
Um abraço,
Silvana
[> [> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 22:28:35 01/31/03 Fri

"Portanto, cabe a nós professores CONSCIENTIZAR os aprendizes da existência das estratégias de aprendizagem..."

Silvana

Será que os termos propiciar, proporcionar, provocar não são mais adequados?

Um abraço. Maristela
[> [> [> Subject: Re: dúvida? (para todos)


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 22:19:36 01/31/03 Fri

"Será que o papel do professor seria despertar
a atenção dos alunos para o uso de estratégias ou
seria de ensinar, desenvolver ou treiná-los no uso de
estratégias, digo, como parte do currículo?"

Shirlene

Acredito que os professores podem provocar nos alunos um maior interesse pela aquisição da linguagem e este pode ser intrínseco e/ou extrínsico (Dallacorte, 1999);

Será que o professor ensina? E o que é ensinar?
Acredito que professor propicia ao aluno condições de ele se envolver em sua aprendizagem e de co-contruir a aquisição. A reflexão (reflexão-ação) sobre as estratégias de aprendizagem tambem andam juntas com a aquisição, com a responsabilidade, com a autonomia... Se a linguagem é dialética, uma prática social, isso implica dizer que uma "questão/noção" não deve ser mais importante que a outra. Elas estão inter-relacionadas.

Um abraço. Maristela
[> [> [> [> Subject: Re: dúvida? agradecimentos


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:29:04 02/03/03 Mon

Olá Vera e grupo,
Acredito que todos contribuíram muito bem na discussão de minha dúvida. O papel do professor envolve, como mencionado pela Denise e outros, o conjunto de várias ações, reflexões e crenças. O uso de palavras para determinar o papel do professor é ilimitado e o que vejo de mais relevante e que já foi apontado é o professor saber fazer uso deste conjunto de forma consciente.

Agradeço a participação de todos e, se quiserem podemos continuar a discussão na lista de e mails.
Shirlene
[> Subject: Conscious or unconscious?


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:20:24 01/28/03 Tue

Colegas,

Autores como Cohen (1998)e Oxford (1990) afirmam que estratégias são ações conscientes tomadas pelos aprendizes para executar um problema ou atividade. Portanto há autores que defendem que as estratégias são utilizadas de forma não consciente. Como vocês veêm esta questão?

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Conscious or unconscious?


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:12:25 01/29/03 Wed

>Colegas,
>
>Autores como Cohen (1998)e Oxford (1990) afirmam que
>estratégias são ações conscientes tomadas pelos
>aprendizes para executar um problema ou atividade.
>Portanto há autores que defendem que as estratégias
>são utilizadas de forma não consciente. Como vocês
>veêm esta questão?

Silvana,
Eu me lembro que já li sobre isso mas não me lembro quem ( você se lembra?)e que quando o uso de determinadas estratégias é muito frequente, ele fica tão 'automatizado' que passa a ser inconsciente.Vou me certificar e volto.
Abraços,
Junia
[> [> [> Subject: Re: Conscious or unconscious?


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:38:12 01/29/03 Wed

>Silvana,
>Eu me lembro que já li sobre isso mas não me lembro
>quem ( você se lembra?)e que quando o uso de
>determinadas estratégias é muito frequente, ele fica
>tão 'automatizado' que passa a ser inconsciente.Vou me
>certificar e volto.
>Abraços,
>Junia

Júnia,

Também já li sobre isso e esta semana mesmo lendo meus textos tornei a ver isso. Vou tentar encontrar .
Um abraço,
Silvana
[> [> [> [> Subject: Re: Conscious or unconscious?


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:58:23 01/29/03 Wed

Olá Silvana e grupo,
Ainda não li a respeito mas acredito que depende do aluno e do tipo de instrução que ele recebe, alunos que participam de cursos em que são desenvolvidas as estratégias de aprendizagem, digo, treinamento para o desenvolvimento das mesmas, os alunos estarão conscientes de que estão utilizando as , mas no caso que a Junia comentou, a automatização diminui ou acaba com esta consciencia.
Um abraço
Shirlene
[> [> Subject: Re: Conscious or unconscious?


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:40:28 01/30/03 Thu

>Colegas,
>
>Autores como Cohen (1998)e Oxford (1990) afirmam que
>estratégias são ações conscientes tomadas pelos
>aprendizes para executar um problema ou atividade.
>Portanto há autores que defendem que as estratégias
>são utilizadas de forma não consciente. Como vocês
>veêm esta questão?
>
>Um abraço,
>Silvana

Silvana,

Acredito que ocorre das duas formas consciente e inconciente.
Algumas eles utilizam inconscientemente e outras eles aprederam a utilizar ou foram adquirindo através do erro-acerto.

Marlene
[> [> [> Subject: Re: Conscious or unconscious? (Ellis)


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:38:21 02/03/03 Mon

Olá Pessoal,
Se observarem no texto da segunda semana de nosso seminario Ellis p. 532, esta questão do uso das estratégias ser consciente ou não é muito discutível. Segundo a autora, alguns pesquisadores consideram que o aluno começa com uma tática conciente que envolve uma estratégia subconsciente.
para Seliger, segundo ela, o uso de estratégias envolve atividades tanro conscientes como inconscientes.

Um abraço
Shirlene
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos) - Questões 1 e 4


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:00:03 01/29/03 Wed

Prezada Shirlene

Primeiramente gostaria de parabenizá-la pela escolha dos textos e pelas questões colocadas para discussão. Segue abaixo, as minhas sugestões para as questões 1 e 4:

QUESTÃO 1:
Em resposta a esta questão, acredito que a instrução formal exerce um papel de grande importância no desenvolvimento de estratégias por parte dos aprendizes no sentido de conscientizá-los das várias possibilidades de conduzirem e alcançarem uma aprendizagem bem sucedida, facilitando assim, o processo. Conforme afirma Dias (1996: 137), “a instrução é um empreendimento humano com o objetivo de não só orientar os aprendizes às situações de aprendizagem, bem como o de criar oportunidades para que eles aprendam como aprender”. Nesse sentido, segundo a autora, a instrução formal poderá ser utilizada de tal forma a orientar os aprendizes a ativarem determinadas estratégias segundo os seus estilos e necessidades com o intuito de processarem, armazenarem e ativarem informações e terem, desse modo, maior controle sobre a aprendizagem.
Dickinson (1994) e Cohen (1998) afirmam que professores podem e devem orientar os seus aprendizes sobre a importância do uso de estratégias (strategy training) no processo de aprendizagem da nova língua. Tais estudos sugerem algumas formas de conduzirmos um trabalho voltado para o desenvolvimento de estratégias tais como: o treinamento direto de estratégias (direct strategy training) no qual o professor discute / ensina uma determinada estratégia durante a realização de uma determinada atividade; ou através de discussões em grupos de alunos sobre as estratégias preferidas e utilizadas por eles para a realização de uma determinada atividade.
Para finalizar, gostaria de citar Cohen (1998: 65) ao mencionar em seu estudo, a importância do evento instrucional no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem: “The underlying premise is that language learning will be facilitated if students become more aware of the range of possible strategies that they can previously select during language learning and language use. The view taken is that the most efficient way for learner awareness to be heightened is by having teachers provide strategies-based instruction to students as a part of the foreign language curriculum”.


QUESTÃO 4:
Sobre os resultados da pesquisa de Mattos (1999), achei bastante interessante ter colocado esta questão para discussão por ser justamente esta uma questão bastante complexa e delicada. A meu ver, acredito que, como apontado pela pesquisadora, os resultados obtidos devem ser analisados com maior cautela através da testagem da hipótese e uso de instrumentos mais confiáveis.
Acredito, como apontado por Silvana ao mencionar o estudo de Cohen (1998), que afirmarmos que quanto mais proficiente é o aluno maior é o número de estratégias por ele utilizadas é uma questão bastante complexa justamente por estarmos lidando com aprendizes dotados de especificidades e necessidades variadas. Nesse sentido, acredito que um aluno considerado proficiente na LA pode vir a usar ou não mais estratégias em relação a um aluno menos proficiente dependendo do seu estilo de aprendizagem, do tipo de instrução recebida para o desenvolvimento de estratégias e das suas crenças em relação ao seu papel no processo de aprendizagem – mais ativo ou passivo. Concordo com Silvana ao ressaltar, segundo Cohen (1998), que o mais importante é a qualidade / eficiência das estratégias usadas para uma determinada tarefa. A análise da equação +proficiente = + estratégias deve ser vista, portanto, com bastante cautela como a equação
+estratégias=+aprendizagem discutida pela professora Vera.
O que você acha? Aguardo comentários.

Um abraço,

Denise


Referências:

DICKINSON, L. Learner autonomy: What, why and how? In: LEFFA, V. J. (Ed.). Autonomy in Language Learning. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1994. P. 2-12.

COHEN, A. Strategies in Learning and Using a Second Language. London and New york: Longman, 1998.
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos) - Questões 1 e 4


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:10:29 01/30/03 Thu

>Olá Denise e grupo,
Agradeço sua contribuição,
e como mencionado anteriormente em resposta a contribuição da professora Vera, concordo com você e acredito que as duas equações devem ser analisadas com muita cautela devido as diferenças individuais de cada um, cada aluno em seu estilo diferenciado, vai aprender também de forma diferenciada. O uso das estratégias vai ou não garantir a aprendizagem, pois o aluno pode estar utilizando estratégias e não alcaçando o sucesso por influência de outros fatores. Como você mencionou, é a qualidade das estratégias que vai garantir "a facilidade" no aprendizado e, acredito que cabe ao professor observar seu grupo e verificar que tipo de estratégias eles estão utilizado para aprender e daí orientá-los de forma que estas estratégias sirvam para o benefício deles.
[> Subject: Questão 4


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 14:05:14 01/30/03 Thu

Shirlene,
Achei muito pertinente a discussão da questão 4, porque a meu ver é polêmica e até mesmo complexa, conforme Mattos afirma ;e necessa'rio que seja feito o estudo mais detalhado para que se chegue à conclusões concretas.
a meu ver o aluno que é mais proficiente sem dúvisda alguma se sente mais "solto" com relação à língua mais não significa que ele utiliza mais estratégias do que aquele que possui menos proficiência.
Acredito que o maior ou menor uso de estratégias varia de acordo com os estilos de aprendizagem de cada um, com o ambiente ao qual está inserido, e até mesmo com o incentivo e uso de estratégias por parte do professor.
Portanto, acredito que somente com os dados apresentados por Mattos não é possível afirmar com precisão que o aluno mais proficiente utiliza maior número de estratégias, mesmo porque a pesquisa foi realizada através de questionários e foram feitas com professores o que acaba influenciando os resultados.

Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> Subject: Re: Questão 4


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:29:55 01/30/03 Thu

>Acredito que o maior ou menor uso de estratégias varia
>de acordo com os estilos de aprendizagem de cada um,
>com o ambiente ao qual está inserido, e até mesmo com
>o incentivo e uso de estratégias por parte do
>professor.
Rosiane,

Acho que até o tipo de atividade pode influenciar na quantidade de estratégias utilizadas.

Um abraço,
Silvana
[> [> Subject: Re: Questão 4


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:23:02 01/31/03 Fri

Prezada Rosiane

Acredito como você que tais fatores podem sim interferir no processo e inviabilizar a relação "mais proficiente = mais estratégias". Acrescentaria, ainda, os fatores: tipo de atividade, como apontado por Silvana, o tipo de instrução utilizada pelo professor para conscientizar os seus aprendizes, e ainda, as crenças que os aprendizes trazem para a sala de aula.
O que vc. acha???
Sobre a sua afirmação a respeito da pesquisa ter sido realizada com professores, gostaria de saber um pouco mais de vc. sobre as implicações da utilização de professores nos resultados da pesquisa.

Um abraço,

Denise
[> [> [> Subject: Questão 4


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:12:33 01/31/03 Fri

Denise,

Acredito que o fato das pesquisas serem realizadas com professores influencia os resultados, no sentido que às vezes os professores não respondem o que eles realmente fazem na sala de aula e sim o ideal a ser feito.
além disso, os professores já estavam por dentro do tema estratégias, portanto, acredito que isso acaba tornando a pesquisa de certa forma, menos efizas do que tivesse sido realizada com alunos.

Ps: Agradeço a contribuição em relação ao tema: nível de proficiência = maior número de estratégias.

Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Marlene Aveliz
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:20:05 01/30/03 Thu

>1 - Segundo Dias, “ a instrução é um empreendimento humano com o objetivo de não só orientar os aprendizes às situações de aprendizagem, bem como o de criar oportunidades para que eles aprendam como aprender.” Dentro disso, à medida que o professor disponibiliza materiais, orienta e incentiva a utilização de estratégias, o aluno conseqüentemente vai adquirindo a nova língua e um melhor ajustamento das estratégias à necessidade de aprendizagem do momento em que ele aluno, passa.



2 – O bom aprendiz de línguas estrangeiras:
· Usa estratégias;
· Erra. Ou seja, utiliza com tranqüilidade o esquema erro acerto.
· Cria situações para melhorar sua aprendizagem.
· Utiliza ao extremo as estratégias para melhorar sua aprendizagem.
· Reconhece suas limitações e seus pontos fortes.
· Ë aberto sem pré-conceitos ao aprendizado.



3 – Pode-se dizer que as estratégias diretas são aquelas que o alunos utilizam especificamente no aprendizado de línguas, já as estratégias indiretas são utilizadas no aprendizado em geral bem como no aprendizado de línguas.

Acredito que a importância vem na maneira do aprendiz que além de utilizar estratégias indiretas ele, ao aprender uma nova língua tende ser mais específicos à medida que observa suas necessidades de melhorar em algum aspecto.



4 – Talvez pelo fato de que à medida que vai adquirindo proficiência o aluno conheça mais estratégias e onde melhor elas se aplicam, então, ele tendo uma gama maior para escolher e podendo, assim utilizar de todas as estratégias que tem conhecimento, consciente ou inconscientemente, se quiser.



5- Segundo Oxford (1990:37), as estratégias de compensação permitem que o aluno use a língua mesmo que o mesmo tenha alguns ‘gaps’ na aprendizagem. Às vezes ele tentar adivinhar o significado ou utiliza sinônimos para se expressar melhor.

Na verdade, não vejo pontos negativos, uma vez que o aluno consiga se expressar, se fazer entendido e entender a mensagem passada, penso que não tem problema algum que ele use a estratégia de compensação ou outros recursos ou estratégias.
[> [> Subject: Re: to Marlene


Author:
shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:25:10 02/03/03 Mon

Na verdade, não vejo pontos negativos, "
Olá Marlene,
Adriana Sales fez uma discussão boa em nosso forum usando a referencia de Brown 1994 a respeito dos pontos negativos das estratégias de aprendizagem, vale a a pena conferir
Um abraço
Shirlene
[> Subject: Questão 2 – Características do bom aprendiz


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:51:43 01/31/03 Fri

Colegas,

Tendo como referência os textos da semana para caracterizar o bom aprendiz coloco as seguintes observações:

O uso das estratégias que favoreçam a aprendizagem, como:

- A repetição elaborada (sistema de processamento da informação). Para que esta informação fique gravada na memória permanente. Podem ser usadas as estratégias mnemônicas com decorar a tão conhecida ‘ fan boys’ para recordar as conjunções. Ou a anotações em blocos de anotações, onde os alunos escrevem as novas palavras para serem lidas até que estas sejam aprendidas e guardadas na memória permanente.
- Seguir a teoria de esquemas (schema teory), onde o aluno faz uso da memória e ativação de lembranças para a construção do conhecimento.
- Uso das estratégias de ligação ou conexão. O aluno faz uma associação (ponte) entre o conhecimento anterior e a nova informação.

Abraços,

Adriana Sales
[> [> Subject: Re: Questão 2 – Características do bom aprendiz


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 17:33:23 01/31/03 Fri

Cara Adriana,
Não acredito que a repetição, mesmo que elaborada, seja uma boa estratégia de aprendizagem, pois muitas vezes o aluno decora e não sabe o que ele está dizendo, mesmo porque há a variação dos estilos de aprendizagem.
Sendo assim, alguns vão ter a repetição como algo significativo e outros não, e, quando vamos trabalhar com os nossos alunos precisamos aproximar ao máximo o que ele está aprendendo com a sua realidade.
portanto, acho o ato da repetição bastante complexo.

Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> [> [> Subject: Re: A questão do bom aprendiz (Ellis)


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:02:09 02/03/03 Mon

Caros colegas,

Agradeço as contribuições a respeito das características de um bom aprendiz, concordo até mesmo com a memorização. Acredito que o que a colega teve a intenção de enfatizar é que o aluno aprende quando o conhecimento passa a fazer parte da memória de longo prazo. Concordo que as vezes os alunos decoram e não compreendem, mas tem coisas que temos que memorizar, números de telefone, é um exemplo. Não precisamos focalizar o ensino de uma língua na memorização e repetição, mas dependendo do objetivo, um pouco de uso da memória não faz mal a ninguém.

Ellis (texto da segunda semana) dsescreve algumas características do bom aprendiz página 549

-Atentam para o significado (função)
-tentam fazer uso da língua para a comunicação
se envolvem na aprendizagem da língua
- têm consciência de seu processo de aprendizagem

Um abraço,
Shirlene
[> Subject: Questão 4 – Aluno mais proficiente = maior número de estratégias utilizadas


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:53:16 01/31/03 Fri

Shirlene e colegas,

A questão levantada por Shirlene é muito interessante! Compartilho das idéias dos colegas ao afirmarem que o sucesso das estratégias depende do aluno e de como são trabalhadas. Concordo com a Cláudia, na aprendizagem o importante não é a quantidade de estratégias, mas sim a qualidade! Cabe ao professor despertar o interesse dos alunos e orientá-los quanto ao uso das estratégias.

Abraços,

Adriana Sales
[> Subject: Questão 5 – Pontos positivos e negativos das estratégias de compensação (comunicação)


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:54:24 01/31/03 Fri

De acordo com Brown (1993: 118) as estratégias de comunicação estão relacionadas ao emprego de mecanismos verbais e não-verbais para uma produtiva comunicação e troca de informação.

Os pontos negativos das estratégias de comunicação, são aqueles em que os alunos saem perdendo. Ou sejam utilizam as estratégias de forma incorreta ou em demasia. Por exemplo, avoidance, language switch e literal translation. Os alunos evitam falar sobre assuntos que não são de seu conhecimento ou que não possuem vocabulário suficiente para tal. Isto é um problema para o desenvolvimento verbal do aluno, já que este não estará sequer tentando falar de assuntos difíceis para ele. A mudança da língua estrangeira para a língua materna quando repetida em excesso não auxilia o aluno. Acredito que acaba se tornando um vício mudar o tempo todo para a língua materna. Isto não propicia o aluno se esforçar para expressar o que quer dizer. Já a tradução literal, palavra por palavra, é muito comum em aluno iniciantes. Deve ser evitada, pois traz desentendimentos quanto ao significado da frase.

Quanto aos aspectos positivos aponto: a memorização de frases prontas (prefabricated patterns) e apelo à autoridade (professores e dicionários). Vale à pena dizer que não todo o tempo que o professor ou o dicionário servirão de apoio, senão o aluno pecará pelo excesso.

Abraços,

Adriana Sales

Referência:

BROWN, D. H. Principles of language learning and teaching. (3rd edition) Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall, 1993. Chapter 5. Styles and strategies (p. 103. 133)
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Rita Vilaça
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Date Posted: 05:35:21 01/31/03 Fri

1) O processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira é uma tema bastante complexo e controverso. Acredito que a instrução formal de estratégias só tem a beneficiar tal processo. Muitas vezes as estratégias são utilizadas de forma natural e inconsciente. Mas se o uso das estratégias for "formalizado", então o desenvolvimento das mesmas tende a ser maior e, na minha opinião, o processo de ensino/aprendizagem tende a ser facilitado.
Concordo com a premissa de que as estratégias podem ser incorporadas à instrução a fim de facilitar o processo de aprendizagem.

2) O bom aprendiz ou bom aluno é aquele que se compromete com o processo de aprendizagem, assumindo suas responsabilidades de aprendiz, isto é, cumpre suas tarefas ( exercícios, homework, etc.), tem interesse nas aulas e procura fora da sala de aula ou até mesmo fora da escola buscar outras oportunidades de aprendizagem ( contato com falantes nativos, TV a cabo, Internet, etc.)

4) Acredito que quanto maior o uso de estratégias maior a proficiência. No entanto, só a pesquisa de Mattos não serve para se ter certeza de tal afirmação. As estratégias são ótimos recursos para se atingir um alto grau de proficiência, porém existem alunos excelentes que são proficientes sem se utilizar necessariamente de estratégias.
Gostaria de citar um exemplo que remete à questão 2 e se encaixa também aqui na 3.
Tenho atualmente em uma turma de um curso intensivo de básico IV dois alunos que se enquadram no que foi dito anteriormente. Ele, um universitário, que faz estágio na firma do pai e ela uma profissional liberal, que trabalha cerca de 12 horas por dia. Ele é um aluno bem proficiente, que consegue se comunicar sem se esforçar. Ele, na minha opinião, não é um bom aprendiz já que não assume suas responsabilidades. Já a aluna
assume suas responsabilidades, se esforça fora da sala de aula, procura materiais com- plementares, apesar do pouco tempo livre que dispõe. Considero essa aluna uma bom aprendiz. Porém ela tem inúmeras dificuldades e um grau de proficiência baixíssimo. Na minha opinião, muitas dessas dificuldades poderiam ser supridas com a utilização de estratégias.

5) A finalidade das estratégias de compensação é a comunicação. Acho que a utilização de mímicas, gestos, comparações são pontos positivos para suprir problemas existentes dentro do processo comunicativo em aulas de língua estrangeira. Mas se mesmo com a utilização dessas estratégias, a comunicação for falha ( o que muitas vezes acontece), a frustração tende a ser maior e o aprendiz ou aluno poderá se sentir mais incapaz.
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 06:39:57 01/31/03 Fri

2) O bom aprendiz ou bom aluno é aquele que se
>compromete com o processo de aprendizagem, assumindo
>suas responsabilidades de aprendiz, isto é, cumpre
>suas tarefas ( exercícios, homework, etc.), tem
>interesse nas aulas e procura fora da sala de aula ou
>até mesmo fora da escola buscar outras oportunidades
>de aprendizagem ( contato com falantes nativos, TV a
>cabo, Internet, etc. (...)
>Considero essa
>aluna uma bom aprendiz. Porém ela tem inúmeras
>dificuldades e um grau de proficiência baixíssimo. Na
>minha opinião, muitas dessas dificuldades poderiam ser
>supridas com a utilização de estratégias.


Prezado Elias

Mediante as questões apontadas por vc. em relação ao papel do bom aprendiz e as situações vividas por vc. junto aos seus alunos em sala de aula, gostaria de colocar a seguinte questão: Como vc. tem gerenciado esta situação a fim de mostrar aos seus aprendizes as responsabilidades que devem ser assumidas por eles para uma aprendizagem autônoma e bem sucedida?

Aguardo comentários,

Um forte abraço,

Denise Araújo
[> [> Subject: Re: Correção


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 06:49:07 01/31/03 Fri

Prezada Rita

Mil desculpas pela troca dos nomes. Foi realmente uma falta de atenção da minha parte. Esta mensagem realmente foi endereçada a você.

Aguardo comentários,

Um abraço,
Denise Araújo
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Rosiane Camilo Gonçalves
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Date Posted: 17:42:55 01/31/03 Fri

Rita,

com certeza um bom aprendiz precisa antes de mais nda ter responsabilidade, pois o professor pode dispor de material, boa formação, boa vontade, etc. que se o aluno nào quizer aprender com certeza ele não aprende.
Precisamos estar motivados a ensiná-los e eles por sua vez também precisam ter motivação intrínseca, sendo assim as aulas ficarão mais interessantes, a aprendizagem acontecerá com êxito e o aluno além de ser um bom aprendiz estrá sendo autônomo, porque acabará adquirindo uma certa responsabilidade sobre o seu aprendizado e também sobre o processo de ensino-aprendizagem.
Abraços,
Rosiane Camilo Gonçalves
[> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
Maristela
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Date Posted: 20:52:21 01/31/03 Fri

QUESTÃO 1: Relação entre instrução formal na aquisição de uma segunda língua e desenvolvimento de estratégias de aprendizagem.
Segundo Dias (1996, p. 137), “a instrução é um empreendimento humano com o objetivo de não só orientar os aprendizes às situações de aprendizagem, bem como o de criar oportunidades para que eles aprendam como aprender.” Esse aprender a aprender inclui também o uso de estratégias adequadas nas diversas aprendizagens e contextos, bem como o metaconhecimento dessas. Logo, para nós, no ambiente educacional o aluno deve usar a linguagem (discurso oral e escrito), bem como desenvolver o “aprender a aprender” que se relaciona às diversas estratégias e variáveis (motivação, auto-confiança, ansiedade, objetivos...)

QUESTÃO 2: Características de um bom aprendiz
Algumas características do bom aprendiz (Matos, 1999, Rubin e Thompson, 1994; Brown, 1994)
- não é bom “full time”, não sabe tudo e isso não é um problema, pois ele sabe que está em processo de aquisição de linguagem e aqui, relaciona-se Matos (1999, p. 151) na argumentação de que “o professor não nativo é um eterno aprendiz da língua que ensina.”;
- tenta controlar suas emoções em relação ao uso e aprendizagem da língua;
- usa as diversas estratégias de aprendizagem (diretas e indiretas), de acordo com os diversos contextos e objetivos;
- está sempre buscando seu caminho para aprender;
- organiza informação sobre a língua;
- cria suas oportunidade para praticar a língua tanto dentro como fora do ambiente educacional;
- sabe viver com as incertezas e não se sente frustado quando não compreende uma palavra;
- usa os “erros” para aprender, ou seja, a seu favor;
- use conhecimentos lingüísticos inclusive os de sua língua materna na aprendizagem de uma segunda língua;
- faz inferências;
- desenvolve metaconhecimento

Abaixo estão algumas características do aprendiz, encontradas em Coscarelli, 1997. 14 p.
(< http://bbs.metalink.com.br/~lcoscarelli/ESTRAT.DOC > )

"De acordo com RUBIN (1975), as características mais comuns do ‘bom aprendiz’ de língua estrangeira são as seguintes:
1. O bom aprendiz deve ser um bom ‘adivinhador’, a partir das palavras que ele entende, ele deve infere o que não entendeu, isto é, procura ativamente por pistas sobre o significado;
2. Tem um forte desejo de se comunicar e aprende a partir das situações de comunicação. Não tem vergonha de fazer qualquer coisa para garantir a transmissão da mensagem;
3. Geralmente não é inibido. Não tem medo de cometer erros;
4. Está atento à forma e procura padrões na língua;
5. Pratica, ou seja, cria oportunidade para praticar o que aprendeu e para ter contato com a língua que está aprendendo além do ambiente de sala de aula ;
6. Monitora, está atento a como sua fala está sendo recebida. Aprende com os próprios erros;
7. Está atento ao significado e ao contexto da fala;
8. Desenvolve os aspectos fonológicos que melhor garantem a inteligibilidade.
ELLIS & SINCLAIR (1989), antes de apresentar uma lista de características do bom aprendiz de língua, apontam para a dificuldade de se montar tal lista já que ‘cada aprendiz desenvolve estratégias e técnicas que sirvam melhor às suas necessidades pessoais e à sua personalidade e as implementam de diferentes maneiras’ (p.7). Eles apresentam uma lista de características do bom aprendiz, não tão voltada para aspectos lingüisticos como a de RUBIN (1975), apresentada acima, mas dando mais ênfase a traços psicológicos do aprendiz. Segundo eles, então, o bom aprendiz de línguas costuma ter as seguintes características:
1. Consciência - ‘conhecem e compreendem as razões das suas atitudes e sentimentos em relação à aprendizagem de língua e a si mesmos como aprendizes de língua’ (p.6);
2. Questionadores e tolerantes - ‘interessados em descobrir mais sobre como a língua funciona e como eles podem aplicar esse conhecimento para ajudá-los a aprender mais efetivamente’ (p.6), além de aceitarem bem as diferenças existentes entre as línguas e suportarem a ambigüidade e incerteza;
3. Auto-críticos - ‘se auto avaliam e monitoram seu progresso regularmente’ (p.6);
4. Realistas - ‘sabem que aprender uma língua estrangeira exige muito trabalho e tempo’ (p.6);
5. Experimentadores - ‘sempre querem experimentar diferentes estratégias de aprendizagem (...) e escolher a mais adequada’ (p.6);
6. Envolvidos ativamente - envolvem-se ativamente na aprendizagem e não têm medo de arriscar;
7. Organizados - ‘organizam seu tempo e materiais da maneira que julgam mais adequada à sua personalidade e exploram completamente os recursos de aprendizagem de segunda língua disponíveis dentro e fora de sala de aula’(p.7).”

Pessoal, eu sou um pouco cautelosa ao usar a expressão “bom aprendiz”, porque ele pode usar/desenvolver mais uma competência e ter mais limitações em outra. Como a educação é continuada, o aprendiz pode superar sua limitação, de acordo com seus objetivos, necessidades....Daí, prefiro dizer que ele é mais ou menos bem sucedido nas diversas situações, de acordo com os diversos contextos, objetivos, variáveis......


QUESTÃO 3: Estratégias cognitivas e metacognitivas
As estratégias DIRETAS são aquelas usadas para lidar com a língua sendo as de memória, cognitivas e de compensação
As estratégias INDIRETAS são aquelas utilizadas para o gerenciamento geral da aprendizagem, sendo as metacognitivas, afetivas e sociais.

As estratégias METACOGNITIVAS (indiretas) estão relacionadas ao planejamento, administração e avaliação da aprendizagem.
As estratégias COGNITIVAS (diretas) estão relacionadas à prática, produção, recepção e reflexão de enunciados, bem como a propiciar contexto para o input (intake) e output. Elas estão relacionadas às tarefas de aprendizagem específicas e envolvem administrar o próprio material de aprendizagem.

Acredito que se elas forem usadas e refletidas por uma período de tempo mais longitudinal, é possível que o processo de aprendizagem possa ser mais eficaz. Assim, a combinação dessas duas estratégias podem “influenciar positivamente a capacidade de processamento cognitivo do aprendiz” (Dias , 1996, p. 158). No entanto, vale ressaltar também que é adequado usar não somente as duas estratégias mencionadas, mas todas são necessárias na aprendizagem e o maior ou menor uso das estratégias diretas e/ou indiretas parece estar relacionado ao estilo do aprendiz, ao contexto/objetivo de aprendizagem e as diversas variáveis que podem influenciar a aquisição/uso do conhecimento (motivação, auto-estima, ansiedade, interação,....)....

QUESTÃO 4: Quanto mais proficiente é o aluno, maior é o número de estratégias que ele utiliza.
Acredito que a argumentação de Matos (1999) pode ter sentido, se pensarmos que o aprendiz mais proficiente já desenvolveu mais suas estratégias de aprender a aprender, que ele já percebeu que aprender uma língua estrangeira é um empreendimento bem mais longitudinal do que se pensa e essa aquisição depende, também, de seu envolvimento e isso também está relacionado ao seu objetivo em relação à sua aquisição.

Nessa concepção, pode-se levantar a hipótese de que o aprendiz iniciante talvez lide com uma aprendizagem mais inconsciente, já que ele pode ter menos trabalhado o metaconhecimento, bem como as outras estratégias.

Segundo Rubin e Thompson (1994, p.16), há “a pirâmide invertida de proficiência da língua”, ou seja, pensem numa pirâmide, inverta-a/coloque-a de cabeça para baixo (parte menor para baixo e parte maior para cima), e coloque num contínuo (de baixo para cima) o aprendiz iniciante, o intermediário, o avançado, o de proficiência profissional e o de proficiência “near native”. Ligando as idéias de Matos (1999) às de Rubin e Thompson (op.cit), acredita-se que é uma leitura possível hipotetizar que o aluno iniciante está na parte inferior da pirâmide invertida, pois utiliza menos estratégias (meta) de aprendizagem e o aprendiz de proficiência “near native” está na parte superior da pirâmide (que é maior), pois ele pode usar mais as diversas estratégias de aprendizagem. Mas, pode não ser bem assim, conforme já foi destacado pelos colegas, já que as pessoas se comportam diferentes, têm estilos diferentes e portanto estratégias diferentes .... Daí, tem-se um objeto de estudo e esse deve ser realizado longitudinalmente, havendo triangulação na coleta dos dados, a fim de se obter dados mais válidos.

QUESTÃO 5: Estratégias de compensação, comunicação
As estratégias de comunicação são elementos da competência estratégica do aprendiz e podem ou não ser conscientes. Estas estão relacionadas ao uso de mecanismos verbais e não verbais na produção do discurso. Destaca-se que o gagejar, o hesitar, as mudanças/trocas de turnos...são partes normais do processo de comunicação, não sendo considerado, portanto, pontos negativos. Isso é linguagem real! O problema talvez seja o excesso.
Vejo positivamente o uso das estratégias de comunicação (paráfrase, pedido de ajuda, troca/quebra de turnos, repetição...), desde que essas façam parte da maneira de aprender do aluno (e o aluno aprenda!) e também porque a comunicação real é algo “fragmentado”, um aparente “caos” e o importante é o aluno usar o discurso adequado aos diversos contextos e situações.
[> [> Subject: Re: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM- SEMANA 2 (Dias, Mattos)


Author:
shirlene Bemfica
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Date Posted: 08:33:19 02/03/03 Mon

Olá Maristela,
Você discutiu muito bem as questões propostas, parabéns.
Começamos a discutir o papel do professor na formação deste aluno consciente de suas estratégias e autonomo, o que vc acha? Se quiser discutir na lista de e mails, fique a vontade.
Um abraço
Shirlene
Subject: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 17:12:46 01/26/03 Sun

Colegas,

Meu seminário sobre CALL: O tema do texto é: A construção da identidade nas homepages pessoais de adolescentes
na web:

http://www.aber.ac.uk/~mcswww/Documents/short/strasbourg.html

Estaremos discutindo a criação de homepages como trabalho colaborativo. Meus alunos elaboram suas próprias páginas como trabalho de fim de semestre e foi apresentado em agosto de 2002. Cada grupo teve mais ou menos 20 alunos e todos os temas foram divididos de acordo com suas preferências. Muitas idéias foram criadas e aceitas. Havia sido distribuído um roteiro com informações e objetivos a serem cumpridos.Cada grupo tinha seu Web designer escolhido pelo sua habilidade e conhecimento em montar homepages.

· A tarefa será analisar e comparar 2 ou mais homepages elaboradas por alunos do 1ª ano do Ens. Médio discutindo os principais pontos teóricos do texto, apontando alguns elementos da teoria de Chandler como análise. Será que “Bricolage” desenvolve alguma habilidade? Gostaria que vocês refletissem também sobre a questão da autonomia baseando-se em textos lidos ao longo do curso. Esse tipo de trabalho de elaboração de homepages poderá promover a motivação e a aprendizagem de língua em sala de aula de língua estrangeira?

Click nas homepages abaixo para você analisar:

1F: homepages de adolescentes

1A: homepages de adolescentes

1H: homepages de adolescentes

1D: homepages de adolescentes

1E: homepages de adolescentes



Abraços e boa discussão,
Sergio Pais de Oliveira
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
sites
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:25:44 01/26/03 Sun

Colegas,
Caso você não consiga abrir os links das homepages do meu seminário, favor copiar os endereços abaixo para os favoritos p/poderem abrir depois.


Homepages para análise:

1F: http://geocities.yahoo.com.br/debuqui537

1A: www.metallicenglish.hpg.ig.com.br

1H: www.hclasshomepage.cjb.net

1D: www.whycsa.cjb.net

1E: http://members.tripod.com.br/groupe

Abraços,
Paisoliveira
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:35:43 01/28/03 Tue

>
>· A tarefa será analisar e comparar 2 ou mais
>homepages elaboradas por alunos do 1ª ano do Ens.
Esse
>tipo de trabalho de elaboração de homepages poderá
>promover a motivação e a aprendizagem de língua em
>sala de aula de língua estrangeira?

Não só acho como tenho certeza de que um projeto desta natureza pode promover a motivação e a aprendizagem de LE porque exige muito trabalho de equipe e empenho por parte do aluno. Achei o projeto super interessante, porém, devo ressaltar que na minha experiência como professora eu observo que poucos professores trabalham efetivamente com o CMC apesar de ser inquestionável o benefício que a tecnologia traz para a aprendizagem de LE.
Quanto aos sites, gostei ´particularmente do1H por causa da criatividade e das atividades como a penpall, personality test, jogos , links e foto porque confesso que fiquei curiosa para ver a carinha deles!
abraço,
claudia
>
>
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 20:55:07 01/28/03 Tue

Cláudia,
Obrigado pela interação e por ter analisado as páginas.
Realmente esse trabalho exigiu muito esforço por parte de todos, pois muitos não tinham a menor idéia de como começar. Eu dava os toques que eu sabia e os web-designers me ajudavam muito.Eu davo espaço da aula para os web-designers pedirem e sugerirem materiais.
Eu confesso que não sabia que tipo de resultado iria obter, pois nunca ninguém havia feito coisa parecida na escola.Tinha medo do "fracasso"! Apesar de ter o ambiente ideal para a prática de trabalhos colaborativos online.
Mas na vida temos que nos arriscar e tentar coisas novas para saber se são boas ou não.
Abraços,
Sergio
[> [> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:39:46 01/31/03 Fri

Sérgio,

Eu achei muito ousada e inovadora a sua idéia de construção das homepages. Posso imaginar como foi o seu esforço para que tudo desse certo, já que como você mencionou, ninguém havia feito coisa parecida na escola. Ainda bem que você venceu seus medos e inseguranças e colocou a idéia para frente!!!
Acho que é este o nosso papel como professor, oferecer oportunidades e novidades para que a aprendizagem seja mais produtiva e prazerosa!
Sucessos,

Adriana Sales
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Dilso Almeida
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:33:26 01/29/03 Wed

Sérgio,

Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pela escolha do texto para discussão. Chandler explora, de uma maneira bastante compreensível, a questão da construção e revelação da identidade nas “webpages” criadas por aprendizes.
Em segundo lugar, parabéns também pela sua iniciativa inovadora na escola em que leciona, ao desenvolver um projeto dessa natureza, contando única e exclusivamente com seus próprios recursos, uma vez que não havia, na escola, alguém com quem compartilhar dúvidas e incertezas.
Ao relacionar o texto com o seu projeto, não posso me furtar de aliá-los à questão da telecolaboração e também da autonomia, dois assuntos bastante debatidos no decorrer da disciplina. A experiência que você relata é um exemplo claro de trabalho colaborativo. Os alunos dividiram responsabilidades, negociaram, interagiram e o resultado disso tudo pode ser conferido nas páginas que criaram. Além disto, tiveram que, por si só, buscar informações, não apenas do que fazer, mas principalmente de como fazer, num exercício de autonomia digno de ser salientado.
Ver as páginas criadas por seus alunos após ler o artigo de Chandler, nos permite compreender com muito mais facilidade como os textos, sejam eles escritos ou visuais, são carregados de significados intrínsecos que refletem o contexto social no qual estão inseridas. Vista pelos olhos da semiótica social, a identidade do produtor de um texto fica impressa na maneira como a mensagem é transmitida, levando consigo uma série de informações sociais, culturais e ideológicas do contexto em que foi produzida.
Abraço a todos,
Dilso
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:28:47 01/30/03 Thu

Dilso e colegas,
Obrigado pela sua contribuição na nossa interação. Agradeço os elogios (ficando até sem graça), mas tudo que faço em sala de aula é com muita paixão à nossa profissão.

. “A experiência que você relata é um exemplo claro de trabalho colaborativo. Os alunos dividiram responsabilidades, negociaram, interagiram e o resultado disso tudo pode ser conferido nas páginas que criaram. Além disto, tiveram que, por si só, buscar informações, não apenas do que fazer, mas principalmente de como fazer, num exercício de autonomia digno de ser salientado.”
Com certeza esse trabalho foi um dos poucos que eles tiveram que compartilhar responsabilidades, interagirem e pesquisar. O feedback foi ótimo e eu senti que o objetivo havia sido alcançado. Houve pontos negativos e positivos. Mas os positivos superam os negativos em larga escala. Muito melhor que tudo isso, foram os e-mails recebidos confirmando a minha expectativa:


Sergio,
Durante a realização do trabalho, pude aprender mais sobre como construir uma home page. Os dois temas escolhidos pelo meu grupo ( música e links) fizeram o trabalho ficar mais interessante , já que pudemos escolher sites e músicas de bandas que nos agradavam. Todos do grupo ajudaram, fazendo com que nenhum dos componentes ficasse sobrecarregado. No entanto, na hora de construir de verdade a página, oWladston era o único que sabia como faze-la. Nós digitamos o trabalho, gravamos em disquetes e ele acabou fazendo quase tudo sozinho!Mesmo assim, foi uma experiência nova e que valeu a pena. Espero que os próximos trabalhos também sejam assim!
Danielle -1G (sem alterações)

Abraços,
PaisOliveira (Sergio)
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:06:22 01/29/03 Wed

“Muitas idéias foram criadas e aceitas. Havia sido distribuído um roteiro com informações e objetivos a serem cumpridos.Cada grupo tinha seu Web designer escolhido pelo sua habilidade e conhecimento em montar homepages.”

Sérgio,a sua iniciativa de promover a elaboração de homepages com seus alunos foi realmente sensacional. O resultado nem se fala!!! Achei excelente e inovador! Visitei as hps das turmas: 1F, 1E, 1A e 1D.

As hps que visitei encontrei ‘biographical details' tais como fotos do grupo ex:1F e 1E. No caso da 1 E os meninos colocaram ‘ falas ‘ nas fotos inserindo um humor próprio da idade.
Os links ‘girl talk’ da 1F e ‘girl’s and boy’s talk’ da 1E ilustram os interesses e preferências dos alunos, elementos chave em homepages pessoais e acredito eu, de grupos com afinidade como é o caso das turmas. Observa-se que os grupos conseguem mesclar o cunho educacional de aprendizagem de inglês das hps com suas idéias e preferências pessoais.

O gênero da hp parece já ser percebido pelos alunos que incluem o aspecto ‘Who am I ‘, característico das hps pessoais, em suas hps . È interessante percebermos como os gêneros são vinculados à vida cultural e social.

Swales (1993) considera o gênero como “ classe de eventos comunicativos” fortemente ligados a uma comunidade discursiva e faz uso de um determinado gênero para atingir seus objetivos.

Já Lévi Strauss defende que a ‘bricolage’ envolve mais do que a simples apropriação de materiais. Ela envolve a construção da identidade do ‘bricoleur’.

Fiquei pensando se as apropriações acontecem só na rede ou se a rede passa a ser um mundo de opções para os adolescentes e todos nós. Percebo que a bricolage está em toda parte dentro e fora da rede. Percebo também que as apropriações nos ajudam a perceber as preferências das pessoas e principalmente dos adolescente , nos levam à uma leitura mais abrangente das hps pessoais e faz uma passagem do pessoal para o público.
O que vocês acham?
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Marcos Manso
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Date Posted: 18:46:54 01/29/03 Wed

Olá Júnia e colegas,

Bricolagem é uma idéia interessante pois ela envolve dois processos cognitivos conhecidos: o kinestético e o tátil, sem detrimento dos demais. Há poucos anos atrás, durante uma feira de exposições de cultura e turismo, observei que o ‘stand’ que mais chamou a atenção dos visitantes era um dos mais simples e que envolvia uma idéia milenar de manipulação do barro, a modelagem. Competindo com ele haviam stands com videokê (uma novidade na época), stands com cartazes e fotos de lugares maravilhosos de se conhecer e viajar, etc. Mas aquele especificamente promovia um contato direto com algo significativo (a terra), de uma forma simples e suave (apenas controlar as mãos que deslizavam sobre o barro enquanto o prato girava), além de estar bem próximo e ao alcance (não era uma imagem ou foto de uma lugar que jazia a dezenas ou centenas de quilômetros distantes), bem como ser accessível (não custava uma fortuna, pois o curso era barato), imediato ( bastava inscrever-se e começar a aprender e fazer) e muito prazeroso.

Assim creio que também deve ser a aprendizagem: significativa, simples, suave, próxima, accessível e ao alcance, imediata e prazerosa. Como observa Chandler e Roberts-Young, as ‘homepages’ são montadas e não simplesmente escritas. Assim elas são uma boa oportunidade de se desenvolver a criatividade. Ainda que haja uma apropriação de elementos já prontos (em muitos casos) são incluídas ali as características próprias daquele que constrói mescladas com adaptações feitas a partir de incorporações, mas que devem ser devidamente organizadas de forma lógica e que constitua algo pessoal ou próprio.

Abraços,
Marcos Manso
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:31:08 01/30/03 Thu

Júnia e colegas,
Obrigado pela sua contribuição. Seus comentários são sempre muito ricos p/ o nosso fórum.

“O gênero da hp parece já ser percebido pelos alunos que incluem o aspecto ‘Who am I ‘, característico das hps pessoais, em suas hps . È interessante percebermos como os gêneros são vinculados à vida cultural e social.”

Concordo com tudo que você disse. Os alunos se auto apresentam usando “emprétimos” como animações, imagens, ícones e textos que estão disponíveis no ambiente virtual, e que são de domínio público. A homepage é uma “colcha de retalhos” que os jovens (adultos também) constroem trazendo elementos das experiências do mundo material para o mundo virtual. O trabalho de bricolage é essencial para compreendermos a construção de identidade nas homepages. É nítido notar as preferências dos autores, gostos, seus ídolos, comportamentos e outros pontos. Pennebaker (1997) ainda acrescenta ”as a médium of self expression and self construction, the personal home page represents important and potentially beneficial variants of our intrapersonal communication.”

Abraços,
Paisoliveira
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:35:08 01/30/03 Thu

Júnia e colegas,
Obrigado pela sua contribuição. Seus comentários são sempre muito ricos p/ o nosso fórum.

“O gênero da hp parece já ser percebido pelos alunos que incluem o aspecto ‘Who am I ‘, característico das hps pessoais, em suas hps . È interessante percebermos como os gêneros são vinculados à vida cultural e social.”

Concordo com tudo que você disse. Os alunos se auto apresentam usando “emprétimos” como animações, imagens, ícones e textos que estão disponíveis no ambiente virtual, e que são de domínio público. A homepage é uma “colcha de retalhos” que os jovens (adultos também) constroem trazendo elementos das experiências do mundo material para o mundo virtual. O trabalho de bricolage é essencial para compreendermos a construção de identidade nas homepages. É nítido notar as preferências dos autores, gostos, seus ídolos, comportamentos e outros pontos. Pennebaker (1997) ainda acrescenta ”as a médium of self expression and self construction, the personal home page represents important and potentially beneficial variants of our intrapersonal communication.”

Abraços,
Paisoliveira
[> [> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Isis Pordeus
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:26:37 02/01/03 Sat

Sergio e colegas

em primeiro lugar, gostaria de dizer ao Sergio que adorei o texto escolhido. Acho a reflexao muito importante, visto que adolescentes constituem a maioria do publico com que lidamos, acho. E eu procuro ter sempre em mente que uma de nossas grandes responsabilidades como educadores passa tambem por ajudarmos a construçao de nossos alunos.

A questao da bricolagem foi muito bem colocada pelos colegas. Apenas gostaria de comentar que o uso da Internet para publicaçoes e todas as consequencias possiveis que o uso dessa nova midia engendra, tem levantado questoes sobre a autoria, uma vez que fica muito dificil transpor os conceitos de autoria tradicionais para um meio tao fluido em que as apropriaçoes sao inevitaveis.

Quanto aos trabalhos de seus alunos, fiquei encantada, principalmente com o grupo DEBUQUISONDETAIBOU. Achei as paginas visualmente muito bem resolvidas e percebi que voce conseguiu motivar seus alunos e obter resultados surpreendentes. Parabens!


Finalizando, recorro ao pensamento de Domenico de Masi, que em seu livro “O ócio criativo”, nos apresenta sua visão da sociedade pós-industrial. Ao ser questionado sobre quais seriam os valores emergentes nesse novo tempo, ele diz que:

“... com a mudança dos valores, devem mudar também os métodos pedagógicos adequados à sua transmissão. Se para educar um jovem a lutar por dinheiro e poder adotava-se uma pedagogia que premiava o egoísmo, a hierarquia e a agressividade, para educar os jovens para os valores emergentes - intelectualização, emotividade, estética, subjetividade, confiança, hospitalidade, feminilização, qualidade de vida, desestruturação do tempo e do espaço e virtualidade, os métodos a serem usados deverão valorizar mais o diálogo, a escuta, a solidariedade e a criatividade.” (De Masi - O ocio criativo, 2000: 284)

As palavras-chave para este nosso tempo são: educação permanente, complexidade e mudança.

super abraço a todos

Isis Pordeus
[> [> [> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 06:15:28 02/02/03 Sun

Isis,
Valeu a sua observação sobre autoria. Realmente é uma questão que deve ser discutida.Chandler e outros discutem a questão do público e privado.(ver a bibliografia complementar)Concordo com vc sobre a análise da página da 1F. Eles fizeram muito bem e ficaram muito satisfeitos com o resultado obtido.
Abraços,
Sergio
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Sheila Ávila
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Date Posted: 16:50:33 01/29/03 Wed

>Colegas,
>
>Meu seminário sobre CALL: O tema do texto é: A
>construção da identidade nas homepages pessoais de
>adolescentes
>na web:
>
>http://www.aber.ac.uk/~mcswww/Documents/short/strasbour
>g.html
>
>Estaremos discutindo a criação de homepages como
>trabalho colaborativo. Meus alunos elaboram suas
>próprias páginas como trabalho de fim de semestre e
>foi apresentado em agosto de 2002. Cada grupo teve
>mais ou menos 20 alunos e todos os temas foram
>divididos de acordo com suas preferências. Muitas
>idéias foram criadas e aceitas. Havia sido distribuído
>um roteiro com informações e objetivos a serem
>cumpridos.Cada grupo tinha seu Web designer escolhido
>pelo sua habilidade e conhecimento em montar homepages.
>
>· A tarefa será analisar e comparar 2 ou mais
>homepages elaboradas por alunos do 1ª ano do Ens.
>Médio discutindo os principais pontos teóricos do
>texto, apontando alguns elementos da teoria de
>Chandler como análise. Será que “Bricolage”
>desenvolve alguma habilidade? Gostaria que vocês
>refletissem também sobre a questão da autonomia
>baseando-se em textos lidos ao longo do curso. Esse
>tipo de trabalho de elaboração de homepages poderá
>promover a motivação e a aprendizagem de língua em
>sala de aula de língua estrangeira?
>
>Click nas homepages abaixo para você analisar:
>
>1F: >target="new">homepages de adolescentes
>
>1A: >target="new">homepages de adolescentes
>
>1H: >target="new">homepages de adolescentes
>
>1D: >target="new">homepages de adolescentes
>
>1E: >target="new">homepages de adolescentes
>
>
>
>Abraços e boa discussão,
>Sergio Pais de Oliveira

Primeiramente, trata-se de um trabalho criativo e incentivador desenvolvido com os alunos. A meu ver ele é um passo importante para a conscientização dos adolescentes quanto à necessidade de construir o seu saber, ser autônomo, na medida em que os incentiva a buscar, descobrir, construir, e, consequentemente se desenvolverem e aprimorarem assim como são realizadas as atualizaçôes de cada parte das homepages . É interessante notar o quanto o texto de Chandler se relaciona com a execução de homepages pelos adolescentes, sejam eles provenientes de qualquer cultura ou nacionalidade. O quesito homepage para mim é algo novo e informações são sempre bem-vindas, como, por exemplo as contidas no texto em questão. Pude notar, no trabalho dos alunos características comuns entre eles e totalmente sintonizadas com o texto de Chandler. Cada homepage reflete características peculiares ao seu meio, identidade e anseios. Elas possuem traços comuns a quase todas, tais como testes de personalidade, a busca por “penpals”, assuntos e dúvidas vivenciadas pelos adolescentes, sites relacionados entre outros. Vejo que para eles, a princípio é mais importante a publicidade, o desafio, a vontade de ser conhecido e compreendido do que o próprio desenvolvimento da língua inglesa. Mas, o que antes era secundário, com o desenrolar do trabalho passa a ser essencial e ganha destaque. Logo, surge daí o desafio da inovação e a conseqüente motivação, aprimoramento e conscientização da construção do próprio saber.
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 16:46:15 01/30/03 Thu

Sheila e Colegas,
Obrigado pela contribuição e espero que vocês tenham gostado deste tema.Há muito que se pesquisar nesta àrea.

"Pude notar, no trabalho dos alunos características comuns entre eles e totalmente sintonizadas com o texto de Chandler. Cada homepage reflete características peculiares ao seu meio, identidade e anseios. Elas possuem traços comuns a quase todas, tais como testes de personalidade, a busca por “penpals”, assuntos e dúvidas vivenciadas pelos adolescentes, sites relacionados entre outros."

Vocês já pararam para pensar se a página fosse feita em português? Será que não teríamos mais pistas e resultados diferentes sobre a identidade desses jovens? Uma boa sugestão para uma pesquisa futura. A pesquisa de Chandler e Roberts-Young foi feita com jovens cuja a língua nativa era o próprio inglês.

Abraços,
Paisoliveira
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Marcos Manso
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Date Posted: 17:55:15 01/29/03 Wed

Olá Sérgio e colegas.

Quão apropriada é a pergunta “Who am I?” se a considerarmos em referência às 'homepages' criadas pelos adolescentes como vemos no texto de Chandler e Roberts-Young. Na verdade, enquanto constrói sua identidade, o adolescente procura construir seu mundo enquanto segue testando os limites que o cercam bem como os seus próprios limites. E isso ele o faz de modo interativo. É interessante pensar que a interação é algo inevitável num ambiente “webiano”; porém, e tão ou mais importante, também essa interação pode ocorrer de modo colaborativo. Podemos dizer que, neste caso, todo o processo é duplamente colaborativo. Estabelecemos, assim, um paralelo entre o processo de aprendizagem colaborativa entre alunos que constroem e expõem suas homepages na internet através de um trabalho coletivo com o processo de construção de identidade que ocorre não somente durante aquele primeiro processo, mas também no período que se segue em que as homepages estarão expostas ao público. Neste ambiente, enquanto o adolescente interage com outros, sua identidade vai sendo construída, provavelmente de forma tão ou mais íntima quanto aquela realizada fora da tela, como nota Chandler e Roberts-Young sobre os "diários íntimos". Nesse período sua identidade estará interativa e colaborativamente "under construction".

No caso da aprendizagem de uma língua creio que o uso dessa estratégia faz mais sentido ainda, pois no primeiro processo, ao invés de um ambiente do tipo “Ok, hoje (ou este mês, etc.) vocês vão aprender isso...” teremos um ambiente do tipo “Ok, hoje (ou este mês, etc.) vocês vão construir juntos uma homepage”. Assim, os alunos, enquanto almejam estabelecer uma interação interessante com adolescentes de outras nacionalidades, estarão interagindo com seus colegas mais próximos num processo colaborativo a que se refere Warschauer.

Por isso sua iniciativa é muito boa, Sérgio. Além dos benefícios adquiridos por seus alunos, você também aprenderá muito com isso.

Abraços,
Marcos Manso
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 16:38:03 01/30/03 Thu

Marcos Manso e colegas,
Grato pelas preciosas observações. A apropriação de elementos já prontos requer reflexão, negociação, criatividade e elaboração. Complementando a sua interação cito Willis (1990) que pesquisou sobre a apropriação da imagem popular para propósitos pessoais e o valor desta prática para a juventude.

”Making (not receiving) messages and meanings in your own context and from materials you have appropriated is, in essence, a form of education in the broadest sense. It is specifically developmental part of symbolic work and creativity, an education about the “self” and its relation to the world and others in it. Where everyday symbolic work differs from what is normally thought of as “education” is that it “culturally produces” from its own chosen symbolic resources”.

. “Além dos benefícios adquiridos por seus alunos, você também aprenderá muito com isso.”

Com certeza que os benefícios para os jovens são muitos,entre eles o letramento digital que é tão importante num mundo globalizado em que estamos vivendo. A relação professor-aluno na aprendizagem colaborativa, como a construção da homepage, valoriza e promove a inter-relação e a interdependência dos seres envolvidos que deverão ser solidários ao buscarem a construção de um conhecimento que beneficiará a todos. Citando Freire (1997), “Neste processo empreender projetos que contemplem uma relação dialógica onde os professores, ao ensinarem, aprendem; e os alunos, ao aprenderem, possam ensinar. A relação é de parceiros solidários que enfrentam desafios das problematizações do mundo contemporâneo e se apropriam da colaboração e da criatividade, para tornar a aprendizagem significativa, crítica e transformadora.”

Abraços,
Paisoliveira
[> Subject: Sugestão de bibliografia sobre o assunto


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 16:58:37 01/30/03 Thu

Para enriquecer mais o nosso seminário, aqui vai algumas referências importantes sobre construção de homepages.

1) http://www.ascusc.org/jcmc/vol7/issue3/doering.html (em 08/01/03)

2) Miller, H., & Mather, R. (1998) The presentation of self in WWW home pages. Paper presented at the IRISS'98 conference, Bristol. [Online]. Available:
http://ess.ntu.ac.uk/miller/cyberpsych/millmath.htm

3) Miller, H., & Arnold, J. (2000). Gender and Web home pages. Computers and Education, 34, 335-339. [Online]. Available: http://ess.ntu.ac.uk/miller/cyberpsych/cal99.htm

4) Miller, H. (1995) The presentation of self in electronic life: Goffman on the Internet. Paper presented at Embodied Knowledge and Virtual Space conference, London. [Online]. Available: http://ess.ntu.ac.uk/miller/cyberpsych/goffman.htm

5) Karlsson, A-M. (1998). Selves, frames and functions of two Swedish teenagers' personal home pages. Paper presented at the 6th International Pragmatics Conference, Reims/Frankreich. [Online]. Available: http://www.nordiska.su.se/personal/karlsson-a-m/ipra.htm

6) Wynn, E., & Katz, J. E. (1997). Hyperbole over cyberspace: Self-presentation and social boundaries in Internet home pages and discourse. The Information Society, 13(4), 297-328. [Online]. Available: http://www.slis.indiana.edu/TIS/articles/hyperbole.html

7) Rubio, S. (1996). Home page. I'm nobody. Bad Subjects: Political Education for Everyday Life, 24, February 1996. [Online]. Available: http://eserver.org/bs/24/rubio.html

>Abraços e boa discussão,
Sergio Pais de Oliveira
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Adriana Sales
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:47:49 01/31/03 Fri

Pessoal,

“A tarefa será analisar e comparar 2 ou mais homepages elaboradas por alunos do 1ª ano do Ens. Médio discutindo os principais pontos teóricos do texto, apontando alguns elementos da teoria de Chandler como análise”.

Chandler afirma a construção de homepages envolve bricolagem. Os alunos e o web designer utilizaram imagens, textos, letras de músicas, retirados/copiados de outras fontes ou sites. E ao se decidirem por uma determinada imagem ou texto, fizeram modificações de acordo com o gosto ou objetivos. Este fator eu achei muito interessante citar, pois as opções de bricolagem na internet e na construção de homepages são infinitas. E proporcionam ao aluno várias opções para a construção das homepages.

Chandler também menciona ‘Web pages identities arise from, or seek to engender, virtual communities which are primarily epistemic based on shared interested and tastes (Willis 1990, 141 ff)’. Ao analisar as homepages dos alunos de Sérgio, pude concordar com a afirmação de Willis. Os alunos produziram páginas de acordo com o público alvo e de com acordo com seus próprios gostos. Gostaria de citar dois exemplos.

1º) Os alunos produziram as homepages aparentemente para jovens (na minha opinião). Como ilustração para o que eu estou dizendo, tomo como exemplo as homepages dos grupos 1A e 1F que usaram fundo preto e vários recursos visuais para chamar atenção dos visitantes. O que seria diferente em sites comerciais ou voltados para adultos, o apelo visual seria diferente.

2º) Nas duas homepages (grupos 1A e 1F) existe uma seção feita por garotas e dirigidas às garotas. Nesta seção é claramente perceptível o uso de imagens delicadas, marcadas com grifos cor-de-rosa. E o conteúdo é voltado para as garotas adolescentes, com dicas de beleza entre outros.

“Será que “Bricolage” desenvolve alguma habilidade?”

Falando em bricolagem, acredito que no desenvolvimento de habilidades sim! Principalmente se levarmos em conta a construção de páginas pessoais. Vou citar um exemplo que conheci de perto. Há algum tempo atrás eu estava à procura de figuras e imagens para colocar em uma homepage. Encontrei através de pesquisa feita no ‘google’ vários sites que oferecem figuras e imagens gratuitas. Ao me aprofundar mais na pesquisa acabei encontrando um grupo de pessoas que além de colecionarem as imagens e figuras, também as manipulavam colocando efeitos, nomes, cores, etc (o que eles chama de gifs animados). Conheci uma lista de discussão camada troca-troca-virtual, onde as pessoas trocam figuras, papéis de carta, papéis de parede, e ensinam aos interessados como manipular estas imagens (colocando movimento, por exemplo). Isto feito através de programas gratuitos, shareware ou comprados (PSP, por exemplo). Através desta minha experiência pude concluir que na criação de homepages pessoais, a pessoa não copia/apropria das imagens, textos e sons da internet somente. Neste caso, o construtor de homepages está sempre editando, modificando o conteúdo de textos, imagens, fontes de acordo com seu gosto pessoal. Visto por este ângulo, a bricolagem desenvolve as habilidades de leitura ou manipulação de imagens, por exemplo.

“Esse tipo de trabalho de elaboração de homepages poderá promover a motivação e a aprendizagem de língua em sala de aula de língua estrangeira?”

Colegas, a elaboração de homepages estimula muito a aprendizagem em língua estrangeira. Acredito que os alunos do nosso colega Sérgio tenham trabalhado duro para produzirem estas homepages, e com certeza tiveram retorno (aprendizagem). O professor quando oferece este tipo de atividade aos seus alunos, não está apenas inovando, mas sim dando-lhes oportunidades de pesquisa, e aprofundamento nos tópicos gramaticais (como é caso das turmas do Sérgio). Os alunos do Sérgio foram além da construção de homepages, com a abordagem de outros assuntos (relacionados ao inglês ou escritos em inglês) como jogos, testes, curiosidade, entre outros. Creio que ao se decidir por uma atividade como esta, o professor não está apenas motivando seus alunos a criarem homepages. Mas também contribuindo para os seus alunos darem os primeiros passos rumo à autonomia. Tornando-os responsáveis pelo conteúdo das homepages, os temas escolhidos, etc.

Sérgio, te parabenizo pela excelente escolha!!!

Abraços,

Adriana Sales
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 16:10:12 01/31/03 Fri

Adriana,
Obrigado pela sua participação e por você ter analisado as páginas. Não é interessante notar o tanto que o texto de Chandler diz sobre as homepages dos adolescentes? Concordo com vc em muitos pontos e fico satisfeito em saber que minha idéia pode estimular outros professores a fazerem o mesmo.
Abraços,
Sergio
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Viviane Lima
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Date Posted: 18:18:32 01/31/03 Fri

Caro Sérgio,
após ler o texto e visitar as páginas construídas achei suas perguntas redundantes. Fui professora de 1ª EM por dez anos. Sei como é difícil trabalhar com grupos de 8 alunos. Você conseguiu proporcionar o ambiente ideal para que as coisas acontecessem com grupos de 20 alunos. Tenho certeza que isso só foi possível por ter sido cuidadosamente preparado. Acho que o objetivo foi atingido, entre outras coisas, pelo fato de ter havido um roteiro, de os alunos terem trabalhado colaborativamente, caso contrário acredito que o produto final do processo não teria a qualidade que teve. E mais, mesmo que eles tenham negociado vários aspectos do site em português (lembra da minha experiência?), a aprendizagem aconteceu de alguma forma pois eles conseguiram até mesmo imprimir aquele aspecto de "teaching" que várias páginas têm.
Gostaria de voltar agora ao título de seu seminário: Chandler afirma que o primeiro passo em direção a autonomia é a socialização e ainda que nesse estágio sentir-se parte do grupo confere identidade ao aprendiz. Ao visitar as páginas, tive a impressão de ver as "carinhas" (identidade) de adolescentes.
Achei muito legal. E ainda, você não reclamou de problemas disciplinares. Viu como eles estavam motivados?
Parabéns pelo trabalho.
Viviane
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 09:36:30 02/01/03 Sat

Viviane,
Obrigado pela sua participação. Espero que o texto de Chandler tenha dado mais "luz" ao nosso conhecimento sobre a construção das homepages. Realmente esse trabalho eu quase que não participei. Fiz um roteiro detalhado do que queria e quais eram os objetivos. Também sugeri alguns sites para eles pesquisarem. Mas o que deu certo mesmo foi o fato de haver em cada grupo 2 ou mais alunos que conheciam bem sobre construçao de homepages. Esse tipo de tarefa não daria certo se o grupo fosse muito diferente ( em termos linguísticos), se os alunos não tivessem um conhecimento básico de informática , e se não houvesse o envolvimento de todos. Eu, por exemplo, não pude dar esse trabalho para todas as turmas devido a impossibilidade ou dificuldade de realização do mesmo. Só conhecendo bem os nossos alunos é que podemos dar certos tipos de tarefa.Vc não acha?
Abração,
Paisoliveira
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
Vera Menezes
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Date Posted: 14:20:50 02/01/03 Sat

Sérgio,

Visitei todas as homepages de seus alunos e as achei muito interessantes e até diferentes do que tenho costume de ver. Seu seminário foi excelente e gostei do texto básico e da bibliografia que você encaminhou no meio da discussão. Acho que foi um seminário vitorioso. Fiquei esperando o final das discussões para palpitar na questão da bricologaem que foi uma pergunta muito instigante e me fez fazer uma verdadeira viagem reflexiva. Primeiro pensei na própria linguagem cotidiana que não deixa de ser um bricolagem, pois copiamos os bordões que são criados nas novelas e nos programas humorísticos. Ou seja nossa linguagem é também uma bricolagem. Os textos produzido nos nossos fóruns estão cehios de copy+paste com os autores que trazemos para persuadir uns aos outros. Segundo, pensei muito na questão da coerência textual e acho que é preciso ter uma boa noção de texto, no sentido mais amplo, e do gênero homepage para fazer uma bricolagem que produza sentido.

Abraço,

Vera Menezes
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
[ Edit | View ]

Date Posted: 06:05:04 02/02/03 Sun

Vera,
Obrigado pela sua contribuição mais uma vez muito rica. Fico feliz em saber que o seminário foi bom e que todos participantes aprenderam algo novo com o texto de Chandler. Fiquei refletindo também até que ponto os nossos textos são realmente nossos, ou se não são uma bricolagem de outros textos.
Abraços,
Sergio
[> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
miriam
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Date Posted: 12:25:47 02/02/03 Sun

Fantástico o trabalho dos seus alunos e óbviamente o seu também!
Demorei para fazer meu comentário porque queria visitar todas as páginas e todos os recursos propostos pelos alunos. Fiquei encantada com a qualidade e riqueza de conteúdo das páginas. Algumas se destacam. Mas todas tem seu charme!

"Cada grupo teve mais ou menos 20 alunos e todos os temas foram divididos de acordo com suas preferências. Muitas idéias foram criadas e aceitas. Havia sido distribuído um roteiro com informações e objetivos a serem cumpridos.Cada grupo tinha seu Web designer escolhido pelo sua habilidade e conhecimento em montar homepages."

Esta sua maneira de trabalhar com os alunos foi muito feliz, no meu entender, você consegui assim despertar a autonomia de cada um. Os alunos deixam claro quem é quem, quem fez o que em cada parte das páginas, assim cada um deu o melhor de si e trabalhou no que gosta. Vemos de letras de músicas da moda a Bob Marley, os boy and girl talk são hilários! A útima página onde os alunos não só se expõe nas fotos mas como também colocam 'balõeszinhos" com comentários é o máximo. Imagino que eles se divertiram e aprenderam a medida que desenvolveram o trabalho, mesmo que eles tenham 'copy'/'paste' (entendo que isto é a bricolagem, certo?) parte do trabalho, eles tiveram que ler, entender para então selecionar o que cabia dentro do contexto proposto por eles próprios.

"Será que “Bricolage”desenvolve alguma habilidade?....Esse tipo de trabalho de elaboração de homepages poderá promover a motivação e a aprendizagem de língua em sala de aula de língua estrangeira?"

Acho que a bricolagem neste contexto desenvolve a comunicação sim, como coloquei acima, e imagino que os alunos das outras turmas tiveram a curiosidade de visitar as páginas elaboradas pelos colegas e até mesmo de outros anos. Não sei bem se aconteceu, mas pude ver no 'fale conosco', nos chats, e outros mecanismos propostos pela maioria das páginas, a participação de outros teens. Se eu fosse sua aluna, com certeza eu iria navegar nas páginas dos colegas! Daí, mais uma vez, os alunos estão em contato com o idioma! Este era o ponto a ser colocado, mas me empolguei! Consequentemente, esta empolgação pode vir a promover motivação e aprendizado,pelo menos a meu ver!
Dentro de tudo que tenho estudado nos últimos tempos, acho que esta atividade proposta é das mais coerentes e criativas que tive acesso, mais uma vez, parabéns!
[> [> Subject: Re: A Construção da Identidade nas homepages de adolescentes


Author:
paisoliveira (Sergio)
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Date Posted: 18:59:07 02/02/03 Sun

Míriam,
Espero que a minha experiência possa te motivar em fazer um projeto parecido com o meu. sou muito aventureiro e não gosto de ficar na mesmice. Talvez eu tenha me arriscado, mas se não tentasse nunca saberia se daria certo ou não.
Obrigado pela análise e por ter contribuído para o nosso seminário.Vou pensar e analisar todas as observações para poder melhorar o projeto em 2003.Gostaria que outras turmas fizessem também.
Abraços,
Sergio Pais de Oliveira
Subject: estratégias de aprendizagem - semana 2


Author:
Carla Consolação Silva
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Date Posted: 03:59:35 01/29/03 Wed

Como aluna e como professora, acredito que o aluno deve estar consciente dos objetivos que ele tem em relação ao aprendizado da segunda língua. Quanto mais consciente ele estiver deles, mais estratégias ele poderá criar, e mais apoio nós, como professores, poderemos dar ao aluno para que ele cresça no aprendizado da língua. No entanto, penso que nem sempre o maior número de estratégias gerará, consequentemente, mais aprendizagem. Nesta área de ensino/aprendizagem, nada pode ser generalizado, e cada aluno deve ser visto e ajudado individualmente.
[> Subject: Re: estratégias de aprendizagem - semana 2


Author:
Regina Gama
[ Edit | View ]

Date Posted: 18:44:25 01/29/03 Wed

>Como aluna e como professora, acredito que o aluno
>deve estar consciente dos objetivos que ele tem em
>relação ao aprendizado da segunda língua. Quanto mais
>consciente ele estiver deles, mais estratégias ele
>poderá criar, e mais apoio nós, como professores,
>poderemos dar ao aluno para que ele cresça no
>aprendizado da língua. No entanto, penso que nem
>sempre o maior número de estratégias gerará,
>consequentemente, mais aprendizagem. Nesta área de
>ensino/aprendizagem, nada pode ser generalizado, e
>cada aluno deve ser visto e ajudado individualmente.

Concordo com a colocação sobre os objetivos e acho ainda que devemos ajudar os alunos a definir com a maior exatidão possível esses objetivos e a lembrar deles de tempos em tempos.
[> [> Subject: Re: Qual seria o papel do professor neste momento?


Author:
Shirlene Bemfica
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Date Posted: 04:21:17 01/30/03 Thu

Olá Regina
Obrigada pela participação.
Qual seria o papel do professor nesta conscientização?
Como o professor deve orientar os alunos no uso de estratégias?
Como relacionar o papel do professor, o uso de estratégias e os objetivos e currículo do curso?
[> Subject: Re: estratégias de aprendizagem - papel do professor? (PARA TODOS)


Author:
Shirlene Bemfica
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:17:31 01/30/03 Thu

Olá Carla,
Obrigada pela participação e contribuição, mas tenho uma dúvida:

"Como aluna e como professora, acredito que o aluno
>deve estar consciente dos objetivos que ele tem em
>relação ao aprendizado da segunda língua."

Como, nós professores podemos despertar, no aluno esta consciência de seus objetivos em relação ao aprendizado de uma segunda língua, digo isto porque alguns alunos frequentam as aulas de lingua (escola regular), não por opção. Como fazer, então???

aguardo contribuições de todos,
Shirlene
[> [> Subject: Re: estratégias de aprendizagem - papel do professor? (PARA TODOS)


Author:
Maristela
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Date Posted: 22:54:30 01/31/03 Fri

"Como, nós professores podemos despertar, no aluno esta
consciência de seus objetivos em relação ao
aprendizado de uma segunda língua, digo isto porque
alguns alunos frequentam as aulas de lingua (escola
regular), não por opção. Como fazer, então???"

Shirlene

Parece-me que o papel do professor tem mais "peso"/influência nas séries iniciais (Pinto, 2000), já que os alunos parecem não ter ainda objetivos mais "definidos" em relação à aprendizagem de língua inglesa. Logo, a reflexão (reflexão-ação)sobre o uso da língua inglesa no Brasil (Ver Paiva, 1996) pode contribuir para que o aluno perceba a importância de se aprender inglês.

Acredito, ainda, que a motivação extrínseca e a produçao oral dos alunos na língua alvo podem também contribuir para o desenvolvimento de uma possível motivação mais intrínseca deles, bem como uma maior "definição" dos objetivos de aprender.

Referências Bibliográficas

Paiva, V.L.M.O. A língua inglesa no Brasil e no mundo. In: PAIVA, V.L.M.O. Ensino de Língua Inglesa. Reflexões e experiências.Campinas, SP: Pontes'MG-UFMG, 1996. p.9-29

PINTO,D.S.S. Fatores relevantes para a motivação de aprendizes de inglês como língua estrangeira: um estudo etnográfico. Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada. Belo HOrizonte: UFMG, 2000.

Um abraço. Maristela
Subject: Seminário sobre Autonomia


Author:
Rita
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:14:34 01/20/03 Mon

O papel do professor na perspectiva da autonomia : Como mudar de atitude ?


"Se você dá um peixe a alguém, então você dá a ele alimento para um dia;
Se você ensina alguém a pescar, então você dá a ele alimento para toda a sua vida".
Provérbio chinês

Pode-se definir autonomia como sendo a capacidade que os alunos têm de assumir a responsabilidade de sua própria aprendizagem, isto é, o aluno é capaz de gerenciar seu próprio processo de aprendizagem, tomando decisões de acordo com seus objetivos. São os próprios alunos que decidem o que e como aprender. Esses alunos têm ainda a capacidade de compreender que o ensino/aprendizagem não se resuma à sala de aula , mas a todo contexto e situação que envolvem ensinos de uma maneira geral.
O ensino/aprendizagem fundamentados no conceito de autonomia apresentam os seguintes aspectos:
· Os alunos tomam suas próprias decisões;
· Os alunos decidem o que e como querem aprender;
· Os alunos selecionam o próprio material didático;
· Os alunos decidem se trabalhar individualmente ou em grupos (parcerias);
· Os alunos decidem qual a melhor forma de avaliação;

Como fica, então, o papel do professor sob a perspectiva da autonomia ?

Como aprender a lidar com uma nova situação, no qual alunos são mais independentes?

SUGESTÕES DE PONTOS A SEREM DISCUTIDOS:

1) Como um professor pode se tronar um "agente global" e co-aprender com seu aluno dentro da perspectiva da autonomia?

2) Dentro de sua experiência pessoal como professor e/ou como aprendiz de língua
estrangeira, qual a maior dificuldade em ir "do aquário ao mar aberto" ?

3) Weininger ( 2001) menciona uma convergência entre o ensino de língua estrangeira e
língua materna. Na sua opinião, em qual (quais) aspecto(s) ela seria mais relevante ?

4) O professor de um inglês tem maior facilidade de se "adaptar" `a perspectiva da
autonomia do que o professor de uma outra língua estrangeira, como francês, alemão ou russo ? Sim; Não e Por quê ?
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:15:52 01/20/03 Mon

Oi Rita e colegas,

"O papel do professor na perspectiva da autonomia :
Como mudar de atitude ?"

Creio que esta é a grande questão em termos de autonomia. Primeiro precisamos analisar se esta mudança já não está gradualmente sendo implantada mesmo em ambientes em que existem a presença daqueles arredios a esta mudança. Segundo, precisamos saber se esta tendência é realmente irreversível ou sua influência irreversivelmente marcante.

De toda a forma, mudar é sempre um desafio, enorme para alguns e sem grandes problemas para outros. Isso tem muito a ver com motivação, com desejo, intenção e determinação. Para alguns a mudança, benéfica ou não, é aceita sem maiores dificuldades ou empecilhos; "compra-se" a idéia sem muita resistência ou refutações. Para outros, há necessidade de um convencimento maior, mais informações e análises sobre conteúdo e implicações da mudança. Para outros, apenas a necessidade de conscientização da necessidade de mudança. Outros aceitarão a mudança parcialmente e com certa relutância. Já outros, não estão abertos a nenhum tipo de mudança e resistirão a elas com toda suas forças. Mas há aqueles que também aceitam mudanças com até certa facilidade, mas logo abandonam por falta de compromisso, de adaptação adequada, de gerenciamento ideal da mudança, ou de motivação para continuar, para prosseguir. Infelizmente, há também aqueles que aceitam a idéia apenas nominalmente, como forma de se aprensentar em sintonia com o grupo ou movimento. Assim, eles acolhem superficialmente ou "da boca pra fora", mas na realidade, na prática não adotam a mudança.

Na questão "autonomia", não é ou não será diferente. E mesmo assim, existe a questão de se analisar até que ponto ser autônomo ou em quais áreas isso seria possível.


"Se você dá um peixe a alguém, então você dá a ele alimento para um dia; Se você ensina alguém a pescar, então você dá a ele alimento para toda a sua vida".
Provérbio chinês

Um provérbio muito conhecido e interessante, mas irônicamente veja como ele se torna "outdated", particularmente em função do tema que estamos abordando: como seria o nosso papel de 'ensinar alguém a pescar'? Seria criando um ambiente propício a sua aprendizagem? Provendo as técnicas e habilidades apropriadas para se aprender a pescar? Sugerindo "sites", outras fontes ou locais onde pode-se aprender a pescar? Interagir com o aprendiz no processo de aprendizagem? Facilitar o processo de pescagem ou a aprendizagem de pescaria? Veja como já se faz necessário reeditarmos o antigo provérbio chinês para o nosso tempo de hoje.

Tomando-se a metáfora da pescaria, como podemos levar o aprendiz a assumir sua própria responsabilidade na aprendizagem? A partir de quando? do início? a partir do momento em que já domine algumas técnicas? depois de assimilado a parte teórica? ou ele fará todas as descobertas a partir de sugestões do professor/facilitador? Como o aluno "gerenciará o seu próprio processo de aprendizagem, tomando decisões de acordo com seus objetivos"? Chegará o aluno à conclusão de que, afinal, pescaria não é realmente aquilo que gostaria de ter aprendido? Ou pelo menos não naquele período? Ou ainda dentro daquele específico contexto? Teria o aluno autonomia para decidir abandonar o processo e buscar outro que lhe mais agrade? As respostas a essas perguntas satisfarão ou não aos aspectos citados abaixo:
"· Os alunos tomam suas próprias decisões;
· Os alunos decidem o que e como querem aprender;
· Os alunos selecionam o próprio material didático;
· Os alunos decidem se trabalhar individualmente ou em
grupos (parcerias);
· Os alunos decidem qual a melhor forma de avaliação;

Um aspecto interessante na relação autonomia e a metáfora acima é o fato de mais do que simplesmente teorizar a respeito de como pescar, mostrar textos, figuras ou vídeos sobre o assunto, melhor seria proporcionar a aprendizagem "in loco", ou seja, à beira de um rio, lago ou praia. Mesmo assim, note-se que é bem possível que haverá alunos que preferirão aprender sobre pescaria em sala de aula, desejo que, dentro do conceito de autonomia, deve também ser respeitado. Fato é que muitos alunos preferem continuar em 'aquário' do que jamais ir a 'mar aberto'. Até que ponto incentivar ou estimular esses alunos a irem a 'mar aberto' é realmente válido se isso pode ir de desencontro a seus anseios ou objetivos? Nesse aspecto, é interessante pensar que alguns alunos andam em sintonia com uma eficaz aprendizagem de uma segunda língua até o ponto em que esta esteja em perfeito paralelismo com sua língua materna, como é o caso por exemplo, em que ele se depare apenas com cognatos verdadeiros; a presença de cognatos falsos torna-se então uma barreira, o que para outros alunos significaria apenas um outro aspecto da língua a ser aprendido.

Com relação a questão "4)(O professor de um inglês tem maior facilidade de se "adaptar" `a perspectiva da
autonomia do que o professor de uma outra língua estrangeira, como francês, alemão ou russo?", creio que não haveria nenhuma diferença em termos do tipo de língua, uma vez que a autonomia refere-se mais ao processo do que ao conteúdo.

O que os colegas acham?

Marcos Manso
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Rita Vilaça
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:36:21 01/21/03 Tue

>Oi Rita e colegas,
>
>"O papel do professor na perspectiva da autonomia :
>Como mudar de atitude ?"
>
>Creio que esta é a grande questão em termos de
>autonomia. Primeiro precisamos analisar se esta
>mudança já não está gradualmente sendo implantada
>mesmo em ambientes em que existem a presença daqueles
>arredios a esta mudança. Segundo, precisamos saber se
>esta tendência é realmente irreversível ou sua
>influência irreversivelmente marcante.
>
>De toda a forma, mudar é sempre um desafio, enorme
>para alguns e sem grandes problemas para outros. Isso
>tem muito a ver com motivação, com desejo, intenção e
>determinação. Para alguns a mudança, benéfica ou não,
>é aceita sem maiores dificuldades ou empecilhos;
>"compra-se" a idéia sem muita resistência ou
>refutações. Para outros, há necessidade de um
>convencimento maior, mais informações e análises sobre
>conteúdo e implicações da mudança. Para outros, apenas
>a necessidade de conscientização da necessidade de
>mudança. Outros aceitarão a mudança parcialmente e com
>certa relutância. Já outros, não estão abertos a
>nenhum tipo de mudança e resistirão a elas com toda
>suas forças. Mas há aqueles que também aceitam
>mudanças com até certa facilidade, mas logo abandonam
>por falta de compromisso, de adaptação adequada, de
>gerenciamento ideal da mudança, ou de motivação para
>continuar, para prosseguir. Infelizmente, há também
>aqueles que aceitam a idéia apenas nominalmente, como
>forma de se aprensentar em sintonia com o grupo ou
>movimento. Assim, eles acolhem superficialmente ou "da
>boca pra fora", mas na realidade, na prática não
>adotam a mudança.
>
>Na questão "autonomia", não é ou não será diferente. E
>mesmo assim, existe a questão de se analisar até que
>ponto ser autônomo ou em quais áreas isso seria
>possível.
>
>
>"Se você dá um peixe a alguém, então você dá a ele
>alimento para um dia; Se você ensina alguém a pescar,
>então você dá a ele alimento para toda a sua vida".
> Provérbio chinês
>
>Um provérbio muito conhecido e interessante, mas
>irônicamente veja como ele se torna "outdated",
>particularmente em função do tema que estamos
>abordando: como seria o nosso papel de 'ensinar alguém
>a pescar'? Seria criando um ambiente propício a sua
>aprendizagem? Provendo as técnicas e habilidades
>apropriadas para se aprender a pescar? Sugerindo
>"sites", outras fontes ou locais onde pode-se aprender
>a pescar? Interagir com o aprendiz no processo de
>aprendizagem? Facilitar o processo de pescagem ou a
>aprendizagem de pescaria? Veja como já se faz
>necessário reeditarmos o antigo provérbio chinês para
>o nosso tempo de hoje.
>
>Tomando-se a metáfora da pescaria, como podemos levar
>o aprendiz a assumir sua própria responsabilidade na
>aprendizagem? A partir de quando? do início? a partir
>do momento em que já domine algumas técnicas? depois
>de assimilado a parte teórica? ou ele fará todas as
>descobertas a partir de sugestões do
>professor/facilitador? Como o aluno "gerenciará o seu
>próprio processo de aprendizagem, tomando decisões de
>acordo com seus objetivos"? Chegará o aluno à
>conclusão de que, afinal, pescaria não é realmente
>aquilo que gostaria de ter aprendido? Ou pelo menos
>não naquele período? Ou ainda dentro daquele
>específico contexto? Teria o aluno autonomia para
>decidir abandonar o processo e buscar outro que lhe
>mais agrade? As respostas a essas perguntas satisfarão
>ou não aos aspectos citados abaixo:
>"· Os alunos tomam suas próprias decisões;
> · Os alunos decidem o que e como querem aprender;
> · Os alunos selecionam o próprio material didático;
> · Os alunos decidem se trabalhar individualmente ou em
> grupos (parcerias);
> · Os alunos decidem qual a melhor forma de avaliação;
>
>Um aspecto interessante na relação autonomia e a
>metáfora acima é o fato de mais do que simplesmente
>teorizar a respeito de como pescar, mostrar textos,
>figuras ou vídeos sobre o assunto, melhor seria
>proporcionar a aprendizagem "in loco", ou seja, à
>beira de um rio, lago ou praia. Mesmo assim, note-se
>que é bem possível que haverá alunos que preferirão
>aprender sobre pescaria em sala de aula, desejo que,
>dentro do conceito de autonomia, deve também ser
>respeitado. Fato é que muitos alunos preferem
>continuar em 'aquário' do que jamais ir a 'mar
>aberto'. Até que ponto incentivar ou estimular esses
>alunos a irem a 'mar aberto' é realmente válido se
>isso pode ir de desencontro a seus anseios ou
>objetivos? Nesse aspecto, é interessante pensar que
>alguns alunos andam em sintonia com uma eficaz
>aprendizagem de uma segunda língua até o ponto em que
>esta esteja em perfeito paralelismo com sua língua
>materna, como é o caso por exemplo, em que ele se
>depare apenas com cognatos verdadeiros; a presença de
>cognatos falsos torna-se então uma barreira, o que
>para outros alunos significaria apenas um outro
>aspecto da língua a ser aprendido.
>
>Com relação a questão "4)(O professor de um inglês tem
>maior facilidade de se "adaptar" `a perspectiva da
>autonomia do que o professor de uma outra língua
>estrangeira, como francês, alemão ou russo?", creio
>que não haveria nenhuma diferença em termos do tipo de
>língua, uma vez que a autonomia refere-se mais ao
>processo do que ao conteúdo.
>
>O que os colegas acham?
>
>Marcos Manso


Oi Marcos

Gostei muito das suas colocações. Acho que "ensinar a pescar" é realmente muito difícil e seria otimo se tivessemos tempo disponivel e condições para nos adaptar às diferenças dos nossos alunos. Acredito que essas diferenças ("pescar no lago" ou na sala de aula) deveriam ser respeitadas. Voce nao acha? Mas nao e dificil ou quase impossivel faze-lo dentro da estrutura que temos ?

Rita
[> [> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 04:08:02 01/24/03 Fri

"Acho que "ensinar apescar" é realmente muito difícil e seria otimo se tivessemos tempo disponivel e condições para nos adaptar às diferenças dos nossos alunos. Acredito que
essas diferenças ("pescar no lago" ou na sala de aula)
deveriam ser respeitadas. Voce nao acha? Mas nao e
dificil ou quase impossivel faze-lo dentro da
estrutura que temos ?

Rita/Pessoal, é muito grafiticante quando você propicia um trabalho mais autônomo e o aluno dependente se torna mais independente. Logo, é gratificante para o aluno, para o professor e também para a instituição de ensino, pois ações que deram certo são divulgadas. Isso motiva ambos, prof e aluno(s) e essa motivação do aluno ( e também do professor) pode "gerar" aprendizagem autônoma, cada vez mais. Isso é um processo mais longitudinal!!

Acredito que se o processo de ensino-aprendizagem é, em diversos contextos, ainda o "aquário" (Weininger, 1987), temos que adaptá-lo, sermos flexíveis (Weininger, op. cit., p. 60) para que a aprendizagem mais eficaz/autônoma funcione nesse aquário, ou pelo menos, que se inicie nesse aquário. Acredito que os alunos querem ser bem sucedidos em sua aprendizagem e na vida, apesar da autonomia pela negação, "o aluno não exercer a capacidade de ser autônomo, o que acontece freqüentemente em contextos adversos à autonomia" (Santos, 2002, p. 144).

O caminho é a co-construção dessa autonomia entre professor, aluno(s), Instituição e sociedade e usando as palavras de Lívia,o processo de ensino-pesquisa-aprendizagem "deve ser iniciado"/co-construído, em qualquer contexto de aprendizagem. A aprendizagem é contínua e cooperativa. Nesse sentido, estaremos trabalhando para que a sala de aula deixe de ser "aquário" para ser a "base de apóio" dos co-aprendizes, professor e aluno(s)(Weininger, 1987, p. 59). Assim, [p]recisamos da postura autônoma de professor e dos alunos, cada vez mais, em qualquer ambiente educacional (Weininger, 1987, p. 61), para "sermos agente autônomos com letramento pleno na comunicação"(p. 62), cada vez mais, apesar de sabermos que "informacionalismo e globalização econômica e cultural são os dois pilares da nova revolução"(p.55) educacional.

Um abraço.
Maristela

Referências Bibliográfica

Weininger, M J. Do aquário em direção ao mar aberto: Mudanças no papel do professor e do aluno. In: LEFFA, V.O professor de Línguas Estrangeiras - Construindo a profissão, Pelotas, EDUCAT, 2001. p. 41- 68

SANTOS, V.M.X. Entrevista com Anita Wenden e Flávia Vieira. In: Linguage e Ensino. V. % No. Pelotas: UCPe, Julho 2002. p. 141-64
[> [> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:30:03 01/24/03 Fri

>>"Se você dá um peixe a alguém, então você dá a ele
>>alimento para um dia; Se você ensina alguém a pescar,
>>então você dá a ele alimento para toda a sua vida".
>> Provérbio chinês
>>
>>Um provérbio muito conhecido e interessante, mas
>>irônicamente veja como ele se torna "outdated",
>>particularmente em função do tema que estamos
>>abordando: como seria o nosso papel de 'ensinar alguém
>>a pescar'? Seria criando um ambiente propício a sua
>>aprendizagem? Provendo as técnicas e habilidades
>>apropriadas para se aprender a pescar? Sugerindo
>>"sites", outras fontes ou locais onde pode-se aprender
>>a pescar? Interagir com o aprendiz no processo de
>>aprendizagem? Facilitar o processo de pescagem ou a
>>aprendizagem de pescaria? Veja como já se faz
>>necessário reeditarmos o antigo provérbio chinês para
>>o nosso tempo de hoje.
>>
>>Tomando-se a metáfora da pescaria, como podemos levar
>>o aprendiz a assumir sua própria responsabilidade na
>>aprendizagem? A partir de quando? do início? a partir
>>do momento em que já domine algumas técnicas? depois
>>de assimilado a parte teórica? ou ele fará todas as
>>descobertas a partir de sugestões do
>>professor/facilitador? Como o aluno "gerenciará o seu
>>próprio processo de aprendizagem, tomando decisões de
>>acordo com seus objetivos"? Chegará o aluno à
>>conclusão de que, afinal, pescaria não é realmente
>>aquilo que gostaria de ter aprendido? Ou pelo menos
>>não naquele período? Ou ainda dentro daquele
>>específico contexto? Teria o aluno autonomia para
>>decidir abandonar o processo e buscar outro que lhe
>>mais agrade?

Prezado Marcos

Concordo com Lívia ao afirmar que a "metáfora da pescaria" pode ser aplicada ao nosso contexto dentro de uma perspectiva do ensino-aprendizagem autonônoma, não considerando a mesma, ao meu ver, "outdated". Ensinar os nossos alunos a pescarem poderia ser traduzido nas palavras de DICKINSON (1994) como " by teacing them how to go about learning independently, that is, by teaching students how to learn".
Vejo pela suas inúmeras indagações, os vários caminhos que podemos seguir, cabendo ao professor tomar determinadas decisões de acordo com a sua realidade juntamente com os seus aprendizes (já que estamos falando em co-aprendizagem entre professores e aprendizes segundo Weininger (2001)) a partir da análise das necessidades e estilos dos participantes, dos fatores contextuais tais como percepções dos aprendizes sobre aprendizagem, ensino, linguagem, a sala de aula e outros.

Um abraço,
Denise

Obs.: Caso se interesse pela obra citada, favor olhar meu comentário para Maristela.
[> [> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Marcos Manso
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:39:56 01/29/03 Wed

Oi Rita,

realmente não é difícil, mas também não é fácil.
O que acontece é que geralmente somos tentados a sempre estarmos tentando algo novo ou que pareça ser melhor e que nos parece muito interessante ou eficaz. Mas qualquer nova idéia, técnica ou estratégia tem que ser necessariamente colocada em prática para que se avalie o comportamento dos alunos e os resultados apresentados.
É claro, que em termos de lingua e aprendizagem, dependendo do curso aplicado, os resultados podem se apresentar de forma subjetiva ou não tão objetiva como ocorreria numa área exata. Daí também a dificuldade de se avaliar.
O que não podemos, porém, é ficarmos estagnados e perplexos enquanto o "bonde" da história e das mudanças passam à nossa frente.

Abraços,
Marcos Manso.
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:40:04 01/22/03 Wed

>"Se você dá um peixe a alguém, então você dá a ele
>alimento para um dia; Se você ensina alguém a pescar,
>então você dá a ele alimento para toda a sua vida".
> Provérbio chinês
>
>Um provérbio muito conhecido e interessante, mas
>irônicamente veja como ele se torna "outdated",
>particularmente em função do tema que estamos
>abordando: como seria o nosso papel de 'ensinar alguém
>a pescar'? Seria criando um ambiente propício a sua
>aprendizagem? Provendo as técnicas e habilidades
>apropriadas para se aprender a pescar? Sugerindo
>"sites", outras fontes ou locais onde pode-se aprender
>a pescar? Interagir com o aprendiz no processo de
>aprendizagem? Facilitar o processo de pescagem ou a
>aprendizagem de pescaria? Veja como já se faz
>necessário reeditarmos o antigo provérbio chinês para
>o nosso tempo de hoje.
>
Marcos,
Gostei do provérbio e acho que ele tem tudo a ver com a questão da autonomia, e não penso que ele esteja ultrapassado, não. Quando ele diz: "ensinar a pescar" relaciono essa idéia à de ensinarmos nossos alunos a aprender. E isso é possível através do ensino de estratégias, de trabalhos colaborativos e em grupo, da diversificação dos meios usados para ensinarmos, e mais todas as possibilidades levantadas em sua colocação. A partir daí, estaremos iniciando o processo de aprendizado autônomo.
Abraço,
Lívia.
[> [> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 03:09:47 01/24/03 Fri

"E isso é possível através do ensino de
estratégias, de trabalhos colaborativos e em grupo, da
diversificação dos meios usados para ensinarmos, e
mais todas as possibilidades levantadas em sua
colocação. A partir daí, estaremos iniciando o
processo de aprendizado autônomo."

Lívia.

Gostei muito de sua argumentação de iniciarmos o processo de aprendizagem autônoma.Isto porque a aprendizagem é um processo que se desenvolve em colaboração, dentro de um contínuo no qual há o aprendiz dependente, o independente e o autônomo. Autonomia é uma etapa a que se chega e essa é co-construída colaboratimente não somente pelo professor e aluno(s), mas por uma sociedade.Um abraço.

Maristela
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
claudia neffa
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:37:27 01/21/03 Tue

>
>
>
>
>SUGESTÕES DE PONTOS A SEREM DISCUTIDOS:

>
>2) Dentro de sua experiência pessoal como professor
>e/ou como aprendiz de língua
>
> estrangeira, qual a maior dificuldade em ir "do
>aquário ao mar aberto" ?
Para mim, o mais difícil é deixar de lado o "poder" que a minha posição como professora me dá. Parece que eu me sinto insegura se não estiver "controlando" tudo o que se passa e às vezes tenho a impressão de "não estar ensinando" se deixar muito na mão dos alunos mas depois de ter tomado consciência da importância da autonomia para a aprendizagem, venho tentando mudar e creio que já consegui bastante progressos somente por estar consciente da questão.
>

>
>4) O professor de um inglês tem maior facilidade de se
>"adaptar" `a perspectiva da
>autonomia do que o professor de uma outra língua
>estrangeira, como francês, alemão ou russo ? Sim;
>Não e Por quê ?
Não, por que teria? Acho que trabalhar a autonomia dos alunos é uma escolha que o professor faz e é uma atitude diferente que toma. A única diferença é que temos mais acesso a materiais autênticos em língua inglesa, o que favorece o trabalho com a autonomia. Acredito que é a postura do professor que faz toda a diferença.
claudia
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Stella Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:34:17 01/22/03 Wed

SUGESTÕES DE PONTOS A SEREM DISCUTIDOS:

2-Dentro de sua experiência pessoal como professor
e/ou como aprendiz de língua estrangeira, qual a maior dificuldade em ir "do aquário ao mar aberto"?

Em sala de aula, como professora, encontro uma grande dificuldade em lidar com o erro do aluno.Mesmo ciente de que preciso ir" do aquário a mar aberto", sempre me pego fazendo correções em momentos indevidos.Tenho procurado me policiar neste sentido, mas, sei que ainda tenho muito a melhorar.

Para cláudia:

Você disse:
Para mim, o mais difícil é deixar de lado o "poder" que a minha posição como professora me dá. Parece que eu me sinto insegura se não estiver "controlando" tudo o que se passa e às vezes tenho a impressão de "não estar ensinando" se deixar muito na mão dos alunos mas depois de ter tomado consciência da importância da autonomia para a aprendizagem, venho tentando mudar e creio que já consegui bastante progressos somente por estar consciente da questão.


Isto também era uma realidade para mim, até que uma colega, assistindo à uma de minhas aulas, me fez perceber o quanto eu não permitia o desenvolvimento da autonomia em meus alunos.A aula estava muito centrada a mim, o que me desgastava bastante e os meus alunos estavam cada vez mais dependentes.Aos poucos,consegui mudar minha postura e hoje, planejo as minhas aulas para o aluno.Trabalho muito com a interação e percebo um grande progresso tanto para mim, quanto para os meus alunos.
>

>>
>
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:52:31 01/23/03 Thu

>SUGESTÕES DE PONTOS A SEREM DISCUTIDOS:
>
>1)Como um professor pode se tronar um "agente global"
> e co-aprender com seu aluno dentro da perspectiva da
>autonomia?
>
>2)Dentro de sua experiência pessoal como professor
>e/ou como aprendiz de língua estrangeira, qual a maior dificuldade em ir "do aquário ao mar aberto" ?
>
Prezada Rita

Primeiramente gostaria de parabenizá-la pela escolha dos textos para o seu seminário. Todos me levaram a refletir como a minha prática em sala de aula tem promovido ou não uma aprendizagem mais autônoma baseada em questões tais como o uso da tecnologia no ensino de línguas, a relevância do ensino e uso das estratégias de aprendizagem e o respeito às necessidades dos aprendizes. (No momento, infelizmente, estou fora da sala de aula)
Dentre as questões colocadas por você, gostaria de discutir as duas primeiras por considerá-las mais voltadas a minha área de pesquisa:

Questão 1:
Acredito, conforme apontado por Weininger (2000:63), que ao assumir o novo papel de orientador e facilitador da aprendizagem da nova língua que o aprendiz empreende, o professor será capaz de auxiliar os participantes a atingirem as competências necessárias para se tornarem “agentes globais no sentido de novos letramentos”, ou seja, no sentido de não apenas construir competências lingüísticas e culturais na LE mas, também, utilizar as novas ferramentas tecnológicas tais como a Internet na busca de conhecimento contextualizado e adequado a sua realidade (letramento cultural, lingüístico e tecnológico).
Para tanto, sabemos que, para atingir juntamente com os seus aprendizes esses objetivos, é necessário que o professor assuma novas responsabilidades no sentido de familiarizar-se com os novos recursos tecnológicos para melhor gerenciar o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, tornar-se um “agente global e co-aprender” com os nossos aprendizes torna-se possível a partir do momento que essas novas tecnologias forem usadas com o intuito de gerarem um trabalho colaborativo entre professores e alunos onde cada um entraria com uma parcela na construção do conhecimento: professores com os conhecimentos lingüísticos na LE, e tecnológico por parte de ambos e, em especial, por parte dos aprendizes com o intuito de atender as necessidades dos todos os participantes e encorajar uma postura mais autônoma tanto para a aprendizagem da nova língua como para o uso dos recursos tecnológicos.


Questão 2:

Sobre esta questão, ao analisar toda a minha experiência como aprendiz e professora de LE, acredito ser as nossas crenças uma das maiores barreiras para sairmos do “aquário rumo ao mar aberto” (conforme apontado por Nicolaides e Fernandes) que, muitas vezes, nos levam a tomar determinadas atitudes que resistem às inovações, mais particularmente à aprendizagem autônoma com o uso das novas tecnologias no ensino-aprendizagem de línguas (mar aberto).
Trabalhos tais como os de Nespor (1987), Pajares (1992), Barcelos (1999) e outros afirmam a importância de investigarmos o pensamento do professor devido à possibilidade de compreendermos porque o professor ensina da forma como ensina, sua resistência em alterar as suas crenças sobre linguagem, ensinar e aprender uma LE e as condições necessárias para que tais mudanças possam ocorrer.
Na minha opinião, vejo como um dos possíveis caminhos para professores e futuros professores vencerem este obstáculo, a reestruturação dos cursos de formação de professores e o desenvolvimento de projetos voltados para a formação em serviço, onde se discuta a importância de sabermos descrever as nossas atitudes em sala de aula e explicar os motivos que nos levam a agir de determinada forma para nos conscientizarmos das novas possibilidades na área de ensino-aprendizagem de línguas, e mais particularmente, sobre as novas demandas no empreendimento de um trabalho voltado para o desenvolvimento do autonomia do aprendiz. A partir dessas ações, professores estarão mais conscientes e preparados para implementarem em sua prática discussões, atividades e estratégias de ensino que levem o aprendiz possivelmente a desmistificar as suas próprias crenças e vencerem os obstáculos na busca de uma formação mais autônoma e crítica.

Um abraço,

Denise Araújo
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Maristela
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:21:29 01/24/03 Fri

O PAPEL DO PROFESSOR, sob a perspectiva da autonomia é o de co-construir o conhecimento cooperativamente e colaboratimente junto ao(s) aluno(s), outros professores e sociedade, em geral. Ele é o facilitador da aprendizagem autônoma. Ele co-aprende com seus alunos, já que a aprendizagem é contínua e os resultados dessa co-aprendizagem/interação são bastante eficazes .

Propiciar mais liberdade de escolha pelos alunos, o que significa mais responsabilidade sobre a aprendizagem autônoma; propiciar condições aos aprendizes para que essa aprendizagem mais autônoma seja co-construída colaborativamente; uso de uma prática eclética tanto pelo professor como pelos aluno(s); trabalhar na sala de aula global são algumas das MANEIRAS DE SE LIDAR com aprendizes mais ou menos autônomos.

QUESTÃO 1: AGENTE GLOBAL: argumentos que podem ser utilizados para defender que o professor /aluno(s) devem ser agentes globais autônomos:

- Provocar uma transformação de conceitos leigos dos aprendizes em conceitos científicos mais elaborados e complexos (Weininger, 2001, p. 49). Essa explicação vai de encontro com a argumentação de Silva (2000, p. 92) de que as crenças (tanto do professor, como do(s) aluno(s)) estão em contínua construção e (re)construção. É necessário que as crenças

“deixem de ser construtos de senso comum, pois serão frutos de elaborações e (re)elaborações que conduzem a geração de conhecimentos e não a simples aquisição de conhecimentos produzidos por outros”

- “A construção social do conhecimento” exige uma comunicação mais autêntica e autônoma entre todos os participantes do processo (Weininger, 2001, p. 49).

- O professor como agente global ensina menos e há mais aprendizagem, ou seja, o professora organiza e gerencia eventos nos quais a aprendizagem de seus alunos pode ocorrer, na integração em contextos reais da língua e cultura alvo. Aqui, o menos do professor, é mais para o aprendiz (Weininger, 2001; Leffa, 2002). A maioria deste eventos acontece fora da sala de aula (Weininger, 2001; Leffa, 2002), não mais no aquário, e sim no mar aberto, sendo que há inúmeras maneiras de se aprender. A sala de aula é apenas a base de apoio do professor, sendo a sala de aula global uma metáfora para a aprendizagem on line. Segundo Freire (citado em Padilha, 2000, p. 1) a “aula” tornou-se, há muito tempo, uma palavra estreita, pobre, para caracterizar a complexa atividade que se dá na escola. Paulo Freire, ao falar de “Círculo de Cultura”, já havia percebido isso há 50 anos.”

- “Não basta ensinar os alunos como surfar na rede, precisamos ensiná-los como fazer ondas!” (Weininger, 2001, p. 61). Essa citação pode se referir também ao trabalho realizado no “aquário”.

QUESTÃO 2
Como trabalho em duas Instituições de Ensino, percebo claramente algumas dificuldades no desenvolvimento de uma prática reflexiva, mais autônoma. Em uma instituição, está no projeto pedagógico a proposta de prática investigativa-reflexiva e há uma “cultura” em relação a esse tipo de trabalho. Na outra, não há essa proposta registrada em algumas ementas. Nessa primeira, consigo um trabalho mais colaborativo, independente e tenho mais suporte, apoio. Na segunda, como não está amarrado/escrito no projeto do curso, há uma grande autonomia pela negação por parte de alguns alunos e, assim, encontro bastante resistência, dificuldade para ir do aquário para o “mar aberto”.

Outra questão crucial que percebo é a falta de cooperação entre os professores da área. Autonomia é um trabalho colaborativo, desenvolvido por todos, alunos e também os diversos professores da área, instituição e se você defende uma proposta de autonomia que não é contemplada pelos demais colegas, esse processo fica “complicado”. Assim, propiciar ao aprendiz autonomia em uma única disciplina “é uma restrição a sua autonomia” (Nicolaides e Fernandes, 2002, p. 83);

Outra questão refere-se a aprendizagem on line. Não consigo imaginar a aprendizagem de inglês sem estar ligando essa ao computador/internet/softwares. Logo, se a instituição não tem laboratório de computador, há bastante limitações no desenvolvimento de aula global (Weininger, 2001), apesar de que alguns alunos já trabalham on line. Segundo Paiva (2001), o novo laboratório de línguas é on line e esperamos que, cada vez mais, esse instrumento de aprendizagem esteja presente, mais e mais, nas Instituições de Ensino.

QUESTÃO 3
A autonomia é um estágio a que se chega e você, como aprendiz autônomo, tem a língua materna (LM) como suporte na aquisição da língua estrangeira (LE), já que esse associa o novo conhecimento de LE ao conhecimento prévio da LM. Logo, o conhecimento da LM contribui para a aquisição da LM. Às vezes, é necessário relacionar o assunto na LM, para que o aprendiz compreenda a LE, ou seja, desenvolver estudo contrastivo da LM e LE, a fim de que haja uma maior aprendizagem. Nesse sentido, se há na sala de aula global aprendizes nativos e não nativos, pode haver uma maior troca de estratégias interativas entre o interlocutor nativo e não nativo e isso é positivo.
No entanto, vale destacar que a maior fonte de erros de escrita dos aprendizes não vem da interferência da LM na aquisição da LE (Figueiredo,1997), ou seja, não vem de erros interlinguais, mas intralinguais (erros resultantes da aprendizagem da LE que não refletem a interferência da LM).

Destaca-se, ainda, segundo Vieira-Abrahão (1992, citado em Silva, 39), que o professor/aluno deve ter “consistência teórica, ou seja, ter conhecimentos relevantes em Pedagogia, Psicologia, Lingüística e, em especial, em Lingüística Aplicada.”, computação... Nesse sentido, “um programa para desenvolver o novo letramento mais abrangente inclui a LE apenas como uma modalidade.”(Weininger, 2001, p. 61)

QUESTÃO 4
Não se pode negar que a autonomia relaciona-se aos contextos educacional, político, sócio-histórico e cultural do aprendiz (Sinclair, 1999). Pode-se dizer que os textos on line são, no momento, em sua grande maioria na língua inglesa. No entanto, não podemos dizer que o professor de inglês tem maior facilidade de se “adaptar” à perspectiva da autonomia do que o professor de francês, alemão ou russo. Podemos para isso, exemplificar o nome desse curso “Autonomia, estratégias e aprendizagem de Línguas Mediada Por Computador”. Logo, a perspectiva de autonomia defendida se relaciona à língua materna e estrangeira, à perspectiva da educação de línguas e não somente de Língua Inglesa.

Percebe-se que a construção do conhecimento está em contínua construção e (re)construção, assim como as crenças dos aprendizes, sendo a autonomia do aprendiz co-construída por todos do processo educacional e também pelas diversas sociedades, culturas. O nível/etapa de autonomia do aprendiz relaciona-se às suas tomadas de decisões (reflexão-ação), apesar de a autonomia não ser sempre observável (Sinclair, 1999) e isso é característica comum a qualquer cultura, contexto. Essas tomadas de decisões estão relacionadas ao “self, the subject matter, the learning process” (Sinclair, 1999, p. 5-6) e devem ser respeitadas, segundo “as necessidade peculiares culturais da comunidade em questão” ( Nicolaides e Fernandes, 2001, p. 92).

Referências Bibliográficas
LEFFA, V. Quando o menos é mais. 2002. 18 p.
< http://www.leffa.pro.br/autonomia.htm >

NICOLAIDES, C. & FERNANDES, V. Crenças e atitudes que marcam o desenvolvimento de autonomia no aprendizado de língua estrangeira. In: The Specialist. São Paulo: EDUCAT, V. 23, N. 1, 2002. p. 75-99.

PADILHA, 2001. < http:www.paulofreire/org >

PAIVA, V.L.M. O www e o ensino de inglês. In: Revista Brasileira de Lingüística Aplicada. V. 1, no. 1. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2001. p. 93-116

SILVA, I. M. Percepções do que seja ser um bom professor de inglês para formandos de Letras: um estudo de caso. Dissertação de mestrado não publicada. Belo Horizonte: UFMG, Faculdade de Letras, 2000.

SINCLAIR, B. Learner autonomy: how far have we come? Where are we going? IN: The Newsletter of the IATEFL. 1999. p. 5-7

Weininger, M. j. Do aquário em direção ao mar aberto: Mudanças no papel do professor e do aluno. In: LEFFA, V. O professor de línguas estrangeiras – Construindo a profissão. Pelotas: educat, 2001. p. 41-68
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
[ Edit | View ]

Date Posted: 08:44:41 01/24/03 Fri

>O PAPEL DO PROFESSOR, sob a perspectiva da autonomia é
>o de co-construir o conhecimento cooperativamente e
>colaboratimente junto ao(s) aluno(s), outros
>professores e sociedade, em geral. Ele é o facilitador
>da aprendizagem autônoma. Ele co-aprende com seus
>alunos, já que a aprendizagem é contínua e os
>resultados dessa co-aprendizagem/interação são
>bastante eficazes .

>- O professor como agente global ensina menos e há
>mais aprendizagem, ou seja, o professora organiza e
>gerencia eventos nos quais a aprendizagem de seus
>alunos pode ocorrer, na integração em contextos reais
>da língua e cultura alvo. Aqui, o menos do professor,
>é mais para o aprendiz (Weininger, 2001; Leffa, 2002).
>A maioria deste eventos acontece fora da sala de aula
>(Weininger, 2001; Leffa, 2002), não mais no aquário, e
>sim no mar aberto, sendo que há inúmeras maneiras de
>se aprender. A sala de aula é apenas a base de apoio
>do professor, sendo a sala de aula global uma metáfora
>para a aprendizagem on line. Segundo Freire (citado em
>Padilha, 2000, p. 1) a “aula” tornou-se, há muito
>tempo, uma palavra estreita, pobre, para caracterizar
>a complexa atividade que se dá na escola. Paulo
>Freire, ao falar de “Círculo de Cultura”, já havia
>percebido isso há 50 anos.”
>
>- “Não basta ensinar os alunos como surfar na rede,
>precisamos ensiná-los como fazer ondas!” (Weininger,
>2001, p. 61). Essa citação pode se referir também ao
>trabalho realizado no “aquário”.
>
>QUESTÃO 2
>Como trabalho em duas Instituições de Ensino, percebo
>claramente algumas dificuldades no desenvolvimento de
>uma prática reflexiva, mais autônoma. Em uma
>instituição, está no projeto pedagógico a proposta de
>prática investigativa-reflexiva e há uma “cultura” em
>relação a esse tipo de trabalho. Na outra, não há essa
>proposta registrada em algumas ementas. Nessa
>primeira, consigo um trabalho mais colaborativo,
>independente e tenho mais suporte, apoio. Na segunda,
>como não está amarrado/escrito no projeto do curso, há
>uma grande autonomia pela negação por parte de alguns
>alunos e, assim, encontro bastante resistência,
>dificuldade para ir do aquário para o “mar aberto”.
>
>Outra questão crucial que percebo é a falta de
>cooperação entre os professores da área. Autonomia é
>um trabalho colaborativo, desenvolvido por todos,
>alunos e também os diversos professores da área,
>instituição e se você defende uma proposta de
>autonomia que não é contemplada pelos demais colegas,
>esse processo fica “complicado”. Assim, propiciar ao
>aprendiz autonomia em uma única disciplina “é uma
>restrição a sua autonomia” (Nicolaides e Fernandes,
>2002, p. 83);

Prezada Maristela

Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelas suas colocações. Sempre gosto de ler os seus comentários pois percebo, através dos mesmos, o seu prazer em ensinar deixando uma mensagem de otimismo e experiência de vida.
Sobre os seus comentários, gostaria de dizer-lhe que acredito, como vc., que a tarefa de caminharmos do aquário rumo ao mar aberto não é uma tarefa fácil sendo repleta de tropeços, conflitos e incertezas em relação as nossas crenças, a de nossos colegas de trabalho e as de nossos aprendizes mas, também, de aprendizagem para as partes envolvidas.
Ao mencionar uma das tarefas do professor como agente global, dentro da perspectiva da aprendizagem autônoma, que é "ensinar menos" se abstendo do papel de único detentor do conhecimento para o co-construtor do conhecimento juntamente com os seus aprendizes, acredito, como afirma Dickinson (1994) na importancia de professores e aprendizes terem uma maior consciência do que vem a ser autonomia no processo de ensino-aprendizagem de línguas. Segundo a autora (1994: 12):

"autonomy is not a threat to the teacher´s role or the teacher´s job. The result of preparing learners for autonomy is a teaching/lerning process in which responsability is shared between teachers and learners, with learners becoming progressively more self-sufficient".

Acredito, como colocado pela autora, que o empreendimento por este tipo de trabalho pode ser facilitado por alguns fatores tais como:
. "by letitimizing independence,
. by persuading learners that they are capable of learning independently,
. by teaching them how to go about learning independently, that is, by teaching students how to learn."

No entanto, acredito que para atingirmos esse grau de consciência e comprometimento, é necessário que se crie nas instituições formadoras de professores e nas próprias escolas um tipo de trabalho voltado para a prática reflexiva onde todos os participantes possam se "ver no espelho" para reconhecerem-se e entenderem-se podendo,
a partir daí, gerenciar possíveis mudanças em sua prática visando um maior engajamento do aprendiz na construção da aprendizagem.

Um forte abraço,

Denise
[> [> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Denise Araújo
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Date Posted: 08:52:44 01/24/03 Fri

Prezada Maristela

Esqueci de anexar a bibliografia no meu conentário.

DICKINSON, L. Learner autonomy: what, why and how? In: LEFFA, V. J. (Ed.). Autonomy in language learning. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1994. p. 1-12

Caso ainda não conheça este artigo e outros artigo deste livro, acho que vale a pena pois são bem interessantes.

Um abraço,

Denise ARaújo
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:30:18 01/24/03 Fri

2) Dentro de sua experiência pessoal como professor e/ou como aprendiz de língua
estrangeira, qual a maior dificuldade em ir "do aquário ao mar aberto" ?

Definitivamente a maior dificuldade que encontro é conseguir que os alunos compreendão que este é o caminho. A grande maioria dos alunos quando não seguem um padrão, um livro, ou seja o estilo tradicionaal, reclamam que não estão sentindo progresso, apesar do progresso ser nítido para mim e até mesmo para os colegas. Muitos alunos estão aprisionados no antigo padrão de ensino, onde o professor é a sumidade, alguns até se recusam de maneira velada a interagir com o colega, não gostam de trabalhar em grupo. Eles acham que estão aprendendo errado, ou que o colega não tem nada a acrescentar, e mesmo numa atividade em pares ou em grupo demandam a atenção do professor o tempo todo. Quantas e quantas vezes não fui questionada pela minha insistência no trabalho em conjunto. E quando peço para que os grupos apresentem o resultado final do projeto, muitos faltam a aula ou simplesmente não prestão atenção nos colegas.
Tentei também desenvolver um grupo de estudo com meus colegas professores para implementarmos o uso de informática no curso regular e não apenas como atividade extr-classe, aí sim percebi o real significado da palavra resistência, apenas uma meia dúzia me derão atenção. Quando peço a palavra nas reuniões didáticas, alguns me olham com um olhar fuzilador como que perguntando o que que eu estou “inventando” agora. Talvez a surpresa de quem está lendo isto tenha sido do tamanho da minha. Pois é, difícil para nós, apreciadores da tecnologia compreender esta postura. Mas o medo do novo é muito grande ainda, esta foi a lição que tirei desta experiência, e aprendi a respeitar mais o tempo do outro, afinal isto parte de dentro, como Weininger menciona no texto “do aquário em direção ao mar aberto”, quando ele diz: “...pois os eventos de aprendizagem só são produtivos se o indivíduo a) realmente sente a necessidade de assimilar, acomodar e equilibrar novos eventos b) tem acesso a um contexto social relevante para ele e para este tipo de aprendizagem.” Mas a imensidão do mar é para muitos fascinante e para outros amendrontadora, acho que como professores facilitadores precisamos auxiliar nossos alunos a enxergar esta maravilha através de entusiamo, atividade bem estruturadas e respeito, muito respeito ao ‘timing’ de cada um.


Ps: Rita, sem rasgação de seda, adoreisua ecolha de bibliografia e você foi também muito feliz na exposição e organização do seu seminário, parabéns mesmo!
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:52:45 01/25/03 Sat

>Caros colegas e Rita,
A escolha dos textos como já mencionado por alguns colegas foi muito boa. Realmente gostei demais.Parabéns!!! O proposta de Weininger vai de encontro à nova perspectiva pedagógica de revermos o papel do professor,do aluno e dos materiais didáticos. “ Ir do aquário ao mar aberto” é uma proposta que exige mudança de todos que estão inseridos no contexto de ensino e aprendizagem. Acredito que as novas abordagens colaborativas promovem ‘scaffolding’ e podem servir de ponte entre o aquário e o mar. Os livros didáticos como defende o autor e muitos professores não são mais suficientes para fazer essa passagem. A tecnologia sem um direcionamento instrucional também vai deixar muito ‘peixinho’ perdido no mar. Acredito que devemos refletir sobre os elementos que possam auxiliar o professor a atingir um letramento amplo para que esse “professor possa ser agente autônomo com letramento pleno na comunicação global da nova idade da informação’ capacitando-o assim, a auxiliar o aluno com estratégias para alcançar seu objetivos.
[> Subject: Re: Seminário sobre Autonomia


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:56:30 01/25/03 Sat

Rita,

Acredito que para o professor se tornar “um agente global” e co-aprenda com seu aluno é necessário que ele desenvolva novas competências, via ampliação e adaptação do conceito de letratamento. E também é preciso que o professor aprenda dosar o uso dos mecanismos de controle que ele exerce em sala de aula, utilizando uma abordagem menos centrada nele e procure adotar um ensino mais colaborativo com os alunos e com outros colegas.

Muitas vezes, por mais que o professor tente, fica difícil adotar uma abordagem sócio-construtivista. Em meu contexto de trabalho, acho que são várias variáveis que me impedem de ir em direção “ao mar aberto”, mas gostaria de destacar a que considero mais marcante: os conflitos nos sistemas de crenças dos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem (alunos, professores, coordenadores, diretores, pais, etc.). Embora reconheça tais dificuldades continuo lutando rumo a este “mar aberto”, mesmo sabendo que o caminho pode ser longo.

Um abraço

Vanderlice

P. S. Adorei seus textos.
Subject: Seminário Autonomia 27 Jan - 02 Fev.


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:59:21 01/26/03 Sun

Colegas,
O seminário de autonomia dessa semana está no fórum:
Segundo Seminário Autonomia (Lívia), no link:
http://www.voy.com/131033
Até lá!
Lívia.
[> Subject: Re: Seminário Autonomia 27 Jan - 02 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:59:44 01/27/03 Mon

Lívia,

Em primeiro lugar, parabéns pela escolha dos textos e pela proposta de discussão!

Uma característica marcante nos 3 textos é com relação ao papel do professor na autonomia do aprendiz. Cabe ao professor encoraja-lo, criando condições para que ele exerça sua autonomia de maneira crítica e colaborativa.

Entretanto, reconheço que não é uma tarefa nada fácil para o professor (que muitas vezes não têm oportunidade de trabalhar de maneira colaborativa e não tem voz em sua instituição) implementar de uma hora pra outra uma postura autônoma, pois, sabemos que este é um processo que envolve estágios (Murphey & Jacobs, 2000).
Um outro ponto interessante, é a questão da colaboração entre professor-aluno. Pois, é através da “prática da liberdade” que as relações de sala de aula se enriquecem. Do contrário, prevalecerá a metáfora do “jug&mug”,onde o professor é o detentor do saber e aluno o receptáculo vazio.

Concluindo, um dos pré requisitos para o desenvolvimento da autonomia do professor é a prática reflexiva coletivamente sustentada. Pois é através dela que os professores se emancipam e também aos seus alunos.

Trechos discutidos (1, 9, 10, 12)

Um abraço
Vanderlice
[> [> Subject: Re: Seminário Autonomia 27 Jan - 02 Fev.


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 16:17:32 01/27/03 Mon

>Concluindo, um dos pré requisitos para o
>desenvolvimento da autonomia do professor é a prática
>reflexiva coletivamente sustentada. Pois é através
>dela que os professores se emancipam e também aos seus
>alunos.
>
Vanda,
Obrigada pela participação. Mais uma vez estamos discutindo a autonomia do professor através da reflexão coletiva. Parece que o tema já está um pouco debatido demais, mas não custa nada reforçar a idéia, né, principalmente porque certamente a reflexão ainda não chegou em muitos lugares, ou melhor, escolas e cursos de idioma. Nem em muitas Universidades o tema ainda não édiscutido como deveria, e como a Flávia Vieira coloca no texto 3, mesmo na Universidade onde se fala e discute a prática relexiva, ainda existem professores que agem de forma autoritária e abusiva.
Abraço,
Lívia.
[> [> [> Subject: Re: Seminário Autonomia 27 Jan - 02 Fev.


Author:
Vanderlice Sól
[ Edit | View ]

Date Posted: 05:29:15 01/28/03 Tue

Lívia,

Concordo plenamente com você, na verdade, prática reflexiva pode ser um termo conhecido, mas talvez pouco praticado. Falo principalmente do contexto onde trabalho. Às vezes acho que trabalho de maneira solitária (falo da falta de trabalho colaborativo), mas estou tentando não deixar a peteca cair.

Até mais
Vanderlice
[> Subject: Fórum


Author:
Silvana
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:44:53 01/27/03 Mon

Lívia,

Você abriu um fórum (http://www.voy.com/131033/) seu para as discussões. Já mandei a minha mensagem para este fórum. Vanderlice começou a discussão no fórum da Vera. Seria melhor se todas as mensagens fossem para o seu fórum específico para facilitar para você.

Um abraço,

Silvana
Subject: Seminário Tandem Learning


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:34:32 01/15/03 Wed

Colegas,
O início do seminário está previsto para dia 20.Preparei o seminário em um novo forum.Para acessá-lo clique no link abaixo:

Seminário Tandem learning
[> Subject: Re: Seminário Tandem Learning


Author:
miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 19:47:07 01/24/03 Fri

Ei Júnia,
Fiquei tão envolvida com os comentários do grupo que quase me esqueci do meu! Desde o começo do curso me interessei pelo assunto e até te pedi referencia bibliográfia, lembra? Pois é, até então eu nunca havia ouvido falar em aprendizado Tandem, hoje já compreendo os princípios básicos. Tenho vontade de me inscrever em um programa para poder sentir 'na pele' como é este tipo de interação. Parece muito 'doido', no bom sentido é claro. Imagina só, eu sou louca para aprender alemão! Será que acho alguém na Alemanha querendo aprender o Português? Acho mais bacana seguir o princípio básico e traballhar com o idioma nativo. Uma vez eu e uma professora de Espanhol da minha escola trocamos aulas. o resultado foi ótimo, mas não estávamos partindo do zero, tinhamos o idioma nativo em comun, seria tandem ainda assim? Eu acho que não muito, gostaria de saber outras opniões. O Tandem presencial me parece bem eficaz, afinal você está trabalhando com as habilidades mais básicas que são compreensão auditiva e produção oral, oa compreensão escrita pode sempre ser inferida com mais facilidade e a produção escrita vem com o tempo. Já no tandem eletronico, a ordem fica invertida, aí me questiono se eu conseguiria assimilar o alemão, no caso, somente através da escrita e da leitura. Como fica a parte auditiva e oral? E os fonemas!!! Pelo que entendi do texto complementar sugerido a tecnologia Moo`s entra aí. A teoria eu captei super bem, mas como sou meio São Tomé, gostaria de ver na prática como funciona. Seria possível você me indicar uma maneira? Quais recursos preciso ter na minha máquina para atingir este objetivo, utilizar o aprendizado tandem juntamente com o MOO`s?
Estou adorando aprender isto tudo que não sabia da existência até poucas semanas atrás, obrigada pela oportunidade!
Um abraço,
miriam

ps: Gostaria de ter postado minha mensagem juntamente com a dos colegas no seu próprio fórum, mas meu computador começou a dar erro, e aqui eu consegui, sorry...
[> [> Subject: Re: Seminário Tandem Learning


Author:
Junia Braga
[ Edit | View ]

Date Posted: 15:18:02 01/25/03 Sat

>
>Uma vez eu e uma professora de Espanhol da minha
>escola trocamos aulas. o resultado foi ótimo, mas não
>estávamos partindo do zero, tinhamos o idioma nativo
>em comun, seria tandem ainda assim?
Miriam,
Sua participaçao é muito bem vinda.

Se vocês tinham a mesma língua materna e não estavam aprendendo a lingua materna um do outro estaríamos ferindo o princípio do bilingualismo de Tandem. Consequentemente não poderíamos enquadrar este tipo de aprendizagem em Tandem
> O Tandem
>presencial me parece bem eficaz, afinal você está
>trabalhando com as habilidades mais básicas que são
>compreensão auditiva e produção oral, oa compreensão
>escrita pode sempre ser inferida com mais facilidade
>e a produção escrita vem com o tempo. Já no tandem
>eletronico, a ordem fica invertida, aí me questiono se
>eu conseguiria assimilar o alemão, no caso, somente
>através da escrita e da leitura. Como fica a parte
>auditiva e oral? E os fonemas!!!

Appel (1999) e Winddowson( 1978) defendem a comunicaçao recíproca através da qual os participantes de uma interação seja ela via e-mail, Moo ou chat estão engajados em um evento comunicativo.
Winddowson abandona a dicotomia da fala versus escrita em favor da comunicaçao recíproca ou não recíproca ( ex:relatórios)
A escrita no caso de Tandem on-line é um meio, um canal.No caso do Tandem presencial a fala é o canal. Compartilho da opinião dos teóricos de que a aprendizagem de uma lingua´deve ser vista pelo prisma do desenvolvimento da competencia comunicativa ( Canale & Swain,1980) e não do desenvolvimento individual das quatro habilidades.Acredito que o desenvolvimento das quatro habilidades sejam consequencia.O aprendiz engajado em eventos comunicativos pode desenvolver sua competencia comunicativa a ponto até de ter insights analíticos da lingua podendo transformar esses insight ( noticing) em 'intake'.


Pelo que entendi do
>texto complementar sugerido a tecnologia Moo`s entra
>aí. A teoria eu captei super bem, mas como sou meio
>São Tomé, gostaria de ver na prática como funciona.

Coloquei no forum exemplos dos participantes do programa interagindo em tandem para facilitar para vocês. Entretanto,os exemplos são de alunos.

>Seria possível você me indicar uma maneira? Quais
>recursos preciso ter na minha máquina para atingir
>este objetivo, utilizar o aprendizado tandem
>juntamente com o MOO`s?
Eu naõ conheço nenhum para indicar. Vou pesquisar e depois te falo.
>>
>
[> [> [> Subject: Re: Seminário Tandem Learning


Author:
miriam
[ Edit | View ]

Date Posted: 17:15:38 01/27/03 Mon

Júnia,
muito bacana a sua atenção, gostei muito das suas colocações e exclarecimentos, pretendo aprender ainda mais sobre tandem por minha conta!
Um abraço,
miriam

Gostei principalmente da maneira como você esclareceu minha 'dúvida' em relação a habilidades.
>"Compartilho da opinião dos teóricos de que a
>aprendizagem de uma lingua´deve ser vista pelo prisma
>do desenvolvimento da competencia comunicativa (
>Canale & Swain,1980) e não do desenvolvimento
>individual das quatro habilidades.Acredito que o
>desenvolvimento das quatro habilidades sejam
>consequencia.O aprendiz engajado em eventos
>comunicativos pode desenvolver sua competencia
>comunicativa a ponto até de ter insights analíticos da
>lingua podendo transformar esses insight ( noticing)
>em 'intake'.
Subject: Seminário Autonomia 27 Jan-01 Fev (Correção no link)


Author:
Lívia Fortes
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:18:44 01/27/03 Mon

Pessoal,
A mensagem anterior com o endereço da nossa discussão está incorreta, e por isso não está sendo possível conectar o forum que criei para a semana. Falta uma barra no final, e com a orientação da Júnia agora podemos fazer o link direto do fórum geral.É só clicar aí, ou usar direto o endereço que enviei para todos por e-mail acrescentando uma barra no final dele.
autonomia

Peço desculpas pela falha técnica!
Valeu, Júnia!
Abraço,
Lívia.
Subject: Semináriosobre estratégias


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 13:08:56 01/24/03 Fri

1 - Segundo Tumposky (1991) as crenças dos aprendizes de L2 é influenciada pelo contexto social de aprendizagem o que consequentemente acaba por influenciar a atitude destes aprendizes no processo de aprendizagem da língua.
O texto apresenta crenças que os aprendizes têm em relação à natureza da língua inglesa: alguns consideram-na uma língua difícil, outros consideram a gramática a parte mais difícil de se aprender, e ainda há aqueles que a julgam como a língua mais importante no mundo.
O texto apresenta ainda crenças em relação ao aprendizado da língua( tópicos que os aprendizes consideram necessário ou não de se estudar/aprender), crenças em relação aos professores (a matéria que seria ideal que eles ensinassem), crenças em relação aos objetivos de se aprender a língua inglesa, etc.
Como professores de L2 e também alunos é comum verificarmos a existência de crenças e mitos em relação ao aprendizado. É comum nossos alunos acharem que para se aprender de fato a língua é necessário “estudar” no país- alvo (ir para o exterior) pois assim ocorrerá uma exposição mais autêntica à L2.
Muitos alunos acreditam que para se aprender uma língua é ideal que o professor seja nativo.
As crenças e mitos que os aprendizes têm com certeza influenciarão de alguma maneira no aprendizado da língua. Cabe principalmente aos professores trabalharem no sentido de dismistificar os conceitos e pré-conceitos dos aprendizes em relação à língua para que estes não impeçam a aprendizagem.

2 – “Os estilos cognitivos podem ser pensados como as pré-disposições para as abordagens de aprendizagem particulares de cada aprendiz, o que está intimamente relacionado aos tipos de personalidades destes. As diferenças nos estilos cognitivos dos aprendizes refletem as diferentes maneiras que estes aprendizes respondem às situações de aprendizagem.”
Alguns alunos gostam de trabalhar em grupos enquanto outros preferem fazê-lo individualmente. Muitos gastam um bom tempo “planejando” antes de executarem uma tarefa qualquer, outros são mais práticos e gastam pouco tempo com planejamento, vão resolvendo problemas à medida que executam uma atividade.
Alguns gostam de “arriscar” na solução de problemas e tomadas de decisões, outros não, etc.
Estes diferentes estilos são facilmente percebidos em sala de aula. Sabemos entretanto que há uma certa dificuldade de se “atender” adequadamente a todos alunos com seus estilos de aprendizagem individuais. Não é tão fácil lidar com esta situação, mas também não é impossível proporcionar atividades variadas e incentivar o uso de diferentes estratégias de aprendizagem para que os alunos possam aproveitar seus estilos próprios.
[> Subject: Re: Semináriosobre estratégias


Author:
Vera
[ Edit | View ]

Date Posted: 07:15:14 01/26/03 Sun

Nara,

>1 - Segundo Tumposky (1991) as crenças dos aprendizes
>de L2 é influenciada pelo contexto social de
>aprendizagem o que consequentemente acaba por

Não entendi sua mensagem. Você está participando do seminário da Stella ou iniciando o seu tópico. O texto acima não consta de sua bibliografia e não vi relação entre os dois temas. Por favor, me contextualize, pois devo ter feito alguma confusão.

Vera
[> [> Subject: Re: Semináriosobre estratégias


Author:
Nara
[ Edit | View ]

Date Posted: 09:10:34 01/27/03 Mon



Vera,

Desculpe o erro. Enviei a mensagem, que é uma participação no seminário da Stella (não tem nada haver com o meu seminário), para o local errado. Percebi o ocorrido e reenviei a mensagem para o fórum que a Stella indicou, entretanto não consegui apagar o que foi postado incorretamente. Desculpe por não ter avisado antes.
Um abraço,
Nara








>Nara,
>
>>1 - Segundo Tumposky (1991) as crenças dos aprendizes
>>de L2 é influenciada pelo contexto social de
>>aprendizagem o que consequentemente acaba por
>
>Não entendi sua mensagem. Você está participando do
>seminário da Stella ou iniciando o seu tópico. O texto
>acima não consta de sua bibliografia e não vi relação
>entre os dois temas. Por favor, me contextualize, pois
>devo ter feito alguma confusão.
>
>Vera
Subject: seminario- autonomia


Author:
Sebastião César
[ Edit | View ]

Date Posted: 12:04:35 01/25/03 Sat

É preciso, como educador, estar atento as mudanças que ocorrem na sociedade e geram reflexos nas escolas. É inegável que o computador entrará nas salas de aulas mais cedo ou mais tarde; sem necessariamente estar fisicamente presente. É uma ferramenta de inúmeros recursos, didáticos inclusive, que podem, se bem utilizados, conduzirem os aprendizes a serem mais criativos ou construírem sua criatividade. Há pesquisas que mostram que alunos aprendem mais com o computador do que em uma sala de aula convencional e nesse universo on line há fontes inesgotáveis de pesquisa, seja lá em área for, e é nesse universo que está um campo fértil para se construir a autonomia. E essa construção de autonomia é para ambas as partes; para quem ensina e para quem aprende. E quem ensina pode se surpreender o quanto pode ainda ser aprendido, inclusive sendo ensinado, muitas vezes, por quem aprende.
Tornar-se um agente global e co-aprendiz, só não será factual se não houver interesse por despertar nos nossos alunos um outro agente global que também será um transformador da sociedade que vivemos. Devemos Ter a sala de aula como o nosso “point” de encontro para discutirmos assuntos relevantes a nosso aprimoramento como seres humanos ansiosos por aprender uns com outros e ao sairmos da dali, cheios de boas intenções, para que possamos buscar mais motivação pelo reencontro e possamos falar mais sobre o “enjoyment” de sermos livres. “Sair do aquário e ir ao mar aberto”, já era apregoado por Platão no “mito da caverna”, há cinco mil anos atrás. Mas depois de tanto tempo ainda há quem queira ver apenas as sombras do real do que mergulhar num mundo de possibilidades e melhorar a forma do trabalho e a qualidade de vida. As dificuldades são essas pessoas, que tem uma visão ofuscada pela luz do conhecimento e que nos aparecem na forma de alguns pais, algumas mães, alguns professores, alguns diretores, alguns alunos e outros “alguns”.
A convergência citada por Weininger (2001) entre a LE e a LM, me faz lembrar meu tempo de universitário nas aulas de língua inglesa; a todo tempo eu fazia comparações das estruturas dos dois idiomas e isso me ajudava na compreensão das estruturas de inglês. Hoje, apesar de não utilizar essas comparações em minhas aulas, acho que elas seriam de grande ajuda para se ensinar inglês. Poderíamos ter um avanço maior usando essa metodologia de comparação dos idiomas se o português ensinado nas escolas não servisse apenas para satisfazer os propósitos da elite burguesa em nosso país.
Todos os professores devem ter suas dificuldades de introduzir alguma nova técnica de aprendizagem e de levar seus alunos de adaptarem a ela, mas como já foi dito anteriormente, não é apenas para o ensino de línguas que se pode usar o computador e sua internet, mas qualquer área. O professor de inglês talvez tenha um número maior de sites de busca, haja visto que inglês, desta vez, domina todos os cantos do mundo.
Sebastião César
Subject: Seminário: Estratégias


Author:
Stella Lima
[ Edit | View ]

Date Posted: 11:21:06 01/18/03 Sat



Vera e colegas:



Para acessar o Seminário Estratégias, clique no link abaixo:



Seminário: Estratégias





Obs.: O seminário estará on line à partir de 20/01/03



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[> Subject: Re: Seminário: Estratégias


Author:
Nara
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Date Posted: 13:18:39 01/24/03 Fri

1 - Segundo Tumposky (1991) as crenças dos aprendizes de L2 é influenciada pelo contexto social de aprendizagem o que consequentemente acaba por influenciar a atitude destes aprendizes no processo de aprendizagem da língua.
O texto apresenta crenças que os aprendizes têm em relação à natureza da língua inglesa: alguns consideram-na uma língua difícil, outros consideram a gramática a parte mais difícil de se aprender, e ainda há aqueles que a julgam como a língua mais importante no mundo.
O texto apresenta ainda crenças em relação ao aprendizado da língua( tópicos que os aprendizes consideram necessário ou não de se estudar/aprender), crenças em relação aos professores (a matéria que seria ideal que eles ensinassem), crenças em relação aos objetivos de se aprender a língua inglesa, etc.
Como professores de L2 e também alunos é comum verificarmos a existência de crenças e mitos em relação ao aprendizado. É comum nossos alunos acharem que para se aprender de fato a língua é necessário “estudar” no país- alvo (ir para o exterior) pois assim ocorrerá uma exposição mais autêntica à L2.
Muitos alunos acreditam que para se aprender uma língua é ideal que o professor seja nativo.
As crenças e mitos que os aprendizes têm com certeza influenciarão de alguma maneira no aprendizado da língua. Cabe principalmente aos professores trabalharem no sentido de dismistificar os conceitos e pré-conceitos dos aprendizes em relação à língua para que estes não impeçam a aprendizagem.

2 – “Os estilos cognitivos podem ser pensados como as pré-disposições para as abordagens de aprendizagem particulares de cada aprendiz, o que está intimamente relacionado aos tipos de personalidades destes. As diferenças nos estilos cognitivos dos aprendizes refletem as diferentes maneiras que estes aprendizes respondem às situações de aprendizagem.”
Alguns alunos gostam de trabalhar em grupos enquanto outros preferem fazê-lo individualmente. Muitos gastam um bom tempo “planejando” antes de executarem uma tarefa qualquer, outros são mais práticos e gastam pouco tempo com planejamento, vão resolvendo problemas à medida que executam uma atividade.
Alguns gostam de “arriscar” na solução de problemas e tomadas de decisões, outros não, etc.
Estes diferentes estilos são facilmente percebidos em sala de aula. Sabemos entretanto que há uma certa dificuldade de se “atender” adequadamente a todos alunos com seus estilos de aprendizagem individuais. Não é tão fácil lidar com esta situação, mas também não é impossível proporcionar atividades variadas e incentivar o uso de diferentes estratégias de aprendizagem para que os alunos possam aproveitar seus estilos próprios.

Um abraço
Nara
Subject: Seminário: Estratégias


Author:
Stella Lima
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Date Posted: 11:00:07 01/18/03 Sat

Vera e colegas:

Para acessar o Seminário Estratégias, clique no link abaixo:

www.voy.com/129788/


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